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Formação do Sistema Nervoso

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Formação das cristas neurais
Na região de fusão das pregas neurais, algumas células se desprendem da superfície e migram para as laterais do tubo neural, essas células constituem a crista neural. A borda da placa neural sofre uma transmissão por indução pelas moléculas de sinalização BMP, WNT e FGF que altera a expressão genica das células da borda (crista) esse diferenciação é de uma transição epitélio-mesenquimal e perde as moléculas de adesão portanto elas desprendem da camada do epiderme de superfície (delimitação da crista neural) nesse momento começa a migração para varias partes do corpo em direção ventral, durante o caminho da migração, há uma determinação celular por meio da matriz extracelular limitam seu caminho por reação de sinais atrativos e repelentes, e os genes determinam a quantidade e a taxa de proliferação dessas células migratórias. 
A crista neural contribui para a formação de ossos, cartilagem e tecido conectivo da face, neurônios e células da glia do sistema nervoso periférico, células de pigmentação da pele e, em algumas regiões do sistema cardiovascular, mesênquima e células de músculo liso e está presente apenas em embriões de vertebrados. 
No caso de tumores a expressão de fatores migratórios associados à migração da crista neural está associada à metástase desde tipo de tumor. É o caso do gene Slug, o qual é necessário para a perda da adesão celular da crista neural e, portanto, faz parte da modulação da transição epitelial para mesenquimal. Quando se observa que este mesmo gene está sendo expresso em células tumorais, a o grau de malignidade do tumor tende a ser maior, assim como este gene tem um papel crítico na patogênese de tumores mesequimais. 
Tipos de crista neural
As células da crista neural se diferenciam em diversas estruturas no embrião conforme sua localização no eixo antero-posterior do embrião. A principal diferença entre as cristas neurais craniais e a truncal é que a crista cranial não apresenta a expressão de genes Hox enquanto na truncal o contrário ocorre. Esta característica é um dos fatores para as diferenças no processo de determinação e diferenciação deste tipo celular. Acredita-se que a ausência dos genes hox na crista neural cranial foi um dos fatores evolutivos para o surgimento das estruturas faciais nos vertebrados.
Crista neural cranial: essas células migram dorsolateralmente e formam o mesênquima craniofacial. Este por sua vez se diferencia em cartilagem, osso, neurônios craniais, glia e tecidos conecfivos da face. Essas células também entram na faringe e dão origem as células do timo, odontoblastos e ossos da orelha media e mandíbula. Também forma os gânglios espinhais do sistema periférico da região da medula. E há uma formação dos gânglios sensitivos cranianos por formação de neurônios que estabelecem conexões periféricas e centrais com neurônios derivados dos placódios estodérmicos. 
Crista neural cardíaca: fica entre a crista neural cranial e a do tronco. As células dessa crista neural podem se desenvolver em melanócitos, neurônios, cartilagem e tecidos conectivos. Elas também produzem toda a parede tecidual musculoconectiva das grandes artérias e contribui para a formação do septo que separa a circulação pulmonar da aorta.
Crista neural sacral e vagal: as células dessa crista neural geram os gânglios parassimpáticos da barriga.
Crista neural do tronco-entérica: podem tomar duas principais vias migratórias. A primeira é a migração ventral entre somitos, há uma transformação dessas células em melanócitos que migram dosolateralmente para a ectoderme e continuam até a linha mediana ventral da barriga, formam os neurônios e glia, e células endócrinas da glândula adrenal. A segunda é a migração dessas células ventrolateralmente até a metade anterior de cada esclerótomo, essas células formam os gânglios da raiz dorsal que contem neurônios sensoriais. As células que continuam mais ventralmente formam gânglios simpáticos, a medula adrenal e os agrupamentos de nervos que envolvem a aorta.
Placódios cranianos ectodérmicos: espessamentos de ectoderma que aparecem lateralmente a placa neural. Durante a quarta semana, esses placódios se regionalizam e formam placódios específicos, que por sua vez formam o epilético sensorial e neurônios (pela conversão de células epiteliais em neuroblastos) e originam os órgão sensoriais da cabeça. Esse processo (espessamento de células) depende da interação do ectoderma com a placa neural e dos fatores indutores de cada região.
Estas células da crista neural têm a particularidade de possuírem uma grande capacidade migratória e irão dar origem a uma variedade de células nomeadamente os neurónios sensitivos dos gânglios dos nervos raquidianos e de alguns nervos cranianos (neste caso, os derivados do epitélio neuronal, placódios, são induzidos pelo ambiente envolvente do tubo neural e dão origem ao crescimento adicional de uma estrutura tipo crista neural. Os derivados dos placódios são o epitélio olfactivo, a lente do olho, “the hair cells” do ouvido interno e partes de todos os gânglios dos nervos cranianos V, VII, VIII, IX e X), os neurónios pós-ganglionares do SNA, as células de Schwann e as células satélite do SNP. Ao mesmo tempo o tubo neural cresce e desloca os placódios. 
Placódios sensoriais:
Placódios ópticos: formados a partir de um espessamento no ectoderma nas laterais do diencéfalo, onde se originam a vesículas na quarta semanada de gestão e irá formar a lente (cristalino) dos olhos, as células da crista neural formam o tecido conjuntivo e muscular, endotélio da córnea, estroma da íris, coroide e maior parte da esclera. Não forma neurônios, eles são originados por células do neuroectoderma do tudo neural. 
Placódios óticos: formados a partir de um espessamento no ectoderma na região próxima ao mielencéfalo, os indutores são os rombecefalo (encéfalo posterior) e a mesoderma paraxial, que irão formar a vesícula ótica que dará origem a orelha interna. 
Placódios olfatórios: formados a partir de um espessamento no ectoderma, na saliência do prosencefalo, são deslocados com o crescimento do tubo neural e modificação da cabeça para região de formação das fossetas nasais e há também a formação dos neurônios sensoriais olfativos, enquanto as células da crista neural forma as células auxiliares (de suporte), células sensoriais ciliadas e células em escova (microviliosas).
Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural (que é derivado do ectoderma) consiste em encéfalo e medula espinal.
Divisão do tubo neural: porção cefálica ate 4 par de somitos vira o encéfalo e do 4 par de somitos até a porção caudal vira a medula espinhal. 
Histogênese das células do sistema nervoso central
Glioblastos: são células de sustentação primordiais, provenientes de células neuroepiteliais. Elas migram da camada neuroepitelial para as camadas do manto e marginal, dando origem aos astrócitos e oligodendrócitos.
As células neuroepiteliais também formam as células ependimárias, estas formam o epêndima, produtoras de líquor, que preenche os ventrículos e canal central da medula.
As Células Mesenquimais se diferenciam em células microgliais ou meiloblastos (chegam vias vasos sanguíneos), que fazem parte do sistema mononuclear fagocitário.
Neurulação secundária: surge da condensação, diferenciação e degeneração das células mesenquimais, ocorre na ausência da camada germinativa ectodérmica ou da placa neural. Inicia-se com a formação de um cordão medular pela condensação das células mesenquimais, que são colocadas em concha para dar origem ao tubo neural.
Esse tubo, também chamado tubo medular, surge de uma massa indiferenciada de células chamada eminência causal. Através de mecanismos morfogenéticos, eles serão organizados formando uma cavidade para dar origem à medula espinhal da região sacral e coccígea.
Desenvolvimento do Neuroepitélio
Após considerável período de proliferação (5a semana) e diferenciação celular (6ª semana), as células se organizam de acordo com a região do encéfalo ou medula e com o tipo celular(células com a mesma identidade se agrupam).
A Célula neuronal é contínua do lúmen à superfície externa do tubo, a parede do tubo neural é composta por epitélio pseudo-estratificado e a posição do núcleo dependente da fase do ciclo celular. 
Quando cessa produção de neuroblasto e gliobasto, as células centrais (que revestem o canal naural) formam o epitélio ependimário, forma o canal central feito de epitélio ependimário, as placas do teto e assoalho não tem neuroblastos, o espessamento dorsal composto de corpos celulares das placas alares formam os cornos dorsais (cinzentos) que são os núcleos aferentes (sensitivas) e o espessamento ventral composto de corpos celulares das placas basais formam os cornos ventrais e laterais (cinzentos) que são os núcleos eferentes (motoras).
O espessamento diferencial da medula espinhal, produz o sulco limitante. Este sulco separa a parte dorsal, a placa (lâmina) alar, da parte ventral, a placa (lâmina) basal. As paredes do tubo neural se espessam reduzindo gradualmente até restar o canal central da medula espinhal.
Desenvolvimento da Medula Espinhal
Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão das pregas neurais, o tubo neural é constituído por células neuroepiteliais, que formam a camada neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo neural fechado, as células neuroepiteliais dão origem a outro tipo celular, as células nervosas primitivas ou neuroblastos, que formam a camada do manto. Esta camada, por sua vez, forma a camada marginal. Portanto, a medula espinhal com seis semanas é composta pelas seguintes zonas:
Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e células macrogliais da medula espinhal. Origina todas as células nervosas (= células neuroepiteliais indiferenciadas, em divisão celular) e depois origina o epêndima.
Zona Intermediária: formada por neuroblastos, provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular. Neuroblastos se tornam neurônios. As células neuroepiteliais diferenciadas em neuroblastos (se diferenciam em neurônios), ou glioblastos (Células da glia) que formam a substância cinzenta.
Zona Marginal: composta pelas partes externas das células neuroepiteliais. É a futura substância branca da medula espinhal. É composta da parte externa dos neurônios (processos neuronais formam os axônios) eventualmente, esses axônios são cobertos pelas células da glia (oligodendrócitos) formando a bainha de mielina, dando aos axônios uma aparência esbranquiçada (substância branca).
Por volta de oito a dez semanas, a medula espinhal é parecida com a do adulto. Com o espessamento das paredes laterais da medula surgem às placas alares e placas basais, dorsais e ventrais, respectivamente. Essas placas são separadas pelo sulco limitante. As lâminas alares são unidas por uma delgada placa do teto, dorsalmente, e as lâminas basais, por uma delgada placa do soalho, ventralmente. As placas alares formam os cornos dorsais cinzentos (funções aferentes) e as placas basais, os cornos cinzentos ventrais e laterais (funções eferentes). O sulco limitante se estende por toda a medula espinhal e até o encéfalo médio, cranialmente. Além do corno dorsal e do corno ventral, existe o corno intermediário, nas porções torácica e lombar superior da medula espinhal, contendo neurônios da parte simpática do sistema nervoso autônomo. Externamente, a medula espinhal embrionária encontra-se delimitada por uma camada fibrosa de prolongamentos de células gliais, a membrana limitante externa, formada inicialmente pelos prolongamentos das células ependimárias, os quais posteriormente se retraem.
Desenvolvimento dos Gânglios Espinhais
Os neurônios unipolares nos gânglios espinhais derivam de células da crista neural. O prolongamento periférico das células do gânglio espinhal vai através dos nervos espinhais para terminações nervosas sensoriais em estruturas somáticas ou viscerais. Os prolongamentos centrais penetram a medula espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos espinhais.
Formação das meninges
Entre 20o e 35o dias: o mesênquima que envolve o tubo neural se condensa, formando uma membrana primitiva que é a meninge. 
As meninges são formadas pela dura-máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter é proveniente do mesênquima que circunda o tubo neural. E a Pia-máter e a aracnóide são derivadas de uma mistura da camada interna com células da crista neural para formar as leptomeninges (espaço subaracnóideo)
O líquido cerebroespinhal (LCE) embrionário começa a se formar durante a 5ª semana, inicia a produção de fluído cérebro-espinhal que é o líquido céfalorraquidiano (líquor) produzido pela tela corióide dos ventrículos laterais, 4º ventrículo e 3º ventrículo. Através das aberturas mediana e lateral, o LCE passa para o espaço subaracnóide. É absorvido pelas vilosidades aracnóideas, que são protusões da aracnóide nos seios venosos da dura-máter.
Mudanças de Posição da Medula Espinhal
No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o comprimento do canal vertebral, mas a coluna vertebral e a dura-máter crescem mais rapidamente, e a extremidade caudal da medula espinhal coloca-se gradualmente em níveis relativamente mais altos. No recém-nascido, a medula termina na vértebra L3; e no adulto, na borda inferior da primeira vértebra lombar.  Abaixo de L2, uma extensão filiforme da pia-máter dá origem ao filamento terminal, que se fixa ao periósteo da primeira vértebra coccígea. As raízes nervosas inferiores à extremidade terminal da medula espinhal, o cone medular, formam um feixe de raízes nervosas, a cauda equina. A dura-máter continua fixada à coluna vertebral até o cóccix.
Mielinização das fibras nervosas
Na medula espinhal, as bainhas de mielina começam a se formar durante o período fetal tardio e continuam a fazê-lo durante o primeiro ano pós-natal, pelos olidendrócitos (no SNC) e células de Schwann (no SNP). Os axônios são envoltos por oligodendrócitos (derivado de glioblasto = epitélio do TN), sintetizam mielina no tecido adiposo e tem função de proteção e aumento da velocidade da condução do impulso. 
Formação do Encéfalo
1º passo: Desenvolvimento das 3 vesículas encefálicas primárias
2 passo: Diferenciação do encéfalo: surgimento das vesículas secundárias: ópticas e telencefálicas
Flexuras Encefálicas: surgem entre a quarta e oitava semanas. São elas:
Flexura mesencefálica: na região do mesencéfalo; direcionada ventralmente.
Flexura cervical: na junção do rombencéfalo com a medula espinhal; direcionada ventralmente.
Flexura pontina: entre o metencéfalo e o mielencéfalo; direção oposta das duas anteriores.
Dilatações do tubo neural
É extremamente importante nesse momento conservar a idéia do tubo neural, contendo uma luz (canal neural). Dilatações ocorrem no tubo, consequentemente dilatando a luz naquela região. As dilatações da luz do tubo neural constituirão os ventrículos encefálicos. O tubo neural sofre três dilatações, produzindo as vesículas primordiais, sendo prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
Prosencéfalo: vesícula primordial que se dividirá em telencéfalo e diencéfalo. A luz do tubo neural localizada no prosencéfalo dilata-se formando, no telencéfalo, os ventrículos laterais e no diencéfalo o IIIº ventrículo. 
Mesencéfalo: vesícula primordial que pouco se diferencia, constituindo posteriormente o próprio mesencéfalo do tronco encefálico. No mesencéfalo a luz do tubo neural se estreita formando o aqueduto do mesencéfalo (comunicação entre o IIIº ventrículo e IVº ventrículo).
Rombencéfalo: a vesícula rombencefálica se diferencia posteriormente em metencéfalo (originará a ponte e o cerebelo) e mieloencéfalo (origina o bulbo). No rombencéfalo a dilatação da luz do tubo neural forma o IVº ventrículo.
Telencéfalo: após o aparecimento das vesículas ópticas (diencéfalo), um segundo par de divertículos aparece, mais dorsal e rostralmente, as vesículas telencefálicas, primórdios dos hemisférios cerebrais, cujas cavidades formam os ventrículos laterais. Gradualmente, vão seformando o pólo frontal e o pólo temporal, e posteriormente o pólo occipital começa a ser visto. A expansão dos hemisférios não é uniforme, e a região entre os pólos frontal e temporal fica deprimida, constituindo a ínsula.
No período fetal ocorrem várias mudanças, as mais perceptíveis são:
1. União dos hemisférios cerebelares, com a visualização do verme na parte mediana
2. Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, gradualmente, o diencéfalo e o mesencéfalo, e posteriormente uma parte do cerebelo 
3. Os pólos frontal e temporal vão se unindo, cobrindo a ínsula, assim no nascimento, só uma fossa lateral indica sua presença
4. Sulcos aparecem na superfície dos hemisférios
5. As flexuras cervical, pontina e mesencefálica tornam-se menos evidentes
6. Os hemisférios acabam se encontrando na linha média, achatando suas superfícies mediais. Portanto, no feto, ocorre a diferenciação das principais partes do encéfalo e um grande crescimento deste (aumento de várias centenas de vezes em volume).
Depois do nascimento, o peso dobra durantes os primeiros nove meses de vida, e em torno dos seis anos atinge 90% do peso do adulto. Isso ocorre pela produção de células da glia, formação de dentritos e mielinização dos axônios.
A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes desenvolvem-se sobre a área insular, formando sinapses com o diencéfalo, por meio dos núcleos da base, dando origem a uma espessa camada fibrosa, a cápsula interna, que separa o núcleo caudado (telencéfalo), medial, do tálamo (diencéfalo), lateral; e, o putame (telencéfalo) do pálido (diencéfalo).
A parede dos hemisférios cerebrais é composta de quatro camadas: ventricular, subventricular, intermediária e marginal (fibras aferentes e neurônios dispersos).
As células da camada ventricular migram pela superfície formando a camada intermediária. Células da zona intermediária migram para a zona marginal e dão origem às camadas corticais, essa migração é conduzida principalmente pelas células da glia radial, que através de um prolongamento pioneiro (eixo condutor), as células vão subindo gradativamente e estendendo um prolongamento como uma cauda; por isso a substância cinzenta se localiza na periferia, e os axônios caminham centralmente para formar o grande volume de substância branca, o centro medular.
No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é lisa; contudo, com o crescimento, há o surgimento de sulcos e giros, que promove aumento da superfície do córtex sem necessitar de grande aumento do tamanho do crânio. Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente mais antigas, como o sulco do cíngulo e o sulco do hipocampo do córtex límbico, o sulco calcarino do córtex visual e o sulco central das áreas motoras e sensoriais.
Após o nascimento, dificilmente surgem novas células neurais, mas as células já existentes desenvolvem mais prolongamentos, estabelecendo sinapses com outras células, o que é responsável pela grande capacidade de aprendizagem do cérebro. Durante o primeiro ano de vida, um neurônio cortical estabelece cerca de 100.000 sinapses com outros neurônios. Nesse contexto, a formação da bainha de mielina das fibras nervosas é muito importante, já que facilita a condução do impulso nervoso. O processo de mielinização não está totalmente completado até os 20 anos.
Atividade funcional do cérebro: Os primeiros indícios de atividade cerebral são percebidos com cinco ou seis semanas e consistem em movimentos de extensão ou flexão do colo e da região torácica. Eles vão progredindo gradualmente, sendo que todos os padrões motores parecem estar presentes no início do segundo trimestre.
Diencéfalo: com o fechamento do neuroporo rostral, aparecem duas evaginações laterais, de cada lado do encéfalo anterior, as vesículas ópticas, primórdios das retinas e dos nervos ópticos. Elas identificam o diencéfalo. As evaginações medianas que deixam o encéfalo anterior são a glândula pineal e a neuro-hipófise. Uma característica marcante do diencéfalo é o tálamo dorsal, uma intumescência bilateral que aparece com aproximadamente cinco semanas.
Composto pelo epitálamo, tálamo e hipotálamo. O tálamo é separado do epitálamo pelo sulco epitalâmico, e do hipotálamo pelo sulco hipotalâmico.
Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que cruza o terceiro ventrículo – a adesão intertalâmica.
O hipotálamo contém os corpos mamilares.
O epitálamo é formado pela glândula pineal.
A cavidade do diencéfalo é o 3º ventrículo.
Obs: No prosencéfalo não há subdivisão em lâminas alares e basais, porque o sulco limitante se estende cefalicamente somente até o encéfalo médio.
A hipófise origina-se de duas fontes:
1. Divertículo hipofisário (bolsa de Rathke): evaginação do teto ectodérmico do estomodeu; originará a adenoipófise ou lobo anterior (parte glandular).
2. Divertículo neuroipofisário: invaginação do neuroectoderma do diencéfalo; originará a neuroipófise ou lobo posterior (parte nervosa).
Mesencéfalo: é a parte do encéfalo que sofre as menores modificações durante o desenvolvimento. Na parte ventral (tegmento), com um desenvolvimento intenso da formação reticular, observa-se uma continuação da estrutura rombencefálica, enquanto a parte dorsal, constituída pelos colículos superiores e inferiores, pode ser considerada uma continuação das regiões prosencefálicas. Os colículos se originam das lâminas alares e o tegmento se origina das lâminas basais. Os colículos superiores estão relacionados com os reflexos visuais, e os inferiores, com os reflexos auditivos. O tegmento contém os núcleos do terceiro nervo craniano. O núcleo do quarto nervo craniano aparece no istmo rombencefálico.
No período fetal, forma-se uma grande massa de fibras descendentes na região ventral, constituindo o pedúnculo da base. Essas fibras são corticoespinhais (piramidais) e corticonucleares.
Os pedúnculos da base juntamente com a substância negra e o tegmento, formam os pedúnculos cerebrais direito e esquerdo. 
Metencéfalo: as paredes do metencéfalo formam o cerebelo e a ponte, enquanto que sua cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo.
Cerebelo: origina-se de espessamentos dorsais das placas alares do metencéfalo. No início do período fetal, os dois hemisférios cerebelares se unem dorsalmente, formando uma porção mediana, o verme. As partes laterais se expandem e começam a adquirir fissuras antes da metade da vida pré-natal. Comparativamente ao córtex cerebral, o córtex cerebelar se forma pela migração de células da zona matricial, formando as camadas sobrepostas. As células emigradas dispõem-se inicialmente em uma compacta camada cortical (camada granulosa externa), que de modo contrário ao córtex cerebral, ainda se prolifera na vida pós-natal. Essa intensa proliferação da camada granulosa externa é responsável pelo aumento da superfície do cerebelo. No sexto mês de vida intra-uterina.
O cerebelo se liga ao mesencéfalo, à ponte e ao bulbo, pelos pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior, respectivamente, que são constituídos por feixes de fibras. A mielinização dos pedúnculos segue a ordem de formação, começando pelo inferior durante o segundo trimestre, depois pelo superior e, termina, com o médio, pouco antes do nascimento.
É formado pelo vestibulocerebelo (arquicerebelo), constituído pelo lobo floconodular; pelo espinocerebelo (paleocerebelo), constituído pela parte cranial do corpo; e, pelo pontocerebelo (neocerebelo), constituído pela parte caudal do corpo. 
O cerebelo possui dois tipos de substância cinzenta: os núcleos (denteado, globoso, emboliforme e fastigial) e o córtex cerebelar.
É o centro para controle do equilíbrio e da postura.
Ponte: reenvia sinais que ligam a medula espinhal e o córtex cerebral com o cerebelo. Contém os núcleos pontinhos, cocleares e vestibulares, os núcleos sensitivos do nervo trigêmio e núcleo do nervo facial.
Mielencéfalo: as paredes do mielencéfalo formam o bulbo, enquanto que sua cavidade forma a parte inferior do 4º ventrículo.
O teto do encéfalo posterior se torna romboidal,devido à separação das lâminas alares, coberto dorsalmente por uma fina lamela, o véu medular, para a qual os vasos sanguíneos se invaginam, formando os plexos coróides. Assim as lâminas alares e basais ficam dispostas no assoalho do encéfalo posterior. Consequentemente, as áreas motoras (lâminas basais) são mediais às sensitivas (lâminas alares).
Bulbo: porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal.
Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo, possuindo a forma rombóide.
Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à flexura pontina
Contém os núcleos gráceis, medialmente, e os núcleos cuneiformes, lateralmente – áreas isoladas de substância cinzenta, formadas devido à migração dos neuroblastos das placas alares para a zona marginal.
O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso, derivados de células da lâmina basal.
Pirâmide: área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal.
Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos cardíacos, movimentos reflexos e outras funções.
35 dias (embrião): telencéfalo cresce na direção posterior e se superpõe às outras vesículas telencefálicas
44 dias (embrião): crescimento de todas as vesículas encefálicas, as setas representam a direção de crescimento.
A seta pontilhada mostra o crescimento das vias aferentes e eferentes sobre a área insular até a medula espinhal
Crescimento do telencéfalo sobre o diencéfalo, com a formação dos sulcos e giros, e o crescimento do corpo caloso em direção posterior.
6 meses (feto): vesículas telencefálicasse transformaram no córtex cerebral (a seta demonstra a direção do seu crescimento), alguns sulcos já estão se formando
Cérebro adulto
Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais, que unem o encéfalo e a medula espinhal às estruturas periféricas
Derivado de células da crista neural. As fibras motoras que saem da medula começam a aparecer por volta da 4ª semana, formando a raiz nervosa ventral. A raiz nervosa dorsal é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios do gânglio espinhal. A raiz nervosa ventral mais os prolongamentos periféricos das células do gânglio espinhal formam o nervo espinhal (misto). O nervo espinhal divide-se em:
1. Ramo primário ventral: inervação dos membros e da parte ventrolateral da parede do corpo; formam os plexos nervosos principais (braquial e lombossacro).
2. Ramo primário dorsal: divisão menor; inerva a musculatura axial dorsal, as vértebras, as articulações intervertebrais posteriores e a parte da pele das costas.
Os nervos cranianos se formam durante a 5ª e 6ª semana de desenvolvimento, com exceção do nervo olfatório e do nervo óptico, todos os outros nervos cranianos se originam do tronco encefálico. O corpo celular dos neurônios motores está localizado nos núcleos cranianos no tronco encefálico, enquanto o corpo celular dos neurônios sensoriais está localizados em gânglios sensoriais fora do encéfalo.
Nervos cranianos somáticos eferentes:
Seus axônios estão distribuídos para os músculos derivados dos miótomos da cabeça:
1. Nervo hipoglosso (NC XII): inerva os músculos da língua.
2. Nervo abducente (NC VI): inerva o músculo reto lateral do olho.
3. Nervo troclear (NC IV): inerva o músculo oblíquo superior do olho.
4. Nervo oculomotor (NC III): inerva os músculos superior, inferior, retos mediais, oblíquo inferior e levantador da pálpebra do olho.
Nervos dos arcos faríngeos:
1. Nervo trigêmeo (NC V): nervo do primeiro arco faríngeo, é o principal nervo sensitivo da cabeça, inerva também os músculos da mastigação.
2. Nervo facial (NC VII): nervo do segundo arco faríngeo, inerva os músculos da expressão facial.
3. Nervo glossofaríngeo (NC IX): nervo do terceiro arco faríngeo, inerva o músculo estilofaríngeo, as glândulas parótida e lingual posterior, fibras gustativas para a região posterior da língua.
4. Nervo vago (NC X): nervo do quarto e sexto arcos faríngeos, inerva o coração, intestino anterior e médio, os músculos cricotiróideo, constritores da faringe e da laringe.
5. Nervo espinhal acessório (NC XI): inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio.
Nervos sensoriais especiais:
1. Nervo olfatório (NC I): responsável pela olfação.
2. Nervo óptico (NC II): responsável pela visão.
3. Nervo vestibulococlear (NC VIII): constituído por dois feixes de fibras sensoriais: nervo vestibular: responsável pelo equilíbrio; nervo coclear: responsável pela audição.
Linha do tempo
3a semana: Neurulação primária = crânio-lombar
18-19° dia: formação da placa neural
20-21o dia: formação das pregas neurais
22 a 24° dia: Formação do tubo neural
25 a 27° dias: Fechamento do tubo neural (PROBLEMA: espinha bífida; anencefalia...)
5a semana: desenvolvimento do prosencéfalo e SNP (PROBLEMA: holoprosencefalia)
7a semana: neurulação secundária =lombo-sacral
9a semana: proliferação neuronal (PROBLEMA: microcefalia ou macrocefalia)
13a semana: migração neuronal (PROBLEMA: epilepsia)
17a semana: organização (estratificação e formação das sinapses) (PROBLEMA: epilepsia, deficiência cognitiva...)
20a semana e após nascimento: mielinização do SNP (PROBLEMA: retardo no desenvolvimento neuropsicomotor, retardo intelectual, ...)

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