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Direito Constitucional III Letícia Vidal Jaime Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade · Abstrato = forma, finalidade que se leva o processo ao Poder Judiciário, processo constitucional objetivo → Não tem interesse da parte 1. Natureza jurídica: · Processo constitucional objetivo → não há partes em sentido formal, ou seja, não há partes em forma antagônica, não tem relação processual, pois as partes não estão em “guerra”; não há lide. Com lide: Sem lide: Juiz STF Requerente Requerido AGU PGR Autor Réu · Os princípios processuais serem mais para o processo constitucional subjetivo; também não tem como a ver interposição de recurso, pois o processo já está no STF, instância máxima, assim, os princípios processuais serão aplicados com cautela; 2. Finalidade: · Garantia da supremacia da constituição, então, toca norma infraconstitucional que ofenda a CF deverá ter sua validade questionada; 3. Partes: · Elas estão presentes dentro do processo constitucional objetivo, ou seja, ADI, ADC, ADO, mas isso é na teoria, pois cada processo constitucional objetivo tem a sua particularidade. Exemplo: AGU não participa da ADC e ADO 3.1. Competência · Controle concentrado → única instância, única corte que pode fazer o controle de constitucionalidade. Assim, a competência, no Brasil, será do STF → Art. 102, I, CRFB/88 3.2. Legitimidade ativa: Requerente → autor · Quem pode escrever a peça de ADI, ADO E ADC → Autor, ou seja, o requerente A. Previsão normativa: Art. 103, CF B. Legitimados ativos universais: · Possuem capacidade para questionar qualquer norma infraconstitucional dada a sua função institucional, podem fazer qualquer ADI, ADC e ADO. · Ex.: Presidente da república C. Legitimados ativos especiais: · Precisam ter pertinência temática, ou seja, precisam ter uma ligação com a matéria da lei que será questionada. Desta forma, necessitam fundamentar a possibilidade e serem o requerente, demonstrando que a sua função institucional demanda o questionamento da validade da lei em questão D. Capacidade postulatória: · Capacidade de postular em juízo → quem possui capacidade postulatória no Brasil é o advogado · Contudo, existe algo que se chama “capacidade postulatória especial” → Ocorre quando a pessoa não é advogado, mas pode postular em juízo sem o auxílio de um. · Todos os legitimados do art. 103 possuem a capacidade postulatória especial, EXCETO: · Confederações sindicais; · Entidade de classe · Partidos políticos com representação no congresso nacional; Legitimados ativos especiais 1. Governador do estado Não é extensível ao vice. 2. Mesa da assembleia legislativa 3. Entidade de classe: · Entidade de classe é um grupo que possua caráter nacional; · “Grupo” é aquele que se presta apenas para uma única atividade econômica, profissional ou social; · “Atividade econômica” = atividade “empresária” → Associações para a defesa dos interesses · “profissional” como sendo efetivamente os conselhos profissionais → uma única profissão · “social” como sento os grupos de vulneráveis dentro da sociedade → aquelas pessoas que requerem uma proteção maior. · “Caráter nacional” significa que essa entidade de classe precisa estar presente em pelo menos 1/3 do território nacional, PORÉM, se não for possível cumprir com esse requisito por conta das características dessa atividade e se a mesma for relevante para a economia nacional, como por exemplo a ABERSAL, dispensa-se esse requisito 4. Confederações sindicais (CLT) · Caráter nacional; · Não pode ter nada acima delas; · Deve ser criada aos moldes da CLT. Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade · Teoria europeia – EC 16/46 · Controle abstrato = Processo constitucional objetivo 1. O papel do advogado geral da união · AGU Curador do princípio da presunção → defesa da norma impugnada · Só atua em ADI · Princípio de presunção (relativa) da constitucionalidade das normas 2. O papel do procurador geral da república · Dever institucional → Parecer para dar sua opinião em relação a ação de controle abstrato de constitucionalidade → ADI, ADO, ADC. · Parecer não é vinculativo para o órgão julgador 3. Amicus Curiae · “Amigo da corte” · Não é parte no controle abstrato · É o 3º interessado – a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade irá lhe afetar; · Não participa como parte no processo, mas poderá ter voz para explicar a norma · Participação ou decisão do relator
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