Buscar

Apostila de Direito Constitucional III - 2 bimestre

Prévia do material em texto

Direito Constitucional III
2º Bimestre
Letícia Vidal Jaime
Aula 01 – 01/10/19
Avisos: Dia 12/11 não terá aula – Aula será reposta em 26/10
· Política Constitucional Urbana e rural 
Rural = terra: uso-ocupação-domínio-posse
· A CF prevê um direito fundamental que é o direito de propriedade → Regulamentar o uso-ocupação-domínio (título)-posse (exercício) da propriedade
1. Usucapião constitucional de área urbana (Art. 183, CRFB/88)
· Art. 183 – Área Urbana
· Garantia de justiça social.
· Não pode usucapião de terras públicas, ainda que em área urbana. 
a. Requisitos: 
· Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente + posse mansa (ninguém pode se opor/abrir processo judicial contra o exercício de posse) + posse pacífica (sem violência – ninguém tentar tirar o indivíduo de lá);
· Tamanho da propriedade → terreno de no máximo 245 a 250 m2;
· Pessoal → A pessoa que requer a usucapião mão pode ter nenhum título de propriedade urbana ou rural;
· Destinação → Tem que ser necessariamente destinado a moradia.
b. STF → Marco para cumprimento do requisito tempo → CRFB/88
2. Política Agrícola e fundiária e da reforma agrária (Art. 184, 191, CRFB/88)
· Art. 184 – Área Rural
· Compatibilizadas com o plano nacional de política agrícola e da reforma agrária.
a. Terras públicas → a terra dos entes federativos (união, estados, Distrito Federal, municípios), bem como a terra da administração pública indireta (INSS, Petrobrás, Correios etc.)
· Estas terras não podem sofrer usucapião, mas o poder público pode redistribuí-las, fazendo delas objeto de reforma agrária;
b. Terras devolutas → São terras (propriedades) grandes de particular, sem destinação econômica social e/ou ambiental (é o “terreno baldio”) → Terras que não cumprem função socioambiental; também fazem parte do plano nacional de reforma agrária; 
· Não pode ter reforma agrária em terra devoluta que seja pequena e média propriedade (Lei 8.629/93).
2.1. Reforma agrária (Arts. 184 e 185, CRFB/88 + Lei 8.629/93 + Lei 13.001/14)
· É previsão constitucional
· Quem efetiva a reforma agrária no Brasil? A União.
a. Conceito: O que é reforma agrária? É o conjunto de notas e planejamentos estatais (política pública) → Intervenção do estado na economia brasileira → Repartição das terras rurais/renda fundiária
b. Competência: Exclusiva da união.
c. Procedimento: 
· União pega terra devoluta e coloca dentro de um Decreto (feito pelo presidente) falando que esta terra devoluta de particular tem interesse social para fins de reforma agrária.
· O decreto segue para o proprietário da terra devoluta, que pode fazer sua defesa/a defesa de sua propriedade, alegando ao poder publico que ele está dando uma destinação econômica a propriedade
· Se o poder público não se convencer da defesa, a União, por intermédio do presidente, abre uma ação judicial chamada ação de desapropriação para fins de reforma agrária e desapropria a terra devoluta para fazer a reforma agrária.
d. Requisitos para fazer a reforma agrária:
I. Imóvel que não esteja cumprindo a sua função (destinação) socioambiental; → Expropriação = tirar a propriedade;
II. Prévia (antes da transferência) e justa indenização para o proprietário; → O poder público vai pagar a justa e prévia indenização por meio de precatório rural = títulos da dívida rural, que são emitidos ao final da ação de desapropriação → O poder público teria até 20 anos após a emissão, contados a partir do seu 2º ano. Ou seja, o proprietário teria recebimento do valor em até 20 anos (Se o proprietário não concordar com o valor da indenização, não há recurso, não há como reclamar) → É TEORIA, NA PRÁTICA NÃO FUNCIONA → Precatório rural também tem ordem;
III. Tudo que o proprietário tiver feito em relação a benfeitorias úteis e necessárias dentro do imóvel, serão pagas em dinheiro e não em precatório;
IV. Necessidade do decreto da união declarando a propriedade de interesse social;
V. Isenção de pagamento de imposto/tributo para a transferência da propriedade.
2.2. Usucapião constitucional de área rural (art. 191, CRFB/88)
· Reforma agrária quem faz é o poder público;
· Usucapião de área urbana ou rural quem faz é o particular;
a. Requisitos: 
· Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente;
· Tamanho → Não pode ser superior a 50 hectares;
· Destinação → Deve ser para moradia ou para fins econômicos;
· Aspecto subjetivo → não pode ser proprietário de nenhum outro imóvel (rural ou urbano);
· Especial → Tem que tornar produtiva a referida propriedade, ainda que seja produção para a subsistência;
Aula 02 – 04/10/19
Controle de Constitucionalidade
1. Noções introdutórias
a. Controle de constitucionalidade → Invalidade da norma
b. Compatibilização vertical das normas do ordenamento jurídico → Fundamento de validade → Logo acima = toda normativa terá que respeitar seu fundamento acima
c. Observar se a lei ou ato normativo estão respeitando a CRFB/88
d. Controle de constitucionalidade → Controle de convencionalidade → Controle de legalidade
2. Pressupostos
a. Constituição formal → Escrita (Há a necessidade de se ter um norteador do fundamento de validade) + formato de constituição (dentro → Poder constituinte originário + poder constituinte derivado reformador)
Poder constituinte originário
· Inicia o estado democrático de direito
· É inicial;
· Autônomo
· Para sempre;
· Incondicionado/ilimitado
· Faz controle de constitucionalidade 
Poder constituinte derivado reformador (emenda a constituição)
· Derivado/secundário
· Dependente
· Condicionado e limitado pelo poder constituinte originário e pelas emendas anteriores
· Sofre e faz controle de constitucionalidade 
b. Constituição rígida:
· Quórum para alteração diferenciado das leis → Art. 5º, § 3º, CRFB/88;
· A alteração é por quórum ultra qualificado;
· Eficácia social
· Supremacia constitucional 
c. Existência de um poder competente para exercer o controle 
· Tipicamente exercido pelo poder judiciário;
· É o tipo de controle pego dos EUA e da Europa
· Atipicamente/excepcionalmente faz controle:
· Poder legislativo
· Poder executivo
3. Tipos de inconstitucionalidade
· Classificações não Excludentes:
· Uma lei tida por inconstitucional pode ser classificada de diversas formas:
3.1. Inconstitucionalidade quanto ao tipo de conduta
· A conduta vai ser do poder público
a. Inconstitucionalidade por Ação
· Atos do poder público (poder legislativo – lei) incompatíveis com a constituição;
· Incompatíveis = desrespeitando seu fundamento de validade;
b. inconstitucionalidade por omissão
· Constituição manda o poder público fazer algo e ele não faz, ou faz de maneira incompleta;
· Norma constitucional de eficácia limitada (absoluta)
· Previsão do direito – CRFB/88
· Intermediador → Lei → Exercício na prática
absoluta/total
relativa
parcial
Surgimento: 
· Constituição da Iugoslávia (1974) + Constituição de Portugal (1976)
Brasil:
· 2 Remédios jurídicos quando ocorre inconstitucionalidade por omissão:
· Mandado de injunção – quando a omissão do poder público afeta diretamente o indivíduo – Processo constitucional subjetivo(eu/sujeito)
· ADO (Art. 103, CRFB/88) – Processo constitucional objetivo
Aula 03 – 08/10/2019
Tipos de inconstitucionalidade
1. Inconstitucionalidade quanto ao tipo de conduta
· Poder público → Ação: ADI
· Comissiva → Ação do Estado
· Omissão → Vazio normativo
· Erosão da consciência constitucional → atitude do legislador → perda da força normativa da constituição 
1.1. Inconstitucionalidade por omissão
A) Omissão total:
· Omissão: ADO
· Total = com relação às normas constitucionais de eficácia limitada
· Vazio normativo, não tem lei/ato normativo
B) Omissão parcial:
· Existe norma, mas a norma é incompleta
· Existe a lei, porém, é incompleta porque não atende aos fins para o qual foi criada
· Exemplo: Lei do salário mínimo
· Não pode ser atrelada à pessoa, e sim à norma. Não vai recair na falta de alguém dentro dessa norma → Isso é omissão relativa
C) Omissão Relativa:
· Existe norma, mas ela é incompleta porque falta alguma pessoa dentro de sua previsão.
· Afeta a igualdade prática;
· Exemplo: lei demajoração de salário e essa lei esquece de uma classe.
2. Inconstitucionalidade quanto à norma constitucional ofendida
· Norma constitucional → Manda → poder legislativo → Quem pode fazer a lei? Presidente, CN ou TJ → Como? Processo Legislativo → O que pode estar dentro da lei? Qual a matéria que pode estar dentro da lei.
2.1. Inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica 
· Quem faz a lei pode andar, assim como o processo legislativo “anda.
· Quem pode fazer a lei?
· Como? Processo Legislativo
A) Inconstitucionalidade formal subjetiva: 
· A “pessoa”, o sujeito que está errado
· A pessoa que fez a lei ou o ato normativo não poderia ter feito
· O legislativo, o parlamentar, congressista pode fazer: lei, decreto legislativo, emenda constitucional.
B) Inconstitucionalidade forma objetiva:
· Não respeita o processo legislativo
· Há um desrespeito para com o processo legislativo.
· Desrespeita o quórum específico, por exemplo.
· Não respeitou o que a lei mandou com relação ao seu processo legislativo.
· Se há a veiculação de outro tipo normativo e o processo constitucional legislativo dele era outro
· Art. 159, § 3º;
2.2. Inconstitucionalidade material ou nomostática
· É aquela lei ou ato normativo que viola a matéria da constituição;
· Hipótese: ela respeitou o processo legislativo, bem como a pessoa que fez era apta para tanto → inconstitucionalidade dentro da lei, por exemplo, tem um artigo nela que prevê o nepotismo.
3. Inconstitucionalidade quanto à extensão
· Vai pressupor a inconstitucionalidade por ação, pois tem-se a premissa da existência de lei ou ato normativo, assim, inconstitucionalidade por ação.
3.1. Inconstitucionalidade total
· Todo ato normativo ou lei devem ser considerados inconstitucionais, nada “sobrevive”
3.2. Inconstitucionalidade parcial
· Parcela da lei ou ato normativo são constitucionais e a outra parcela é inconstitucional;
· Parcela = um capítulo, uma sessão, um artigo, um inciso, uma alínea, um parágrafo e até mesmo uma palavra da lei pode ser considerada inconstitucional, porém, nesse último caso, desde que não altere o seu sentido.
· Veto (presidente não concorda) jurídico parcial não pode recair sobre uma palavra, somente sobre um capítulo, uma sessão, um artigo, um inciso, uma alínea ou um parágrafo.
Inconstitucionalidade Parcial: 
· Lei X está vigente
· Pode haver a inconstitucionalidade de uma palavra
Veto jurídico parcial:
· Projeto de lei X não tem vigência
· Não pode recair sobre uma palavra
4. Inconstitucionalidade quanto ao momento:
5. Objeto = controle de constitucionalidade 
5.1. Inconstitucionalidade originária
· A lei ou ato normativo já nasceu inconstitucional porque vão desrespeitar a CRFB/88 desde o começo, desde a sua promulgação (“nascimento”)
· Significa que para ter essa inconstitucionalidade a lei me questao precisa ser posterior à 1988, ou seja, à promulgação da constituição;
· Todas as leis que forem anteriores à CRFB/88 estarão sujeitas a recepção ou a não recepção, assim, se for constitucional e estiver de acordo com o parâmetro da CF de sua época = recepção, se não for, não recepção.
Aula 04 – 11/10/19
Tipos de inconstitucionalidade
4.2. Inconstitucionalidade superveniente
· A norma é recepcionada, mas pode ser objeto posterior de controle de constitucionalidade
· Teoria portuguesa → não aplicação no Brasil
· Exceção: 2 casos.
· Excepcionalmente → Inconstitucionalidade superveniente: A norma é recepcionada e posteriormente sofre controle de constitucionalidade;
· 1. Alteração das circunstâncias fáticas → Alteração nos valores da sociedade
· 2. Alteração da jurisprudência 
CRFB/88
Leis/atos normativos infraconstitucionais
Atos administrativos; negócios jurídicos; sentenças
4. Inconstitucionalidade quanto ao prisma de apuração 
5.1. Inconstitucionalidade direta/imediata/antecedente
· Inconstitucionalidade de uma lei/ato normativo diretamente à CRFB/88
5.2. Inconstitucionalidade indireta/mediata
· Inconstitucionalidade não está diretamente ligada à CRFB/88 → Ato normativo
· No Brasil, não se aplica a inconstitucionalidade indireta/mediata por o ato intermediador faz controle de constitucionalidade;
· Inconstitucionalidade precisa estar ligada diretamente a CRFB/88
a) Consequente 
· Ato é constitucional em um primeiro momento, porém a lei que o interliga com a CRFB/88 é inconstitucional e, por consequência, o ato também será inconstitucional
b) Oblíqua/reflexa
· Lei/ato normativo que intermedia é constitucional, porém, o negócio jurídico/sentença/ato normativo é inconstitucional
Classificações do controle de constitucionalidade
1. Modelos de controle
1.1. Modelo inglês 
· Modelo de inexistência de controle de constitucionalidade 
	Poder Político
	Poder Judicial/judiciário
	Poder legislativo, poder executivo ou 4º poder
	Norte-americano
	Modelo francês 
	Europeu
1.2. Modelo Francês 
· Conselho constitucional francês;
· 9 membros escolhidos pelo legislativo;
· O poder executivo permite que haja composição dos ex-presidentes da França
Aula 05 – 18/10/19
1.3. Modelo norte-americano
· Todo e qualquer juiz ou tribunal pode fazer o controle de constitucionalidade (controle difuso)
· Controle difundido/diluído → Não é uma única pessoa que pode exercer o controle
· Feito pelo Poder Judiciário
· Controle subjetivo: não aplica no meu direito, por exemplo, em um contrato
· Controle concreto: forma de levar a argumentação da inconstitucionalidade ao poder judiciário para defender o seu bem jurídico
· 3º grau: Suprema corte (não é a única corte)
· 2º grau: controle
· 1º grau: controle
· Princípio do Stare decisis 
· Quando um caso concreto chega à suprema corte, afeta todos, não apenas as partes.
· Efeito Erga Omnes
1.4. Modelo europeu *exceção: francês
· Criação de um órgão do poder judiciário
· Cortes/tribunais constitucionais (concentrado)
· É feito pelo Poder Judiciário → modo de suscitar a questao de inconstitucionalidade
· Única Corte que faz o controle → Controle concentrado 
· Alemanha, Itália, Espanha, Portugal;
· Controle Difuso (EUA) → Controle concreto → Processo constitucional Subjetivo (tem interesse dos sujeitos)
· Controle concentrado (europeu) → Controle Abstrato (“está no mundo das ideias) → Processo constitucional Objetivo (Sem parte alguma)
· Controle abstrato → Sem caso concreto → ver se tem harmonia entre a legislação infraconstitucional e a CF. Ex.: Caso de prisão em 2ª instância.
1.5. Modelo brasileiro
· Pelo Poder judiciário
· Modelo Misto/eclético
· Modelo americano, sem princípio do stare decisis → Apelação (recurso extraordinário) na suprema corte tem efeito inter partes (Art. 52)
· Agrega o modelo norte-americano + agrega o modelo europeu também
· Tem efeito interpartes
· Recurso extraordinário: vai para o STF
· Se manter no 1º grau, não há efeito Erga Omnes
	Última Instância
	Corte constitucional
	· Sem princípio do Stare decisis;
· Recurso Extraordinário;
· Modelo Americano
	· Modelo Europeu;
· Única instância para fazer controle abstrato
	Poder Judiciário
	Poder político
	· Todo e qualquer juiz ou tribunal 
X
· Uma única corte destinada para este fim
	· Poder legislativo
· Poder executivo
· 4º Poder (conselho constitucional francês)
	Em relação ao poder judiciário
	Local do modelo 
	Modo de sustentar a questão da inconstitucionalidade
	Controle difuso
	Modelo norte-americano
	Controle concreto
	Controle concentrado
	Modelo Europeu
	Controle abstrato
1.6. Modelo Austríaco
· Poder judiciário – 1ª corte
Norma inconstitucional
Vício na validade
Anulável (Áustria)
Lei produz efeito
Válido até a decisão
Decreta nula
Ex.: casório
Nula:
Lei não pode produzir efeitos válidos
Declara nula
Ex.: Nascimento
 
Aula 06 – 22/10/19
1.7. Modelo suíço
· Tese de nulidade
· Poder judiciário
· Leis locais
· Leis dos camões suíços 
· Poder político (assembleia nacional)
· Leis nacionais/federais 
1.8. Modelo Brasileiro
· Controle de constitucionalidade tipicamente feito pelo poder judiciário
· Perspectiva do modelo norte-americano e europeu
· Nulidade da norma inconstitucional (ex tunc)
· Normajá em vigência → controle repressivo
Classificação dos controles de constitucionalidade 
1. Quanto ao momento do exercício de controle
1.1. Controle preventivo
· Modo atípico/excepcional;
· Controle feito da norma infraconstitucional antes de sua vigência → Controle do projeto
· Não tem declaração de inconstitucionalidade (norma sem existência) → Afastamento do possível vício de inconstitucionalidade
· Declaração de inconstitucionalidade = declaração de invalidade
· Declaração de invalidade:
· prevista ou não prescrita em lei
· Competente
· Lícito, possível, determinado ou determinável → respeitar a matéria da CRFB/88
a. Pelo poder legislativo
· pode fazer controle preventivo
· Art. 58, CF/88;
· CCJ e CCJR
· Se não é aprovada, vai pro arquivamento
· CCJ e CCJC
· Afastamento da inconstitucionalidade = arquivamento
b. Pelo poder executivo
· Faz por intermédio de Veto jurídico do chefe do executivo – Art. 66, § 1º, CF/88
c. Pelo poder Judiciário
· Previsto no art. 60, § 4º, CF/88 (cláusulas pétreas)
· Recai nas cláusulas pétreas
· Cláusulas pétreas não podem ser violadas → o único meio de “violar” seria por PEC que diminua o número de cláusulas pétreas ou que desapareça com elas. → Um parlamentar da casa (onde o projeto está) pode impetrar mandado de segurança contra o simples processamento de uma PEC que viole cláusulas pétreas → O poder judiciário faz controle quando julga o Mandado de segurança
· Aprovação de PEC (Art. 5º, § 3º) → 3/5 dos membros da casa, em 2 turnos de votação
· 1) Câmara de deputados → 3/5
· 2) Senado → 3/5
· 3) Câmara de deputados → 3/5
· 4) Senado → 3/5
· Nas cláusulas pétreas decorrentes das expressas implícitas
1.2. Controle repressivo
· Declaração de inconstitucionalidade
· Norma existe, mas tem um vício insanável em sua validade 
· Inconstitucionalidade = invalidade (a norma existe, mas é inválida) → Não perde a existência!
· Regra geral: 
a. Pelo poder legislativo
· Forma atípica/anormal de controle de constitucionalidade no Brasil
· Controle político de constitucionalidade no Brasil
· Lei delegada 
· Medida provisória
b. Pelo poder executivo
· Forma atípica/anormal de controle de constitucionalidade no Brasil
· Controle político de constitucionalidade no Brasil
c. Pelo poder judiciário 
· Forma típica, normal de controle repressivo no Brasil
Aula 07 – 25/10/19
Controle repressivo 
· Lei em vigência → Declaração da inconstitucionalidade → Validade
· Atipicamente: 
· Poder executivo
· Poder legislativo
· Lei delegada → decreto legislativo
· Não aprovando medida provisória
· Faltar urgência e relevância
· Decurso de prazo
· Tipicamente:
· Poder judiciário 
Classificações do controle de constitucionalidade
1. Quanto a competência do órgão de controle jurisdicional
· Controle jurisdicional = Poder judiciário → Típica de controle repressivo
· Regra: Controle repressivo pelo poder judiciário
1.1. Controle concentrado ou reservado
· Uma única corte constitucional
· Erga omnes
a. Pressupostos
· Inexistência do princípio do stare decisis
· Cortes constitucionais → Homens do povo
b. Conceito
· Uma única corte
· Modelo europeu (EC 16/65)
1.2. Controle difuso ou aberto
· Todos os órgãos do poder judiciário
· Todo e qualquer juiz ou tribunal
· Inter partes
· Norte-americana (1891)
· Sem o princípio do stare decisis
2. Quanto a forma (modo/finalidade) de controle jurisdicional
2.1. Controle concreto por via incidental/por via de exceção/por via de defesa
· Contestação
a. Conceito
· Processo constitucional subjetivo → Direito da parte
b. Inconstitucionalidade/Constitucionalidade
· É um pressuposto lógico para o juiz decidir o caso concreto → Para garantir o seu direito, a parte alegará constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma → que não se aplica.
2.2. Controle Abstrato/por via principal/via de ação/via direta
a. Conceito
· Processo constitucional objetivo → Não existe interesse das partes → Garantia da supremacia da constituição
· Faz análise da constitucionalidade das normas infraconstitucionais 
b. Inconstitucionalidade/Constitucionalidade
· É o ponto central do processo
· Fundamentação jurídica + Pedidos 
REGRA → Controle repressivo pelo poder judiciário 
	Em relação à competência do órgão
	Tipo de processo que se leva ao poder judiciário
	
	Controle difuso
· Todo e qualquer juiz ou tribunal
· Inter partes
	Controle concreto
· Processo constitucional subjetivo → Em todo tipo de processo
· 1891
	EUA
	Controle concentrado
· Uma única corte constitucional
· Erga Omnes
	Controle abstrato
· Processo constitucional objetivo
· ADI, ADC, ADO
	EUROPEIA
***** No Brasil, o controle difuso é exercido de forma concreta.
**** No Brasil, o controle concentrado é exercido de forma abstrata.
*** EXCEÇÃO: No Brasil, tem uma hipótese de controle concreto concentrado. (Art. 36, III, CRFB/88) – ADI Interventiva
Apresentar Petição Inicial ao Poder Judiciário
	1 - Endereçamento
	2- Legitimidade Ativa
	3- Nome da peça
	4- Legitimidade passiva (falar sobre o réu)
	5- Fatos (Falar sobre os fatos)
	6- Fundamentação jurídica → Alegação de inconstitucionalidade
	7- Pedidos → Bem jurídico do autor → Direito da parte
	8- Provas
Aula 08 – 26/10/19
Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade
· Abstrato = forma, finalidade que se leva o processo ao Poder Judiciário, processo constitucional objetivo → Não tem interesse da parte 
1. Natureza jurídica:
· Processo constitucional objetivo → não há partes em sentido formal, ou seja, não há partes em forma antagônica, não tem relação processual, pois as partes não estão em “guerra”; não há lide.
Com lide:						Sem lide:
Juiz
STF Requerente Requerido AGU PGR
Autor
Réu
· Os princípios processuais serem mais para o processo constitucional subjetivo; também não tem como a ver interposição de recurso, pois o processo já está no STF, instância máxima, assim, os princípios processuais serão aplicados com cautela;
2. Finalidade:
· Garantia da supremacia da constituição, então, toca norma infraconstitucional que ofenda a CF deverá ter sua validade questionada;
3. Partes:
· Elas estão presentes dentro do processo constitucional objetivo, ou seja, ADI, ADC, ADO, mas isso é na teoria, pois cada processo constitucional objetivo tem a sua particularidade. Exemplo: AGU não participa da ADC e ADO
3.1. Competência
· Controle concentrado → única instância, única corte que pode fazer o controle de constitucionalidade. Assim, a competência, no Brasil, será do STF → Art. 102, I, CRFB/88
3.2. Legitimidade ativa: Requerente → autor
· Quem pode escrever a peça de ADI, ADO E ADC → Autor, ou seja, o requerente
A. Previsão normativa: Art. 103, CF
B. Legitimados ativos universais:
· Possuem capacidade para questionar qualquer norma infraconstitucional dada a sua função institucional, podem fazer qualquer ADI, ADC e ADO.
· Ex.: Presidente da república 
C. Legitimados ativos especiais:
· Precisam ter pertinência temática, ou seja, precisam ter uma ligação com a matéria da lei que será questionada. Desta forma, necessitam fundamentar a possibilidade e serem o requerente, demonstrando que a sua função institucional demanda o questionamento da validade da lei em questão
D. Capacidade postulatória:
· Capacidade de postular em juízo → quem possui capacidade postulatória no Brasil é o advogado
· Contudo, existe algo que se chama “capacidade postulatória especial” → Ocorre quando a pessoa não é advogado, mas pode postular em juízo sem o auxílio de um.
· Todos os legitimados do art. 103 possuem a capacidade postulatória especial, EXCETO:
· Confederações sindicais;
· Entidade de classe
· Partidos políticos com representação no congresso nacional;
Legitimados ativos especiais
1. Governador do estado
Não é extensível ao vice.
2. Mesa da assembleia legislativa
3. Entidade de classe: 
· Entidade de classe é um grupo que possua caráter nacional;
· “Grupo” é aquele que se presta apenas para uma única atividade econômica, profissional ou social;
· “Atividade econômica” = atividade “empresária” → Associações para a defesa dos interesses
· “profissional” como sendoefetivamente os conselhos profissionais → uma única profissão 
· “social” como sento os grupos de vulneráveis dentro da sociedade → aquelas pessoas que requerem uma proteção maior.
· “Caráter nacional” significa que essa entidade de classe precisa estar presente em pelo menos 1/3 do território nacional, PORÉM, se não for possível cumprir com esse requisito por conta das características dessa atividade e se a mesma for relevante para a economia nacional, como por exemplo a ABERSAL, dispensa-se esse requisito
4. Confederações sindicais (CLT)
· Caráter nacional;
· Não pode ter nada acima delas;
· Deve ser criada aos moldes da CLT.
Aula 09 – 29/10/19
Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade
· Teoria europeia – EC 16/46
· Controle abstrato = Processo constitucional objetivo
1. O papel do advogado geral da união 
· AGU Curador do princípio da presunção → defesa da norma impugnada
· Só atua em ADI
· Princípio de presunção (relativa) da constitucionalidade das normas 
2. O papel do procurador geral da república
· Dever institucional → Parecer para dar sua opinião em relação a ação de controle abstrato de constitucionalidade → ADI, ADO, ADC.
· Parecer não é vinculativo para o órgão julgador
3. Amicus Curiae
· “Amigo da corte”
· Não é parte no controle abstrato
· É o 3º interessado – a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade irá lhe afetar;
· Não participa como parte no processo, mas poderá ter voz para explicar a norma
· Participação ou decisão do relator
Ação direta de inconstitucionalidade
1. Previsão normativa
· CRFB/88 – Art. 102, I, “a”
· Lei 9.868/99 → ADI, ADC, ADO
· Exercício → peça → Técnica processual
2. Competência → controle abstrato
· STF → Art. 102, I, “a”
3. Peculiaridades
a. Súmula 360, STF
· Não há prazo prescricional/decadencial para a proposição de uma ADI;
· Lapso temporal para questionar a inconstitucionalidade → todas as normas posteriores a 1988;
b. Instância probatória e fática
· Análise das provas e dos fatos;
· 30 dias;
· Limitada pelo art. 6º e 9º, lei 9.868/99
c. Da decisão final da ADI:
· Não cabe recurso;
· Não se altera o mérito da decisão 
· Embargos de declaração 
· Obscuridade
· Omissão
· Dúbio (levantou dúvidas)
· STF “explicar melhor”
ADI
	1) Endereçamento → STF
	2) Requerente (autor) → Legitimado do art. 103, CRFB/88
	3) Nome da Peça → ADI
	4) Requerido → Poder público
	5) Hipótese de cabimento
5.1) Da competência originária (Art. 102, I, “a”)
	5.2 ) Da legitimidade ativa → Art. 103 → Pertinência temática
	5.3 ) Cabimento da ação 
	6) Fundamentação jurídica → parâmetro + objeto 
Aula 10 – 01/11/19
Ação direta de inconstitucionalidade
1. Parâmetro (menos o preâmbulo)
· Norma de referência da CRFB/88 → Toda a CRFB/88
· Norma constitucional tida por violada
· Aberto → Há a possibilidade de o STF analisar toda a CRFB/88 frente a norma impugnada → STF não está adstrito ao parâmetro levantado na ADI
2. Objeto
· Norma infraconstitucional que está condicionada a CRFB/88 → Fechado. STF adstrito ao objeto levantado em Adi → não pode analisar além
· Fechado → Inconstitucionalidade por arrastamento → Exceção ao objeto fechado
a. Podem ser objeto:
· EC (Parâmetro + objeto)
· Lei vigente
· Medida provisória + decreto presidencial
· Decreto-legislativo
· Regimento interno dos tribunais + resoluções CNJ/CNMP
· Atos administrativos diretamente ligado a CRFB/88
B. Não podem ser objeto:
· Ligar parâmetro ao objeto
· Normas constitucionais originárias
· Poder constituinte originário → Parâmetro
· Atos secundários (AA; NJ; S) → Legalidade 
· Normas anteriores à CRFB/88 → Recepção ou não-recepção
· Leis já revogadas (já perdeu a existência) ou lei temporária cuja qual já passou seu lapso temporal → FRAUDE PROCESSUAL 
· Fraude processual → Revogações sucessivas com claro intuito de burlar a jurisdição constitucional.
C. Limitação espacial (súmula 642, STF)
· Leis distritais podem advir da competência estadual do DF; não podem advir da competência municipal do DF.
3. Questões gerais
a) Súmula 360, STF → Declaração de inconstitucionalidade = atos nulos de pleno direito
· Para ADI, não se aplicam prazos prescricionais e/ou decadenciais
b) Recursos: não existem recursos da decisão de ADI → Não se altera o mérito
· Obscura, dúbia, incompleta → Melhor explicar
· Instrumento processual: Embargos de declaração
c) Princípios do processo subjetivo → Só são aplicados com cautela!
· Regulamentação do processo de ADI → Lei 9.868/99 – princípios próprios → Subsidiariamente CPC
	· I – Inconstitucionalidade por arrastamento → Exceção; ampliar o objeto da ADI
· II – Efeito repristinatório tácito
· III – Teoria da modulação/temperamentos dos efeitos da decisão final
· IV – Teoria dos efeitos transcendentes dos motivos determinantes
4. Processo da ADI
a) Requisitos da petição inicial
· Art. 3º e 4º, Lei 9.868/99
· Parâmetro + objeto
b) inconstitucionalidade por arrastamento (exceção ao objeto fechado)
· STF arrasta;
· Existe um ato normativo diretamente ligado e dependente do objeto da ADI, neste caso, há a possibilidade de o STF arrastar tal norma para dentro do objeto da ADI.
S. Tutela de urgência 
a) conceito: Antecipação dos efeitos da decisão
· Decisão prelária (pode ser alterada a qualquer tempo);
· Antecipar a declaração de inconstitucionalidade → Suspender a validade da norma → Liminar → Efeito ex nunc – erga omnes → Efeito vinculante, gera suspensão de todos os processos que estão no STF tendo a norma suspensa como objeto 
· Declaração → “retiro” a validade da norma → final;
b) Quórum de votação
· Regra geral: 6 ministros
· Exceção: decisão monocrática – um ministro concedendo a liminar → Urgência extrema; relesso
Aula 11 – 05/11/2019
Liminar 
· Suspensão da validade da lei ≠ Declaração da invalidade
· Declaração da invalidade:
· Definitiva → erga omnes + vinculante
· Decisão final
· Ex tunc (nascimento da lei)
· Suspensão da validade da lei:
· Precária = temporária → Tutela de urgência → Erga omnes + vinculante → Não aplicação da lei
· Quórum: 6 ministros. Exceção: monocrático
· Suspende todos os processos que se encontram a lei questionada somente no STF. 
Ação direta de inconstitucionalidade
1. Tutela de urgência
a. Efeitos
· Erga omnes;
· Vinculante (decisão atingir o poder público)** 
· Efeito vinculante também vale para decisão definitiva
· Ex nunc (Suspensão da validade da lei irá valer a partir do momento que o STF conceder a liminar) 
b. Efeito repristinatório tácito
· Lei revogada por uma outra lei que está suspensa, em caráter liminar, por ser objeto de uma ADI, volta a ter existência, validade e eficácia.
· Repristinação = instituto que dá vida novamente a uma lei revogada
· Volta a ter vida → Existência, validade e eficácia.
· É proibida no Brasil 
2. Decisão final
· Declaração de inconstitucionalidade (= invalidade)
a. Quórum
· Concessão da ADI → Declaração de inconstitucionalidade → 6 ministros
· 1º Quórum de votação: 6 ministros
· 2º quórum de instalação da sessão (efeitos): 8 ministros em plenário
b. Efeitos
· Erga Omnes
· Vinculante (2 órgãos não-vinculados):
· 1º poder legiferante (poder de fazer normas)
· 2º poder legiferante: ADI ser julgada improcedente (norma-objeto constitucional)
· Ex tunc → Exceção: teoria da modulação ou do temperamento dos efeitos da decisão
· Não pode ter produzido nenhum efeito válido.
· Garantir segurança jurídica + estabilidade das relações sociais:
· Ex tunc → ex nunc
· Ex tunc → pro futuro
c. Partes da decisão
Decisão da ADI
	Relatório = resumo da ação, do processo da ADI
	Fundamentação = motivos que ensejarão a declaração de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade; a razão jurídica 
	Dispositivo = é a decisão propriamente dita; é a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade; a única parte que vincula e recai efeitos ex tunc e ex nunc, consta no dispositivo.
d. Teoria dos efeitos transcendentes dos motivos determinantes: As partes da decisão que vinculam aos efeitos: fundamentação + dispositivo
· NÃO É ADOTADA NO BRASIL. SOMENTE É ADOTADA PELO MINISTRO GILMAR MENDESe. Decisão ADI e ADC
· Julgamento conjunto de ADI e ADC que tenham a mesma norma-objeto.
· ADI improcedente – ADC procedente (norma-objeto constitucional)
· ADI procedente – ADC improcedente (norma-objeto inconstitucional)
Aula 12 – 08/11/19
Ação declaratória de constitucionalidade
1. Introdução
a. Criação: Ec 03/93
b. Previsão: Art. 102, I, “a” + Lei 9.868/99
c. Natureza: Processo constitucional Objeto (abstrato)
2. Pressuposto: controvérsia judicial relevante → Controle concreto + Tribunais de Justiça
a. Princípio da presunção de constitucionalidade das normas
· Relativa → ADI, ADC
3. Finalidade
· Ratificar a presunção de constitucionalidade das normas
· Afastar a insegurança jurídica
· Interpretação homogênea 
4. Legitimidades
a. Ativa → Art. 103 → = ADI→ Universais, especiais;
b. Passiva → Inexistente → “em face das controvérsias judiciais relevantes”
c. AGU → Não atua
d. PGR → Parecer em 15 dias
5. Competência → controle concentrado → STF
6. Parâmetro (= ADI) → Toda a CRFB/88 com força normativa
7. Objeto → é mais restrito que o da ADI. Assim, o objeto da ADC são somente as normas nacionais e federais.
8. Medida cautelar → declaração de constitucionalidade.
· Efeito vinculante: vai gerar a suspensão de TODOS os processos que envolvam a norma objeto em todas as instâncias do Poder Judiciário. STF tem 180 dias para julgar a ADC se houver liminar. 
· Intercorrência temporal não importa aqui, ou seja, não se fala em ex nunc e ex tunc.
· Efeito erga omnes
9. Decisão final → Se tiver liminar, 180 dias.
· Efeitos:
· Sem efeitos temporais (ex tunc ou ex nunc), pois não faz sentido;
· Erga Omnes (para todas as pessoas será aplicada a norma)
· Vinculante (todos os poderes públicos estão vinculados pela concessão da ADC, com exceção do plenário do STF e o poder legiferante)
· Retificação da constitucionalidade → Declaração de constitucionalidade
Aula 13 – 19/11/19
Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO)
1. Introdução
· Semelhante a ADI, mas com caráter especial.
· Não tem vinculação constitucional, pois não há legislação.
· ADO é instrumento que vem para acabar com a erosão da consciência constitucional, ou seja, o poder legislativo não se sente vinculado e não legisla sobre um determinado assunto.
· Premissa: Existência de norma que precisa de complementação = Norma constitucional de eficácia limitada.
· Norma constitucional de eficácia plena = previsão + exercício direto, não necessita de complementação
· Norma constitucional de eficácia contida = previsão + exercício direto; pretende ser norma de eficácia plena, mas o poder legislativo pode limitar, legislar, complementar;
· Prevista no art. 103, § 2º, CRFB/88;
· ADO é mais sério que a ADI.
· PGR (parecer) → ADI, ADC, ADO.
· AGU → ADI → Curador da presunção de constitucionalidade das normas infraconstitucional
a) Criação → Remédio previsto na CRFB/88 + Lei 9.868/99 
· ADI → EC 16/96 → Em face + requerido
· Efeitos: Erga omnes + vinculante + ex tunc
· ADO → CRFB/88 → Em face da omissão + requerido
· Efeitos: 
· ADC → EC 03/93 → Em face das controvérsias judiciais relevantes
· Efeitos: Erga omnes + vinculante
· Todas têm previsão constitucional, mas são regulamentadas pela lei 9.868/99 (liminar)
b) Objetivos
· Acabar com a inércia do poder público (fazer com que haja a feitura de norma);
· Garantir a força normativa + supremacia da CRFB/88 + sanar a lacuna inconstitucional
2. Competência → STF – Art. 102, I, “a”
3. Parâmetro → São normas da constituição que dependam de intermediação legislativa para ter o seu exercício (normas constitucionais de eficácia limitada)
4. Objeto 
· Omissão inconstitucional do poder público (poder público tinha que fazer alguma coisa, mas não fez);
· É um “non facere” do poder público;
· Pode ser omissão total ou parcial;
· Declaração de mora do poder público → prazo razoável para edição da norma infraconstitucional
· CRFB/88 – 18 meses = indicação (não é obrigatório) do STF para criar a norma regulamentadora.
· Normas de 1988; 
· EC x/2019.
5. Legitimidade ativa → Art. 103, CRFB/88, porém, com uma ressalva: caso o legitimado ativo tenha competência para sanar a omissão inconstitucional, não poderá propor ADO. 
6. Legitimidade passiva (requerido)
· O responsável pela omissão inconstitucional → é quem do poder público está em mora, ou seja, quem deveria fazer a norma e não fez;
· Em face da omissão inconstitucional + requerido 
7. Efeitos da decisão 
Incidente de inconstitucionalidade no âmbito dos tribunais (controle difuso concreto)
· Difuso → Qualquer juiz ou tribunal pode fazer o controle de constitucionalidade
· Juiz → afasta a incidência da norma tida por inconstitucional;
· Tribunal → Declarar a inconstitucionalidade da norma (abstração do controle concreto)
· Concreto → Processo constitucional subjetivo
1. Previsão
· Regimento interno dos tribunais + Arts. 948 – 950, CPC
2. Cláusula de reserva de plenário (“full bench” = espécie de tribunal cheio, completo)
a) Conceito → Algumas competências são reservadas ao plenário dos tribunais 
b) Inconstitucionalidade
· Declaração;
· Só pode ser realizada pela maioria absoluta do tribunal, ainda que em controle difuso-concreto;
Aula 14 – 26/11/2019
Correção da prova do 2º Bimestre
Questão Discursiva
1) Em razão do grande quantitativo de acidentes fatais na área urbana, a Câmara Municipal do Município Alfa, do Estado D, aprovou e o Prefeito Municipal sancionou a Lei no 123/2018. Esse diploma normativo previu multas um pouco mais elevadas que aquelas previstas no Código de Trânsito Brasileiro para os motoristas que trafegassem em velocidade superior à permitida no território do Município Alfa. Sabendo-se que compete privativamente à União legislar sobre trânsito (art. 22, IX, CRFB/88), observa-se uma transparente inconstitucionalidade da Lei Municipal 123/2018. A partir de tais informações, pergunta-se: poderia o Governador do Estado Z propor uma ADI contra a Lei Municipal 123/2018 no Supremo Tribunal Federal? Por quê?
Resposta: A lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade frente a CRFB/88.
Questões Objetivas
1) A jurisdição constitucional teve em Hans Kelsen um de seus primeiros formuladores teóricos, no limiar do século XX. Desde então, o procedimento de controle de constitucionalidade passou por significativa evolução, com a adoção de modelos jurídicos mais adequados às demandas contemporâneas. Acerca do assunto, assinale a alternativa correta:
a) O modelo trazido pela Constituição Federal de 1988 ampliou significativamente o rol de legitimados à propositura de ações visando o controle difuso de constitucionalidade, não mais limitado à Procuradoria Geral da República.
Correção: Visa o controle concentrado
b) Declarar a inconstitucionalidade de uma determinada lei no controle concentrado de constitucionalidade é ato judicial de extrema gravidade. Por isso, norma jurídica tida por inconstitucional deve ser declarada nula com efeitos ex nunc da decisão judicial.
Correção: Deve ser declarada nula com efeitos ex tunc
c) A constituição Federal inovou em relação ao modelo anterior de controle de constitucionalidade, introduzindo a possibilidade e exame de constitucionalidade por omissão.
d) Controle concentrado de constitucionalidade é aquele que é exercido apenas e tão somente pelo Supremo Tribunal Federal; controle difuso, por sua vez, é aquele que pode ser proferido por qualquer Juiz Federal.
Correção: Não somente juiz federal.
e) A Ação Declaratória de Constitucionalidade é ferramenta de controle de constitucionalidade inócua diante de presunção de validade que apanha as normas jurídicas
Correção: Inócua significa “não serve para nada”. 
Resposta Correta: Letra C
2) Sobre o controle de constitucionalidade no sistema jurídico brasileiro, considere as seguintes assertivas:
I. O controle concentrado de constitucionalidade produz efeitos apenas entre as partes litigantes.
Correção: Efeitos Erga Omnes
II. O Supremo Tribunal Federal no Brasil é o único legitimado a realizar o controle abstrato-concentrado de leis e atos normativos em faceda Constituição Federal.
III. Órgão judicial de qualquer instância poderá fazer o controle de constitucionalidade concentrado para resolver adequadamente o caso concreto.
Correção: órgão judicial de qualquer instância poderá fazer o controle de constitucionalidade difuso para resolver adequadamente o caso concreto
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) II
c) II e III
d) III
e) I e III
Resposta: Letra B
3) Considerando o controle constitucional, analise as seguintes proposições:
I) O Brasil adota o controle de constitucionalidade jurisdicional combinado.
II) Para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) são os mesmos legitimados à propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC).
III) Cabe desistência na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão.
Correção: Não cabe desistência em ADO.
IV) No Brasil a Constituição Federal é rígida e escrita, possibilitando o controle da constitucionalidade.
V) As Ações Diretas no sistema concentrado tem por mérito a questão da inconstitucionalidade das leis ou atos normativos federais e estaduais.
Responda:
a) Somente a proposição I está correta
b) Somente a proposição II está correta
c) Somente a proposição III está correta
d) As proposições I, II, III e IV estão corretas
d) As proposições I, II, IV e V estão corretas
Resposta: Letra E
4) A cláusula de reserva do plenário obriga:
a) Os tribunais a declarar a inconstitucionalidade de lei apenas pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial, não podendo ser dispensada em qualquer hipótese.
b) Os tribunais a declarar a inconstitucionalidade de lei apenas pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial, podendo ser dispensada quando já houver pronunciamento do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
c) O Congresso Nacional a aprovar, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, os projetos de lei ordinária, podendo ser dispensada quando o projeto for aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça.
d) O Congresso Nacional a aprovar, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, os projetos de emenda à Constituição, não podendo ser dispensada em qualquer hipótese.
Resposta: Letra B
5) Sobre o controle de constitucionalidade estudado no bimestre, julgue as afirmações abaixo:
I. A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a repristinação de norma anterior que por ela havia sido revogada, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razoes de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.
II. Quando o direito brasileiro adotou o controle de constitucionalidade de matriz norte-americana, a ele não veio o stare decisis, porque é elemento cultural que não se transplanta com facilidade e de pronto. Entretanto, para adequar tal sistemática à impossibilidade da adoção do stare decisis, utilizou-se do mecanismo da suspensão da execução da lei pelo Senado Federal, prevista no art. 52, X, CRFB/88.
III. A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito de ação direta de constitucionalidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculante para todos os órgãos do Poder Executivo e demais órgãos do poder judiciário.
Correção: Não tem sentido falar em efeito temporal no caso de ADC.
IV. Paulo, motorista devidamente habilitado, é surpreendido por fiscalização de agentes de trânsito que constataram a infringência, por parte do condutor, de diversas formas do Código de Trânsito. Insatisfeito com o ocorrido, o motorista apresentou recurso administrativo que veio a ser improvido. Inconformado com a decisão proferida apresentou a ação judicial cabível requerendo que a norma que acarretou sua punição fosse declarada inconstitucional e que as multas fossem canceladas. Está-se diante do denominado controle de constitucionalidade concreto.
a) E; C; C; C.
b) C; C; C; E.
c) E; C; E; C.
d) C; C; E; C.
e) C; E; E; C.
Resposta: Letra D
6) O sistema brasileiro de controle de constitucionalidade permite:
a) impugnação de lei municipal, em face da Constituição da República, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade Federal.
Correção: Lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade frente a CRFB/88.
b) Verificação de inconstitucionalidade durante o processo de elaboração da lei, com o devido afastamento da alegada inconstitucionalidade.
c) O saneamento da omissão inconstitucional, obrigando-se o Poder competente a adotar as providências necessárias
Correção: Estipulação de prazo.
d) a propositura de Ação Declaratória de Constitucionalidade Federal pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Correção: Seccional = Regional. O correto seria Conselho Federal.
Resposta: Letra B
7) Assinale a alternativa correta a despeito do controle de constitucionalidade no Brasil:
a) No Direito Brasileiro, o controle difuso de constitucionalidade é realizado, em regra, pela via principal, sendo caracterizado pela possibilidade de qualquer juiz ou tribunal realizar o controle de constitucionalidade, em que a análise da constitucionalidade da lei é o objeto principal da ação.
Correção: É a causa de pedir da ação.
b) A existência de uma Constituição rígida é requisito fundamental e essencial do controle de constitucionalidade, materializado no que parte da doutrina chama da Princípio da Supremacia da Constituição.
c) Lei ou ato normativo do município de Curitiba que contrarie preceito da Constituição da República Federativa do Brasil (1988) pode ser objeto de ADI no STF.
Correção: Lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade frente a CRFB/88.
d) O controle preventivo é aquele realizado durante o processo legislativo e formação do ato normativo, sendo, no Direito Brasileiro, de atribuição exclusiva do poder legislativo.
Correção: Poder judiciário e poder executivo podem fazer controle de constitucionalidade preventivo.
Resposta: Letra B
8) Em relação ao controle de constitucionalidade, assinale a alternativa incorreta:
a) A inconstitucionalidade por arrastamento vem a ser exceção no Direito Brasileiro, considerando-se a possibilidade de que o STF possa a vir analisar outros atos e/ou leis normativos além daqueles previstos como objetos da ADI. Neste caso, aqueles atos guardarão uma dependência lógica para com os objetos da ADI.
Observação: Conceito da Teoria da Inconstitucionalidade por Arrastamento.
b) A Teoria dos Efeitos Transcendentes dos Motivos Determinantes, adotada até hoje pelo STF, estabelece que não apenas o dispositivo da decisão de ADI é vinculante, mas também os motivos, a fundamentação da decisão vincula e possui efeitos erga omnes e ex tunc.
Correção: O STF não adota a Teoria dos Efeitos Transcendentes dos Motivos Determinantes.
Observação: O restante da questão está correta, define o conceito da Teoria dos Efeitos Transcendentes dos Motivos Determinantes.
c) A Teoria da Modulação/Temperamento dos Efeitos da Decisão infere-se ao fato de que, em situações excepcionais, para garantir a segurança jurídica e a estabilidade social, o STF poderá transmutar o efeito ex tunc para efeitos ex nunc ou pro futuro da decisão de ADI.
Observação: Conceito da Teoria da Modulação/Temperamento dos Efeitos da Decisão
d) A decisão definitiva de mérito, proferida pelo STF, na ação declaratória de constitucionalidade, terá eficácia erga omnes e vinculante, não fazendo sentido se referir ao efeito temporal da decisão.
Observação: São os efeitos da decisão de ADC.
e) A inconstitucionalidade pode ser forma ou material, preventiva ou repressiva.
Resposta: Letra B
Sobre a prova final: Tendência a fazer 20 questões de Verdadeiro ou falso, explicando a falsa.
Aula 14 – 26/11/2019
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)
· Instrumento de controle concentrado e abstrato;
· Adentra o campo da ADI, ADC e ADO;
· Tem caráter subsidiário, primariamente deve-se observar se a norma-objeto não poderá ser objeto de ADIou ADC → Se a norma impugnada não for caso de ADI ou ADC, pode postular ADPF. → Obedece ao princípio da Fungibilidade
· Princípio da fungibilidade: a peça processual que for apresentada como ADPF e for caso de ADI (e vice-versa), poderá ter seu defeito sanado, meramente alterando o nome da peça. 
1. Características Gerais
a. Criação
· Previsão: A CRFB/88, em seu art. 102 e respectivos parágrafos, criou a ADPF;
· Até 1999, nenhuma ADPF foi interposta no STF, pois o STF entendeu que o art. 102 e respectivos parágrafos, são normas constitucionais de eficácia limitada, ou seja, era necessária uma norma para poder regulamentar. A partir da lei no 9.882/99, que regulamentou a ADPF, passou a haver julgamentos de ADPF.
· Regulamentação do exercício da ADPF: Lei no 9.882/99
b. Natureza jurídica
· Controle abstrato (processo constitucional objetivo)
· É também controle concentrado, pois deve ser julgado pelo STF.
c. Pressupostos
· Arguição autônoma
· Arguição incidental
2. Parâmetro
· Mais restrito que o parâmetro da ADI, ADC e ADO; → São SOMENTE os preceitos fundamentais;
· Princípio da unidade da constituição: não há normas mais constitucionais que outras; → Algumas normas constitucionais, quando violadas acarretam maior prejuízo a sociedade:
· I. Cláusulas pétreas
· II. Direitos Fundamentais individuais-sociais-coletivos-de nacionalidade e políticos.
· III. Princípios gerais da república
· IV. Decisões políticas estruturantes;
· V. Princípios constitucionais sensíveis – Art. 34, VII
· Toda a CFRB/88, menos o preâmbulo.
ADPF Incidental X ADPF Autônoma 
	Categoria
	ADPF Incidental
	ADPF Autônoma
	Objeto
(mais amplo)
	Controvérsia Constitucional relevante, que vai influenciar o controle concreto, no sentido de interpretação de normas infraconstitucionais.
	Lesão ou ameaça de lesão a preceito fundamental. → Lesão ou ameaça a lesão pode ser por qualquer ato do poder público, normativo ou não.
Aula 15 – 29/11/2019
Arguição de descumprimento de preceito fundamental
· Controle abstrato + concentrado
Arguição autônoma
1. Conceito
2. Legitimidade
3. Parâmetro
4. Objeto 
5. Decisão e efeitos
Arguição incidental
1. Conceito → Controvérsia constitucional relevante acerca da aplicação de um preceito fundamental
· Pressuposto: existência de um caso concreto → Controvérsia judicial
· Antecipação do modo de aplicação e interpretação do preceito fundamental pelo STF → Só chegaria lá depois de muito tempo e via Recurso Extraordinário
2. Legitimidade → Arts. 103, CRFB/88
3. Parâmetro → Preceito fundamental
4. Objeto → somente pode ser Lei ou ato normativo → 3 poderes, 3 entes federativos
· Pode vir de lei ou ato normativo estadual, municipal e federal, qualquer tipo de lei.
	Atos que somente podem ser objetos da ADPF
	1. Lei ou ato normativo municipal
	CRFB/88
	2. Direito já revogado
	CRFB/88
	3. Leis/atos normativos que já se exauriram no tempo (não estão mais em vigência devido ao lapso temporal)
	CRFB/88
5. Decisão
· Efeitos ex tunc + erga omnes + vinculante.
· Modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental 
· Endoprocessual → Dentro do caso concreto que está suspenso → modo que deve ser aplicado o preceito fundamental
· Extraprocessual → Efeitos ex tunc + erga omnes + vinculante. → Influencia qualquer processo que possa vir da interpretação do preceito
Arguição autônoma
1. Conceito
· Não tem caso concreto como pressuposto
· Evitar (preventiva) ou reparar (repressiva) lesão à preceito fundamental
· Descumprimento mais amplo da inconstitucionalidade
2. Legitimidade → Art. 103, CRFB/88
3. Parâmetro → Preceito fundamental
4. Objeto → Qualquer ato do poder público ou de quem faça as vezes do poder público (ex.: pedágios, Ecovias não é poder público, mas faz vezes de poder público, delegação do poder público)
· Pode ter ou não força normativa:
Hard Law (direito com força normativa) ≠ Soft Law (direito sem força normativa)
5. Decisão e efeitos → ex nunc + erga omnes + vinculante → Para evitar que advenha a lesão a preceito fundamental e/ou fazer sanar a lesão

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes