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Cuidados de enfermagem em curativos Profª Carla codo 2 2 Estrutura da pele: 3 Função da pele: • Proteção dos órgãos internos; • Termorregulação; sensibilidade; • Metabolismo de nutrientes. Fatores que influenciam a cicatrização: • Idade; estresse; • Nutrição; hidratação; • Infecção; perfusão; • Doença de base; condições locais; • Medicamentos e higiene. 4 Ferida: • Qualquer interrupção na barreira anátomo-fisiológica; • Ruptura: da pele; membrana mucosa ou qualquer outra estrutura do corpo; • Causada por um agente físico; químico ou biológico. 5 Classificação de feridas: • Fechada: perda da solução de continuidade da pele sem fissura; • Aberta: perda de solução de continuidade da pele (ou mucosa) com fissura; • Aguda intencional: incisão cirúrgica; • Aguda não intencional: devido a trauma; • Feridas crônicas: precedem o tempo de recuperação; 6 6 Classificação segundo cicatrização: • Primeira intensão: perda mínima de tecido; bordas aproximáveis; • Segunda intensão: perda extensa de tecido; bordas não aproximáveis; • Terceira intensão (fechamento primário retardado): duas superfícies com tecido de granulação são aproximadas cirurgicamente. Processo de cicatrização: 3 estágios • Inflamatório (1 a 5d): hemostasia e inflamação; • Proliferativo (5 a 21d): multiplicação celular; • Maturação (remodelação) (2ª ou 3ª sem até cicatrização). http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=-PabC1MMmD2pzM&tbnid=mbLCozhWkizwaM:&ved=0CAYQjRw&url=http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/1188/body/06.htm&ei=7-8qU4OFHOXj0QG22IHQDw&bvm=bv.62922401,d.dmQ&psig=AFQjCNGIsgqx22GAaDVYa1oDyGHNFFtOOQ&ust=1395409207425836 7 Processo Inflamatório: • Prepara a ferida para a cicatrização; • Remove: - restos celulares; - tecidos desvitalizados. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO • Reações vasculares: - vasoconstrição transitória vasos sgneos e linfáticos (perda de sg); - cascata de coagulação (fibrinogênio em fibrina pela ação da trombina). hemostasia. 8 - Vasodilatação: preenchimento do leito da ferida com fibrina; • Marginação leucocitária: - neutrófilos: iniciam o processo fagocitário (bactérias; tecidos desvitalizados; restos celulares e outras substâncias estranhas). processo inflamatório (SS flogísticos); - macrófagos: fagocitose e formação de novos tecidos; Liberação de fatores de crescimento; Perda dos SS flogísticos. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 9 Fase proliferativa (fibroblástica): • Epitelização total da ferida; • Migração de céls endoteliais da periferia para o centro tecido de granulação; • Neovascularização; • Produção de colágeno (apenas 80% da resistência da pele é recuperada); • Leito totalmente preenchido: epitelização gradual. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 10 Maturação (remodelamento): • Reorganização das fibras colágenas (desorganizadas); • Caracteriza-se por mudanças: - forma; - tamanho; - resistência. • Lesão nova: rosada; • Lesão velha: esbranquiçada. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 11 11 PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: primária 12 PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: secundária 13 PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: terciária 14 15 Curativos: • São cuidados dispensados a uma área do corpo que foi lesada (perda de continuidade); • Se modificam de acordo: - com evolução da ferida; - tipo de ferida. Objetivo do curativo: • Promover a cicatrização de modo mais rápido e confortável; • Proteger a lesão: - do ambiente externo; - de contaminação. • Controle do exsudato; 16 Objetivo do curativo (cont.): • Na ferida aguda: - proteger infecção. • Na ferida crônica (contaminada): - proteger de novas infecções; - proteger pele adjacente; - manter microambiente da ferida. • Promover descolamento e remoção do tecido necrosado; • Preencher o espaço interior da ferida: - evitar hematomas; abscessos; - túneis e fístulas. 17 Tipos de curativo: • Aberto: mantém a ferida exposta; • Oclusivo: ferida fechada com gaze ou atadura; • Seco: não utiliza medicamentos apenas gaze (agudas); • Úmido: fechado com medicamentos e cobertura; • Compressivo: mantêm compressão sobre a ferida (hemorragias); • Drenagem: dispositivos para drenar grande qtdade de exsudato. 18 18 Função do curativo: • Aumentar velocidade de cicatrização; • Aliviar a dor; • Melhorar a estética; • Criar ambiente favorável à cicatrização. Material: • Pinça Kelly reta (curva); tesoura; gaze estéril; • Pinça anatômica e dente de rato; campo estéril; • Material para descarte (sanito branco); luva de procedimento (dois pares); • Medicamentos e materiais específicos para curativo; • SF 0,9% (frasco; seringa); luva estéril. 19 19 Pinça Anatômica Pinça Dente de Rato Pinça Kelly Reta Tesoura 20 HIDROGEL • Gel transparente; incolor; (cobertura) • Composição: água; carboximetilcelulose; propilenoglicol e pectina; • Ação: amolece e remove tecido desvitalizado (necrose) por meio de desbridamento autolítico.; preenche; • Sempre embeber a gaze (SF ou AD). Necrose tecidual: • Desvitalização dura: preto; marrom; cinza. • Dificulta processo de cicatrização. 21 HIDROCOLÓIDE • Curativos estéreis (c/ espuma e sem); • Formam meio úmido na ferida possibilitam: - granulação natural; - desbridamento. • O material do curativo interage com o exsudato da ferida, formando um gel macio. • Troca: a cd 7 d ou qdo estiver saturado. Desvitalização úmida: pode ser aderente; firme ou esfacelado; amarelo ou bege. 22 PLACA DE HIDROCOLÓIDE • Cobertura estéril; • Composta: - espuma externa ou filme de poliuretano unida a um material interno; - Carboximetilcelulose, gelatina e pectina. • É indicado em feridas não infectadas, com médio e baixo volumes de exsudação; • Pode ser usado em presença de tecido necrótico e fibrina. 23 • Curativos oclusivo estéril; • Película de poliuretano, impermeável a água e a outros agentes externos; • Capacidade de absorver pequena quantidade de exsudato da ferida formando um gel suave que mantém a umidade necessária para uma cicatrização mais rápida; • Troca a cd 7 d ou qdo saturação. DUODERME 24 AQUACEL Ag • Curativo de hidrofibra; macio; antimicrobiano; estéril; • Composto: carboximetilcelulose sódica e prata; • Super absorvente; • Captura os microrganismos presentes na ferida; • Forma gel macio que se adapta ao leito da ferida; • Auxilia no desbridamento autolítico; • Uso: queimaduras; • Ultrapassar as bordas da lesão; • Troca: 7 d ou qdo saturado. 25 FILME TRANSPARENTE tegaderm - Membrana semipermeável; transparente; elástico; aderente a superfícies secas - Composição: filme de poliuretano - indicado: para fixação de cateteres vasculares; Proteção de pele íntegra; Prevenção de úlcera de pressão; Cobertura de incisão cirúrgica (limpa e sem exsudato). 26 PAPAÍNA • Enzima proteolítica, de origem vegetal extraída do látex do mamão papaya (Carica papaya); • utilizada em pó ou pasta. • Indicada para tratamento de feridas: abertas, limpas ou infectadas; • desbridamento de tecidos desvitalizados. 27 CARVÃO ATIVADO • Cobertura de contato de baixa aderência, envolta por camada de tecido não tecido e almofada impregnada por carvão ativado e prata a 0,15%. • É indicado para feridas infectadas exsudativas, com ou sem odor. 28 ALGINATO DE Ca • Composição: - fibras de não-tecido; íons de Ca+ e Na+; - derivado de algas marinhas; - ác gulurônico e manurônio. • Indicação: - feridas abertas; sangrantes; - exsudativas com ou sem infecção até a redução do exsudato. 29 AGE ou ÓLEO DE GIRASSOL ou DERSANI • Óleo vegetal;• Composição: - ác linoleico; ác caprílico; - ác caprico; vit A, E; - lecitina de soja. • Indicado: - prevenção de úlcera de pressão; - tratamento de feridas abertas. 30 COLAGENASE • Composição: - colagenase costridiopeptidase; - enzimas proteolíticas; • Indicada no desbridamento enzimático suave não invasivo. • Composição: enzimas fibronolisina e desoxirribonuclease; • Indicada: lesões infectadas; • Duas ações: agente desbridante e antibiótico FIBRASE 31 SULFADIASINA DE Ag • Pomada hidrofílica; • Composição: sulfadiazina de prata a 1%; • Indicada: queimaduras e úlcera vasculogênica 32 Curativo seco: • HM e reúna o material; • Explique o que vai ser feito; • Coloque o pacte em decúbito dorsal (confortável); • Calce a luvas de procedimento e remova o curativo antigo: - solte as bordas das fitas; - estabilize a pele com a mão; - puxe a fita no sentido contrário; - umedeça c/ SF0,9% (sangramento e remoção tecido de granulação). • Descarte o mesmo no sanito juntamente com a luva utilizada; CURATIVO SECO: incisão cirúrgica ou pequenas escoriações 33 • Verifique a quantidade e tipo de exsudato da ferida; • Calce novas luvas; • Abra o pacote de gaze e o material com as pinças (técnica estéril); • Faça uma bonequinha com a gaze (fibras) e umedeça a mesma com SF 0,9%; OU • Irrigue a ferida com jato de SF 0,9% aquecido (seringa com agulha); • Sempre de cima para baixo; • Mais distal para proximal; • Menos para mais contaminado. CURATIVO SECO 34 • Sempre use um lado de cada vez da gaze; • Após usar os dois lados descarte a mesma no sanito; • Use quantas gazes quanto forem necessárias até a limpeza do curativo; • Coloque gazes limpas sobre a ferida; • Descarte as luvas; • Cubra a ferida com adesivo próprio: - sempre do mesmo tamanho; - cubra as bordas deixando o meio descoberto (ventilação). • Deixe o pacte confortável e unidade em ordem (expurgo). CURATIVO SECO 35 Observações: • Não delegue para o AE; (conhecimento sobre cicatriz.) • Sempre observe o tipo de exsudato; a quantidade e o odor; • Exsudato pode ser indicativo de infecção; • Exsudato esverdeado = infecção; • Verifique o tamanho da lesão; sua profundidade e sua localização; • Verifique que tipo de substância pode ser utilizada no curativo; • Realize anotações de enfermagem. CURATIVO SECO 36 • A técnica é a mesma até a remoção do curativo e descarte de luvas; • Irrigue o leito da ferida com SF 0,9% aquecido; • Se necessário seque com a gaze ou use a mesma para remoção de secreções (leve e lento); • Após a limpeza preencha o leito da ferida: - gaze embebida em SF0,9%; ou - hidrogel; colagenase ou fibrase; cubra com gaze embebida em SF 0,9% - se muito exsudato cubra com hidrocolóide; ou chumaço de gaze. CURATIVO ÚMIDO: feridas de cicatrização de 2ª ou 3ª intenção 37 SF: • Limpa e umedece a ferida; • Favorece formação de tecido de granulação; • Amolece tecidos desvitalizados; • Favorece desbridamento autolítico. CURATIVO ÚMIDO Frio: • Diminui a temperatura do leito da ferida; • Diminui velocidade do processo de cicatrização. 38 Feridas abertas: • Lavar o leito da ferida com jatos de SF 0,9%; • Remover exsudatos; • Desbridar a ferida: - gaze; pinça ou bisturi; • Preencher o leito da ferida com gaze úmida; alginato de prata ou hidrocolóide; • Colocar cobertura secundária; • Fixar. CURATIVO ÚMIDO 39 Deiscência de sutura: • Lavar com jatos de SF 0,9%; • Manter gaze de contato úmida no local; • Preencha a cavidade em cd reentrância; • Faça várias camadas; até fechar totalmente a ferida; • Colocar cobertura secundária; • Fixar. CURATIVO ÚMIDO 40 Curativo: • HM e reúna o material; • Calce luvas de procedimento; • Retire a gaze ou hidrocolóide presente; • Com o auxílio da pinça Kelly reta dobre uma gaze ao meio; • Umedeça-a com SF 0,9%; • Passe com o auxílio da pinça embaixo e ao redor da traqueostomia; • Repita a operação tanto quanto necessário; TRAQUEOSTOMIA 41 • Dobre (3) gazes ao meio e coloque de cada lado da traqueostomia; OU; • Corte 3 gazes até a metade de seu comprimento; encaixe em baixo da traqueo; repita a operação e encaixe por cima; OU; • Corte o hidrocolóide até a metade e encaixe na traqueo; • Troque o cadarço de fixação; • Deixe o pacte confortável e a unidade em ordem. TRAQUEOSTOMIA 42 CATETERES Intracath; Flebotomia: • Retire a gaze ou tegaderm segurando o cateter para evitar seu deslocamento; • Observe se há presença de SS flogísticos; • Com a bonequinha de gaze faça a assepsia no local com SF 0,9% (movimentos centrífugos); • Seque o local; • Dobre 2 gazes e coloque de cada lado do cateter; 43 • Coloque uma gaze sobre o cateter; OU; • Faça um quadrado com a gaze e corte até o centro; coloque ao redor do cateter; • Coloque o micropore; OU • Coloque o tegaderme direto na pele do pacte sem a utilização de gazes. • Identifique com a data. CATETERES 44 CATETERES Percutâneo (PICC): • Remova o tegaderme. • Faça assepsia com SF 0,9%; • Movimentos centrífugos; • Observe presença de SS flogísticos; • Observe possíveis deslocamentos; • Oclua novamente com o tegaderme. 45 RETIRADA DE PONTOS Tipos; • Total: - todos os pontos; - se cicatrização adequada (7 a 10 dias); -se não tiver SS flogísticos. • Alternados: - retirar alternadamente; - proximal e distal não devem ser removidos. 46 Material: • Caixa de retirada de pontos; • Bisturi; luva de procedimento; • Solução tópica ou água e sabão. RETIRADA DE PONTOS Técnica: • HM e reunir o material; explicar o procedimento; • Abrir o material com técnica asséptica; • Colocar uma gaze próxima a incisão; • Pinçar um lado do ponto; 47 • Soltar o ponto movimentando o mesmo; • Cortar abaixo do nó (tesoura ou bisturi); • Colocar o ponto retirado em cima da gaze; • Observar se todas as partes do ponto estão presentes; • Limpar a pele; • Reunir o material e desprezar o material utilizado. RETIRADA DE PONTOS 48 Anotações sobre o curativo: • Localização da ferida; • Aparência: - tecido de granulação; - tecido necrótico; - profundidade e tamanho; • Após irrigação: - exsudato e odor; • Nível de dor; ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM 49 • Método de limpeza da ferida; • Tipo de curativo e substâncias aplicadas; • Orientações fornecidas ao pacte e familiares. • Profundidade: ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM 50 50 EXTENSÃO DA FERIDA Estruturas envolvidas: • Pele; • Tecido adiposo; • Tecido muscular; • Tecido ósseo. TIPO DE TECIDO 51 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM Realizado curativo em úlcera de pressão em região sacrococcígea. Lesão apresenta-se com 6cm de altura por 15 cm de comprimento; com presença de tecido necrótico amarelo e esfacelo (fibrina) em centro e tecido de granulação em borda (+- 1 cm). Lavado leito de ferida com SF0,9% morno em jato e limpeza com gaze. Aplicado hidrogel no leito e AGE na borda; ocluído com hidrocolóide.
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