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ã • São termos que se referem ao aumento de volume sanguíneo dentro dos vasos, em um tecido, mas que apresentam diferentes mecanismos de base; • Também chamada de hiperemia ativa ou hiperemia arterial. É um processo ativo resultante da dilatação arteriolar e aumento do influxo sanguíneo (entrada de sangue); • O músculo esquelético durante um exercício ou em locais de inflamação, é normal que o tecido fique mais avermelhado do que o normal (eritema). Isso acontece devido ao ingurgitamento (preenchimento) dos vasos por sangue oxigenado; • Aumento de volume vascular, avermelhamento, aumento da temperatura local quando em superfícies corporais e as vezes pulsação. Hiperemia fisiológica Pode ocorrer devido à (ao): • Aumento do suprimento de oxigênio e nutrientes, como ocorre no sistema gastrointestinal durante a digestão; • Demanda de maior trabalho, como ocorre nos músculos esqueléticos durante exercícios físicos e no cérebro durante estudo; • Expansão do leito vascular, como ocorre com as glândulas mamárias durante a lactação e com os corpos cavernosos penianos durante a excitação sexual; • Rubor facial após hiperestimulação psíquica. Hiperemia patológica Pode ocorrer devido à (ao): • Liberação de mediadores inflamatórios devido a alguma agressão aos tecidos; • Relaxamento dos esfíncteres pré-capilares e diminuição da resistência pré-capilar; • São exemplos: - Injúria térmica (queimaduras ou congelamento); - Irradiações intensas, traumatismos, infecções; - Inflamação aguda; - Descompressão súbita: vista nas retiradas abruptas de líquido ascítico ou pleural; - Síndrome de Horner: paralisia de nervos vasoconstrictores. ã • Também chamada de hiperemia passiva, hiperemia venosa ou estase. É um processo passivo resultante do comprometimento do efluxo de sangue venoso de um tecido (saída de sangue); • Pode ocorrer sistematicamente, como acontece na insuficiência cardíaca, ou localizada, como consequência de uma obstrução venosa isolada; • Os tecidos congestos apresentam uma coloração vermelho-azulada anormal (cianose), devido ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada na região afetada; • Na congestão crônica de longa duração, a perfusão (passagem de sangue pelo vaso) tecidual inadequada e a hipóxia persistente podem levar à morte celular parenquimatosa e à fibrose tecidual secundária e a pressão intravascular elevada pode causar edema ou ruptura dos capilares, causando hemorragias focais. Congestão local Causada por: • Obstrução ou compressão vascular; • Torção de vísceras; • Trombos venosos; • Garroteamento na punção venosa; • Compressão vascular por neoplasias, abcessos, granulomas e útero gravídico. Congestão sistêmica Causada por: • Insuficiência cardíaca congestiva; • Trombose e embolia pulmonar; • Lesões pulmonares extensas. Características específicas: ✓ Congestão pulmonar aguda: ao exame microscópico, esse tipo de congestão se caracteriza por capilares alveolares distendidos com sangue e graus variáveis de edema septal alveolar e hemorragia intra- alveolar focal; ✓ Congestão pulmonar crônica: é resultante, geralmente, da insuficiência cardíaca congestiva. Os septos se tornam espessos e fibróticos e os espaços alveolares contêm inúmeros macrófagos cheios de hemossiderina (chamados de células da insuficiência cardíaca), derivados das hemácias fagocitadas. ✓ Congestão hepática aguda: a veia central, também chamada de centrolobular, e os sinusoides estão distendidos com sangue. Os hepatócitos centrais podem sofrer até necrose. Já os hepatócitos periportais estão próximos as arteríolas hepáticas e por isso recebem mais oxigênio, sofrendo hipóxia menos grave e tendo a chance de desenvolver apenas degeneração gordurosa reversível. ê Consequências da hiperemia e da congestão • Edema: O aumento da pressão hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar. • Hemorragias: Por diapedese ou por ruptura de capilares e pequenas vênulas; Consequências apenas da congestão • Degenerações, necrose, hipotrofias e fibrose por causa da redução do fluxo de oxigênio e nutrientes; • Trombose por causa da diminuição da velocidade do fluxo. Referência: KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010; Se você está tendo acesso a esse resumo e ainda não me segue no Instagram, siga e valorize meu trabalho! @focusmedicine
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