Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina Bioquímica (PPGBAA) 13º estudo dirigido: Degradação oxidativa de proteínas e aminoácidos 1) Apresente um esquema mostrando a oxidação de carboidratos, lipídeos e proteínas em três estádios da respiração celular. 2) Explique cada estádio da respiração celular (oxidação de carboidratos, lipídeos e proteínas). O catabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos compõe os três estágios da respiração celular. No estágio 1, a oxidação de ácidos graxos, glicose e alguns aminoácidos gera Acetil-CoA. No estágio 2, a oxidação dos grupos acetil no ciclo do ácido cítrico inclui quarto etapas nas quais os elétrons são removidos e estágio 3, onde os eletros carregados por NADH e FADH2 convergem para uma cadeia de transportadores de elétrons mitocondrial (ou, em bactérias, ligados à membrana plasmática) – A cadeia respiratória – reduzindo, no final, O2 a H2O. Este fluxo de elétrons estimula a produção de ATP. 3) Quais são os resíduos de aminoácidos que estabilizam ou desestabilizam as proteínas quando presentes na região amino-terminal das proteínas? Os resíduos de aminoácidos que estabilizam os desestabilizam as proteínas quando presentes na região amino-terminal são: os resíduos de aminoácidos aromático Fenilalanina, Triptofano e Tirosina (Phe, Trp e Tyr, respectivamente). No estômago, a pepsina hidrolisa as proteínas ingeridas, atuando em ligações peptídicas em que o resíduo de aminoácido localizado na porção aminoterminal provém dos aminoácidos aromáticos Fenilalanina, Triptofano e Tirosina, clivando longas cadeias polipeptídicas em uma mistura de peptídeos menores. 4) Explique como ocorre a ubiquitinação de proteínas. Qual é a importância da adição de moléculas de ubiquitina em proteínas? Onde as proteínas ubiquitinadas são degradadas? A via da ubiquitina-proteassoma se inicia com aubiquitinação da proteína alvo que se difere das demais devido a seu consumo de ATP. A ubiquitinação de uma proteína ocorre em etapas e envolve 3 enzimas, chamadas de E1 (enzima ativadora da ubiquitina), E2 (enzima conjugadora) e E3 (ubiquitina ligase). O processo ocorre no citoplasma e consome 1 ATP para a ativação de cada molécula de ubiquitina e também no desdobramento da proteína realizado pelo proteassoma, essa rota da ubiquitina regula a degradação de proteínas citosólicas e nucleares. Isso ocorre através das seguintes etapas: Ativação: A enzima E1 ativa a molécula de ubiquitina. O resíduo C-terminal da ubiquitina é ligado covalentemente a um resíduo de sulfidril-cisteína da enzima E1. Isso ocorre na presença de Mg² e com o consumo de 1 ATP, liberando AMP epirofosfato (PPi). Transferência: A ubiquitina é transferida para a enzima E2, liberando a enzima E1. Reconhecimento: A enzima E3 reconhece e se liga à proteína-alvo formando um complexo não covalente. Ubiquitinação: O complexo E2-ubiquitina é ligado à E3 de modo que a ubiquitina seja transferida de E2 para o grupo amina de um resíduo de lisina da proteína-alvo. A liberação da enzima E2: A enzima E3 se solta, liberando a enzima E2 e a proteína ubiquitinada. Poli-ubiquitinação: As etapas 3, 4 e 5 se repetem várias vezes, formando uma ou mais cadeias de ubiquitina. As ubiquitinas que formam cadeias, se ligam aos resíduos de lisina(48) da última da cadeia. O reconhecimento da cadeia de ubiquitina: A cadeia de ubiquitina é reconhecida pelo proteassoma. A proteína é desubiquitinada por enzimas próprias, a proteína é desdobrada com consumo de ATP e hidrolisada formando pequenos peptídeos (de 7 a 9 aminoácidos). Com poucas exceções, apenas proteínas poliubiquitinadas conseguem ter acesso ao núcleo proteolítico do proteassoma. A enzima E3 (ligase) é a responsável pela http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubiquitina%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima http://pt.wikipedia.org/wiki/Ligase http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_covalente http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciste%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/AMP http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirofosfato http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubiquitina http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prote%C3%ADna-alvo&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisina http://pt.wikipedia.org/wiki/Proteassoma http://pt.wikipedia.org/wiki/ATP http://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo http://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido especificidade da ubiquitinação, sendo capaz de reconhecer e etiquetar um certo conjunto de substratos. 5) O que são aminoácidos essenciais, condicionalmente essenciais e não essenciais? Dê quatro exemplos de aminoácidos essenciais, condicionalmente essenciais e não essenciais. Os aminoácidos essenciais são aqueles indispensáveis ao organismo para o funcionamento normal de suas atividades metabólicas, porém este não possui a capacidade de sintetizar, sendo a única forma de obtenção é através da dieta. Como exemplo destes aminoácidos tem a Valina, Triptofano, Treonina e Metionina. Os aminoácidos condicionalmente essenciais são aqueles que o organismo consegue sintetizar a partir de outros aminoácidos na quantidade ideal em condições normais, mas, em algumas condições metabólicas, como trauma, ou em fase de desenvolvimento, há a necessidade de se adquirir esses aminoácidos pela dieta por aumento da demanda. Como exemplo destes aminoácidos tem a Arginina, Cisteína, Glutamina e Glicina. Já os aminoácidos não essenciais são os aqueles sintetizados pelo próprio organismo, não sendo necessária a sua ingestão através de fontes externas e alimentos. Como exemplo destes aminoácidos tem a Serina, Alanina, Aspartato e Asparagina. 6) Em quais circunstâncias metabólicas os aminoácidos são oxidados em animais e plantas? Nos animais, os aminoácidos sofrem degradação oxidativa em três circunstância metabólicas diferentes: 1. Durante a síntese e a degradação normais de proteínas celulares, alguns aminoácidos liberados pela hidrolise de proteínas não são necessários para a biossíntese de novas proteínas, sofrendo degradação oxidativa; 2. Quando uma dieta é rica em proteínas e os aminoácidos ingeridos excedem as necessidades do organismo para a síntese proteica, o excesso é catabolizado, pois aminoácidos não podem ser armazenados; 3. Durante o jejum, ou no diabete melito não controlado, quando os carboidratos não estão disponíveis ou não são adequadamente utilizados, as proteínas celulares são utilizadas como combustível. Nas plantas raramente ou nunca ocorre a oxidação de aminoácidos para produzir energia, pois os carboidratos produzidos a partir de CO2 e H2O na fotossíntese são, normalmente, sua única fonte de energia. Desta forma o catabolismo dos aminoácidos não ocorre nas plantas, mas seu propósito é a produção de metabolitos para outras vias biossintéticas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato Se levarmos em consideração o aspecto fisiológico da planta ocorre a oxidação de proteínas em condições especiais, como: 1. Germinação de sementes; 2. Senescência; 3. Condições de estresse em que o suprimento de carboidratos via fotossíntese é insuficiente para atender as demandas da planta. Posteriormente ocorre a formação dos α-cetoácidos, a partir de várias rotas de degradação dos aminoácidos, que podem ser utilizados no ciclo de Krebs para obtenção de energia. 7) Qual é a importância da oxidação de aminoácidos em animais carnívoros? Os animais carnívoros podem obter após a ingestão direta de alimentos até 90% de suas necessidades energéticas da oxidação de aminoácidos, todavia os herbívoros obtêm uma pequena porção de suas necessidades energéticas a partir dessa via, isso caracteriza a importância da oxidação de aminoácidoscomo fonte de energia para os animais carnívoros. 8) Qual é a característica que distingue a oxidação de aminoácidos da oxidação de carboidratos e lipídeos? Explique. O catabolismo dos ácidos graxos é semelhante na maioria dos organismos. O catabolismo dos carboidratos e ácidos graxos irá para as mesmas vias catabólicas centrais que a oxidação dos aminoácidos. Porém uma característica importante distingue a degradação dos aminoácidos desses outros processos catabólicos (oxidação de carboidratos e lipídeos). Os aminoácidos possuem grupamento amino, sendo assim, a degradação dos aminoácidos incluem uma etapa fundamental, em que o grupo α-amino é separado do esqueleto carbonado e desviado para as vias do metabolismo do grupo amino. 9) Apresente um esquema do catabolismo de aminoácidos em mamíferos. O que acontece com o grupo amino e com os esqueletos carbônicos? Os aminoácidos derivados das proteínas da dieta são a origem da maioria dos grupos amino. A maior parte dos aminoácidos é metabolizada no fígado. No citosol dos hepatócitos, os grupos amino da maior parte dos aminoácidos são transferidos para o -cetoglutarato, formando glutamato, que entra na mitocôndria e perde seu grupo amino para formar NH4+. O excesso de amônia produzido na maior parte dos demais tecidos é convertido no nitrogênio amídico da glutamina, que circula até chegar no fígado, entrando na mitocôndria hepática. No músculo esquelético, os grupos amino que excedem as necessidades geralmente são transferidos ao piruvato para formar alanina, outra molécula importante para o transporte de grupos amino até o fígado. Alem disso, os grupos amino formam o carbomoil fosfato, que entra no ciclo da uréia para excretar este subproduto. Os esqueletos carbônicos são convertidos a α- cetoácidos que entram no ciclo de Krebs para ser oxidados até CO2, H2O, energia e unidades de três e quatro carbonos que são convertidas em glicose via gliconeogênese, sendo esta glicose posteriormente utilizada para suprir as necessidades energéticas do cérebro, dos músculos e de outros tecidos. (pag 676) 10) Quais são as formas excretadas de nitrogênio? Quais animais são responsáveis pela excreção de cada forma? As plantas excretam nitrogênio? As formas excretadas de nitrogênio são: amônia, ureia e ácido úrico. A maioria das espécies aquáticas, como a dos peixes ósseos, é aminotélica, e excreta o nitrogênio aminínico como amônia. A amônia tóxica é simplesmente diluída na água do ambiente. Os animais terrestres precisam de formas de excreção de nitrogênio que minimizem a toxicidade e a perda de água. A maior parte dos animais terrestres é ureotélica e excreta o nitrogênio amínio na forma de uréia. As aves e répteis são uticotélicos, excretando o nitrogênio amínico como ácido úrico. As plantas não excretam o nitrogênio. Elas fazem uso da reciclagem de de praticamente todos os grupos amino de rotas específicas, e a excreção de nitrogênio ocorre apenas em circunstâncias muito incomuns. 11) Como ocorre o catabolismo do grupo amino? Explique detalhadamente. Os aminoácidos derivados das proteínas dos alimentos são a fonte da maioria dos grupos. A maior parte dos aminoácidos é metabolizada no fígado. Parte da amônia, assim gerada, é reciclada e empregada em uma grande variedade de processos biossintéticos; dependendo do organismo, o excesso é excretado diretamente ou convertido em uréia ou ácido úrico para excreção. A amônia em excesso, gerada em outros tecidos (extra-hepáticos), é transportada até o fígado (na forma de grupo amino) para conversão na forma apropriada de excreção. No citosol dos hepatócitos, o grupo amino da maioria dos aminoácidos são transferidos para o α-cetoglutarato à formação de glutamato que é transportado ao interior da mitocôndria, onde seu grupo amino é removido para formar NH4+. O excesso da amônia, gerado na maior parte dos outros tecidos, é convertido no nitrogênio amina da glutamina e, nessa forma, transportado à mitocôndria do fígado. Nos tecidos, em sua maioria, um outro aminoácido é encontrado em grandes concentrações quando comparadas aquelas dos demais aminoácidos. Já nos músculos, os grupos amino em excesso são quase todos transferidos ao piruvato, com a respectiva formação de alanina, que é outra molécula importante no transporte dos grupos amino, transportando-os dos músculos até o fígado. 12) Apresente a reação, incluindo as estruturas químicas (a mão), de transaminação catalisada por uma aminotransferase. 13) Apresente a reação, incluindo as estruturas químicas (a mão), catalisada pela glutamato desidrogenase. 14) Mostre (a mão) como ocorre o transporte de amônia na forma de glutamina. A amônia é tóxica para os tecidos animais e seus níveis no sangue são regulados. Na maior parte dos animais, grande parte dessa amônia livre é convertida em um composto não tóxico antes de ser exportada dos tecidos extra-hepáticos para o sangue e transportada até o fígado ou até os rins. Para essa função, o glutamato, essencial para o metabolismo intracelular do grupo amino é suplantado pela L-glutamina. Desse modo, o transporte de amônia na forma de glutamina ocorre quando o excesso de amônia nos tecidos é adicionado ao glutamato para formar glutamina, em um processo catalisado pela glutamina-sintetase. Após ser transportada pela corrente sanguínea, a glutamina entra no fígado, e NH4+ é liberado na mitocôndria pela enzima glutaminase. 15) Qual é a importância do ciclo da uréia? O ciclo da uréia inicia dentro da mitocôndria, porém três etapas ocorrem no citosol das células produzidas no fígado, passando dos hepatócitos para o sangue, sendo transportada para os rins para serem excretadas através da urina. Os aminoácidos com grupos aminos entram no ciclo da uréia para serem liberados, mas nem todos os grupos aminos são aproveitados para a síntese desses aminoácidos, assim existem varias maneiras diferentes de excreção do nitrogênio por meio do ciclo da uréia. Sendo assim este ciclo é de extrema importância, uma vez que canaliza os grupos amino para a formação de ureia nos animais amoniotélicos, ureotélicos e uricotélicos, que necessitam de formas de excreção do nitrogênio que minimizem não só a toxicidade da amônia como também a perda de água, assim eles excretam o nitrogênio originários de grupos amino da degradação de proteínas e aminoácidos em forma de uréia. 16) Apresente o ciclo da uréia (a mão) e as reações que fornecem grupos amino. Qual é o produto desse ciclo e o que ocorre com ele? O produto final do ciclo da uréia é a uréia, mas até alcançá-la o ciclo produz outros compostos passando por quatro fases. Este ciclo ocorre no citosol das células produzidas no fígado, passando dos hepatócitos para o sangue, sendo transportada para os rins para serem excretadas através da urina, consistindo em quatro etapas enzimáticas: (1) Formação de citrulina a partir de ortinina e carbamoil-fosfato (entrada do primeiro gupo amino) a citrulina passa para o citosol; (2) Formação de arginino- succinato, pela formação de um intermediário citrulil-AMP (entrada do segundo grupo amino); (3) Formação da arginina a partir do arginino-succinato, essa reação libera fumarato, que entra no ciclo de krebs; (4) Formação de ureia; esta reação também regenera a ornitina.17) Apresente um sumário do catabolismo de aminoácidos, indicando o ciclo de krebs, os seis grupos de aminoácidos que são oxidados, os produtos formados a partir da oxidação de cada grupo e onde eles entram no ciclo de krebs. 18) Apresente as estruturas químicas (a mão) dos intermediários e as enzimas, cofatores e etc envolvidos nas seguintes rotas: 1- Rota catabólica para alanina glicina, serina, cisteina, triptofano e treonina 2- Rota catabólica para triptofano, lisina, fenilalanina, tirosina, leucina e isoleucina 3- Rota catabólica para fenilalanina e tirosina 4- Rota catabólica para arginina, histidina, glutamato, glutamina e prolina 5- Rota catabólica para metionina, valina, isoleucina e treonina 6- Rota catabólica para asparagina e aspartato 19) Explique como os lipídeos e as proteínas são convertidos em glicose. Apresente as organelas e as rotas envolvidas (a mão). Os aminoácidos são inteiramente ou em parte, degradados em acetoacetil-CoA e/ou acetil-CoA, e podem gerar corpos cetônicos no fígado, no qual a acetoacetil- CoA é convertida em acetoacetato e então em acetona e β-hidroxibutirato, logo, estes são o aminoácidos cetogênicos. Sua capacidade de produzir corpos cetônicos é especialmente evidente no diabete melito não controlado, quando o fígado produz grandes quantidades de corpos cetônicos a partir de ácidos graxos e aminoácidos cetogênicos. Os aminoácidos degradados em piruvato, α- cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e/ou oxaloacetato podem ser convertidos em glicose e glicogênio. O catabolismo dos é especialmente crítico para a sobrevivência de animais em dietas ricas em proteínas ou durante o jejum. A leucina é um aminoácido exclusivamente cetogênico, muito comum em proteínas, em que sua degradação contribui substancialmente para cetose em condições de jejum prolongado. Ainda assim, nas células animais, os lipídeos não podem se converter em glicose, embora glicose possa se converter em lipídeos. Referências Bibliográficas LEHNINGER, A. L.. Princípios de Bioquímica. 4. ed. São Paulo: Savier, 1202 p. 2006. CAMPBELL, M. K.. Bioquímica. 3. ed. Porto alegre: Artmed, 752 p. 2000. VOET, D.; VOET, J.; PRATT, W. C. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. 2000.
Compartilhar