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Aula 11 CIPA

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Primeiros Soco"os 
No caso de acld!nte d! trabalho d!ntro ou fora da empr!sa é 
n.ec~rlo, antes de qualquer atitude. procurar socorro médico. 
chamando os profissionais da 4rea. O cipeiro não deve tomar ne-
nhuma atitude a nao ser com orlen~ de profissionais (médico, 
e nferrneiro ou bombeiro). 
Este livro fornece conhecimentos ~sicos de primeiros socorros 
para que o cipeiro tenha melhores informações dos procedimen-
tos a serem realizados em caso de emergências no trabalho, e 
também para que tenha condições de reallzar algum proce<limen-
to específico com orlentaçao externa por telefone. A funçAo do ci-
pelro é sempre trabalhar na prevençjo dos acidentes. mas quando 
o acidente acontecer, deve esforçar-se para eliminar as causas e 
tvltar qut êlt se repita. 
Acompanhe alguns telefones úteis em caso de emergência. São 
números válidos para todo o Brasil 
Bombeiros - 193 
Polícia Militar• 190 
Polícia Civil· 197 
Defesa Civil - 199 
Ambulãncla • 192 
Polícia Federal • 194 
12.1. Picadas de Inseto 
~rarld-
Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos 
e podem correr risco de morte se não forem imediatamente 
atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves. 
Edtlln&a -CPA (Cornilldo l,...,..Cla P11 -e111Çi1oell. t,ad:1 tN)- GuiaPrillicocJeSeguranç;ado l ,.._,,., _ BNno Paalwrll · t•Ediçlo 
112 
OqwfartT 
Retire o"ferrão" do inseto. 
Pressione o local. 
Apllque gelo ou lave com água fria. 
Procure socorro ~ lco. 
12.2. Picadas de Escorpião, 
Centopeias e Aranhas 
Oqwfanr 
Procure um médico Imediatamente. 
Na ausência ou falta do médico. apli-
que o soro especifico, se possível den-
tro da primeira hora da mordida. 
Coloque compressa de álcool sobre o 
local da picada. 
Apllque também gelo ou compressas 
frias. 
Mantenha a vítima em repouso. 
123. Pk s de Abelhas 
e Vespas 
Oqwfanr 
Umedecer a picada com desinfetante. 
Se o Inchaço for mullO grande ou se 
produzirem problemas respiratórios 
ou cardíacos (caso que sucede raras 
vezes). o médico deve ser chamado. 
12,4, Picadas de (anapato 
OqutfartT 
Ao picar, ele fica preso. Deve-se esfre-
gar com petróleo ou azeite até ele se 
soltar. Se não, "desenrosca-se• em sen-
tido amtrário ao dos ponteiros do re-
lógio. 
CIPA • Guia Prlirlco d, ~gurança do Trabalho 
12.5. Queimaduras 
Dtfinlfõo 
Toda e qualquer lesio decorrente da ação 
do calor sobre o organismo é uma queima-
dura. 
Gnwidadt 
Uma pessoa com 25% do corpo queimado 
está sujeita a "choque de queimadura• e 
pode morrer se não receber Imediatamen-
te os primeiros socorros. 
Oquepodf a,usor 
Corpo em contato com chama, brasa ou 
fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, 
sólidos superaquecidos ou Incandescentes, 
substánclas químicas. emanações radloatl· 
vas, radiações Infravermelhas e ultravioleta 
e eletricidade. 
12.S.1. Classlfial~ das 
Queimaduras 
11 Grau: lesões das camadas superfi• 
clai.s da pele. Exemplo: ralos solares. 
21 Grau: formação de bolhas na área 
atingida. 
JI Grau: atinge tecidos mais profun-
dos a12 o osso. 
Graridadt 
O risco de morte está na extensio da su-
perflcle atingida devido ao estado de cho-
que e à contaminação da área (Infecção 
bacteriana). 
Oquefalfr 
Prevenir o estado de choque. 
Controlar a dor e evitar contaminação. 
Edllora &ca- CFA {Corninao~oe Prewnçlodf ft ,.-)-GJlaPrMc:oCS. 5'9,;ri111Ç,1do f nllball'lo -Bn.ino PaP .,_,.. • 1ª Edlçlo 
Primtlms SIJt·orn,.f 
12.5.2. Pequenas Queimaduras 
Atingem menos de 10% do corpo. 
Oqllf f!IZff 
Lavar com água em abundáncia. 
12.5.3. Grandes Queimaduras 
(mais de 10% do Corpo) 
Oqllffam 
Colocar um pano bem limpo e ume• 
decido (não fure as bolhas, evite tocar 
a área queimada). 
Prevenir o estado de choque e levar a 
vitima ao hospital mais próximo. 
12.5.4. Quelm1dur1s Qulmlc1s 
(Ãddos, Soda Cáustiei e 
Outros) 
o qllf fllZff 
1'9quenas: lavar o local com água cor· 
rente. 
Ext_,: retirar toda a roupa atingi• 
da e lavar abundantemente com água 
a região. 
Cuidadas 
Não ãpliqué unguéntos. graxãs, biéãtbo· 
nato de sódio ou outras substáncias em 
queimaduras. Náo retire corpos estranhos 
ou graxas das lesões. Náo fure as bolhas 
existentes nem toque com as mãos a área 
afetada. 
111 
12.5.5. Queimadura dos Olhos 
O qut podt e ousar 
Contato dos olhos com substáncias Irri• 
tantes. como ácidos. álcalis, água quente, 
vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal 
fundido e chama direta. 
Oqut fozer 
Lavar os olhos com soro fisiológico. 
Vendá-los com gaze umedecida e le· 
var ao m~lco com urgência. 
12.6. Nota sobre Incêndios 
nas Pessoas 
O fogo deve ser extinto Imediatamente. Se 
náo houver extintor à mão, deve-se usar 
um cobertor ou algo semelhante. A água 
é boa extlntora, salvo nos Incêndios de 
produtos que contenham óleos ou deriva· 
dos do petróleo. Se as roupas contiverem 
óleos ou derivados. devem ser retiradas as· 
sim que possível. 
Quando se incendeiam a.s roupas. é preciso 
apagar rapidamente com água. 
Quando não houver água à mão, a vitima 
deve rolar no chão, ou outra ~soa apa· 
gar o fogo com um cobertor ou algo seme-
lhante. 
É preciso proteger o rosto das chamas. 
Nunca se deve correr com as roupas em 
chamas. 
12.6.1. Resfrilmento 
otneneossinais 
limitação dos movimentos dos membros, 
palidez faclal. pele fria, cianose dos lábios e 
extremidades, dores articulares. semicons· 
ciência e vertigens. 
EdllOta Enca . CIPA {Crmli51o 111M'loll .. Pr9wnçio (Mi AcnwWJ • Guia Prlllco a. S.gurançt do Tl'abllho . e~ PadilfO'III • t • EdçAo 
1/4 
A vítima começa a tíritar e sente-se cansa-
da, deixando-se dominar pela apatía. 
Fica tensa e o sono torna-se leve e fica con-
fusa. 
Abaixo dos 300 a tem~tura do corpo in-
flui na respiração e na atividade do cora~o 
e se constítul em ameaça direta contra a 
vida. 
Oquefaztr 
Manter a vitima atíva e aquecer a parte 
atingida com um banho morno, colo-
car roupa.s quentes, fazer exercícios. O 
calor do corpo deve voltar ao normal 
lentamente com auxílio de mantas. 
Dependendo do local e se nao houver 
possibilidade de usar recursos mate-
riais. usar o aquecimento corpo a cor-
po. 
Dar bebidas quentes como chá, café 
ou leíte se a vítima estiver consciente. 
Se a vltíma perder o conhecimento, 
deve ser colocada na posição lateral 
de segurança (PLS). 
No caso de parada respiratória, prati-
car respiração boca a boca Imediata-
mente. 
Procurar auxílio médico Imediatamen-
te. 
12.7. Ataque (ardiaco 
Sinais e sintomas 
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sl· 
nais. 
Oquefam 
Mantenha a pessoa sentada ou deita-
da, desaperte-lhe as roupas, cubra-o 
se sentir frio, não tente transportá-lo 
sem ajuda ou supervisão médica. So-
CIPA - G11lt1 Prd1kr> tk S,g11rançu ti,, Trt1bolhtJ 
mente dê algum medicamento se a 
vitima já faz uso e costuma tomar em 
emergências. 
(amo fazer o managffll cardíaca 
Colocar a vitima deítada de costas em su-
perffcle plana e dura As mãos do aten-
dente de emergénda devem sobrepor a 
metade inferior do esterno. Os dedos ficam 
abertos sem tocar o tórax. A partír daí de-
ve--se pressionar vigorosamente, abaixan-
do o esterno e comprimindo o coração de 
encontro a coluna vertebral. Em seguida, 
descomprima. Fazer quantas repetições 
forem necessárias até a recuperação dos 
batimentos. 1: recomendável a média de 60 
compressões por minuto. 
(uídados 
Em Jovens a pressão deve ser feíta com 
apenas uma das mãos e em crianças com 
os dedos. Essa medida evita fraturas ós-
seas no esterno e costelas. Se houvef para-
da respiratória Juntamente com a cardfaca, 
ambas devem ser realizadas reciprocamen-
te. 
O qut podt cauw 
choque elétrico; 
estrangulamento; 
sufocaçao; 
reações alérgicas graves. 
12.8. Ressu~ão 
cardiopulmonar 
Defini(âo 
Ressuscítação cardiopulmonar consiste nas 
manobras realizadas na tentativa de reani-
mar uma pessoa vítima de parada cardíaca 
"e/ou" respiratória. 
Edi»ra ~ • CIPA{CamisÃO ,,,_,,,. àe Pnmtnçio cit .Aodanl85) • Guia PrâícD de Segurança Cio Trabiltw:J • Bn.no PaP - =--• · 1 • Eciçio 
Pn'mriros S,,corrosEsse •e1ou· deve-se ao fato de que é pos-
sível encontrar uma vitima com parada res-
piratória por obstrução mecânlc.a (objeto 
obstruindo a passagem do ar). que ainda 
mantém batimentos cardíacos. Neste caso 
é necess.irio realizar apenas a respiração 
artificial 
12.8.1. Finalidade da RCP 
Ela tem como finalidade fazef com que oco-
ração e o pulmão voltem às funções normais. 
Conforme se aprende na anc1llse dos sinais vi-
tais, Isso é necessário para a manutenção da 
oxigenação do cérebro. que não pode passar 
rnals de alguns minutos sem oxlgénio. sob 
risco de sofrer lesões lrreverslvels. 
ti tb IIU 
~Oll&ltnn:O"ll~l\11! 
- TtR CEIITUA .. qUI nlo 
.. ,..P,a;lo--M>• 
ti•f'l'lltllO&c-11 .... , 
,...,1., 
A seguir, aprenda como se faz a RCP. 
A primeira providência a ser tomada numa 
RCP é a verificação das "vias aéreas superio-
res~ ou seja, abrir a boca da vitima e retirar 
qualquer objeto que possa obstl'\Jir a pas-
sagem do ar, como dentaduras. chidetes. 
balas. aRmentos etc. 
De nada adianta uma massagem cardíaca, 
por mais eficiente que seja, se não houver 
oxigénio entrando no pulmão e circulando 
no sangue bombeado pelo coração. Deve• 
mos sempre Iniciar a RCP pela respiração 
artificial 
Bonecos para treinamento de RCP sAo mui· 
to eficientes. 
115 
Como se faz o mp/rllfÓO artifiáall 
Abra a boca da vítima e retire qualquer 
ob,íeto que possa estar obstruindo a pas-
sagem doar. 
Flfn 11.l 
Estenda o pescoço da vítima, rodando a ca-
beça para trás para estender o pescoço . 
.... cio --•~do• 
FlfnlZJ 
Tampe o nariz da vitima para que o ar que 
você assoprar na boca n~ saia pelo nariz 
dela. Abra a boca dela. 
,.,.,. ,1.4 
Ediln &tca · CIPAiCrmi&liio 1~ dlt PreNIIÇio e»,.,..,.,_,· Guia Ptlai:DM S.11,1rança do Trabilh> · Brvno Pii •• · 11 E6çlo 
116 
Inspire profundamente e e)(plre na boca da 
vítima, forçando o ar para dentro dos pul• 
mões dela. Repita o procedimento uma vez 
a cada quatro segundos. 
Flfnll.S 
Observe se a vitima volta a respirar ~pon-
taneamente (sozlnha). Veja se o tórax se 
movimenta ou tente ouvir a respiração. 
Caso não volte, continue o procedimento 
e monitore o pulso, pois também é comum 
vitimas de parada respiratória evoluírem 
para parada cardíaca. 
Flfnll.4 
Em alanças ~u•nas • pessoas com le-
sio na boca devemos utilízar a resplraçio 
boca-nariz. Os procedimentos s:lio seme-
lhantes, porém o socorrista fecha a boca da 
vitima e assopra pelo nariz. abrindo a boca 
da vitima na expiração para facilitar a salda 
doar. 
CIPA · G11ifl Prtltiro tk Seg11r1111f" do Trabt,lho 
,,,.,.,1.1 
(omo~fazamassagm,cardíaca? 
O coração está sob o final do osso utamo, 
local em que se deve apoiar as mãos para 
realtzar a massagem cardíaca. 
Para quta mass:agem ~ thtiva 
Posicione-se, de preferência, ~ esquer· 
da da vitima; 
Procure o final do osso •est.erno·; 
Apoie uma mão sobre a outra neste 
ponto; 
Edi»ra &w;:a . CIPA(Coml&riilo lnrara dli P11we11,çio dli Aoóanb16) · Gula Pracoo. S.gu,anç;;a do Trabilh> · Bruno P-..... ..aili • t• Eclçlo 
Prlmtims Socorros 
Mantenha os braços estlc.ados; 
Coml)(lma e solte o tórax ritmicamente; 
Contar em voz alta facilita a sequblcia. 
)O-
,,,.,.,1., 
Pauoli'çto -l·- Cra,ça 118 ... -__ ,_ 
Vi86- lncinoçao .,._.. tleY,çaodo-
Venútaçao dt 2 .... lloQOll .. 1 MIi~ ""l*nc:i,j 
Ol>o>uçAo .... 
~ ... -. a!,easix,ClOl))O °'""'"'5ãoabbt■wl 
.. .-(OVACE) ---
c.on,p,., m _.,._ 
C...Odo peil), ...... - --oara as OCNro,11,.,.... clalr!lladm..-
iMIDOo ff CGIC/!C~ 2...-
,_ 
"'-4lob-it1 2,nb- ~ .. ,_com, 
rl!)dl Cllcarl,., .. ,-. ..,.,,.,,..,Cl)I' omaou 
l'limiliroll!lomollltl JIU"1dl mio 1D ama, IY .. - e& ria de 1 no 1M:1N111t 
--d• ••S- C.0dt 1131 1/IOI-OOtOr• """" .... 
FIIQUIR:,I dt 
C..C.dt 100...n _.. ... 
Rdoçlo 
)02 COl'IOI DIÃ>.....,lillr;m 
o.~ 
Utl - Socll»dtRCf' Utap•-- Utl--··-- HJat!IIICOIIIII i* DEA 1110 0 ... - _ .. , ......... .-1 llcllnllil <1 MO pnauoça C.OconlriA> .,. 
DEA1pàc,n-
W. 11.1 ........... ,a,.. 1 .... _, __ ..,. ___ 
a-im,llll-/wo•l11/l1ofawpu .... ,...,. & li J 
117 
Editorab-=a · CIPA(Comisliiolf'Canaae Pt....nçioât '1 1 W)• GuiaPriDcDO.SegurarçaClo lrabilho•8nJnoPa1 &•· t• Ectçio 
118 
Considerações guais 
A RCP pode salvar vidas, mas será melhor 
realizada por aqueles que tenham sido 
treinados em um curso de RCP. Os procedi· 
mentos descritos náo substituem o treina-
mento de RCP. 
O tempo é de extrema importância quando 
se tratar de uma pessoa Inconsciente, que 
não está respirando. A morte pode ocorrer 
de oito a dez minutos e a morte cerebral se 
inicia de quatro a seis minutos após a falta 
de oxigénio. 
12.9. Choque Elétrico 
,...,z.10 -si .. 11 ,,. ... ~ ,.,... .................. 
O choque elétrico é a passagem de uma 
corrente elétrica através do corpo, utilizan-
do-o como um condutor. Essa passagem de 
corrente pode não causar nenhuma con-
sequência mais grave além de um susto, 
porém também pode causar queimaduras, 
fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte. 
12.9.1. lntensidide do 
Choque Elétrico 
Costuma-se associar o 'estrago" que o cho-
que pode causar com o nível de tensão, 
porém o correto é que depende da inten-
sidade da corrente elétrica que atravessa o 
corpo da pessoa durante o choque e doca-
minho da corrente elétrica pelo corpo. 
CIPA . G11ill Prtl tíro J, S,1111rt111ça ,ln Tnib.,tho 
Certamente, quanto maior for a tensão, 
maior é a probabilidade de ocorrer um 
dano físico à pessoa, tendo em vista que, 
pela lei de Ohm. o aumento da corrente é 
diretamente proporcional ao da tensão e 
Inversamente proporcional ao da reslstén· 
eia elétrica, ou seja, para a mesma resistén· 
eia do corpo humano. que é relativamente 
constante (entre 1300 e 3.000 ohms para 
a tensão de 127 VI, se aumentarmos a 
tensão, consequentemente a corrente au· 
menta. 
PERIGO 
ALTA TENSÃO 
llfarelZ. I' SI C 1«-•• •••lilcals ,_M,,_,,. . ..... lllltb. 
De acordo com a Norma Regulamentado-
ra 10 (NR· 10 · Segurança em Serviços com 
Eletricidade) do Ministério do Trabalho do 
Brasil, tensões menores que 50 V em cor• 
rente altemada e 120 V em corrente conti• 
nua são Inofensivas. Elas são chamadas de 
extra baixas tensões (EBD. Tensões maiores 
que 50 V e menores que 1000 V em cor· 
rente alternada e entre 120 V e 1 SOO V em 
corrente continua são chamadas de baixa 
tensão (BT). enquanto tensões de valores 
Iguais ou maiores a 1000 V em corrente ai· 
ternada e 1 SOO V em corrente contínua sao 
chamadas de alta tensão (ATJ. 
Assim, pessoas que sofrem choque elétri-
co em AT têm uma probabilidade maior 
de morrer ou ficar com sequelas graves do 
que uma pessoa que sofreu choque em BT. 
Edhora ba · CIPA~CrmlHio lf"llfflil CN! Pt~ df '1 1 Aw) · G\lla Ptiam dlJ S.~tal'IÇ;t do lniblh> · 8n.no PiMIIWN · 1• Eclçlo 
Pn'mtinn Socorro~t 
12. 9.1.1. Primeiros Soc:oms 
Interrompa Imediatamente o contato da vi• 
lima com a corrente elétrica: 
Desligue o Interruptor ou chave elétri-
ca. 
Afaste o fio ou condutor elétrico com 
um material não condutor bem seco, 
pedaço de pau, cabo de vassoura, 
pano grosso. 
Puxe a vitima pelo pé ou pela mão, 
sem tocar-lhe a pele, usando material 
não condutor. Observação: Pise no 
chão seco, se não estiver com botas 
de borracha. 
Aplique os procedimentos de suporte bási· 
codevida: 
Os IJIO(fdimtntos dt prim8os soconos dMIII ~ 
1mm p,r - quaifodls. tre,...S.,, porUnlD 
~s a preü-los. No QIO d• a~ dmfS 
pnms,onab, o soconisLI dM llc)at para os bcmb,1-
"" (ti!ldon, 193 ,m tudo o Bmil) • solidlJr orim-
11Çôe ptlo tttmn, ili a cl>f9ada dos pooÍllsionais 
dom. 
O dpeiro recebe treinamento específico 
para aruar na prevenção de acidentes e no-
ções de primeiros socorros, mas deve sem• 
pre lembrar que no momento do acidente, 
ele deve providenciar para que o local seja 
Isolado e aguardar ajuda de um profi.sslo-
nal da área médica, chamar os bombeiros e 
na falta desses profissionais, aplicar os co• 
nheciment.os adquiridos durante seu trel• 
namento. 
Inicie a respiração de socorro, no caso de 
parada respiratória, e o mesmo parao co-
ração. 
Após certificar-se da normalização da res· 
plração e dos batimentos cardlacos. man-
tenha-se alerta, para reinlclar o socorro. se 
a vitima continuar Inconsciente. 
1/9 
lmobilíze os locais da fratura, se hou-
ver. 
Proteja as áieas de queimadura. 
Controle o estado de choque. 
Transporte a vitima para o hospital, o quan-
to antes, mantendo a respiração e a mas-
sagem cardíaca, se necessário. 
Ao atender uma vitima de choque elétrico, 
é necessário cuidar para não ficar na mes• 
ma situação. Deve-se desligar a energia 
elétrica antes ou usar alguma forma de iso· 
lamento elétrico, como algo feito de bor-
racha, por exemplo. 
Estando a vítima fora de uma área eletrifi-
cada, observa-se se existe algum objeto 
obstruindo a passagem do ar pela boca ou 
nariz (próteses dentárias, alimentos etc.) 
que devem ser retirados imediatamente. 
Verifique se a vítima está respirando e pro• 
cure ajuda médica o mais rápido passivei. 
As q~maduras elétricas geralmente são 
mais graves do que aparentam, mesmo 
aquelas em que o paciente procura ajuda 
especializada pessoalmente. 
O corpo, no choque elétrico, serve como 
condutor da energia e ao mesmo tempo 
de iesistêncla elétrica, causando os danos 
ao organismo. 
Diferentes graus de lesões externas vislveis 
podem cursar com rabdomlóllse, uma ne-
crose muscular profunda causada pela pas· 
sagem da corrente elétrica. 
A rabdomlólíse libera das células muscu-
lares uma protefna chamada miogloblna, 
que entra na circulação sangulnea. 
A mlogloblna deposita-se nos gloméru-
los renais (porção do rim responsável pela 
filtração do sangue e produção da urina), 
obstruindo a passagem do sangue e cau· 
sando insuficiéncia renal aguda. 
Se a urina for de cor escura, deve-se pensar 
em mlogloblnúria (salda da proteína mio· 
globlna pela urina), que denota a gravida· 
de da lesão interna. 
Editora &113 · CIPA IComlsÃO 11Umill OI Ptevençio de Aod.-1185) · Guia Pracooe Segurança do T~ · Bn.,n.,, Padeso• · 1 • Edçlo 
120 
O médico deve Instalar uma linha venosa 
para hidratação em um membro (perna, 
braço) não atingido (não é recomend~I 
utilizar o membro atingido até que ,s., te-
nha uma avaliação completa da lesão). 
~ recomend~vel a pas.sagem de uma sonda 
veslcal para monitorar a urina, ao mesmo 
tempo que ela é estimulada pela hidrata-
ção venosa agressiva com soro fisiológico, 
visando proteger o rim, mantendo uma 
dlurese de pelo menos 100 mi por hora. 
12.9.2. Laboratório 
Não se aguarela confirmação laboratorial 
de mloglobinúria para iniciar o tratamento. 
Caso a urina não dareie com as medidas 
Indicadas anteriormente, instala-se um diu-
rético osmótko chamado manitol, numa 
dose inicial de 25 g no adulto, seguido de 
mais 12.S g conforme vai sendo infundido 
liquido. ~ nec.essário manter uma diurese 
abundante. 
A acldose metabólica, vista por uma gaso-
metria arterial, pode ser adequadamente 
corrigida com bicarbonato de sódio em 
solução endovenosa, com a vantagem de 
alcalinizar a urina e promover uma melhor 
solublllclade da mioglobina na urina. 
Um eletrocardiograma deve ser realizado 
para verificar a função elétrica cardíaca e 
sinais de hiperpotassemia. 
A queimadura da musculatura interna 
pode resultar em síndrome compartimen-
tai e necessitar que o médico abra a pele e 
a aponeurose do local para restabelecer a 
circulaç~ 
CIP,\ - Gufo Prátitrl ,Jr Srgt,tlmftl 1/í, Trvbt,llm 
12.10. Fraturas 
12.10.1. TransportedeVitimas 
Antes de providenciar a remoção da vitima 
é preciso: 
Controlar hemo,raglas e resplraçâo; 
Imobilizar todos os pontos suspeitos 
de fraturas; 
Evitar e/ou controlar o estado de cho· 
que; 
Providenciar uma maca. 
12.10.2. Durante a Remoçio 
ou Transporte 
Em caso de precisar levantar o individuo, 
todo o seu corpo deve ser imobilizado, em 
partkular a cabeça. 
Para conduzir a um local seguro, puxe a 
vitima pelos pés, protegendo a cabeça ou 
pela cabeça. 
Ao levantar uma vítima de acidente, proce-
da aos cuidados adequados, presen,ando a 
integridade da coluna cervial. solicitando 
sempre a aíuda de uma ou duas pessoas 
presentes. 
No caso de dois ou mais socorristas para 
o transporte, podem ser utilizados os mé-
todos de apolo, de c.adeirlnha, em cadeira, 
em braço, nas costas. ou pela extremidade, 
confonme as condições do local. 
Pode-se usar uma manta para servir de 
maca. Nesse caso, ao levantá-la, é preciso 
manter a cabeça da vítima em cima e estl· 
car as articulações das ancas e dos joelhos 
para manter as costas e os braços retos. 
Ediln &ica -CIPA (Cm,is;áo lrwftoil de Pte"'8nÇio ôt &ade w• -Guia PriDa:t da S.gural'IÇilJ do Trabialt'o - 8n.no Pa :t :TI - 1• Eclçio 
Primtiros Socortt,.f 121 
12.10.3. ComoFazerumaMaa 
Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes. 
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12.11. Addentes de Avião 
Procedimentos que o socorrista deve se-
guir quando estiver diante de um acidente 
de avião: 
1. Parar imediatamente. 
2. Tomar medidas adequadas para evitar 
novos acidentes: utilização do triângu-
lo de pré-sinalização de perigo e das 
luzes de emergência. 
3. Comunicar;e, através do número na-
cional de emerg~ncla, 112, com a GNR 
- ou a Polida e, havendo feridos, solici-
tar a presença de ambulãncia. 
4. Não deslocar os feridos, não puxar 
pelos seus membros, não lhes dar de 
beber (água ou álcool), não lhes retirar 
o capacete. não os deixar expostos ao 
frio ou a Intempéries. 
5. E preciso ter cuidado com a proximi-
dade de combustlvel, ácido de bateria 
e fragmentos de vidros. 
6. Deve-se tentar retirar a vitima do carro 
desligando a viatura, liberando o cinto 
de segurança. Pegar na vitima por trás 
(pela roupa e pelos antebl'aços) e re-
tirá-la do carro, amparando sempre a 
cabeça de forma a não agravar lesões 
cervicais, se for o caso. 
7. Em caso de paragem respiratória, de-
ve-se praticar Imediatamente a respi-
ração anlf\cial boca a boca. 
EdiKnt:.nca-CIPA(Cami&àoll'Wnillóe f'le1o91çiooa & 1 W )• GuiaPrilimdeSeguranç.1,áoT,....,_, . en.nc.P 1 ■ -11 E<lçio 
122 CIPA • G11in Prtltim ,w S,g11r,mç11 ,lo Trob.11/10 
12.12. Afogamento 
,,,..,1.IJ 
Sinaís e sínwmas 
Agitação; 
Dificuldade respiratória; 
lnconsciênda; 
Parada respiratória; 
Parada cardlaca. 
Oquefazv 
1. Aproxime-se da vitima pelas costas, 
segure-a e mantenha-a com a cabeça 
fora d'~gua. 
2. 
3. 
Procure retirar os objetos estranhos 
que possam estar na boca e Inicie ime· 
d latamente a respiração de socorro 
boca a boca, ainda com a vitima den• 
tro d'água. 
Coloque a vítima em decúbito dorsal 
(deitada de costa); a cabeça mais bai-
xa que o corpo, quando estiver fora 
d 'água. 
4. Insista na respiração de socorro boca a 
boca, se necessário. 
s. Execute a massagem cardíaca exter• 
na, se a vitima ap,esentar ausência de 
pulso e pupilas dilatadas. 
6. Friccione vigorosamente os braços e 
as pernas do afogado, estimulando a 
circulação. 
7. Remova Imediatamente a vítima para 
o se<viço de salvamento ou o hospital 
mais próximo. 
12.12.1. Advertfnda 
Se a pessoa que se afogar conservar a cons• 
ciência, é perigoso se deixar dominar pelo 
pAnlco e arrastar o socorrista. 
O melhor é atirar-lhe alguma coisa à qual 
possa agarrar-se, por exemplo, um rem?; 
caso contrário, segura-se a cabeça por tras 
e puxa-se pelas costas até sair da água. 
Editora~ - CIPA fô:muiol,_.,...- Ptltwnç.iodl AcdlWIN) . GuiaPtacom S.gural'IÇAdo Trabllto - BrunoPadNOII - 1• Eciçio 
Primtirn.• 5'HYJrn,.v 
, 
12.12.2. Explicação Científica 
Entende-se por afogamento a asfixia em 
meio líquido. 
A asfixia pode dar-se pela aspiração de 
água, causando encharcamento dos al-
véolos pulmonares, ou pelo espasmo da 
glote, que pode vir a fechar-se violenta• 
mente, obstruindo a passagem doar pelas 
vias aéreas. 
No caso de asfixia com aspiração de água, 
ocorre a paralisação da troca gasosa, devi-
do ao llquldo postar-se nos alvéolos, não 
deixando assim que o o, passe para a cor• 
rente sanguínea, e impedindo também 
que o CO, saia do organismo. A partir daí 
as células que produziam energia com a 
presença de o, (aerobicamentel passarão 
a produzir energia sem a presença dele 
(anaerobicamente), causando várias com-
plicações no corpo, como, por exemplo, a 
123 
produção de ácido lático, que vai se acu-
mulando no organismo proporóonalmente 
ao tempo e ao grau de hlpóxla (diminuição 
da taxa de O). 
Associado à hipóxia, o acúmulo de ãó· 
do lâtico e CO, causa vários distúrbios no 
o,ganismo, principalmente no cérebro e 
coração, que não resistem sem a presença 
do Or Somam-se também a esses fatores a 
descarga adrenérgica, ou seía. a liberação 
de adrenalina na co,rente sanguínea, devi-
do à baixa de o,. o estresse causado pelo 
acidente e também pelo esforço flslco e 
pela luta pela vida., causando um sensível 
aumento da freq~ncla card!Ka, podendo 
gerar arritmias cardíacas (batimentos car• 
díacos anormais), que podem levar à para-
da do coração. A adrenalina provoca ainda 
uma constrição dos vasos sanguíneos da 
pele que se toma fria, podendo ficar azula-
da. Tal coloração é chamada de cianose. 
Editora &o· CIPA (Crmluio l:f'W'NI o. Pt!IY9nÇio OI , t ._)·Guia Prillcoi» S.~rança do lrabllno · Bruno P 11,i • 1• Eclçio 
124 
A água aspirada e deglutida provoa uma 
pequena alteração no sangue, como au• 
mento ou diminuição na taxa de sódio e de 
potássio, além do aumento ou diminuição 
do volume de sangue (hiper ou hlpovole-
mia). dependendo do tipo de água (doce 
ou salgada) em que ocorreu o acidente. e 
destruição das hemácias. 
Com o Inicio da produção de energia pelo 
processo anaeróblco. o céfebro e o coração 
nao resistem multo tempo. pois bastam 
poucos minutos sem oxig~nio (anóxia) para 
que ocorra a morte desses órgãos. 
CIPA • G11ill Prtltiro d, S,1111r1111ç11 ,to Tn1b11/h11 
Exercidos 
1. O que fazer em caso de picada de car· 
rapato? 
2. O que são queimaduras? 
3. Como se classificam as queimaduras? 
4 . o que é resp1raçao cardlopulmonar 
(RCP)? 
5. Qual a finalidade da RCP? 
6 . O que é choque elétrico? 
Editora Eo:::a · CIPA !Crmiuilo Ire.na 011 Ptevençio dll Ac:dlrlaJ · Guia f'rãlico O. Segurança cio Tr1billtw> • Bruno F'; o •• • 1 • Eclçlo

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