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Aula 07, 08 e 09 CIPA

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Modelo de CIPA nos 
Órgãos Públicos Federais, 
Estaduais e Municipais 
Art. 11 0$ órglos e entidades da administração públla recttral 
estadual e municipal direta, auúrqulca e fundacional, no lmblto 
do Poder Executl110, devem constituir, por unidade administrativa, 
Comlu.\o Interna de PrevençAo de Acidentes (CIPA), bem como 
mantê-la em regular funcionamento. 
Art. 2• A CIPA tem por objetivo a prevenção de acidentes e doen-
ças decorrentes do trabalho, de modo a tornar permanentemente 
compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção 
da saúde do servidor. 
Art. :P As atribuições, a composição e o funcionamento das CIMs 
obedecerão, no que couber, às Instruções e·xpedldas pelo Minis-
tério do Tri~!t,Q e Emprego (MTE), que esti o ç@tl<!M n;1 Normi! 
Regulamentadora n. S (NR-S), aprovada pela Portaria n. 3.214, de 8 
de Junho de 1978. 
Art. 41 Para os efeitos de aplicaçAo da NR-5, nesta Instrução, equi-
para-se a: 
1- empresa, o órgao ou entidade pública estadual de exercido 
do servidor; 
li - estabelecimento, as unidades da administração pública esta-
dual direta, das autarquias e das fundações públicas; 
Ili - empregado. os sel'Vldores públicos estaduais; 
IV - empregador, a a(fmlnlstri!~ Plibllça e~dt,1i!I direta, i!\ltâr-
qulca e fundaclonal. 
Art. 511 Cabe ao chefe da repartição designar os representantes 
do empregador, titulares ou suplentes, bem como proporcio-
nar aos membros da OPA os meios necessários ao bom desem• 
penho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a 
realização das tarefas constantes do plano de trabalho. 
Art. ta Para os efeitos de estabilidade provisória, não se apli-
ca o i~m 5.8 da NR·S do MTE ao servidor titular de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeaçjo e exoneração 
ou de ,cargo efetivo em período de estágio probatório. 
Edlk>f'a &ca · CIPA(Co,,llsio ...,,_ 011 Pf• ••lç6c>Ot Mds • l. Gula Pra.a,ci. 5-gurança do frabllfto • Bruno PilCllllllc:N • 1• Edlçlo 
86 
Art. 7" · A partkipaçâo em CJPAs é conside· 
rada serviço público relevante. 
Art. a• · Esta Instrução entra em vigor na 
data de sua publkação. 
CIPA • G11/a Prd1/ro tk Stg11rtmç11 ,lo Trub.1/ho 
Edi10ra&w.:a - CIPA(Crmiuiol~clll P1e1f'811Çio0l......,WJ • GuiaPrilic:DO.S.gurarç;i,dolrabiiho • Bn.no F'ii 1"'· 11 Eciçlo 
Semana Inte.rna de 
Prevenção de Acidentes 
de Trabalho (SIPAT) 
A Semana Interna de Prtvençaio de Acidentes do Trabalho (SIPATI 
deve ser de no mínimo 20 horas (um tumo), podendo até chegar 
a o ideal de 40 horas (dois turnos) ou mais. A CIPA, ou responsável 
designado, jamais deve permitir que essa semana se transf0<me 
em dois ou três dias. 
Pelo menos 30 dias antes da realização da SIPAT. uma comissão 
deve ser criada para elaborar a programação a ser desenvolvida 
A StPAT, como qualquer evento significativo de prevenção, deve 
ser bem planejada antes de s,er solicitada a autorização da admi• 
n istração e de divulgá-la. Um bom indicador de que a SIPAT será 
prestigiada pelos trabalhadores é fazer com que eles próprios su-
giram quais eventos e temas d evem compor esse evento. 
Simulações. competições esportivas e peças de teatro são algu-
mas das práticas que ~ sendo utílízadas nas empresas para rea-
lizar SIPATs criativas e realmente participativas. 
E uma semana voltada à prevenção, tanto no que diz respeito a 
a d dentes do trabalho quanto a doenças ocupacionais. E uma das 
atividades obrigatórias para todas as Comissões Internas de Pre-
venção de Acidentes do Trabalho, devendo ser realizada com fre-
q uência anual. 
A Legislação da SIPAT está prevista na Portaria 3.214, NR·S, Item 
5 .16 Atribuições da CIPA - letra O: 
•Promover, anualmente, em conjunto com o Serviço Especiali-
zado em Seguranç.a e Medicina do Trabalho (SESMT), a Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPATI." 
9. 1. Objetivos 
Orientar e conscientizar os funcionârios da SUA EMPRESA SO· 
bre a importáncia da prevenção de acidentes e doenças no 
ambiente do trabalho. 
Edi~E-.nc:a -CIPA(Crmi51iioll19ffaoe f"let•çioia • d WJ· Guia Priilm0t-SegurançidoTfiltliiill1to ~Bn.noP;P -""• · 11 Eciçio 
88 
Fazer com que os funcionários resgatem 
valores esquecidos pelo corre-corre do dia 
a dia, ou seja, não só tenham ideia de se-
gurança, mas que também pratiquem se-
gurança. 
Na SIPAT, os assuntos relacionados com 
saúde e segurança do trabalho são eviden· 
dados, buscando a efetiva participação dos 
funcionários envolvendo, também, os dire-
tores, gerentes e familiares se posslvel. 
Ela não deve ser vista como mero cumpri• 
mento da legislaçao. mas sim como a con· 
tlnuidade dos trabalhos voltados para a 
prevenção de acidentes e doenças ocupa· 
cionais. onde a lucratividade está na pro-
moção da saúde. no aumento da produtivi-
dade e na valorização da vida. 
9.1.1 . Plano de Trabalho 
Identificação e divi~ das tarefas e 
elaboração de material de trabalho 
por pane da contratante e da contra-
tada. 
CIP,,. • G11l11 l'Nl l iro '" s,1111rtlll(ll "" Truba/ho 
Elaboração do programa de trabalho. 
Apresentação cio orçamento financei-
ro pela contratada. 
Contato e contratação dos consulto-
res, técnicos e palestrantes envolvidos. 
Realização de reunião pessoal telefo-
nemas ou mensagens por e-mails para 
Identificação cios pontos de atenção. 
9.1.2. Avallaçio da Sltuaçio Atual 
Tabulação dos questionários l'l!spon· 
didos, elaboração da amostra dos re-
sultados obtidos e proposta.s de me-
lhorias sugeridas. 
Acompanhamento diário da rotina de 
todas as atividades pela contratada e 
um ou mais representantes da contra-
tante. 
Aplicação diária de questionário de 
avaliaçao de resultados das atividades 
apresentadas e da folha de sugestão 
de melhorias. 
9.1.3. Modelo de Cronograma da Semana SIPAT 
- .......... 1__. Ql.alrlalak - te._. 1111](1 - Palesia T 6:nia . """"". 'lmca . Plllõta 1 «rica Pflba:·a T!em:a · S,00 SiP,,l SIPllJ SIPIOT 
lltal P'aelt1 .km SIPAT flmeSIPl>,1 • FlmeSll'llll • flme 511'1111 • FI""' SIPIOI • ._,. - - -11h40 P-11 a e-,;cat,er -........... P-••- P,1« .. ,...- P,IWSI a 1 ~-otw, 
lll\JO ........ ll'IIMIMO ·- , .. ..- -llnoO -··- VNénda a ~ VIYM» 1 ~ -·- VMncial N ~ ICHlll Al'\Mlse d.K IY~ t AMW:au~ AllllliSedaS...,._ AMISfGMblia- L,cmmnulkt 
IUJ"'iÓOS -·-- -·-- -·--a..,.1-&ai,ltHanz; •SRT. 
9.1.4. Palestras Técnicas SIPAT 
As palestras técnicas SIPAT devem ter foco 
nos equipamentos e procedimentos de 
segurança, tanto Industriais como do~-
ticos, e ênfase aos riscos de acidentes e ao 
uso de equipamentos de segurança. 
Para as outras palestras com o foco em 
'Qualidade de Vida: podemos sugerir di• 
versos temas como: 
O bom clima organlzaclonal como fa· 
tor de saúde 
Alimentação como fator preventivo de 
doenças 
Editora tnc:a · CIPA{CorMdo kwnit OI Prfflit'IÇio dt t I w J · Gula Prillllc:odie S.11,Jtançt, do Trabllho • BfU'liCI P m · t • Ed,çlo 
SemaAD l1tttrna de P,n,o,çào dt Acidoi1a de Traballto (SIPA1) 89 
A importAncia da atividade flsica 
Os cuidados com as doenças sexual-
mente transmisslW?is (DSTs) 
Tabagismo e alcoolismo 
A saúde da mulher 
As~omoral 
Para as wtvtndas em grupos (atividades 
práticas), podemos sugerir temas e ativlda· 
descarno: 
Massagem e alongamento 
Estresse e autoavaliação 
Respiraçao e visual~ 
Cantoterapla 
Acompanhe um exemplo de palestra técni-
ca: 
O que parece inofensivo para uma pessoa 
pode ser altamente ofenslvo it outra, o que 
pode dar origem ao ass«tio moral O fato 
de estarmos em contato com pessoas dife-
rentes requer um cuidado muito maior de 
cada um, já que o homem não age da mes-
ma forma que outro em uma determinada 
sltuaçla. Sendo assim, quem .sofre assédio 
moral pode ter grandes problemas. inclu-
sive doenças patológicas, deixando até de 
trabalhar. O mais importante é que todos 
tenham consciência de que devem se pre-
venir e. se sofrerem ass«lio moral devem 
procurar ajuda. 
Assédio moral ou violência moral no traba-
lho não é um fenõmeno novo. Pode se di-
zer que é tao antigo quanto o próprio tra-
balho. A novidade reside na hntensifiaçjo,gravidade. amplitude e banalização do fe-
n,õmena. Muito mais que isso, o novo está 
na aboldagem que tenta estabelecer o as-
sédio como consequência da organtzaçio 
do trabalho e não o trata como Inerente ao 
trabalho. Um sofrimento sollt6rio, que faz 
mal à saúde do corpo e da alma; isto é deli · 
nido corno assédio moral no trabalha. A ex-
posiçjo dos trabalhadores e trabalhadoras 
a situações humHhantes, constrangedoras 
é mais comum em relações hieriirquicas 
autorltiirias e assimétricas. Nelas predo-
minam atitudes de condutas negativas. 
relações desumanas e sem ética de um ou 
mais agressores dirigidas a um ou mais su-
bordinados. com objetivo de desestablllur 
a relaçao da vitima com o ambien12 de tra-
balho e sua organizaçio. Pode ser Iniciada 
e manifestada por atos, palavras e gestos 
que -.enham atentar contra a dignidade fl-
sica, pslqu lca e a autoestima das pessoas. 
9.1.5. Sugestães para o bento 
Sugerimos a alocaçio, na sua empre-
sa, durante o período do e-.ento, de 
técnicos massagistas à disposição dos 
colaboradores da empresa em seus 
horários de Intervalo e salda nas par-
tes da manha e da tarde. 
Oistribulçio gratuita de brindes alusi-
vos aoacontecimenio. 
Blocos e anetas com o logotipo da 
SUA EMPRESA. 
Na entrada do local do eW?nto dlspo-
nlblllzar visualmente aos participantes 
do evento: 
Banner médio com o logotipo de 
SUA EMPRESA • SIPAT 20 para estar 
no local onde serio realizadas as 
palestras. 
Camisetas com o logotipo da SUA 
EMPRESA • SIPAT 20 para os parti-
cipantes. 
Certificados Individuais de partid-
paçio para os funcionários, pales-
trantes e técnicos envolvidos nas 
atividades ao final do evento. 
• Um CD com a gravaçao das pales-
tras para os participantes ao final 
do evento. 
Folhas de avallaçio para cada par-
ticipante ao final das atividades e 
avallaçlo final no encerramento. 
EdllOl'a&a -CPA (Comisâo~OI Prt♦Oiçlodl te~■ IIN)-GuiaPrMcode~,Hilnc;,ldoTrataflo-BNnoPaolwtll- tª ECliç,lo 
90 
Enrcfdos 
, . OqueéSIPAn 
z. Qual li duraçao da SIPATI 
J. De q1111nto em quanto tempo ela se 
realiza? 
4. Quais sJo os objetivos da SIPATI 
CIPA • CiMia Prática de Segurança da Trabalho 
Ed!llm &it:a -CIPA(Comisâo ~ O. Ps1w111ç,lo dl • J -)-Guia Prálic:Dde 5-9,,ranc;a do Tr.llltah:,- 8nJno P;P _ ,.., • t• Ediçlo 
Serviços Especializados 
em Engenharia de 
Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT) 
O SESMT deve ser constituído de uma equipe de profissionais: 
médico do trabalho, en~rmelra, engenheiro do trabalho e tkni• 
cos em segurança do trabalho, direcionados à proteçjo e promo-
çA<> da saúde e bem-estar de todos os funcionários e profissionais. 
a pre-.en~o de acidentes e doenças ocupacionais e a preven~ 
e utilização racional do meio ambiente e seus recursos naturais. 
,_, .. , 
10.1. A Importância da Pmenção 
do Acidente 
Acidente f, por definiçjo, o acontKimento que determina, 
fortuitamente, dano que pode ser à coisa, material ou pes· 
soa. Acidente do trabalho, por definiçjo legal, f aquele que 
ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, pro• 
v-ocando lesio corporal pertur~ funcional ou doença 
que cause a morte. perda ou redu~ (permanente ou tem-
porária) da capacidade para o trabalho. 
Ed.ema &ca · CPA (Cornildo llâ!N àll p,.,_•.çlo OI. ' 1 • l · GJia PrMauJe Segurança dD T,...,., • 8rVIO P ,i • r Ediçlo 
92 Cll'A • G11i<I l'rtltiro d, S,1111rt111r11,k1 Trol>ulhtJ 
p. í e\-\ \l'f\ 
~" 
'>be6 não vem nlllhr 
l)0lqUe fi0ou d01111e? E$$! 
de,cuipa6-
<f . ;:'- ,, 
-
cl' •' 
1\ 
Les.\o corporal é o dano anatômico, tal como ferida, fratura, esmagamento, perda de um pé 
etc. 
, ---,,,.,.,o.J 
Perturbação funcional é o dano, permanen• 
te ou transitório, da atividade fisiológica ou 
pslquica, como dor, perda da vis.\o, dimi-
nuição da audlç.\o, convulsões, espasmos, 
t remores, paralisia, anquilose (perda dos 
movimentos articulares), perturbação da 
memória, da Inteligência ou da linguagem 
etc. Nesses casos, o trauma é concentrado, 
a eclosão é súbita, a sintomatologia é bem 
manifesta e a evolução é. até certo ponto, 
prevlsfvel. A separação da lesão corporal da 
perturbação funcional é. em geral, teórica; 
a perturbação funcional decorre, quase 
sempre, de uma alteração anatômica, mes-
mo que não seja perceptível à vira desar· 
mada. 
10.2. Tipos de Addentes 
do Trabalho 
Os acidentes do trabalho podem ser clas-
sificados como acidentes tfpicos. acidentes 
de trajeto e doenças ocupacionais. 
Editora Enc:a · CIPA !Crmildo ltWnl 01t Pt~ «- AQ:liww) · Guia Prilioo O. S.gutal'ÇI do Trabllho - Bruno P t --,., · 1 • Eclçl,o 
St1n·iros fap,riall::;11/0, ,m En11t11J1arla J, S,.g11m11ça, ,m M,Jirirw do Traht.11/m ( SE.Wf} 93 
10.2.1. Acidentes Tipicos 
Todos os acidentes que ocorrem no desen· 
volvlmento do trabalho na própria empresa 
ou a serviço desta. Para os casos de aciden· 
tes de trabalho fatal ou mutilante (grave) a 
n otiflcação é compulsôria e deve ser feita 
Imediatamente após o ocorrido. 
Addrnt, dt trabalho fato/ 
E aquele que leva a óbito Imediatamente 
após sua ocorrência ou que venha a ocor· 
rer posteriormente, a qualquer momento, 
em ambiente hospitalar ou não, desde que 
a causa básica, intermediária ou imediata 
d a morte seja decorrente do acidente. 
Aciden1' dt trabalho mutilante (grovt) 
Para melhor compreengo e facilitaç~ da 
consecuç~ dos objetivos da Portaria 777, 
iJ lllitárêMOS a deflOmlnãção "Aêldente de 
trabalho grave· no lugar de "acidente de 
trabalho mutilante: 
Acidente de trabalho grave é aquele que 
a carreta mutilaçAo, física ou funcional, e 
que leva à le~o cuja natureza impl ique em 
comprometimento extremamente sério, 
preocupante, que pode ter consequências 
nefastas ou fatais. 
Para evitar interpretações subjetivas dispa• 
res, que podem comprometer a homoge· 
n eidade nacional dos sistema, considerct-se, 
para fins deste protocolo. a necessidade da 
existência de pelo menos um dos seguin• 
tes critérios objetivos, para a definição dos 
casos de acidente de trabalho grave: 
1. necessidade de tratamento em regime 
de lnternaçao hospitalar; 
2. incapacidade para as ocupações habi· 
tuais, por mais de 30 dias; 
3. incapacidade permanente para o tra· 
balho; 
1 ; 
h . -
4. enfermidade incurável; 
5. debilidade permanente de membro, 
sentido ou função; 
6. perda ou inutilização do membro, sen• 
tido ou funç~o; 
7. deformldoôe permaneme; 
8. aceleração de parto; 
9. aborto; 
1 O. fraturas, amputações de tecido ósseo, 
luxações ou queimaduras graves; 
11. desmaio (perda de consciência) pro· 
vocado po, asfixia, choque elétrico ou 
outra causa externa; 
12. qualquer outra lesão: levando à hipo-
termla, doença induzida pelo calor ou 
ínconscléncia; requerendo ressuscita· 
çào; ou requerendo hospitalização por 
mais de 24 horas; 
Editora &a · OPA !Crmu.lo kWN a. Pr•~ at • t W J · Gula Prilla, oe Stgutal'ÇII, do Trabillh, · Bruno Pad!WN · 1• Eelçlo 
94 CIP.\ - G11it1 Prdtiro ,k Seg11ro11ço do Trob<tlho 
13. doenças agudas que requeiram tratamento médico em que exista razão para acreditar 
que resulte de exposição ao agente biológico, suas toxinas ou ao materlal Infectado. 
10.2.2. Aódentes de Trajeto 
São os acidentes que ocorrem no trajeto 
entre a residência e o trabalho ou vice-ver-
sa. 
10.2.2.1. DoettçasCkupadonlls 
Causadas pelo tipo de trabalho ou pelas 
condições do ambiente de trabalho. 
10.2.3. O que Fazer Quando 
StAddenur 
O acidentado deve realizar os seguintes 
procedimentos: 
10.2.l.1. Acidente Tipial • Doençl 
Ocupldon1I 
Comunicar à sua chefia direta; 
Procurar o atendimento médico; 
Comunicar o SESMT, para realizar a 
investigação do acidente, e abrir a Co-
municação de Acidente de Trabalho 
(CAT). 
10.2.l.2. Acidente dt Tr1~0 
Comunicar à sua chefia direta; 
Procurar o atendimento médico: 
Comunicar o SESMT, para realizar a 
investigação do acidente, e abrir a Co-
municaçi\o de Acidente de Trabalho 
(CAT); 
Realizar a abertura de Boletim de 
Ocorrência (80) somente nos casos de 
acidentes de trajeto que envolvama 
collsi\o ou queda de veículos automo-
tores; 
Possuir no mínimo duas testemunhas. 
lodo a<idtntt dt tnlalho, tmto doM(o 111upKio• 
lloll, dtft ,., CllffiLricJdo-, ambula!Mio mtelca ou 
SEIMT , ti 14 horas ,pós o aàdl'fl~. 
Edl»rabb-CIPAiCominilolrtaradl Pt9V9'1Ç,iodll • · 1 W l •GuiiJPraa)OR Segurançidolratlii1'ho• Bnnc:Pi 1 ◄ 't · 1•Eclçlo 
ServiÇOJ E.sp«ializados - Engenharia dtt Sttp,unça • -Medicinado Trobalho (SESMT) 95 
10.3. Comun~o de Acidente 
de Trabalho (CAT) 
CAT é um formulário preenchido pelo 
SESMT, com a finalidade de Informar à Pre-
vidência Social os acidentes de trabalho 
OCONldos com seus funcloMrlos. mf!smo 
que n6o haja arastarnento das atlvldadf!S. 
até o primf!lro dia útil seguinte ao da ocor-
rência. 
10.4. Mapa de Risco 
O mapeamento de risco é um levantamen-
to dos locais de trabalho que aponta os 
riscos que sao sentidos e observados pelos 
próprios trabalhadores de acordo com a 
sua sensibilidade. 
O objetivo do mapa de riscos é reunir as 
informações necessárias para estabelecer 
o diagnóstico da situação de segurança e 
saúde no trabalho na empresa; possibilitar, 
durante sua elabo~ a troca e divulga-
çao de informações entre os trabalhadOfes. 
bem como estimular sua participação nas 
atividades de prevenção. 
10A.1. EtlpasdeBaborl{lo 
Conhecer o procf!1SO de trabalho no 
local analisado: jornada de trabalho, 
quantidade e lníormações (se>IO, Ida· 
de, escolaridade etc.) dos trabalhado-
res. rnaqufnjrlo utlllzado, atividades 
exercidas e ambiente de trabalho. 
Identificar os riscos existentes no toai 
analisado, coníorme tabela de Riscos 
Ambienta Is. 
Identificar as medidas preventivas e 
sua efic.icla: medidas de proteç.\o. 
organização, asseio e conforto e aces-
sibilidade. 
Identificar os indicadores de saúde: 
quebcas írequentes e comuns dos tra-
balhadores, acidentes de trabalho 
ocorridos. doenças profissionais e cau-
sas mais írequentes de ausências. 
Conhecer os levantamenlX>s ambien-
tais Ji realiudos no local: quantificar, 
neutralizar e reduzir a níveis compatf-
vels com a legislação os levantamen-
tos ambientais ~ reallz.ados no local, 
ao que se refete a perigos ambientais. 
10.4.2. Elaborlçjo da Mapa, 
dtRlsCDs 
11.4.2.1. MIJI• msc.sSOMeAmn,o 
Ffsb • Empma 
A norma considera como riscos ambientais 
os agentes íisicos. químicos e biológicos. 
além de riscos ergonõmicos e riscos de aci-
dentes, existentes nos locais de trabalho e 
que venham a causar danos à saúde dos 
trabalhadores. 
MAPA DE RISCOS . o 
• • 
,,,_.,oJ 
o o 
Edilora &'G-CF'A{Cornisdo~oe Pre,,e,ç:k,dt • d •J -Gl.llaPrâêcode ~r.11nçaOo Trabilho-Brvno P;P_,_,; . 1• Ec:içlo 
96 
10.4.2.2. lliscos FisiCDS 
São riscos físicos o ruído. vibrações. radia-
ção lonlz.ante (raios x. alfa, gama) radiação 
não lonlunte (radiação do Sol, radiação de 
solda), temperaturas extremas (frio, calor), 
pressões anormais e umidade. 
Ruido 
1: definido como um som indesejável, pro-
duto das atividades diárias da c.omunidade. 
O som representa as vlbraç.ões mednlcas 
da matéria através do qual ocorre o fluxo 
de energia na forma de ondas sonoras. 
Vibrarão 
1: qualquer movimento que o corpo execu· 
ta em tomo de um ponto fixo. Esse movi• 
mento pode ser regular, do tipo senoidal, 
ou Irregular, quando nao segue um padoo 
determinado. 
Radiação iMÍllllllt 
1: a emissão de energia em diversos nlveis, 
desde a fixa do visível, passando pelo ultra· 
violeta, raios X, raio gama e partículas alfa 
e beta, capazes de contato com elétrons de 
um átomo, retirando-as, provocando a lonl• 
zaçao deles. 
Consiste na partícula ou onda eletromag-
nética que, ao interagir com a matéria, ioni-
za direta ou indiretamente seus átomos ou 
moléculas. 
A ionização ocorre quando existe um de-
sequlllbrio eletrônico dentro do átomo. 
Esse desequilíbrio é originado quando o 
número de prótons (+) se torna diferente 
do número de elétrons (- ), transformando 
átomos em íons (danos fisiológicos). 
CIPA • Ci11il1 l'rtltfrv, d, S,g11muça tk1 Tmballm 
RadillfÕo não ionilllntt 
Ao contrário da anterior, não tem poder de 
ionização. Apenas pode ativar todo o con-
junto de átomos que recebe essa carga de 
energia. 1: classificada pelo comprimento 
de onda de nanômetros a quilómetros. 
Conforme a sua frequência, pode ser apc 
nas refletida, absorvida sem consequên-
cias. À medida que aumenta, provoca con-
trações cardíacas, debilitação do sistema 
nervoso central e como efeitos agudos 
causa catarata ou até mesmo a morte. Fa-
tor determinante é o tempo de exposição. 
T~aturas extnm1JS 
Frio: pode provocar fenômenos vas-
culares periféricos, doenças do apare-
lho respiratório e queimaduras. 
c.lor: pode p,ovocar taquicardia, au-
mento da pulsação, cansaço, irritação, 
choques térmicos, fadiga térmica, per-
turbações das funções digestivas e hi-
pertensão. 
Pressões DnMnOÚ 
HlpoWrica: quando o homem está 
sujeito a pressões menores que a pres-
são atmosférica. Essas sltuaç.ões ocor• 
rem a elevadas altitudes. Provocam 
coceira na pele, dores musculares, võ-
mitos. hemorragias pelo ouvido e rup-
tura do tímpano. 
HiperWria: quando o homem fica 
sujeito a pressões maiores que a at-
mosférica, como em mergulho e uso 
de ar comprimido. 
Umidadt 
Faixa de conforto que corresponde à tem• 
peratura de 22 a 2&C e umidade relativa 
do ar entre 4S e 50%. 
Edlm bica · CIPA(Crmli5'o lf'llffl;l 011 Prevençio OI~) • Gl.lla Prllic:oO. S.guranç;a do Tr.lbilr'o · 8n..l0 P ct Chi· 1• Eciç.lo 
Su,·lrm E.rl""·i111/:11tlo> ,m E.n11,11lturla J, S,1111rrit1(YI r rm t.lfttic/1111 do Traht11/111 /SE!iMTJ 97 
10.4.2.3. Risals Químicos 
Riscos químicos são poeiras, fumos, névoas. 
neblinas, gases, vapores etc. 
At10ss6h 
Podem ser encontrados na íorma de ga-
ses e vapores ou na forma de partículas. As 
partículas, quando dispersas na atmosfera, 
possuem estabilidade de suspensão e divi• 
dem-seem: 
Po1lr11s: aerossóis sólidos formados 
por desagregação mecânica de corpos 
sólidos. A5 partículas geradas têm nor· 
malmente diâmetros maiores que um 
mícron. Dividem-se em: 
poeiras minerais; 
· poeiras de madeira; 
• poeiras em geral. 
Fumos: aerossóis sólidos formados 
por condensaçao de vapores. geral• 
mente metálicos. A5 parúculas ge· 
radas tem normalmente diâmetros 
maiores que um mícron. Exemplo: fu. 
mos de solda. 
Nnoas: aerossóis constituídos de 
partículas liquidas, independente da 
natureza e do di3metro das partículas. 
formadas por desagregaçao mec.anlca 
de corpos llquidos. Exemplo: névoa de 
tinta. 
Nebllnu: aerossóis llquidos. forma-
dos por condensação de vapores. 
Vapores: são subsranclas que se en-
contram no estado gasoso como ,~ 
sultado de algum tipo de alteração no 
seu estado normal e temperatura am-
biente. 
Gnes: não possuem formas e volu• 
mes próprios e tendem a expandir-se 
indefinidamente. À temperatura ordi-
nária. mesmo sujeitos à pressão forte, 
não podem ser total ou parcialmente 
reduzidos ao estado llquldo. Exem-
plos: GLP. oxigénio. 
10.4.2 .. 4. Riscos Biológkos 
Causados por micr<r0rganismos indesejá-
veis, como bae1érias (antrazl, fungos (pa-
rasitas), protozoários, bacilos (bacilo de 
Kock). 
10.4.2.S. Riscos Ergonómicos 
São decorrentes de local de trabalho ina-
dequado (antiergonómico), levantamento 
e transporte de pesos sem meios auxiliares 
corretos, postura inadequada etc. 
10.4.2.6. Riscos de Addentes 
São variados, como falta de iluminação, 
probabilidade de Incêndio, explosão, p iso 
escorregadio, armazenamento, arranjo fi. 
sico e ferramenta inadequados, máquina 
defeituosa, mordida de cobra, aranha, es-
corpião. 
10.S. Prevenção contra 
Incêndio 
A prevenção é o conjunto de medidas que 
visa evitar que os sinistros surjam, mas não 
havendo essa possibilidade, que sejam 
mantidos sob controle, evitando a propa-
gação e facili tando o combate. Ela pode ser 
alcançada por diversas formas: 
atividades educativas corno palestras 
e cursos nas escolas, empresas, pré• 
dios re-sidenciai.s; 
divulgação pelos meios de comunica-
ção; 
elaboração de normas e leisque obri• 
guem a aprovação de projetos de pro-
teção contra incêndios, instalação dos 
equipamentos. testes e manutenção 
adequados; 
formaçáo, treinamento e exercícios 
práticos de brigadas de lncéndio. 
Edl11nW(a - C1PA{ComlliliilolN11N C111 P••••içiodt ~ )- Gt.lia Priacoo.S.gurançado Tnabilltlo - BrvnoP;: :1 Ch· 1• Eciçlo 
98 
Conforme a NR-23 da Portaria n• 3-21◄/ 
1978 do MTT e a NBR 14-276, em todo o 
estabelecimento deve existir brigada de 
Incêndio para a Intervenção rápida dos aci-
dentes e principias de incêndio. 
Os equipamentos e sistemas de prevenção 
de Incêndio somente podem ser operacio-
nalizados por brigadistas de incêndio. 
Os incêndios foram dassíocados em quatro 
classes para facilitar a aplicaçao e utilização 
correta do agente extintor para Glda tipo 
de material. 
Clasa A: fogo em materiais sólidos 
de fácil combustlio, que queimam na 
superflcie e profundidade, deixando 
resíduos e cinzas. Exemplos: madeira. 
papel, tecido, fibras, borrachas. Méto· 
do de extinção é o resfriamento. 
Clasa 1: fogo em combustíveis llqul-
dos que queimam na superflcie e não 
deixam resíduos. Exemplos: gasolina, 
álcool, solventes. Mêtodo de extinção 
é o abafamento/resfriamento. 
ClasM C: fogo em equipamentos elé-
tricos energlzados. Exemplos: compu-
tadores, centrais telefónicas, quadros 
de comando, eletrodoméstlcos. mo-
tores elétricos. Método de extinção é 
abafamento/extinção qulmlca. 
Clasa D: fogo em materiais plrofórí-
cos, ou que necessitem de métodos 
especiais de extinção. Exemplos: mag-
nésio, sódio metálico, titânio. Método 
de extinção é abafamento/extinção 
química (areia seca, pó químico espe-
cial, limalha de ferro, carvlio em pó). 
Agtntrs trtintom 
Agua: efeito de resfriamento e abafa-
mento. 
Pó qulmko: abafamento. 
Areia seca: abafamento. 
Gases Inertes (CO,, 11lbog"110, hé-
lio): retiram/baixam o nível de oxigê-
nio para menos de 18%. 
CIPA - Guia l'rdriro J,, S,g11ro11ço da Trobolho 
Espuma mednka: abafamento. 
Espuma qulmiu: extlnçao química. 
Vapor. 
Extintom portáteis 
sao utilizados para combater o principio de 
Incêndio. 
Extintores de água (fogo dasse A) 
Extintores de gás carbónico (CO,I 
(fogo classes B e C) 
Extintores de espuma (fogo classes A 
e B) 
Extintores de pó químico (fogo classes 
B,Ce D) 
10.6. Causas do Addente 
do Trabalho 
Em um passado nlio multo distante, a res-
ponsabilidade do acidente do trabalho era 
colocada muito mais nos trabalhadores pe-
los atos Inseguros. Essa tendência acabou 
criando uma •consciência culposa• nos tra-
balhadores, sendo comum apontar a negli-
gência, o descuido, a facilitação e o excesso 
de confiança como causas dos acidentes. 
Atualmente, com o avanço e a sociallzaçlio 
das técnicas prevendonlstas, o que quere-
mos é apurar as Vl!fdadelras causas e não 
os culpados pelos acidentes do trabalho, 
portanto não é que não exista o ato inse-
guro e a condlçlio insegura, o que p,eclsa-
mos é compreen~los melhor. 
Condição insegura é a condição do melo 
ambiente de trabalho, que causou o aci-
dente ou contribuiu para a sua oconêncía. 
Fator pessoal de insegurança é a causa 
relativa ao comportamento humano que 
propicia a oconéncia de acidentes. como, 
por exemplo, doença na família, excesso de 
horas extras, problemas conjugais etc_ 
Edi1:nt.ric:a -CIPAtComisÃO~Cle P1aw911Çioó&Acidew• • Guia Priaco0&Segurar1Çado T~-BrvniP. 1 lt · 1'Edçio 
Srrviços Esprt'iall:u1/o.r rm FJ1gr11lwrin J, Srgt1n:mç11 r r,n !tlrtlirin11 1/0 Trabt,llw t SESMT) 99 
10.6.1. A Quem Interessa a 
Prevenção de Acidentes? 
Ao trabalhador: 
assegura qualidade de vida; 
evita perda de rendimentos; 
mantém sua autoestima; 
trabalho como prazer, alegria, mo• 
tivação para vida. 
Ao empregador. 
ganhos de produtividade; 
preservação da Imagem da empt'e· 
sa perante a comunidade; 
redução dos custos diretos e indl· 
retos; 
diminuição de litígios trabalhistas; 
menor rotatividade da mão de 
obra. 
A sociedade/governo: 
menores encargos previdenciários; 
imagem positiva da nação perante 
organismos internaclonals; 
valorlzaçao do ser humano por 
melo de polltlcas públicas; 
diminuição do "Custo Brasil~ 
A prevenção de acidentes deve obedecer a 
um l)(ocesso dinâmico e constante que se 
caracterize por ações efetivamente preven-
clonistas que devem ser tomadas no senti• 
do de evitar, eliminar, controlar ou impedir 
a evolução e consolidação dos riscos no 
amblent.e de trabalho. 
A cuidadosa lnvestigaç..\o de um acidente 
oferece elementos valiosos para a análi• 
se que d eve ser feita, concluindo-se sobre 
suas causas e suas consequéncias. 
A análise dos acidentes fomece dados 
que se acumulam e possibilitam uma vi-
sao melhor das condições de trabalho nas 
empresas. com Indicações sobre os tipos 
de acidentes mais comuns, as causas mais 
atuantes, a gravidade das consequências e 
os setores que necessitam de maior aten• 
ção do SESMT e da CIPA. 
10.6.2. Passos a Serem Seguidos 
1. Levantar os fatos, fazendo pesquisa no 
local do acidente e entrevistas com as 
pessoas envolvidas; 
2. Ordenar os fatos e não fazer prejulga-
mentos; 
3. Identificar as causas, sem querer achar 
um culpado; 
4. Definir as medidas preventivas que vi· 
sem eliminar o risco Identificado. 
A realidade demonstra que a melhor ma-
neira de evitar acidentes é praticar a p(e-
venção, a análise de acidentes estruturada 
em fatos reais, com a participação efeti• 
va de todos os envolvidos. Proposição de 
medidas viáveis e consensuais para evitar 
a reincidência constitui uma arma valiosa 
na prevenção de acidentes quer de ordem 
pessoal, quer de ordem material. 
Investigar um acidente é reconstituir o 
ocorrido através dos vestígios encontrados 
no local e pelos dados coletados nas inda-
gações feitas aos elementos diretamente 
envolvidos com o acidente. 
Após as providéocias imediatas (socorro 
ao acidentado e marcha normal do proces-
so), iniciar imediatamente, no próprio local 
do evento, a Investigação do acidente que 
deve ser feita por todos os envolvidos na 
análise e necessariameme ser realizada no 
local do evento. 
A investigação deve ser a mais completa 
possível e não omitir os seguintes aspectos: 
Tarefa no momento do acidente; 
Descrição do acidente; 
Equipamentos envolvidos; 
Ferramentas utilizadas; 
EPls utilizados; 
Produtos envolvidos; 
Edim WC.t -CIPAICmlisliioltWNC. Ptltvw.ç.iodl AcdlltW) 4 Guia P'1ea:>Ot S.gurançado Trabill'o-Btuna. Pact crr · t•Ecação 
]()() 
Tipo de acidente; 
Fator pessoal; 
Comunlcaçjo de Acidente do Trabalho 
(CAT); 
Documento a ser preenchido pela em-
presa em caso de acidente ou doença 
do trabalho, cujo preenchimento é 
obrigatório por lei. 
A empresa deve comunicar os acidentes 
ao INSS no prazo de 24 horas até o prlmel-
ro dl a útll após o da ocorrência e, em caso 
de mone. de Imediato, à autoridade com-
petente, sob pena de multa cot>rada pela 
Previdência Social. 
A CA T deve ser preenchida em seis (6) vias, 
assim dlstrlt>uldas: 
1. Empresa 
2. INSS 
3. .Sindicato da categoria predominante 
na empresa 
4. sus 
5. .Acidentado ou dependente 
6. A Delegacia Regional do Trabalho Téc· 
nicas de Investigação de Acidentes 
10.7. DRT/TEM 
Se a empresa onde oconeu o acidente do 
trat>alho for uma Indústria da construçjo 
civil, ou estiver fazendo uma obra que se 
enquadre nos critérios definidos na NR-18 
mencionada a seguir, a Fundacentro tam-
t>ém deve ser notificada. 
NR-18 · (.ondl{Des I MeloAmblfflttde 
Trabalho na Indústria da C~ 
Estabelece diretrizes de ordem administra· 
tiva, de planejamento, de organização, que 
objetivem a implementaç.Jo de medidas 
de controle e sistemas preventivos de se-
gurança nos processos, nas condições e no 
melo ambiente de trabalho na indústria da 
construçjo civil 
CTPA - Guia Prático dJ! Segw-ança do Trabalho 
10.8. Fundacentro 
A Fundacantro é a única entidade gover-
namental do Brasil que atua em pesquisa 
cientifica e tecnológica relacionada à segu-
rança e saúde· dos trabalhadores. 
Sua mlsslo é a produçio e dlfusio de co-
nhecimentosque contribuam para a pro-
rnoçjo da segurança e saúde dos traba-
lhadores e das trabalhadoras. visando ao 
desenvolvimento sustent~el, com cresci-
mento econõmlco, equidade social e pro-
teçio do melo ambiente. 
Trabalhar com segurança é simplesmente 
trabalhar de forma técnica e profissional. 
Assim é possfvel agregar aos seus procedi-
mentos operacionais a prevençAo. A segu-
rança não se soma a um trabalho, mas est.S 
dentro do trabalho. 
10.9. Mapeamtnto dos 
Risms Ambientais 
O mapeamento de risco é um levantamen-
to que aponta os riscos sentidos e observa-
dos pelos próprios trabalhadores de acor-
do com a sua sensibilidade nos locais de 
trabalho. 
A norma NR-:5 considera como riscos am-
bientais os agentes flslcos, químicos e bio-
lógicos, além de riscos ergonOmlcos e de 
acldent~ eidstent!S nos locais de tnbalho 
e que venham a causar danos à saúde dos 
trabalhadores. 
Esses riscos podem prejudicar o bom anda-
mento da seç~ ponanto devem ser Iden-
tificados, avaliados e controlados de forma 
correta. 
A maior dificuldade das empresas no ma-
peamento dos riscos ambientais est6 na 
falta de capacidade. informaçio e subsídios 
técnicos para Identificar, aval iar e controlar 
os riscos existentes dentro de seus proces-
sos produtl'IOS. 
Edlb'a&w:a- CFA(Comilslo~oe Pl•••çk.dl r d -.) -GulaPrMic:Delif ~liillnç,ado Trabiah:) -Br\lf'IO~- t• Ed!ÇIO 
Serviço, Espec/.alizados ""' Eng•nharia d• Sq,m,nça • - Mftlld na do Troballto (SES/111) J O J 
llfMIU 
Os mapas de risco devem ser refeitos a 
cada gest.\o da CIPA. Bes contêm Informa-
ções romo o número de trabalhadores ex-
postos ao risco e a especificação do agente. 
Exemplo de mapa: local - laboratório; risco 
- qulmlco por ácido doridrlco; clnro cola-
boradores). 
10.10. Btneffdos 
10.10.1. Para a Empresa 
Fadlldade na admlnlstraçlo da pre-
venção de acidentes e de doenças do 
trabalho; 
Ganho da qualidade e produtividade; 
Aumento de lucros diretamente; 
lnfonnaçlo dos riscos aos quais o tra· 
balhador estii exposto. cumprindo as-
sim d ispositivos legais. 
10.10.2. Pira os Trabalhadores 
Conhecimento dos riscos a que po-
dem estar sujeitos os rolaboradores; 
Fornecimento de dados Importantes 
relativos à sua saúde; 
Consclentizaçio quanto ao uso dos 
EPls. 
10.11. Representa{ãoGráfica 
do Mapa de Riscos 
O mapa de riscos é representado grafica-
mente por círculos de cores, conforme a 
tabela seguinte, e tamanhos proporcional-
mente diferentes (riscos pequeno, médio e 
grande), sobre o layout da empresa, e deve 
ficar afixado em local vislvel a todos os tra• 
balhadores. 
O mapa deve ser colocado em um local vi-
slvel para alertar os trabalhadores sobre os 
perigos existentes naquela área. 
EdllCl!õll En:a- CIPA(CcmlldoHlmõloe Pr9-,e,çk.dl , d _ , -GJla PrMcDde5'9,,rallÇ,ido Trabllrlo- Bruno PaP _ ,.. _ _ t• EdlÇlo 
102 C/PA • Gwla Prórlco tk s.a,,ronça da Troballro 
SS t tcgj1 das Cc:na • Ais;co~ima) \!,e • Risco--
No ,_ de risco, os riscos sao • ,.....,.._ t lncicldos i:o -q•-- • ---draa albidosóalt!s-di---•- Rlcoq•-- ---
• Rioco~M ___ ,... • __ ..,. 
• - lliolOgico - Rlco"'90'Ôl,CO- • ---
• -llidOGl<O- - flo<O"VOIIOll,CO- ---
,.,,,_ IIICO bial6gico 
Amnlo: risoo ergooõmlco 
V.rôo: riloo filico 
~ risco qu....., 
Allll: risoo mdnlco 
No4aJ F,go.n 10.9, IDln o,._ da risoo, cbponivll .. oorn oo ■ilo da Edlin Êtlca. 
De acordo com a leglslaçlo em vigor, Por-
taria 26, de 6 de maio de 1998, a falta do 
mapa de risco ocasiona multas pesadas. 
por e,cemplo: 
Uma empresa com um a 250 empre-
gados pode pagar uma multa que va-
ria de 630 a 1.241 UFIRs. 
Uma empresa com 2SO a 500 empre-
gados pode pagar uma multa de 1.242 
a 1.374 UFIRs. 
Uma empresa com 501 a 1.000 empre-
gados pode pagar uma multa entre 
1.375.e 1.646 UFIRs. 
Earddos 
1. Defina acidente de trabalho. 
2. O que é um acidente típico? 
3. Como proceder em caso de acidente 
de trajeto? 
4. O que é mapa de risco? 
s. O que é prevençio contra Incêndio? 
o. COmente a Fu ncsacentro. 
7. Como deve ser constituído o SESMET7 
Ed!IOra &..;a. CPA (Cornisslo~oe PrtNenç;iloôt~l- Gl.llaPrãllcode 5rt!1J~nçado Trabalho- BMlt. Pa • • ••EdlÇIO

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