Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Lidiana Costa UNIDADE IV Propedêutica e Processos de Cuidar da Saúde da Criança e do Adolescente Estudos realizados em 2017, pela UNICEF/OMS, relataram os níveis e tendências na mortalidade infantil no mundo: Crianças de 5 a 14 anos: 7,5 mortes/1000 crianças. Crianças menores de 5 anos: 41 mortes/1000 nascidos vivos. Mortalidade entre crianças de 5 a 14 anos é considerada baixa (metade em relação a 1990), mas: 1 milhão de crianças nessa faixa etária ainda morreu em 2016. Doença na infância As principais causas de morte no mundo entre crianças menores de cinco anos em 2016 foram: Complicações de parto prematuro. Infecções respiratórias agudas. Complicações relacionadas ao intraparto. Anomalias congênitas. Diarreia. (UNICEF/OMS, 2017) Doença na infância Os óbitos neonatais foram responsáveis por 46% das mortes de menores de cinco anos em 2016. Aproximadamente 70% dos óbitos que estão associadas à diarreia ocorrem durante os dois primeiros anos de vida.(UNICEF/OMS, 2017) Doença na infância Brasil: O número de óbitos para menores de 5 anos reduziu: 1990: 191.505 2015: 51.226 Causas de morte: doenças transmissíveis, afecções maternas neonatais e nutricionais. (FRANÇA, 2017) Doença na infância O fim das mortes infantis evitáveis é um desafio mundial. Pode ser superado: Melhorando o acesso a profissionais de saúde qualificados no pré-natal; Promovendo a amamentação; Disponibilizando políticas de acessos aos medicamentos a preços acessíveis; Desenvolvimento e promoção de melhorarias da qualidade e o acesso à água potável e ao saneamento básico; (UNICEF, 2017). Doença na infância Principais doenças que acometem crianças menores de cinco anos no Brasil: Diarreia. Infecções Respiratórias Agudas. Anemia. Desnutrição. Doenças imunopreveníveis. Podemos citar ainda: as parasitoses intestinais, meningites, tuberculoses, malária e também a violência. (BRASIL, 2017) Doença na infância O enfermeiro deve saber reconhecer a criança/adolescente doente e, para tal, deverá: Identificar e avaliar sinais e sintomas de doenças e possíveis complicações. Realizar a consulta de enfermagem de forma objetiva, com ênfase na história de saúde e no exame físico. Avaliar o estado nutricional e de vacinação da criança. Avaliar a complexidade da doença e do estado clínico da criança e, se estiver atuando na atenção básica de saúde, saber referenciá-la de maneira adequada. (BRASIL, 2017) Doença na infância Definição: alteração do conteúdo líquido das fezes, devido à disfunção intestinal, com perdas excessivas de nutrientes, principalmente água e eletrólitos, traduzindo um desequilíbrio entre os processos de absorção e secreção do intestino. Geralmente é acompanhada de: aumento da frequência, aumento do volume, diminuição da consistência das fezes. Poderão estar presentes, dependendo da causa: vômito, dor abdominal, febre, presença de sangue, muco ou pus, podendo levar à desidratação e, consequentemente, à morte. Diarreia na infância Doença facilmente evitável, quando os ambientes de exposição da criança recebem atenções de saúde públicas adequadas: Saneamento básico (disponibilização de água potável) Redução da poluição do ar Imunizações recomendadas Oferta de alimentação saudável, como a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. Diarreia na infância Uma das principais doenças responsáveis pela mortalidade infantil, representando aproximadamente 8% de todas as mortes de crianças menores de 5 anos em todo o mundo (OMS, 2016). No mundo, mais de 1.300 crianças morrem/dia. A maioria das mortes por diarreia ocorre entre crianças com menos de 2 anos de idade que vivem no sul da Ásia e na África subsaariana (OMS, 2016). A maioria delas vive em países de baixa e média renda. Doença que pode ser evitada... Dados epidemiológicos referentes à morbidade? Diarreia na infância No Brasil, uma mudança positiva ocorreu: Diarreia como uma das principais causas de morte entre menores de 5 anos: 1990: 2ª posição 2015: 7ª posição Expressiva redução nas taxas (FRANÇA, 2017). Diarreia na infância Identificar o início do quadro (em horas/em dias). Verificar o número de evacuações: nas últimas 4 horas e o perfil desse número nos últimos dias. Perguntar ao cuidador se existe presença de muco ou sangue nas fezes. Verificar se ocorreu/ocorre febre, náuseas e vômitos (quanto tempo, número de episódios diários e nas últimas 4 horas). Perguntar se os amiguinhos da escola, alguém da família ou conhecidos próximos que mantiveram contato com a criança estão com os mesmos sintomas. Investigar hábitos e condições de higiene e de saneamento básico da família. Verificar se as vacinas estão em dia com o calendário de vacinação. O enfermeiro e o atendimento da criança com diarreia Uma criança com diarreia pode desidratar facilmente. Neonatos, lactentes e desnutridos: rapidamente a desidratação se instala. O enfermeiro, durante o exame físico, deverá avaliar a criança quanto as condições de hidratação: verificando se criança está ativa, com mucosas úmidas, com diurese presente e clara, e se os sinais vitais (FC, FR e PA) estão adequados à idade. O enfermeiro e o atendimento da criança com diarreia Diarreia é a alteração do conteúdo líquido das fezes, devido à disfunção intestinal, com perdas excessivas de nutrientes, principalmente água e eletrólitos, traduzindo um desequilíbrio entre os processos de absorção e secreção do intestino. Dessa forma, pode-se dizer que: a) Geralmente, é acompanhada de aumento da frequência, aumento do volume e diminuição da consistência das fezes. b) Nunca estará presente, associada ao vômito ou à dor abdominal. c) Nunca estará presente, associada à febre e à presença de sangue. d) Geralmente pode levar à desidratação mas nunca à morte. e) O enfermeiro não deverá se preocupar quando atender uma criança com diarreia, pois ela é autolimitada. Interatividade Diarreia é a alteração do conteúdo líquido das fezes, devido à disfunção intestinal, com perdas excessivas de nutrientes, principalmente água e eletrólitos, traduzindo um desequilíbrio entre os processos de absorção e secreção do intestino. Dessa forma, pode-se dizer que: a) Geralmente, é acompanhada de aumento da frequência, aumento do volume e diminuição da consistência das fezes. b) Nunca estará presente, associada ao vômito ou à dor abdominal. c) Nunca estará presente, associada à febre e à presença de sangue. d) Geralmente pode levar à desidratação mas nunca à morte. e) O enfermeiro não deverá se preocupar quando atender uma criança com diarreia, pois ela é autolimitada. Resposta De acordo com a duração e agentes causadores: 1. Aguda; 2. Persistente; 3. Crônica. Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Tipos de diarreia Autolimitadas; Duração: horas até 7-13 dias; Mortalidade: relacionada à desidratação (neonatos e lactentes), e potencializada com o estado nutricional da criança (células intestinais, diminuídas e morfologicamente alterados, dificultando ainda mais a absorção dos nutrientes e a regeneração desse epitélio); Problemas de Saúde Pública: importante em populações carentes, áreas de saneamento básico deficitárias (tratamento de água e esgoto inexistentes); Geralmente na forma aquosa, com secreção ativa de água e eletrólitos. Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia aguda (conhecida como gastroenterocolite) Causas: Principal causa é infecciosa: Agentes virais: rotavírus, Norwalk. Bactérias: Vibrio cholerae, Escherichia coli, Clostridium difficile, Salmonella, Shigella. Protozoários: Entamoeba hystolitica, Giardia lamblia e Criptosporidium sp. Ingestão de toxinas: intoxicações alimentares. Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia aguda Prolongamento doquadro diarreico por mais de 14 dias. Infecção continuada de um agente, danificando as vilosidades e levando à instabilidade hidroeletrolítica; Ocorre geralmente em crianças desnutridas pelas mesmas causas da diarreia aguda, em que a regeneração dos enterócitos é inadequada; Maior causa de desidratação que evolui para óbito; Pode apresentar-se sob a forma de diarreia aquosa ou disenteria (sangue); O enfermeiro deverá avaliar o estado nutricional da criança: desnutridos = mais grave; Brasil, 2017 p. 11; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia persistente Causas: Infecções potencializadas pela desnutrição Agentes infecciosos: Giardia lamblia, Cryptosporidium, Escherichia coli enteropatogênica clássica, Escherichia coli enteroagregativa. Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia persistente Fatores de Risco: Desnutrição; Primeiros meses de vida; Baixo peso ao nascer; Desmame precoce; Higienização inadequada das mamadeiras; Baixa escolaridade dos pais; Usos abusivo de antibióticos. Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia persistente Duração maior que 30 dias. Causas: Inflamações crônicas, Alergia a alimentos, Cólon irritável, Parasitoses intestinais não tratadas ou resistentes, Tuberculose, Intolerância alimentar (enteropatia por glúten e/ou lactose). Brasil, 2017 p. 11 ; Oliveira, 2005 p. 315-16. Diarreia crônica Tratamento da criança com diarreia Brasil, 2017 Tratamento Plano A Hidratada Plano B Desidratada Plano C Tratamento da criança com diarreia Brasil, 2017 Tratamento Plano A Hidratada: ativa, com mucosas úmidas, com diurese presente e clara e se os sinais vitais (frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória) estão adequados à idade. Plano B Desidratada Plano C Plano A – criança sem desidratação Orientação e dispensa da criança: o tratamento será em casa Terapia de Rehidratação Oral – TRO: administrar líquidos adicionais (Leite Materno, Soro de Rehidratação Oral – SRO após cada episódio diarreico). Continuar a alimentar: alimentos constipantes e não laxativos devem ser preparados (exceto em casos de vômitos). Orientar quanto aos sinais de piora (desidratação, febre, diarreia, vômitos em jato): retornar à unidade de saúde. Tratamento da criança com diarreia Certificar-se de que a mãe compreendeu as orientações. Suplementação de Zinco (14 dias). Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Plano A – criança sem desidratação Manter os alimentos que mais gosta e tolera, sendo evitados: Sólidos: feijão, frutas, verduras, doces, chocolate, abóbora, abobrinha e cenoura. Líquidos: leite de vaca, iogurte, refrigerantes gasosos. Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Plano A – criança sem desidratação Oferta de líquidos (SRO) a cada dejeção líquida: Até 2 anos: 50-100 ml (LM se amamentando). Crianças de 2 anos ou mais:100-200 ml. Pode oferecer mais SRO se a criança aceitar. É importante demonstrar como administrar a solução de SRO: oferecer com frequência pequenos goles de líquidos usando copo ou colher. Na falta do SRO, pode-se utilizar o soro caseiro ou solução sal açúcar (SSA), porém o SRO é a melhor escolha. Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Plano A – criança sem desidratação Suplementação de Zinco (dose única/dia por 14 dias): Até 6 meses: 10 mg. Crianças de 6 meses ou mais: 20 mg. Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Exposição ao patógeno Diarreia aguda Tratamento Ocorre quando a criança manifesta, em curtos períodos de tempo, diversos quadros diarreicos agudos. Expolia os nutrientes aos poucos: desnutrição. Avaliar a causa e interferir: Hábitos de higiene, cuidados maternos, cuidados na creche, condições de habitação. Diarreia aguda de repetição O enfermeiro deve saber conduzir casos de crianças com diarreia, principalmente pela facilidade e rapidez com que essa doença pode levar a desidratação e muitas vezes ao óbito. Alguns cuidados com a criança com diarreia sem desidratação, consiste em basicamente, exceto: a) Administrar líquidos adicionais, principalmente após as ejeções líquidas. b) Se a criança estiver em regime exclusivo de leite materno, amamentar com frequência e por tempo mais longo a cada vez. c) Caso a criança não esteja em regime exclusivo de leite materno, oferecer o Soro de Rehidratação Oral – SRO. Interatividade d) Administrar, frequentemente, pequenas frações de líquidos (SRO). e) Suspender a alimentação. Interatividade O enfermeiro deve saber conduzir casos de crianças com diarreia, principalmente pela facilidade e rapidez com que essa doença pode levar a desidratação e muitas vezes ao óbito. Alguns cuidados com a criança com diarreia sem desidratação, consiste em basicamente, exceto: e) Suspender a alimentação. Resposta Tratamento da criança com diarreia Tratamento Plano A Hidratada Plano B Desidratada Plano C Brasil, 2017 A desidratação pode ocorrer, dentre outras causas, de uma complicação da diarreia, que, se não tratada, poderá levar ao choque hipovolêmico e consequentemente à morte. O exame físico é um importante recurso para avaliar a presença de desidratação. Desidratação A criança (principalmente RN e lactentes) são mais predisponentes à desidratação. Desidratação Composição Corporal – Líquidos Adultos Crianças 60% 80% LIC: 40% LIC: 20% LEC: 20% LEC: 60% A desidratação pode ocorrer por: Déficit de volumes dos líquidos corporais, denominados de desidratação volumétrica. Das alterações na composição dos líquidos corporais, por motivos dos distúrbios da osmolaridade, como nos casos da hiponatremia e da hipernatremia, denominadas de desidratação quantitativa. Desidratação Tipos de desidratação: Leve. Moderada (transição). Grave. Desidratação Principais sinais para avaliação do grau de desidratação na infância, da criança com diarreia Fonte: Adaptado de Oliveira (2005, p. 316). HIDRATADO DESIDRATAÇÃO LEVE GRAVE Estado geral Ativo Sede, irritabilidade Prostrado, hiporeativo, comatoso Olhos Normais Enoftalmia Enoftalmia pronunciada, tensão ocular diminuída Umidade das mucosas Normal Reduzida Reduzida, quase seca Turgor de pele Normal Alterado Turgor pastoso Lágrimas Presentes Ausentes ou diminuídas Ausentes Fontanela Plana Deprimida Muito deprimida Sede Normal Evidente Intensa Pulsos Cheios,normais Normais, pouco finos Finos, difícil palpação dos periféricos Principais sinais para avaliação do grau de desidratação na infância, da criança com diarreia Fonte: Adaptado de Oliveira (2005, p. 316). HIDRATADO DESIDRATAÇÃO LEVE GRAVE Perfusão periférica Normal (> 3 segundos) 3 a 6 segundos > 10 segundos Frequência cardíaca Normal Taquicardia discreta Taquicardia significativa Volume urinário Normal Reduzida, concentrada Ausente Perda de peso (decorrente da perda líquida) Até 3% do peso ou até 30 mL/kg De 3 a 10% do peso ou de 30 a 100 mL/kg Acima de 10% de peso ou acima de 100 mL/kg Tratamento da criança com diarreia Tratamento Plano A Hidratada Plano B Desidratada Plano C Tratamento da criança com diarreia – plano B Tratamento Plano A Hidratada Plano B Desidratação leve Reidratação com SRO – duração = 4 horas Supervisão do enfermeiro Concluída a reidratação = iniciar realimentação sob supervisão Reavaliação clínica = reclassificação da desidratação Quando hidratada: (avaliar sinais e sintomas) encaminhar para casa com as orientações do Plano A Fonte: Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Tratamento Plano A Hidratada Plano B DesidratadaPlano C Fonte: Brasil, 2017. Tratamento da criança com diarreia Tratamento Plano A Hidratada Plano B Desidratação grave: Terapia IV: reparação venosa e fase de manutenção Plano C Fonte: Brasil, 2017. Indicações para hidratação IV na criança com diarreia e desidratação grave: Falhana TRO; Vômitos incontroláveis e frequentes (>4/h); Íleo paralítico; Choque; Depressão neurológica; Perdas gastrointestinais intensas (>15 mL/kg/h). Diarreia e desidratação – plano C Hidratação IV 1ª etapa: reparação venosa (fase rápida): Objetivo: expandir o LEC e restaurar a volemia; SF 0,9% + SG5% (1:1) – 20 mL/kg a cada 20 minutos até reidratação completa. Repetir até presença de 2 micções espontâneas claras e abundantes. Diarreia e desidratação – plano C Hidratação IV 2ª etapa: fase de manutenção A reposição líquida (IV) é feita em 24 horas, com soluções compostas de: SG 5% e íons de sódio e potássio. Diarreia e desidratação – plano C Diarreia e os planos básicos de tratamento Fonte: Adaptado de Oliveira (2005, p. 316). HIDRATADO DESIDRATAÇÃO LEVE GRAVE Plano básico de tratamento PLANO A Manter oferta de líquidos (TRO) e manter alimentação. PLANO B Reparação com soro oral ou com soro venoso quando a via oral é impossível. PLANO C Reparação venosa urgente, para expansão do LEC, manutenção dos eletrólitos. Ações do enfermeiro no monitoramento da criança com desidratação: Avaliar as condições clínicas da criança e a evolução da desidratação: melhora ou piora do quadro clínico. Deve estabelecer uma contínua vigilância. Monitorar o balanço hídrico, os sinais vitais, como a temperatura, a presença e a localização dos pulsos periféricos, FC e FR e PA. Atentar-se ao comportamento (agitado, sedento ou apático). Identificar a perfusão periférica, hidratação das mucosas, prega cutânea e ao controle do peso corporal. Verificar as fontanelas (lactentes). Desidratação Uma criança com 8 meses, atendida em um estabelecimento de saúde apresenta- se prostrada, anúrica, enoftálmica, taquicárdica, hipotensa, com mucosas secas, turgor de pele pastoso e fontanelas deprimidas, diagnosticada, portanto, com desidratação. A mãe relata que a criança apresentou 6 episódios de diarreia nas últimas 2 horas. De acordo com relatos desse caso, assinale a alternativa correta: a) A criança está com desidratação leve e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Plano Básico de Tratamento A. b) A criança está com desidratação grave e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Plano Básico de Tratamento B. c) A criança está com desidratação leve e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Plano Básico de Tratamento C. Interatividade d) A criança está com desidratação grave e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Básico de Tratamento Plano C. e) A criança está com desidratação grave e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Plano Básico de Tratamento A. Interatividade Uma criança com 8 meses, atendida em um estabelecimento de saúde apresenta- se prostrada, anúrica, enoftálmica, taquicárdica, hipotensa, com mucosas secas, turgor de pele pastoso e fontanelas deprimidas, diagnosticada, portanto, com desidratação. A mãe relata que a criança apresentou 6 episódios de diarreia nas últimas 2 horas. De acordo com relatos desse caso, assinale a alternativa correta: c) A criança está com desidratação leve e, portanto, o enfermeiro deve iniciar as orientações contidas no Plano Básico de Tratamento C. Resposta A hospitalização durante a infância é um acontecimento estressante e traumatizante para a criança, pois ocorre ruptura com o seu meio social, suas atividades, seus hábitos e costumes. As crianças ficam imersas em um ambiente novo, repleto de restrições e rotinas, com pessoas desconhecidas e, além disso, são submetidas a procedimentos geradores de medo e dor (SOUSA et al., 2011). A criança hospitalizada O processo de hospitalização é marcado por insegurança e desconforto para a criança: combinação de anseios e medos por estar rodeada de pessoas desconhecidas em ambiente hostil (SOUSA et al., 2011). A criança hospitalizada Fonte: BRASIL, 2012, p. 62. Apresentar a unidade de internação previamente à família e à criança no caso de internações eletivas. Orientar a criança e a família de modo que entendam o funcionamento e os procedimentos hospitalares que serão realizados. Apresentar as pessoas da equipe que estarão atuando. Usar atividades lúdicas que esclareçam sobre o que acontecerá: fantoches para simular os procedimentos (Ex.: tala gessada, soroterapia); macas em forma de carros, paredes decoradas com temas infantis (SOUSA et al., 2011). A criança hospitalizada e as ações positivas Fundamental participação da família: na maioria das vezes, é a referência da vida da criança fora do hospital: ela conhece e reconhece o cheiro, o toque e a fisionomia. Na família, a criança busca a força e a segurança necessárias para enfrentar o medo, a dor e os demais sentimentos gerados em função da doença e da hospitalização (RIBEIRO et al., 2017). A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas Família-participante: Acolhida; Orientada (horários, funcionamento, alimentação, descanso, regras, custos, permanência, participação nos cuidados); Conhecedora da realidade: acompanhando a evolução, observando a melhora ou piora do estado de saúde do filho e o empenho da equipe de saúde (SOUSA et al., 2011); Confortada e ouvida (anseios, medos, dúvidas, dificuldades) sobre as implicações que a doença pode ter no futuro; Preparada: alta ou óbito; Equipe de apoio: médico, enfermeiro, psicólogo, serviço social, capelão... A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas O enfermeiro deve estimular uma relação salutar entre a família e a equipe, favorecendo: Conhecer melhor a criança. Os esclarecimentos das dúvidas. Construção de uma rede de confiança. A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas Fonte: BRASIL, 2012, p. 6 Planejamento das atividades de enfermagem à assistência da criança hospitalizada: Embasadas na qualidade e na segurança da criança. Organizar o trabalho de acordo com as diretrizes norteadoras: ambiente, recursos tecnológicos e insumos necessários. Protocolos de atendimento à criança e à família participante; Os recursos materiais e tecnológicos devem atender à criança e não devem ser providos de adaptações de recursos disponíveis aos usuários adultos, pois a criança não é um adulto em miniatura. A criança hospitalizada e o enfermeiro A legislação brasileira regulamenta o funcionamento das brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, determinando: “I – os estabelecimentos hospitalares pediátricos deverão disponibilizar brinquedos variados, bem como propiciar atividades com jogos, brinquedos, figuras, leitura e entretenimento nas unidades de internação e tratamento pediátrico como instrumentos de aprendizagem educacional e de estímulos positivos na recuperação da saúde... (BRASIL, 2005).” A criança hospitalizada e a brinquedoteca Enfermeiro deverá: Favorecer, idealizar esse espaço; Ativar o espaço: equipes de apoio, voluntários (Ex.: contadores de história); Contribuir com as regras de controle de infecção e segurança da criança. A criança hospitalizada e a brinquedoteca Pré-admissão: Antes da internação, designar o quarto com base na idade de desenvolvimento, gravidade de diagnóstico, transmissibilidade de enfermidade e duração prevista da hospitalização. Organize o prontuário e os materiais e insumos necessários para a admissão. Receba a criança e se apresente: referência inicial para a família e a criança. A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar Oriente sobre as principais rotinas e funcionamento do quarto. Apresente a unidade de internação: brinquedoteca, áreas de sol. Explique os regulamentos: visitas médicas, horários de visitas e refeições. Verifique a pulseira de identificação da criança(nome e a unidade corretos). Inicie a SAE, verificando os sinais vitais e o peso (deverá ser verificado diariamente, no mesmo horário, se possível) e altura. Entrevista: coleta de dados (histórico e exame físico). A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar A prescrição de enfermagem da criança internada deve prever os valores de referência dos sinais vitais, de acordo com a idade e as condições clínicas. Esses valores devem ser consultados em tabelas de referências e adotados individualmente, para cada fase de desenvolvimento. Dica: construa instrumentos para a avaliação da criança e deixe um arquivo para consultas das tabelas de referenciais esperados (estado nutricional, peso, altura, FC, FR, PA, T, escalas de dor e adotados individualmente, para cada criança em específico). A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar Notifique os órgãos competentes em situações de suspeita de violência contra a criança. Faça o planejamento e as orientações para a alta: Oriente e certifique-se de que a família está preparada para cuidar da criança em casa (ostomias, aparelhos gessados, curativos e os recursos necessários). Informe a Unidade Básica de Saúde de referência da criança para dar continuidade (vigilância). A criança hospitalizada e o enfermeiro – alta hospitalar O enfermeiro deve manter as condições de trabalho no ambiente hospitalar dentro de todos os critérios necessários para primar pela assistência à criança. Sendo assim, o enfermeiro na assistência à criança hospitalizada deve, exceto: a) Organizar o trabalho de acordo com as diretrizes para a assistência direta à criança, no que se refere ao ambiente e aos recursos tecnológicos e insumos necessários. b) Orientar a criança e a família de modo que entendam o funcionamento e os procedimentos hospitalares que serão realizados. c) Apresentar as pessoas da equipe que estarão atendendo. Interatividade d) Usar atividades lúdicas para amenizar o impacto da hospitalização. e) Evitar que a família esteja presente em todas as atividades que forem realizadas com a criança, por medidas de segurança. Interatividade O enfermeiro deve manter as condições de trabalho no ambiente hospitalar dentro de todos os critérios necessários para primar pela assistência à criança. Sendo assim, o enfermeiro na assistência à criança hospitalizada deve, exceto: e) Evitar que a família esteja presente em todas as atividades que forem realizadas com a criança, por medidas de segurança. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Doença na infância Doença na infância Doença na infância Doença na infância Doença na infância Doença na infância Doença na infância Diarreia na infância Diarreia na infância Diarreia na infância Diarreia na infância O enfermeiro e o atendimento da criança com diarreia O enfermeiro e o atendimento da criança com diarreia Interatividade Resposta Tipos de diarreia Diarreia aguda (conhecida como gastroenterocolite) Diarreia aguda Diarreia persistente Diarreia persistente Diarreia persistente Diarreia crônica Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Diarreia aguda de repetição Interatividade Interatividade Resposta Tratamento da criança com diarreia Desidratação Desidratação Desidratação Desidratação Principais sinais para avaliação do grau de desidratação na infância, da criança com diarreia Principais sinais para avaliação do grau de desidratação na infância, da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia – plano B Tratamento da criança com diarreia Tratamento da criança com diarreia Diarreia e desidratação – plano C Diarreia e desidratação – plano C Diarreia e desidratação – plano C Diarreia e os planos básicos de tratamento Desidratação Interatividade Interatividade Resposta A criança hospitalizada A criança hospitalizada A criança hospitalizada e as ações positivas A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas A criança hospitalizada, a família e o enfermeiro – as ações positivas A criança hospitalizada e o enfermeiro A criança hospitalizada e a brinquedoteca A criança hospitalizada e a brinquedoteca A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar A criança hospitalizada e o enfermeiro – admissão hospitalar A criança hospitalizada e o enfermeiro – alta hospitalar Interatividade Interatividade Resposta Slide Number 70
Compartilhar