Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Primeiros Soco"os No caso de acld!nte d! trabalho d!ntro ou fora da empr!sa é n.ec~rlo, antes de qualquer atitude. procurar socorro médico. chamando os profissionais da 4rea. O cipeiro não deve tomar ne- nhuma atitude a nao ser com orlen~ de profissionais (médico, e nferrneiro ou bombeiro). Este livro fornece conhecimentos ~sicos de primeiros socorros para que o cipeiro tenha melhores informações dos procedimen- tos a serem realizados em caso de emergências no trabalho, e também para que tenha condições de reallzar algum proce<limen- to específico com orlentaçao externa por telefone. A funçAo do ci- pelro é sempre trabalhar na prevençjo dos acidentes. mas quando o acidente acontecer, deve esforçar-se para eliminar as causas e tvltar qut êlt se repita. Acompanhe alguns telefones úteis em caso de emergência. São números válidos para todo o Brasil Bombeiros - 193 Polícia Militar• 190 Polícia Civil· 197 Defesa Civil - 199 Ambulãncla • 192 Polícia Federal • 194 12.1. Picadas de Inseto ~rarld- Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de morte se não forem imediatamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves. Edtlln&a -CPA (Cornilldo l,...,..Cla P11 -e111Çi1oell. t,ad:1 tN)- GuiaPrillicocJeSeguranç;ado l ,.._,,., _ BNno Paalwrll · t•Ediçlo 112 OqwfartT Retire o"ferrão" do inseto. Pressione o local. Apllque gelo ou lave com água fria. Procure socorro ~ lco. 12.2. Picadas de Escorpião, Centopeias e Aranhas Oqwfanr Procure um médico Imediatamente. Na ausência ou falta do médico. apli- que o soro especifico, se possível den- tro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada. Apllque também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso. 123. Pk s de Abelhas e Vespas Oqwfanr Umedecer a picada com desinfetante. Se o Inchaço for mullO grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes). o médico deve ser chamado. 12,4, Picadas de (anapato OqutfartT Ao picar, ele fica preso. Deve-se esfre- gar com petróleo ou azeite até ele se soltar. Se não, "desenrosca-se• em sen- tido amtrário ao dos ponteiros do re- lógio. CIPA • Guia Prlirlco d, ~gurança do Trabalho 12.5. Queimaduras Dtfinlfõo Toda e qualquer lesio decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queima- dura. Gnwidadt Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura• e pode morrer se não receber Imediatamen- te os primeiros socorros. Oquepodf a,usor Corpo em contato com chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos superaquecidos ou Incandescentes, substánclas químicas. emanações radloatl· vas, radiações Infravermelhas e ultravioleta e eletricidade. 12.S.1. Classlfial~ das Queimaduras 11 Grau: lesões das camadas superfi• clai.s da pele. Exemplo: ralos solares. 21 Grau: formação de bolhas na área atingida. JI Grau: atinge tecidos mais profun- dos a12 o osso. Graridadt O risco de morte está na extensio da su- perflcle atingida devido ao estado de cho- que e à contaminação da área (Infecção bacteriana). Oquefalfr Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação. Edllora &ca- CFA {Corninao~oe Prewnçlodf ft ,.-)-GJlaPrMc:oCS. 5'9,;ri111Ç,1do f nllball'lo -Bn.ino PaP .,_,.. • 1ª Edlçlo Primtlms SIJt·orn,.f 12.5.2. Pequenas Queimaduras Atingem menos de 10% do corpo. Oqllf f!IZff Lavar com água em abundáncia. 12.5.3. Grandes Queimaduras (mais de 10% do Corpo) Oqllffam Colocar um pano bem limpo e ume• decido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada). Prevenir o estado de choque e levar a vitima ao hospital mais próximo. 12.5.4. Quelm1dur1s Qulmlc1s (Ãddos, Soda Cáustiei e Outros) o qllf fllZff 1'9quenas: lavar o local com água cor· rente. Ext_,: retirar toda a roupa atingi• da e lavar abundantemente com água a região. Cuidadas Não ãpliqué unguéntos. graxãs, biéãtbo· nato de sódio ou outras substáncias em queimaduras. Náo retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Náo fure as bolhas existentes nem toque com as mãos a área afetada. 111 12.5.5. Queimadura dos Olhos O qut podt e ousar Contato dos olhos com substáncias Irri• tantes. como ácidos. álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta. Oqut fozer Lavar os olhos com soro fisiológico. Vendá-los com gaze umedecida e le· var ao m~lco com urgência. 12.6. Nota sobre Incêndios nas Pessoas O fogo deve ser extinto Imediatamente. Se náo houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extlntora, salvo nos Incêndios de produtos que contenham óleos ou deriva· dos do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados. devem ser retiradas as· sim que possível. Quando se incendeiam a.s roupas. é preciso apagar rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vitima deve rolar no chão, ou outra ~soa apa· gar o fogo com um cobertor ou algo seme- lhante. É preciso proteger o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas em chamas. 12.6.1. Resfrilmento otneneossinais limitação dos movimentos dos membros, palidez faclal. pele fria, cianose dos lábios e extremidades, dores articulares. semicons· ciência e vertigens. EdllOta Enca . CIPA {Crmli51o 111M'loll .. Pr9wnçio (Mi AcnwWJ • Guia Prlllco a. S.gurançt do Tl'abllho . e~ PadilfO'III • t • EdçAo 1/4 A vítima começa a tíritar e sente-se cansa- da, deixando-se dominar pela apatía. Fica tensa e o sono torna-se leve e fica con- fusa. Abaixo dos 300 a tem~tura do corpo in- flui na respiração e na atividade do cora~o e se constítul em ameaça direta contra a vida. Oquefaztr Manter a vitima atíva e aquecer a parte atingida com um banho morno, colo- car roupa.s quentes, fazer exercícios. O calor do corpo deve voltar ao normal lentamente com auxílio de mantas. Dependendo do local e se nao houver possibilidade de usar recursos mate- riais. usar o aquecimento corpo a cor- po. Dar bebidas quentes como chá, café ou leíte se a vítima estiver consciente. Se a vltíma perder o conhecimento, deve ser colocada na posição lateral de segurança (PLS). No caso de parada respiratória, prati- car respiração boca a boca Imediata- mente. Procurar auxílio médico Imediatamen- te. 12.7. Ataque (ardiaco Sinais e sintomas Dor, respiração, suores, vômitos e outros sl· nais. Oquefam Mantenha a pessoa sentada ou deita- da, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. So- CIPA - G11lt1 Prd1kr> tk S,g11rançu ti,, Trt1bolhtJ mente dê algum medicamento se a vitima já faz uso e costuma tomar em emergências. (amo fazer o managffll cardíaca Colocar a vitima deítada de costas em su- perffcle plana e dura As mãos do aten- dente de emergénda devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partír daí de- ve--se pressionar vigorosamente, abaixan- do o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Fazer quantas repetições forem necessárias até a recuperação dos batimentos. 1: recomendável a média de 60 compressões por minuto. (uídados Em Jovens a pressão deve ser feíta com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ós- seas no esterno e costelas. Se houvef para- da respiratória Juntamente com a cardfaca, ambas devem ser realizadas reciprocamen- te. O qut podt cauw choque elétrico; estrangulamento; sufocaçao; reações alérgicas graves. 12.8. Ressu~ão cardiopulmonar Defini(âo Ressuscítação cardiopulmonar consiste nas manobras realizadas na tentativa de reani- mar uma pessoa vítima de parada cardíaca "e/ou" respiratória. Edi»ra ~ • CIPA{CamisÃO ,,,_,,,. àe Pnmtnçio cit .Aodanl85) • Guia PrâícD de Segurança Cio Trabiltw:J • Bn.no PaP - =--• · 1 • Eciçio Pn'mriros S,,corrosEsse •e1ou· deve-se ao fato de que é pos- sível encontrar uma vitima com parada res- piratória por obstrução mecânlc.a (objeto obstruindo a passagem do ar). que ainda mantém batimentos cardíacos. Neste caso é necess.irio realizar apenas a respiração artificial 12.8.1. Finalidade da RCP Ela tem como finalidade fazef com que oco- ração e o pulmão voltem às funções normais. Conforme se aprende na anc1llse dos sinais vi- tais, Isso é necessário para a manutenção da oxigenação do cérebro. que não pode passar rnals de alguns minutos sem oxlgénio. sob risco de sofrer lesões lrreverslvels. ti tb IIU ~Oll<nn:O"ll~l\11! - TtR CEIITUA .. qUI nlo .. ,..P,a;lo--M>• ti•f'l'lltllO&c-11 .... , ,...,1., A seguir, aprenda como se faz a RCP. A primeira providência a ser tomada numa RCP é a verificação das "vias aéreas superio- res~ ou seja, abrir a boca da vitima e retirar qualquer objeto que possa obstl'\Jir a pas- sagem do ar, como dentaduras. chidetes. balas. aRmentos etc. De nada adianta uma massagem cardíaca, por mais eficiente que seja, se não houver oxigénio entrando no pulmão e circulando no sangue bombeado pelo coração. Deve• mos sempre Iniciar a RCP pela respiração artificial Bonecos para treinamento de RCP sAo mui· to eficientes. 115 Como se faz o mp/rllfÓO artifiáall Abra a boca da vítima e retire qualquer ob,íeto que possa estar obstruindo a pas- sagem doar. Flfn 11.l Estenda o pescoço da vítima, rodando a ca- beça para trás para estender o pescoço . .... cio --•~do• FlfnlZJ Tampe o nariz da vitima para que o ar que você assoprar na boca n~ saia pelo nariz dela. Abra a boca dela. ,.,.,. ,1.4 Ediln &tca · CIPAiCrmi&liio 1~ dlt PreNIIÇio e»,.,..,.,_,· Guia Ptlai:DM S.11,1rança do Trabilh> · Brvno Pii •• · 11 E6çlo 116 Inspire profundamente e e)(plre na boca da vítima, forçando o ar para dentro dos pul• mões dela. Repita o procedimento uma vez a cada quatro segundos. Flfnll.S Observe se a vitima volta a respirar ~pon- taneamente (sozlnha). Veja se o tórax se movimenta ou tente ouvir a respiração. Caso não volte, continue o procedimento e monitore o pulso, pois também é comum vitimas de parada respiratória evoluírem para parada cardíaca. Flfnll.4 Em alanças ~u•nas • pessoas com le- sio na boca devemos utilízar a resplraçio boca-nariz. Os procedimentos s:lio seme- lhantes, porém o socorrista fecha a boca da vitima e assopra pelo nariz. abrindo a boca da vitima na expiração para facilitar a salda doar. CIPA · G11ifl Prtltiro tk Seg11r1111f" do Trabt,lho ,,,.,.,1.1 (omo~fazamassagm,cardíaca? O coração está sob o final do osso utamo, local em que se deve apoiar as mãos para realtzar a massagem cardíaca. Para quta mass:agem ~ thtiva Posicione-se, de preferência, ~ esquer· da da vitima; Procure o final do osso •est.erno·; Apoie uma mão sobre a outra neste ponto; Edi»ra &w;:a . CIPA(Coml&riilo lnrara dli P11we11,çio dli Aoóanb16) · Gula Pracoo. S.gu,anç;;a do Trabilh> · Bruno P-..... ..aili • t• Eclçlo Prlmtims Socorros Mantenha os braços estlc.ados; Coml)(lma e solte o tórax ritmicamente; Contar em voz alta facilita a sequblcia. )O- ,,,.,.,1., Pauoli'çto -l·- Cra,ça 118 ... -__ ,_ Vi86- lncinoçao .,._.. tleY,çaodo- Venútaçao dt 2 .... lloQOll .. 1 MIi~ ""l*nc:i,j Ol>o>uçAo .... ~ ... -. a!,easix,ClOl))O °'""'"'5ãoabbt■wl .. .-(OVACE) --- c.on,p,., m _.,._ C...Odo peil), ...... - --oara as OCNro,11,.,.... clalr!lladm..- iMIDOo ff CGIC/!C~ 2...- ,_ "'-4lob-it1 2,nb- ~ .. ,_com, rl!)dl Cllcarl,., .. ,-. ..,.,,.,,..,Cl)I' omaou l'limiliroll!lomollltl JIU"1dl mio 1D ama, IY .. - e& ria de 1 no 1M:1N111t --d• ••S- C.0dt 1131 1/IOI-OOtOr• """" .... FIIQUIR:,I dt C..C.dt 100...n _.. ... Rdoçlo )02 COl'IOI DIÃ>.....,lillr;m o.~ Utl - Socll»dtRCf' Utap•-- Utl--··-- HJat!IIICOIIIII i* DEA 1110 0 ... - _ .. , ......... .-1 llcllnllil <1 MO pnauoça C.OconlriA> .,. DEA1pàc,n- W. 11.1 ........... ,a,.. 1 .... _, __ ..,. ___ a-im,llll-/wo•l11/l1ofawpu .... ,...,. & li J 117 Editorab-=a · CIPA(Comisliiolf'Canaae Pt....nçioât '1 1 W)• GuiaPriDcDO.SegurarçaClo lrabilho•8nJnoPa1 &•· t• Ectçio 118 Considerações guais A RCP pode salvar vidas, mas será melhor realizada por aqueles que tenham sido treinados em um curso de RCP. Os procedi· mentos descritos náo substituem o treina- mento de RCP. O tempo é de extrema importância quando se tratar de uma pessoa Inconsciente, que não está respirando. A morte pode ocorrer de oito a dez minutos e a morte cerebral se inicia de quatro a seis minutos após a falta de oxigénio. 12.9. Choque Elétrico ,...,z.10 -si .. 11 ,,. ... ~ ,.,... .................. O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizan- do-o como um condutor. Essa passagem de corrente pode não causar nenhuma con- sequência mais grave além de um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte. 12.9.1. lntensidide do Choque Elétrico Costuma-se associar o 'estrago" que o cho- que pode causar com o nível de tensão, porém o correto é que depende da inten- sidade da corrente elétrica que atravessa o corpo da pessoa durante o choque e doca- minho da corrente elétrica pelo corpo. CIPA . G11ill Prtl tíro J, S,1111rt111ça ,ln Tnib.,tho Certamente, quanto maior for a tensão, maior é a probabilidade de ocorrer um dano físico à pessoa, tendo em vista que, pela lei de Ohm. o aumento da corrente é diretamente proporcional ao da tensão e Inversamente proporcional ao da reslstén· eia elétrica, ou seja, para a mesma resistén· eia do corpo humano. que é relativamente constante (entre 1300 e 3.000 ohms para a tensão de 127 VI, se aumentarmos a tensão, consequentemente a corrente au· menta. PERIGO ALTA TENSÃO llfarelZ. I' SI C 1«-•• •••lilcals ,_M,,_,,. . ..... lllltb. De acordo com a Norma Regulamentado- ra 10 (NR· 10 · Segurança em Serviços com Eletricidade) do Ministério do Trabalho do Brasil, tensões menores que 50 V em cor• rente altemada e 120 V em corrente conti• nua são Inofensivas. Elas são chamadas de extra baixas tensões (EBD. Tensões maiores que 50 V e menores que 1000 V em cor· rente alternada e entre 120 V e 1 SOO V em corrente continua são chamadas de baixa tensão (BT). enquanto tensões de valores Iguais ou maiores a 1000 V em corrente ai· ternada e 1 SOO V em corrente contínua sao chamadas de alta tensão (ATJ. Assim, pessoas que sofrem choque elétri- co em AT têm uma probabilidade maior de morrer ou ficar com sequelas graves do que uma pessoa que sofreu choque em BT. Edhora ba · CIPA~CrmlHio lf"llfflil CN! Pt~ df '1 1 Aw) · G\lla Ptiam dlJ S.~tal'IÇ;t do lniblh> · 8n.no PiMIIWN · 1• Eclçlo Pn'mtinn Socorro~t 12. 9.1.1. Primeiros Soc:oms Interrompa Imediatamente o contato da vi• lima com a corrente elétrica: Desligue o Interruptor ou chave elétri- ca. Afaste o fio ou condutor elétrico com um material não condutor bem seco, pedaço de pau, cabo de vassoura, pano grosso. Puxe a vitima pelo pé ou pela mão, sem tocar-lhe a pele, usando material não condutor. Observação: Pise no chão seco, se não estiver com botas de borracha. Aplique os procedimentos de suporte bási· codevida: Os IJIO(fdimtntos dt prim8os soconos dMIII ~ 1mm p,r - quaifodls. tre,...S.,, porUnlD ~s a preü-los. No QIO d• a~ dmfS pnms,onab, o soconisLI dM llc)at para os bcmb,1- "" (ti!ldon, 193 ,m tudo o Bmil) • solidlJr orim- 11Çôe ptlo tttmn, ili a cl>f9ada dos pooÍllsionais dom. O dpeiro recebe treinamento específico para aruar na prevenção de acidentes e no- ções de primeiros socorros, mas deve sem• pre lembrar que no momento do acidente, ele deve providenciar para que o local seja Isolado e aguardar ajuda de um profi.sslo- nal da área médica, chamar os bombeiros e na falta desses profissionais, aplicar os co• nheciment.os adquiridos durante seu trel• namento. Inicie a respiração de socorro, no caso de parada respiratória, e o mesmo parao co- ração. Após certificar-se da normalização da res· plração e dos batimentos cardlacos. man- tenha-se alerta, para reinlclar o socorro. se a vitima continuar Inconsciente. 1/9 lmobilíze os locais da fratura, se hou- ver. Proteja as áieas de queimadura. Controle o estado de choque. Transporte a vitima para o hospital, o quan- to antes, mantendo a respiração e a mas- sagem cardíaca, se necessário. Ao atender uma vitima de choque elétrico, é necessário cuidar para não ficar na mes• ma situação. Deve-se desligar a energia elétrica antes ou usar alguma forma de iso· lamento elétrico, como algo feito de bor- racha, por exemplo. Estando a vítima fora de uma área eletrifi- cada, observa-se se existe algum objeto obstruindo a passagem do ar pela boca ou nariz (próteses dentárias, alimentos etc.) que devem ser retirados imediatamente. Verifique se a vítima está respirando e pro• cure ajuda médica o mais rápido passivei. As q~maduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo aquelas em que o paciente procura ajuda especializada pessoalmente. O corpo, no choque elétrico, serve como condutor da energia e ao mesmo tempo de iesistêncla elétrica, causando os danos ao organismo. Diferentes graus de lesões externas vislveis podem cursar com rabdomlóllse, uma ne- crose muscular profunda causada pela pas· sagem da corrente elétrica. A rabdomlólíse libera das células muscu- lares uma protefna chamada miogloblna, que entra na circulação sangulnea. A mlogloblna deposita-se nos gloméru- los renais (porção do rim responsável pela filtração do sangue e produção da urina), obstruindo a passagem do sangue e cau· sando insuficiéncia renal aguda. Se a urina for de cor escura, deve-se pensar em mlogloblnúria (salda da proteína mio· globlna pela urina), que denota a gravida· de da lesão interna. Editora &113 · CIPA IComlsÃO 11Umill OI Ptevençio de Aod.-1185) · Guia Pracooe Segurança do T~ · Bn.,n.,, Padeso• · 1 • Edçlo 120 O médico deve Instalar uma linha venosa para hidratação em um membro (perna, braço) não atingido (não é recomend~I utilizar o membro atingido até que ,s., te- nha uma avaliação completa da lesão). ~ recomend~vel a pas.sagem de uma sonda veslcal para monitorar a urina, ao mesmo tempo que ela é estimulada pela hidrata- ção venosa agressiva com soro fisiológico, visando proteger o rim, mantendo uma dlurese de pelo menos 100 mi por hora. 12.9.2. Laboratório Não se aguarela confirmação laboratorial de mloglobinúria para iniciar o tratamento. Caso a urina não dareie com as medidas Indicadas anteriormente, instala-se um diu- rético osmótko chamado manitol, numa dose inicial de 25 g no adulto, seguido de mais 12.S g conforme vai sendo infundido liquido. ~ nec.essário manter uma diurese abundante. A acldose metabólica, vista por uma gaso- metria arterial, pode ser adequadamente corrigida com bicarbonato de sódio em solução endovenosa, com a vantagem de alcalinizar a urina e promover uma melhor solublllclade da mioglobina na urina. Um eletrocardiograma deve ser realizado para verificar a função elétrica cardíaca e sinais de hiperpotassemia. A queimadura da musculatura interna pode resultar em síndrome compartimen- tai e necessitar que o médico abra a pele e a aponeurose do local para restabelecer a circulaç~ CIP,\ - Gufo Prátitrl ,Jr Srgt,tlmftl 1/í, Trvbt,llm 12.10. Fraturas 12.10.1. TransportedeVitimas Antes de providenciar a remoção da vitima é preciso: Controlar hemo,raglas e resplraçâo; Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas; Evitar e/ou controlar o estado de cho· que; Providenciar uma maca. 12.10.2. Durante a Remoçio ou Transporte Em caso de precisar levantar o individuo, todo o seu corpo deve ser imobilizado, em partkular a cabeça. Para conduzir a um local seguro, puxe a vitima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça. Ao levantar uma vítima de acidente, proce- da aos cuidados adequados, presen,ando a integridade da coluna cervial. solicitando sempre a aíuda de uma ou duas pessoas presentes. No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os mé- todos de apolo, de c.adeirlnha, em cadeira, em braço, nas costas. ou pela extremidade, confonme as condições do local. Pode-se usar uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la, é preciso manter a cabeça da vítima em cima e estl· car as articulações das ancas e dos joelhos para manter as costas e os braços retos. Ediln &ica -CIPA (Cm,is;áo lrwftoil de Pte"'8nÇio ôt &ade w• -Guia PriDa:t da S.gural'IÇilJ do Trabialt'o - 8n.no Pa :t :TI - 1• Eclçio Primtiros Socortt,.f 121 12.10.3. ComoFazerumaMaa Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes. ( ,,,,,,. ll.ll Mio .... c1o e1r11 .... I, nramrio, nlo w d!'lt IAmjlOIUr • vlllma. A 11u1,..,,ta(Jo cS. Yilimo dM ~lf<fi d!pois de ~ todas ,1 ~ qur cad• aso ""'lf. DMm p,wtidp• d..,.~ pesoa, .,... li\ados. ~ltamos qut II att .. ""' - ,.,., - •lll■N. iCWlnct M 1 18 •---~ .... da. - 12.11. Addentes de Avião Procedimentos que o socorrista deve se- guir quando estiver diante de um acidente de avião: 1. Parar imediatamente. 2. Tomar medidas adequadas para evitar novos acidentes: utilização do triângu- lo de pré-sinalização de perigo e das luzes de emergência. 3. Comunicar;e, através do número na- cional de emerg~ncla, 112, com a GNR - ou a Polida e, havendo feridos, solici- tar a presença de ambulãncia. 4. Não deslocar os feridos, não puxar pelos seus membros, não lhes dar de beber (água ou álcool), não lhes retirar o capacete. não os deixar expostos ao frio ou a Intempéries. 5. E preciso ter cuidado com a proximi- dade de combustlvel, ácido de bateria e fragmentos de vidros. 6. Deve-se tentar retirar a vitima do carro desligando a viatura, liberando o cinto de segurança. Pegar na vitima por trás (pela roupa e pelos antebl'aços) e re- tirá-la do carro, amparando sempre a cabeça de forma a não agravar lesões cervicais, se for o caso. 7. Em caso de paragem respiratória, de- ve-se praticar Imediatamente a respi- ração anlf\cial boca a boca. EdiKnt:.nca-CIPA(Cami&àoll'Wnillóe f'le1o91çiooa & 1 W )• GuiaPrilimdeSeguranç.1,áoT,....,_, . en.nc.P 1 ■ -11 E<lçio 122 CIPA • G11in Prtltim ,w S,g11r,mç11 ,lo Trob.11/10 12.12. Afogamento ,,,..,1.IJ Sinaís e sínwmas Agitação; Dificuldade respiratória; lnconsciênda; Parada respiratória; Parada cardlaca. Oquefazv 1. Aproxime-se da vitima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d'~gua. 2. 3. Procure retirar os objetos estranhos que possam estar na boca e Inicie ime· d latamente a respiração de socorro boca a boca, ainda com a vitima den• tro d'água. Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costa); a cabeça mais bai- xa que o corpo, quando estiver fora d 'água. 4. Insista na respiração de socorro boca a boca, se necessário. s. Execute a massagem cardíaca exter• na, se a vitima ap,esentar ausência de pulso e pupilas dilatadas. 6. Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação. 7. Remova Imediatamente a vítima para o se<viço de salvamento ou o hospital mais próximo. 12.12.1. Advertfnda Se a pessoa que se afogar conservar a cons• ciência, é perigoso se deixar dominar pelo pAnlco e arrastar o socorrista. O melhor é atirar-lhe alguma coisa à qual possa agarrar-se, por exemplo, um rem?; caso contrário, segura-se a cabeça por tras e puxa-se pelas costas até sair da água. Editora~ - CIPA fô:muiol,_.,...- Ptltwnç.iodl AcdlWIN) . GuiaPtacom S.gural'IÇAdo Trabllto - BrunoPadNOII - 1• Eciçio Primtirn.• 5'HYJrn,.v , 12.12.2. Explicação Científica Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido. A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando encharcamento dos al- véolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violenta• mente, obstruindo a passagem doar pelas vias aéreas. No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devi- do ao llquldo postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o o, passe para a cor• rente sanguínea, e impedindo também que o CO, saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de o, (aerobicamentel passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente), causando várias com- plicações no corpo, como, por exemplo, a 123 produção de ácido lático, que vai se acu- mulando no organismo proporóonalmente ao tempo e ao grau de hlpóxla (diminuição da taxa de O). Associado à hipóxia, o acúmulo de ãó· do lâtico e CO, causa vários distúrbios no o,ganismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do Or Somam-se também a esses fatores a descarga adrenérgica, ou seía. a liberação de adrenalina na co,rente sanguínea, devi- do à baixa de o,. o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço flslco e pela luta pela vida., causando um sensível aumento da freq~ncla card!Ka, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos car• díacos anormais), que podem levar à para- da do coração. A adrenalina provoca ainda uma constrição dos vasos sanguíneos da pele que se toma fria, podendo ficar azula- da. Tal coloração é chamada de cianose. Editora &o· CIPA (Crmluio l:f'W'NI o. Pt!IY9nÇio OI , t ._)·Guia Prillcoi» S.~rança do lrabllno · Bruno P 11,i • 1• Eclçio 124 A água aspirada e deglutida provoa uma pequena alteração no sangue, como au• mento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hlpovole- mia). dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente. e destruição das hemácias. Com o Inicio da produção de energia pelo processo anaeróblco. o céfebro e o coração nao resistem multo tempo. pois bastam poucos minutos sem oxig~nio (anóxia) para que ocorra a morte desses órgãos. CIPA • G11ill Prtltiro d, S,1111r1111ç11 ,to Tn1b11/h11 Exercidos 1. O que fazer em caso de picada de car· rapato? 2. O que são queimaduras? 3. Como se classificam as queimaduras? 4 . o que é resp1raçao cardlopulmonar (RCP)? 5. Qual a finalidade da RCP? 6 . O que é choque elétrico? Editora Eo:::a · CIPA !Crmiuilo Ire.na 011 Ptevençio dll Ac:dlrlaJ · Guia f'rãlico O. Segurança cio Tr1billtw> • Bruno F'; o •• • 1 • Eclçlo
Compartilhar