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TEMA 01 – AULA 01:
Em determinada Comarca, a cadeia está lotada; novos presos em flagrante chegam; a autoridade policial determina que eles sejam algemados uns aos outros e todos em volta do poste, em frente ao estabelecimento policial. São autores de crime grave e alguns, reincidentes. Como o advogado desses novos presos deve agir?
RESPOSTA ESPERADA
Não importa a gravidade do crime ou a situação pessoal de cada um (se reincidente ou primário); fere-se a dignidade da pessoa humana, pelo desrespeito com que são tratados pelos agentes estatais; não se pode amarrar pessoas em postes, a pretexto de superlotação do presídio. A autoestima é um valor universalmente consagrado e ela representa a própria dignidade do ser humano. Se presos forem tratados como ‘animais’, a lesão a direito individual torna-se evidente. O advogado deve ingressar com HC: como argumentação: a lesão à dignidade da pessoa humana; como pedido: a imediata soltura dos algemados ao poste; como pedido alternativo: a imediata transferência para cela de presídio.
A dignidade da pessoa humana é:
Fundamentação: dignidade da pessoa humana é um princípio explícito com previsão expressa no art. 1º, III, da Constituição Federal.
· uma regra;
· N.D.A.
· um regulamento.
· um princípio;
· uma lei;
TEMA 01 – AULA 02:
Terminado um julgamento no Tribunal do Júri, o réu foi condenado a 28 anos de reclusão pela prática de dois homicídios. Lida a sentença em plenário, após transcurso do prazo, nem o acusado nem seu advogado dativo recorrem. Transita em julgado e o acusado vai cumprir a pena. A família se esforça e contrata um defensor. O que ele pode fazer para buscar uma saída técnica para o caso?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve ingressar com HC, alegando nulidade absoluta, pois houve evidente prejuízo para o réu, que não pôde utilizar o duplo grau de jurisdição, por conta da deficiência nítida da defesa dativa. Portanto, feriu-se o devido processo legal, pois dois outros princípios foram lesados: ampla defesa (efetiva) e duplo grau de jurisdição. Há que se anular o trânsito em julgado permitindo que o réu possa recorrer da decisão condenatória.
O devido processo legal é:
Fundamentação: O devido processo legal é um princípio regente das ciências criminais, pois é fruto do princípio da legalidade e aumentou seu espaço, alcançando também o processo penal ao longo do tempo.
· Um princípio regente das ciências criminais;
· N.D.A.
· um princípio regente de processo penal;
· um princípio regente de direito penal;
· uma regra processual penal.
TEMA 01 – AULA 03:
Um auxiliar de escritório foi ao banco fazer um depósito a mando de seu chefe. Chegando ao local, ficou preso naquela porta giratória. Pediram-lhe que tirasse todas as moedas do bolso, relógio, celular etc. Ele tirou tudo e ainda assim não passou. Pediram para que ele tirasse o cinto e os sapatos. Ele o fez e continuou preso. Disseram a ele que não poderia ingressar no banco. Irritado, ele tirou toda a roupa e ficou somente de cueca. O gerente chamou a polícia e ele foi preso por prática de ato obsceno (art. 233, CP). Como advogado, o que fazer?
RESPOSTA ESPERADA
Não aceitar a transação (embora seja crime de menor potencial ofensivo) e questionar ao juiz a
legalidade da prisão com os seguintes enfoques: a) feriu-se o princípio da taxatividade, corolário
da legalidade, pois ato obsceno é expressão muito aberta, sem significado claro; b) inexiste
tipicidade, pois não houve dolo do agente; o acusado pretendia entrar no banco para fazer um
depósito e foi tirando a roupa para mostrar que não portava arma; nunca teve a intenção de
praticar um fato típico previsto no art. 233 do CP.
Assinale a alternativa correta:
Fundamentação: O Art. 5º, § 2º, da CF, cuida do sentido amplo e o art. 5º, XXXIX, da CF, do sentido estrito]
· admite-se, como fonte formal do direito penal, as variadas modalidades de interpretação e também a analogia.
· a legalidade possui dois aspectos; no sentido amplo, ninguém é obrigado a fazer o que a lei não manda ou a deixar de fazer o que ela permite; no sentido estrito, não há crime, nem pena sem prévia lei.
· a medida de segurança, por não ser pena, não se submete à legalidade.
· N.D.A.
· a legalidade é somente uma regra do art. 1º do Código Penal.
TEMA 01 – AULA 04:
O agente sequestrou uma pessoa maior de 60 anos em 10 de setembro de 2003. A vítima foi colocada em liberdade em 25 de setembro do mesmo ano. Inicia-se o processo-crime contra o réu. Em fevereiro de 2004, o juiz condena o acusado, com fundamento no art. 159, § 1o, do CP, a cumprir 12 anos de reclusão. Argumenta o magistrado que a vítima é idosa e, à data da sentença, já estava em vigor o Estatuto do Idoso, que acrescentou “se o sequestrado é maior de 60 anos” no parágrafo primeiro do art. 159, pois é Lei de 1º de outubro de 2003, com vacatio legis de 90 dias, igualmente ultrapassada. Na apelação, o que se deve alegar?
RESPOSTA ESPERADA
Houve erro do magistrado, que não respeitou o princípio da anterioridade. Para incidir a qualificadora de crime contra idoso, o delito teria que consumar-se após o período de vacatio legis. Ora, o crime se deu em setembro de 2003, quando ainda não havia a referida qualificadora. Logo, a pena precisa ser reduzida para o montante previsto no caput do art. 159.
A anterioridade foi incluída no mesmo inciso XXXIX do art. 5º da CF e no art. 1º do CP porque:
Fundamentação: A legalidade não teria efeitos práticos, caso desprovida da anterioridade.
· houve puro critério discricionário legislativo;
· a sua importância é relativa;
· N.D.A.
· não se trata de um princípio penal;
· a sua importância é vital para que a legalidade seja eficaz.
TEMA 02 – AULA 01:
Leia o seguinte texto e responda:
A Lei 11.464/2007 estabeleceu a possibilidade legal de progressão de regime para crimes considerados hediondos. Com a entrada em vigor do novo diploma legal, o § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/1990, "Lei dos Crimes Hediondos" (LCH), passou a expressamente restabelecer o sistema progressivo de cumprimento de pena nos crimes rotulados como "hediondos" ao estatuir que a pena seja cumprida "inicialmente em regime fechado". A redação original estabelecia que a sanção penal fosse cumprida "integralmente em regime fechado".
A nova lei, contudo, determina parâmetros objetivos diferenciados para a progressão de regime nessa categoria de crimes. A atual redação do §2º do artigo 2º da LCH impõe o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena para que apenados primários tenham direito à progressão. Para condenados reincidentes a exigência legal é de cumprimento de 3/5 (três quintos) da sanção penal para que se possa obter o direito de ingresso em regime prisional menos gravoso.
Como é cediço, a regra geral para a progressão de regime é disciplina pelo artigo 112 da Lei 7.210/1984, "Lei de Execução Penal" (LEP), o qual estabelece como requisito objetivo para a concessão do benefício o cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena. O ordenamento execucional penal atual, portanto, apresenta três requisitos objetivos distintos para a progressão de regime: cumprimento de 1/6 da pena para apenados por crimes não rotulados como hediondos; 2/5 para condenados por crimes hediondos, desde que primários; e, por fim, 3/5 para condenados por crimes hediondos, quando reincidentes. (Fonte: Da irretroatividade dos novos patamares para progressão de regime em crimes hediondos, Napoleão Bernardes Neto, site: https://jus.com.br/)
Os condenados por crimes cometidos antes da entrada em vigor da nova lei têm direito de avançar ao regime prisional menos severo após o cumprimento da 1/6, 2/5 e 3/5 de pena?
RESPOSTA ESPERADA
Malgrado a lei atual se mostre benigna no que tange a assegurar a possibilidade de progressão aos condenados por crimes hediondos, é certo que, mesmo antes de sua edição, os tribunais reconheciam tal possibilidade, promovendo o sentenciado após o cumprimento de 1/6 da reprimenda, com fulcro na regra geral da LEP. Nesse passo, denota-se que a nova lei, na prática, configura novatio in pejus, pois institui frações maiores (2/5 e 3/5)de cumprimento para a progressão, razão pela qual não deve retroagir em face daqueles que praticaram crimes antes de sua edição.
Quanto a extratividade da lei penal, pode-se dizer:
Resposta correta: a extratividade somente é admissível para a lex mitior. Fundamentação: a regra se escora na irretroatividade da lei penal, sendo a retroatividade da lei mais benéfica (lex mitior) a única exceção admissível.
· a extratividade somente é admissível para a lex mitior.
· a irretroatividade a lex mitior é garantida nos casos de extratividade;
· N.D.A.
· somente a ultratividade da lex gravior é admissível;
· a retroatividade da lex gravior é regra no sistema penal;
TEMA 02 – AULA 02:
Considerando os conceitos de ultratividade e retroatividade, analise os seguintes dispositivos e responda:
Lei 11.343/2006
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Lei 6.368/1976
Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
Como deve se resolver a situação de traficante que cometeu o crime antes da vigência da nova lei, porem está sendo julgado em janeiro deste ano?
RESPOSTA ESPERADA
Sendo inviável a combinação de leis, a análise do caso dependerá das circunstâncias concretas, para saber qual dos diplomas regerá a situação. Assim teremos:
a) Caso o sujeito seja primário, estará guarnecido pelo reconhecimento do redutor previsto no §4º, da nova lei, cuja pena final poderá ser de 1 ano e 8 meses, sendo, portanto, mais benéfica que a disposição anterior.
b) Não sendo o sujeito primário, o diploma anterior será mais benéfico, pois a pena-base parte do patamar de 3 anos (menor que 5 anos previsto pela nova lei).
Quanto às leis temporárias, pode-se dizer:
Fundamentação: ao lado das leis excepcionais, são leis intermitentes, conforme art. 3º CP.
· são espécies de leis intermitentes;
· são espécies de leis intermediárias;
· quando maléficas, retroagem aos fatos anteriores;
· N.D.A.
· são leis excepcionais.
TEMA 02 – AULA 03
Genival foi beneficiado com a progressão ao regime semiaberto pelo magistrado da vara das execuções criminais de Serro Azul, onde cumpre pena em regime fechado. Determinada a remoção, a Secretaria de Administração Penitenciária informou, por intermédio de ofício encaminhado ao juízo, que Genival ocupa a posição de número 137 na listagem de espera pela abertura de vaga no regime intermediário. Considerando que a decisão que deferiu a progressão foi proferida há 8 meses, como deve proceder o advogado de Genival?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado de Genival deve impetrar habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, alegando constrangimento ilegal por patente ofensa a humanidade, decorrente da manutenção de sua prisão sob o regime fechado. Deverá, por sua vez, requerer a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, com o fito de que aguarde, em liberdade, a abertura da respectiva vaga no regime para o qual foi progredido.
Não se coadunam com o Princípio da Humanidade, exceto:
Fundamentação: a retribuição se escora na proporcionalidade entre a reprimenda e o mau causado, sendo compatível com a humanidade.
· penas de morte.
· penas de caráter retaliativo;
· penas de caráter retributivo;
· N.D.A.
· penas de caráter perpétuo;
TEMA 02 – AULA 04:
Analise a seguinte situação e responda:
Sujeito é condenado a pena de 1 ano de reclusão, em regime aberto, substituída por prestação pecuniária, no importe de 3 salários mínimos, em favor da vítima. Tendo em vista as dificuldades financeiras enfrentadas pelo sentenciado, seu irmão acaba depositando o valor integral da condenação, na conta do ofendido.
Tal situação enseja ofensa ao princípio da responsabilidade penal pessoal?
RESPOSTA ESPERADA
Sendo o patrimônio disponível, nada veda a doação de dinheiro entre pessoas. Neste caso, se o valor depositado pelo irmão, provém de origem lícita, não há como se sustentar qualquer impedimento ao depósito realizado, razão pela qual, muito embora burle a responsabilidade penal pessoal, não será vedada.
Acerca da Responsabilidade Penal não se pode dizer:
Fundamentação: os prejuízos indiretos, decorrentes dos efeitos reflexos, são inerentes a própria sanção penal, não sendo objeto da pessoalidade.
· N.D.A.
· não abarca prejuízos reflexos aos familiares do sentenciado;
· demanda que a reprimenda seja imposta apenas ao autor do delito;
· veda sanções coletivas aos habites de uma mesma unidade prisional;
· impede que terceiros arquem com prejuízos indiretos decorrentes da pena.
TEMA 03 – AULA 01:
Josué foi condenado em primeira instância pela prática de receptação (art. 180, caput, do CP). A pena aplicada foi de 01 (um) ano de reclusão, bem como 10 (dez) dias-multa, já que não havia circunstâncias judiciais e legais desabonadoras. Todavia, o juiz fixou o regime inicial fechado de cumprimento de pena, sob o argumento de que a receptação “fomenta a prática de inúmeros outros delitos patrimoniais”. Como advogado de Josué, quais argumentos você utilizaria em defesa de seu cliente no tocante ao regime inicial aplicado?
RESPOSTA ESPERADA
"Como advogado, é importante demonstrar que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivo hábil para a fixação de regime mais gravoso do que o permitido segundo a pena aplicada.
O fato de a receptação fomentar a prática de outros crimes patrimoniais é um argumento genérico, já considerado pelo legislador na etapa da individualização legislativa da pena (ver súmulas 718 e 719 do STF, e ainda súmula 440 do STJ).
Selecione a assertiva correta:
Resposta correta: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada Fundamentação: súmula 718 do STF (“A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada”). A gravidade abstrata do delito já foi considerada pelo legislador na etapa da individualização legislativa da pena.
· A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime, desde que fundamentada, autoriza a fixação de regime inicial mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
· A fixação do regime inicial fechado para os crimes hediondos e equiparados dispensa fundamentação concreta.
· A individualização da pena é um princípio constitucional implícito, calcado na busca pela padronização das sanções penais.
· A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada
· A individualização executória da pena é compatível com a previsão legal de regime integralmente fechado, prevista na Lei dos Crimes Hediondos.
TEMA 03 – AULA 02:
Fernando está sendo processado pela prática de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo (art. 155, § 4º, I, CP). Emdebates orais, o representante do Ministério Público pugnou pela condenação do acusado. No tocante à dosimetria da pena, requereu a fixação da pena-base acima do mínimo legal em razão da existência de inquéritos em andamento contra Fernando. Na segunda fase, o promotor pediu a elevação da pena por conta da reincidência específica, pois o acusado possui uma sentença condenatória em primeira instância (ainda pendente de recurso) pela prática de um furto anterior. Finda a manifestação do promotor, o magistrado lhe concede a palavra para, na qualidade de advogado de Fernando, apresentar suas alegações finais. Formule suas considerações em relação aos argumentos do promotor de Justiça acerca da dosimetria da pena.
RESPOSTA ESPERADA
"A elevação da pena por conta de inquéritos em andamento ou sentenças sem trânsito em julgado ofende o princípio constitucional da presunção de inocência (CF, art. 5º, inciso LVII – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”). Nos termos da súmula 444 do STJ, “é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. Portanto, o advogado deve aduzir que não assiste razão ao representante do Ministério Público, sendo indevida a elevação da pena, quer na primeira fase, quer na segunda fase.
Assinale a assertiva correta:
Fundamentação: art. 5º, inciso LVII, da CF, que consagra o princípio da presunção de inocência.
· Vigora, no processo penal, o ônus da impugnação específica, cabendo ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial, presumindo-se verdadeiros os fatos não impugnados.
· É possível a utilização de ações em andamento como maus antecedentes, desde que haja sentença condenatória em 1ª instância.
· "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
· O silêncio é incompatível com o inconformismo dos inocentes, razão pela qual pode ser considerado para fundamentar a condenação.
· Segundo jurisprudência majoritária, a presunção de inocência impede a execução provisória da pena.
TEMA 03 – AULA 03:
"Marcos está sendo processado pela prática de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei 11.343/2006). Durante a instrução, foi ouvida uma testemunha arrolada pela acusação, que não se lembrou dos fatos, e interrogado o acusado, o qual negou veementemente a participação no crime. O juiz declarou encerrada a instrução e concedeu às partes prazo para apresentação de memoriais escritos.
Nessa peça, o promotor de Justiça pediu a condenação de Marcos, juntando depoimento policial prestado em processo instaurado contra Ricardo, no qual o agente da lei relata o envolvimento de Marcos (prova emprestada).
Você foi recém contratado por Marcos para redigir os memoriais de defesa. Diante das informações trazidas, o que poderia ser alegado? A utilização da prova emprestada para embasar a condenação, nesse caso, violaria algum princípio?
"
RESPOSTA ESPERADA
"Sim, a utilização da prova emprestada violaria o princípio do contraditório, pois foi colhida em processo distinto instaurado contra outro acusado. Marcos não teve a oportunidade de participar de sua produção (não lhe foi possível, por exemplo, confrontar a testemunha e fazer reperguntas).
Assim é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
“(...) 6. A jurisprudência é firme na compreensão de que admite-se, como elemento de convicção, a prova produzida em outro processo, desde que a parte a quem a prova desfavorece houver participado do processo em que ela foi produzida, resguardando-se, assim, o contraditório, e, por consequência, o devido processo legal substancial. Assim, produzida e realizada a prova em consonância com os preceitos legais, não há falar em decreto de nulidade. (...) (AgRg no HC 289.078/PB, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 15/02/2017)”.
Assinale a alternativa correta:
Fundamentação: súmula 707 do STF (“Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo”). A alternativa “a” contraria o disposto no art. 261 do CPP (“? Art. 261, caput – “Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor”. A alternativa “c” é dissonante da súmula vinculante 14 do STF (“O advogado tem direito de examinar os autos do procedimento investigatório, caso a diligência policial já tenha sido documentada. Tratando-se de diligências que ainda não foram realizadas ou estão em andamento, não há esse direito”). A alternava “d” reflete a antiga redação do art. 366 do CPP, alterado em 1996. Atualmente, estabelece o dispositivo: “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312”. A alternativa “e” esta errada. No processo penal, ao contrário do processo civil, mesmo os fatos incontroversos devem ser provados pela acusação.
· Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
· Configurada a hipótese de revelia do acusado, presumem-se verdadeiros os fatos narrados na denúncia ou na queixa.
· Tratando-se de acusado ausente ou foragido, o julgamento poderá ser realizado sem defesa técnica.
· O processo seguirá à revelia do acusado que, citado por edital, não comparecer nem constituir defensor.
· Ao advogado é vedada a consulta aos autos do procedimento investigatório, caso a diligência policial já tenha sido documentada.
TEMA 03 – AULA 04:
Pedro foi condenado em primeira instância pela prática de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006). No dia da audiência de instrução, debates e julgamento, Pedro não foi apresentado pela escolta policial. Apesar da insurgência do advogado do acusado à época, o magistrado ouviu as testemunhas presentes e declarou encerrada a instrução, proferindo, após os debates orais, sentença condenatória. A família de Pedro contrata você para redigir a apelação. Apenas considerando as informações trazidas acima, o que poderia ser arguido no recurso?
RESPOSTA ESPERADA
"A ampla defesa compreende não apenas a defesa técnica, mas também a autodefesa. Por essa razão, o acusado tem o direito de estar presente na audiência e também de apresentar sua versão dos fatos pessoalmente ao juiz, no interrogatório. Observe-se que, no caso, o acusado deixou de comparecer ao ato não por vontade própria, mas porque estava preso e não foi apresentado pela escolta. Logo, deve-se arguir a existência de nulidade por violação ao princípio constitucional de ampla defesa.
Considere as alternativas abaixo:
I. A ampla defesa compreende a defesa técnica, realizada por advogado legalmente habilitado, razão pela qual o réu não pode apresentar pessoalmente sua versão dos fatos ao julgador.
II. Aplica-se a ampla defesa na fase processual apenas, sendo vedado ao advogado acompanhar o interrogatório de seu cliente na fase de inquérito policial.
III. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Estão corretas:
Resposta correta: Apenas a assertiva III Fundamentação: Artigos 185,196, 400 CPP, Lei 13.245/2016 art. 7º, art. 5º, LV, da CF. A assertiva I está errada, pois a ampla defesa abrange a defesa técnica e também a autodefesa (realizada pelo próprio acusado, contrapondo a versão trazida pela acusação com seus próprios argumentos e justificativas, jurídicos ou não).O réu tem o direito de apresentar a defesa pessoalmente ao juiz da causa, nos termos dos arts. 185, 196 e 400 do Código de Processo Penal. A assertiva II está errada. O Estatuto da OAB, com a redação dada pela Lei 13.245/2016,estabelece: “Art. 7º. São direitos do advogado: (...) XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração”. A assertiva III está correta. Traz fiel reprodução do art. 5º, LV, da CF (“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”).
· Apenas a assertiva I
· Apenas a assertiva III
· Nenhuma das assertivas
· Todas as assertivas
· As assertivas I e III
TEMA 04 – AULA 01:
O réu “X” foi condenado por tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006). Por ocasião do recurso, observa-se que um dos Desembargadores integrantes da Câmara Criminal foi, à época, o juiz prolator da sentença condenatória. Há óbice à atuação jurisdicional desse Desembargador?
RESPOSTA ESPERADA
Sim. Cuida-se de causa de impedimento, nos termos do art. 252 do CPP: “O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (...) III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão”.
De acordo com o princípio do juiz natural:
Fundamentação: Deve ser assinalada a alternativa: "É vedada, em qualquer caso, a existência de juízo ou tribunal de exceção". Nos termos da Constituição Federal, art. 5º, XXXVII: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”.
· A criação de tribunal de exceção fica condicionada à existência de lei específica.
· É vedada, em qualquer caso, a existência de juízo ou tribunal de exceção.
· N.D.A.
· Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente, que é aquela independente e imparcial, estabelecida posteriormente ao fato em lei.
· O juiz suspeito não poderá exercer a atividade jurisdicional, mas o impedido sim, caso não seja oportunamente recusado pela parte.
TEMA 04 – AULA 02:
"João Carlos, recém formado, tem atuado como advogado na seara criminal há poucos meses. Na última semana buscou, em prol de seu cliente, examinar material investigatório já documento, entretanto, não possui sucesso, uma vez que o Delegado Alfredo, responsável pelo caso, não o permitiu, sem oferecer maiores explicações.
Diante do caso narrado responda: Há irregularidade na conduta de delegado que impede advogado de examinar material investigatório já documentado?
RESPOSTA ESPERADA
"A resposta é afirmativa.
O Delegado não poderia impedir que João Carlos tivesse acesso ao material investigatório, uma vez que além de vulnerar o princípio da publicidade (CF, art. 93, IX), a conduta contraria o disposto no Estatuto da OAB (Lei 8.906/1994), cujo art. 7º, XIV, assim estabelece: “Art. 7º - São direitos do advogado (...): XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital”. Nos termos do § 12 do referido artigo, “a inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente”.
Inclusive, a Súmula Vinculante nº 14 diz que: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”.
"
Marque a assertiva falsa:
Fundamentação: Deve ser assinalada a alternativa: ""Por força do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, a publicidade dos julgamentos no processo penal é excepcional, dependendo sempre de expresso consentimento do acusado."". Conforme disposto no art. 93, IX, da CF e art. 8º, 5, da Convenção Americana de Direitos Humanos.
A regra é a publicidade, sendo o sigilo excepcional. É o teor do art. 93, IX, da CF: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”, bem como do art. 8º, 5, da Convenção Americana de Direitos Humanos: “O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça”.
· Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
· A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
· Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
· É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
· Por força do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, a publicidade dos julgamentos no processo penal é excepcional, dependendo sempre de expresso consentimento do acusado.
TEMA 04 – AULA 03:
"Por meio de interceptação telefônica realizada sem autorização judicial, policiais ouvem conversa mantida entre dois traficantes, na qual mencionam a existência de grande quantidade de droga em determinada localidade.
Com tal informação, os agentes da lei recebem um mandado judicial e vão até o local, onde apreendem a droga e prendem Josué, caseiro do local.
Com base na situação narrada, é possível afirmar que a apreensão da droga foi lícita? Fundamente.
"
RESPOSTA ESPERADA
"A interceptação telefônica é ILÍCITA, pois realizada sem autorização judicial (Lei 9296/96 – artigo 1º). De tal sorte, a apreensão da droga é uma PROVA DERIVADA, sendo, portanto, também ILÍCITA.
Nesse sentido é o artigo 157, §?1o, do Código de Processo Penal: “São inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas,?salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras”.
"
São consequências do descumprimento do princípio constitucional da duração razoável do processo, exceto:
Fundamentação: Deve ser assinalada a alternativa: "Causa de impedimento do magistrado para julgar a causa.". As causas de impedimento estão previstas nos arts. 252 e 253 do CPP, a saber: “Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneoou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive”.
· Revogação da prisão cautelar.
· Prescrição.
· Óbice à promoção do magistrado que retém os autos além do devido injustificadamente.
· Causa de impedimento do magistrado para julgar a causa.
· NDA.
RESPOSTA ESPERADA
Poderia ser invocado o princípio constitucional da duração razoável do processo (CF, art. 5º, LXXVIII) e, especialmente, a duração razoável da prisão cautelar. Além disso, o processo não se encerrou por insistência exclusiva da acusação na oitiva da testemunha, não podendo a demora ser atribuída à defesa. Por fim, o crime de ameaça tem pena mínima de 1 mês de detenção, sendo possível até mesmo a aplicação isolada da pena de multa. Desse modo, a pena aplicada, em caso de condenação, provavelmente será inferior ao período de prisão cautelar já cumprida pelo acusado.
São inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, exceto:
Fundamentação: Deve ser assinalada a alternativa: "Quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.". Conforme disposto no art. 157, 1º, do CPP.
· São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, somente se houver requerimento da defesa.
· Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será arquivada em cartório, para consultas futuras dos advogados das partes.
· Quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
· São inadmissíveis as provas ilícitas, embora as delas derivadas possam ser utilizadas, desde que submetidas ao contraditório.
· Quando apesar de evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, estes foram indeferidos posteriormente pelo juiz.
TEMA 05 – AULA 01:
Tício é levado a julgamento perante Tribunal do Júri, no entanto, durante o plenário o advogado de defesa apresentou sua manifestação de forma superficial e genérica, sem se aprofundar nas provas colhidas. Ao final, Tício foi condenado pelo crime de homicídio.
No dia seguinte ao julgamento você é contratado como novo advogado de Tìcio. Qual deverá ser a medida adotada e a tese apresentada?
RESPOSTA ESPERADA
Deverá ser interposto recurso de apelação. Como preliminar deverá ser arguida a nulidade do julgamento por ofensa ao princípio da plenitude de defesa.
Isto porque não basta que a defesa técnica se apresente formalmente, é necessário que exista defesa real, efetiva e adequada ao caso concreto.
Sobre a plenitude de defesa pode-se afirmar que:
Fundamentação: a plenitude de defesa busca garantir mais possibilidades de defesa do que a ampla defesa.
· é mais completa do que a ampla defesa;
· N.D.A.
· é menos completa do que a ampla defesa.
· é aplicável a todos os crimes previstos no Código Penal;
· tem idêntico significado à ampla defesa;
TEMA 05 – AULA 02:
José foi levado a julgamento perante o Tribunal do Júri, sendo alegada em sua defesa a tese de legítima defesa da honra. Após a quesitação os jurados reconhecerem ser José o autor dos disparos que causaram a morte da vítima.
Porém, ao responderem a pergunta “o jurado absolve o réu?”, os jurados, por maioria, responderam SIM.
O Ministério Público interpôs recurso de apelação alegando julgamento contrário às provas dos autos, afirmando não ser admitida na jurisprudência a chamada legítima defesa da honra.
Na qualidade de advogado de José, o que deverá alegar em favor de seu cliente?
RESPOSTA ESPERADA
Deverá alegar que a decisão dos jurados não pode ser considerada contrária à prova dos autos já que reconheceram expressamente a autoria e a materialidade, ou seja, deram correta interpretação à prova existente nos autos.
A decisão de absolvição/condenação proferida pelos jurados é imotivada e soberana, não cabendo recurso contra a decisão que reconhece o autor do crime e, mesmo assim, opta por absolvê-lo.
No caso do Tribunal de Justiça entender que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, a instância superior deverá:
Fundamentação: Artigo 593, §3º CPP.
· Aplicar um privilégio.
· Inserir novas qualificadoras.
· Proferir decisão de absolvição ou condenação.
· Dar provimento para sujeitar o réu a novo julgamento.
· Afastar qualquer tipo de qualificadora.
TEMA 05 – AULA 03:
Verificando-se que houve comunicação entre os jurados, pergunta-se:
Qual deve ser a medida adotada?
RESPOSTA ESPERADA
O jurado deverá ser excluído do Conselho de sentença, nos termos do art. 466, § 1º, do CPP.
Além disso, será condenado a pagar multa no valor de 1 a 10 salários mínimos.
Sobre o sigilo votações no júri pode-se afirmar que:
Fundamentação: para garantir o sigilo não é necessário abrir os sete votos, bastando abrir até que se alcance a maioria.
· na sala secreta não será permitida a entrada do promotor de justiça e advogado.
· serão aberto os votos até atingirem quatro votos iguais;
· serão abertos todos os votos dos jurados, registrando-se em ata apenas a conclusão;
· a votação se dá em sala secreta, mas a abertura dos votos se dá na presença do acusado e testemunhas arroladas pelas partes;
· N.D.A.
TEMA 05 – AULA 04:
Mário foi denunciado, perante a Vara do Tribunal do Júri, como incurso no art. 213 e art. 121, caput, ambos do Código Penal.
Conforme narra a denúncia, a vítima caminhava pela via pública, ocasião na qual foi abordada pelo acusado e conduzida pelo braço até um bosque próximo. Enquanto Mário empregava força física para manter relação sexual com a ofendida, inclusive desferindo socos e tapas, a vítima debatia-se desesperadamente até lograr empreender fuga.
Mário saiu em seu encalço, correndo, e ao se aproximar da vítima, saltou sobre seu corpo, jogando-a ao chão. Ao cair, a ofendida chocou a cabeça sobre uma pedra, vindo a falecer.
Na qualidade de advogado de Mário, qual tese apresentaria em resposta à acusação?
RESPOSTA ESPERADA
Deverá ser alegado que a conduta se tipifica como estupro qualificado pelo resultado morte, nos termos do art. 213, § 2º, do Código Penal.
Além disso, tal delito não é classificado como doloso contra a vida, devendo ser afastada a competência do júri.
Qual das situações abaixo NÃO será julgada pelo júri?
Fundamentação: o extermínio de nação indígena configura o crime de genocídio, o qual é classificado como crime contra a humanidade, e não crime contra a vida.
· extermínio de uma nação indígena;
· homicídio praticado com dolo eventual na direção de veículo automotor;
· aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante;
· apoio moral ao suicídio.
· N.D.A.
TEMA 06 – AULA 01:
João Carlos, agindo de forma livre e consciente, subtraiu para si duas escovas de dente do mercado do bairro. Foi preso na esquina de sua casa, após ser perseguido pelo proprietário do estabelecimento comercial.
Com base em um princípio, o juiz decidiu absolver sumariamente o réu. Encontre a justificativa principiológica para a atitude do magistrado.
RESPOSTA ESPERADA
Princípio da Intervenção Mínima.
São subprincípios da intervenção mínima, exceto:
Fundamentação: O Direito Penal protege os bens jurídicos fundamentais do Homem e da comunidade. Para que exista tipicidade material, é necessário que a tutela penal seja a mínima possível. Nesse contexto, observa-se a subsidiariedade, fragmentariedade e ofensividade do Direito Penal, como corolários do princípio da intervenção mínima.
· todas as anteriores
· ofensividade
· subsidiariedade
· fragmentariedade
· necessidade
TEMA 06 – AULA 02:
João, 18 anos, e Maria, 87 anos, agindo de forma combinada, despiram-se para desfilar o Carnaval. Sem entender o motivo, foram presos em flagrante por estarem pelados na plataforma de embarque do metrô. O delegado instaurou inquérito policial contra João e Maria por atoobsceno.
Diante dessa situação, indique um princípio que pode ser utilizado pela defesa dos pelados.
RESPOSTA ESPERADA
A defesa pode afirmar que a expressão "ato obsceno" não respeita a taxatividade penal por ser um conceito muito vago e pedir a inconstitucionalidade do delito de ato obsceno por violação à taxatividade.
O princípio penal que afirma a necessidade da lei ser certa e bem definida, pode ser identificado como:
Fundamentação: o enunciado do teste apresenta o conceito do princípio da taxatividade. Todas as demais alternativas apontam princípios que não têm relação com a necessidade de certeza da lei penal para tutelar bens jurídicos sem desrespeitar direitos fundamentais mínimos.
· Instrumentalidade das formas
· taxatividade
· não autoincriminação
· presunção de inocência
· intranscendência
TEMA 06 – AULA 03:
O juiz decretou a prisão preventiva do réu ciente de que, mesmo se o acusado for condenado à pena máxima, não ficará preso em regime fechado.
O texto acima trata da violação a qual princípio norteador do processo penal?
RESPOSTA ESPERADA
Princípio da Proporcionalidade. Se, na pior situação, ou seja, condenação à pena máxima cominada para o crime, o réu não precisará cumprir sua pena em regime fechado, a prisão processual seria totalmente desproporcional em relação a eventual e futuro resultado processual desvalioso para o acusado.
O fato de o juiz poder escolher a melhor medida cautelar para tutelar a verdade do processo pode ser representado pelo princípio da:
Fundamentação: O princípio da adequação diz respeito à aptidão ou adequação que determinado meio deve ter para alcançar o "fim legítimo pretendido", ou seja os fins da persecução criminal.
· necessidade
· dignidade humana
· adequação
· oficialidade
· alteridade
TEMA 06 – AULA 04:
O réu foi preso para cumprir uma pena privativa de liberdade diferente de sua primeira condenação.
Ocorre que nos dois processos, o réu respondeu pelo mesmo roubo. O juiz da Vara das Execuções nada fez a respeito da segunda condenação pelo mesmo roubo. Agiu certo o magistrado?
RESPOSTA ESPERADA
Não. Ele deveria pautar as suas decisões levando em consideração a vedação da dupla punição pelo mesmo fato.
O princípio que impede a dupla punição decorrente da mesma prática de infração penal:
Fundamentação: Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato, não importando a espécie de sanção, não comportando relativizações.
· Tem aplicação relativa
· não foi recepcionado no Brasil
· não impede a dupla punição se a segunda pena for restritiva de direitos
· tem aplicação absoluta
· não impede a dupla punição se a segunda pena for de multa
TEMA 07 – AULA 01:
Sobre o princípio da culpabilidade é correto afirmar que:
Fundamentação: a princípio da culpabilidade admite qualquer das espécies de dolo (direto e indireto) ou culpa (consciente e inconsciente)
· veda a punição por culpa imprópria.
· veda a punição por culpa inconsciente;
· veda a punição sem dolo ou, no mínimo, culpa consciente;
· N.D.A.
· veda a punição sem dolo ou culpa;
José e João são sócios em uma empresa de têxtil. José é o responsável por administrar a produção da fábrica, decidindo quais produtos serão fabricados, logística de transporte, gerenciamento dos trabalhadores etc.
João, a seu turno, é o responsável pelas vendas das empresa, além de gerir as contas a pagar e receber, escrituração contábil, apuração de impostos, folha de pagamento de funcionários etc.
Ambos foram denunciados pela prática de crime contra a ordem tributária. Na qualidade de advogado de José qual tese poderia ser arguida?
RESPOSTA ESPERADA
Poderá ser arguida ofensa ao princípio da culpabilidade, uma vez que José não participava da gestão contábil e fiscal da empresa.
O simples fato de ser sócio não pode implicar em atribuição de crime de sonegação, pois haveria nítida responsabilidade penal objetiva.
TEMA 07 – AULA 02:
É correto afirmar que do duplo grau de jurisdição:
Fundamentação: processos julgados originariamente em foro privilegiado não existe a possibilidade de recursos ordinários.
·   não admite exceções;
· não se aplica aos processos com foro por prerrogativa de função;
· se aplica a toda decisão proferida em primeiro grau.
· não é princípio constitucional;
· N.D.A.
Como é sabido, no processo penal existem decisões contra as quais não há a previsão específica de recurso cabível.
Nessas situações quais meios processuais podem ser utilizados pelo advogado quando a decisão, embora irrecorrível, se mostre ilegal?
RESPOSTA ESPERADA
Se a decisão ilegal influir no direito de ir e vir do acusado, o advogado poderá fazer uso do habeas corpus, como por exemplo no caso de decisão de recebimento de denúncia por fato atípico.
Porém, se a decisão não envolve o direito de locomoção, o advogado poderá impetrar mandado de segurança, por exemplo para discutir a liberação de bens apreendidos.
TEMA 7 – AULA 03:
Sobre o princípio do promotor natural pode-se afirmar que: 
Fundamentação: não se admite a designação de promotor para promover ação específica.
· é um princípio constitucional expresso;
· autoriza a indicação de promotor para casos específicos;
· veda o chamado promotor de exceção.
· é previsto expressamente no Código de Processo Penal;
· N.D.A.
Na qualidade de advogado do réu, qual medida processual deve ser adotada quando houver indícios de que o promotor de justiça possui interesse pessoal na causa?
RESPOSTA ESPERADA
Deverá ser oposta exceção de suspeição contra o membro do parquet, com fundamento no art. 104 do Código de Processo Penal.
TEMA 07 – AULA 04:
É correto afirmar que:
Resposta correta: em caso de interposição de recurso contra sentença absolutória, o promotor não poderá desistir do recurso; Fundamentação: a indisponibilidade também se aplica aos recursos interpostos pelo parquet.
· Se o promotor insistir na condenação e o juiz absolver, o promotor estará obrigado a recorrer;
· iniciada a ação penal o promotor é obrigado a requerer a condenação do réu;
· N.D.A.
· em caso de interposição de recurso contra sentença absolutória, o promotor não poderá desistir do recurso;
· se o promotor de justiça requerer o arquivamento do inquérito de forma indevida, o juiz estará obrigado a aceitar.
Qual medida pode ser tomada pelo advogado da vítima se, passados trinta dias do recebimento do inquérito, o promotor de justiça não tiver dado qualquer andamento?
RESPOSTA ESPERADA
Caberá ao advogado propor queixa-crime subsidiária da pública, com fundamento no art. 29 do CPP, alegando inércia do Ministério Público
TEMA 08 – AULA 01:
Em relação ao princípio da oficialidade, é correto afirmar:
Fundamentação: O Direito Penal protege os bens jurídicos fundamentais do Homem e da comunidade, enquanto o respectivo processo penal constitui um assunto de interesse coletivo e justamente atua em função de tal perspectiva. Resulta daí a necessidade de intervenção do Estado mesmo contra a vontade individual sempre que o delito ofender um interesse geral.
· impede a prática de atos de ofício durante a investigação preliminar.
· desloca para o particular o monopólio de resolução de conflitos.
· permite a intervenção estatal, como regra, mesmo contra a vontade do particular.
· impede a existência da titularidade privada da ação penal em casos específicos.
· N.D.A.
"Pedro ofereceu representação por ter sido vítima do crime de ameaça. Após a decisão que não absolveu sumariamente o réu, Pedro decide voltar atrás em seu intuito de ver o réu condenado.
Procura o promotor de justiça e depois o juiz e recebe como informação a impossibilidade jurídica de extinção do processo por arrependimento da representação nessa fase processual. Encontre a justificativa principiológica para a negativa estatal. "
RESPOSTA ESPERADA
.Princípio da oficialidade.  
TEMA 08 – AULA 02:
A responsabilidade criminal limita-se ao agente delitivo, deixando de fora os responsáveis civis. Tal assertiva tem como base teórica o princípio da:
Fundamentação: Pelo princípio da intranscendência, os responsáveis civis não respondem na área criminal.
· Legalidade· presunção de inocência
· intranscendência
· não autoincriminação
· instrumentalidade das formas
"João, 18 anos, e Maria, 17 anos, agindo de forma combinada, subtraíram o veículo do vizinho e passaram a noite dirigindo. Devolveram o carro na manhã seguinte abastecido e sem nenhum prejuízo.
O vizinho pediu a gravação das câmeras de segurança do condomínio e descobriu o crime praticado por João e Maria, e foi até o Distrito Policial. O delegado instaurou inquérito policial contra João e, como Maria tinha 17 anos na data dos fatos, indiciou seu genitor.
Diante dessa situação, questiona-se:
Agiu corretamente o delegado? Indique um princípio que foi violado pela autoridade policial nesse caso concreto. "
RESPOSTA ESPERADA
.A persecução penal não pode passar da pessoa que praticou a ação. O princípio da Intranscendência foi violado pelo delegado. 
O fato de o juiz poder proceder a novo interrogatório do réu a "todo tempo" é decorrência do princípio da:
Fundamentação: a busca pela verdade material, no processo penal, permite que o magistrado possa determinar, de ofício, a produção de provas e, inclusive, submeter o réu a novo interrogatório.
· alteridade
· dignidade humana
· oficialidade
· intranscendência
· busca da verdade real
"A busca pela justiça é um dos objetivos fundamentais da República no plano de desenvolvimento da sociedade que deve, ainda, ser livre e solidária (Constituição, art. 3.º, I).
No processo, o magistrado não exerce o papel de mero expectador; ele pode, inclusive, determinar de ofício a produção de provas durante a fase de investigação preliminar.
O texto acima trata de qual princípio norteador do processo penal? "
RESPOSTA ESPERADA
.Busca da Verdade Material. 
TEMA 08 – AULA 04:
A possibilidade de apresentação de memoriais, nas hipóteses do art. 403, § 3º, do CPP, representa exceção ao princípio da:
Fundamentação: Os memoriais são escritos, logo, excepcionam o princípio da oralidade dos atos processuais.
· legalidade
· oralidade.
· duração razoável do processo
· proporcionalidade
· verdade material
O réu, em audiência de instrução e julgamento, decide responder aos questionamentos do juiz a respeito dos fatos narrados pela acusação, por escrito. Advertido a respeito da necessidade de responder oralmente o que lhe fosse perguntado, o acusado decide não falar mais nada. O juiz interrompe a audiência por violação ao princípio da oralidade. Diga se o juiz agiu certo. Justifique sua resposta.
RESPOSTA ESPERADA
É preciso conciliar o princípio da oralidade com outros princípios, como, no caso, do direito ao silêncio do acusado. Logo, agiu errado o juiz ao interromper a audiência.
TEMA 09 – AULA 01:
A Ação Penal Privada é regida pelos seguintes princípios:
Fundamento: indivisibilidade e disponibilidade. Fundamentação: A ação penal é disponível, pois o ofendido pode ou não oferecer a queixa crime (o Estado transfere excepcionalmente o direito de ação), todavia, uma vez tomada a iniciativa de propor a ação penal esta deverá ser contra todos os envolvidos.
· disponibilidade e intranscendência;
· indivisibilidade e obrigatoriedade;
· indivisibilidade e disponibilidade.
· intranscedência e indisponibilidade;
· N.D.A
Em determinado Inquérito, o Delegado faz o indiciamento de cinco pessoas como autoras de fato crime.
Todavia, o advogado do ofendido, não concorda com a opinião da autoridade policial por entender que um dos indiciados não participou da prática do delito e, portanto, oferece queixa somente contra quatro dos indiciados.
Como advogado de defesa de um dos querelados qual será o argumento de defesa que deverá ser apresentada?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deverá pleitear em sua peça defensiva a extinção da punibilidade (art. 107, V, CP), pois embora o Ministério Público seja o fiscal do processo nos termos do art. 127, CF, não pode aditar a queixa crime, lançando novos réus ao processo, pois lhe falta legitimidade ativa ad causam.
Ao omitir-se dolosamente em processar todos os envolvidos estará o particular renunciando ao direito de ação quanto àqueles que deixou de processar, e conforme art. 49, CPP, a renúncia beneficia a todos os envolvidos. Em suma, a omissão voluntária implica em renúncia do querelante, ocasionando a extinção da punibilidade.
TEMA 09 – AULA 02:
Sobre a prova e sua produção no processo penal, o magistrado deverá assegurar a observância:
Resposta correta: Princípio da comunhão de provas; Fundamentação: A prova uma vez produzida pertence ao processo. Poderá ser utilizada por todos os participantes da relação processual. Não há um titular da prova, mas mero proponente.
· Princípio da exclusividade probatória.
· Princípio da incomunicabilidade de provas;
· Princípio da comunhão de provas;
· Princípio da liberdade probatória irrestrita;
· N.D.A.
Em determinada Ação Penal o magistrado proferiu sentença condenatória contra o réu “A” sem qualquer prova nos autos que demonstrasse sua participação na prática do delito, mas, pelo contrário, havia nos autos prova testemunhal firmando que “A” em momento algum participou da prática do crime, pois estava em sua residência no momento do crime.
Todavia, o magistrado afastou a validade do referido testemunho em sua sentença sob a alegação de que a prova testemunhal não tem eficácia probatória para inocentar “A”, vez que a prova pertence tão somente àquele que a produziu e, portanto, proferiu sentença condenatória em face de “A”.
Como advogado de defesa do condenado “A” qual a medida cabível?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deverá apresentar Apelação (art. 593, I do CPP) e requerer a absolvição do réu com base no Princípio da Comunhão de Provas com fulcro no art. 386, IV, CPP. A ideia central do princípio encontra-se justamente na comunhão da eficácia probatória, ou seja, a prova testemunhal tem eficácia probatória a favor de “A” que deve ser reconhecida pelo Tribunal.
TEMA 09 – AULA 03:
Em determinada Ação Penal, o Ministério Público, apesar de intimado não compareceu à audiência e o Magistrado prosseguiu no feito formulando perguntas às testemunhas sobre os fatos constantes na denúncia e, ao final, proferiu sentença absolvendo o réu.
O Ministério Público inconformado com a decisão interpôs Recurso de Apelação, sob o fundamento de nulidade absoluta alegando que o magistrado não poderia formular perguntas às testemunhas de acusação, vez que o órgão jurisdicional deve pautar-se pelo Princípio da Inércia da Jurisdição.
Como advogado do réu absolvido qual deverá ser o argumento das contrarrazões de apelação?
RESPOSTA ESPERADA
Como advogado de defesa deverá apresentar contrarrazões de Apelação e requerer a manutenção da sentença de absolvição do réu, pois não houve violação ao artigo 212, CPP. O magistrado agiu corretamente ao realizar perguntas para as testemunhas, vez que vige no Processo Penal os Princípios da Verdade Real e do Impulso Oficial. O não comparecimento do Ministério Público gera nulidade relativa, que deve ser alegada em momento oportuno, bem como deve-se comprovado o prejuízo efetivo (artigo 563, CPP).
Marque a alternativa correta:
Fundamentação: Uma vez iniciada a ação penal, por iniciativa do Ministério Público ou do ofendido, deve o juiz movimentá-la até o final.
· O processo penal não pode ser encerrado sem a solução do conflito
· N.D.A.
· O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso apenas destas.
· O Princípio do impulso oficial impede a paralisação do procedimento pela inércia ou omissão das partes.
· É defeso ao magistrado dar andamento ao feito determinando a prática de atos processuais.
TEMA 09 – AULA 04:
A respeito dos três modelos de avaliação ou valoração da prova adotados pelo atual processo penal é correto afirmar que:
Fundamentação: art. 93, IX, CF/88. O que distingue o sistema da persuasão racional é a liberdade do magistrado na valoração dos elementos probatórios que, embora, é contida pela obrigatoriedade de justificação das escolhas adotadas, diante da prova legitimamente obtida, com a explicitação do caminho percorrido até a decisão
· O art. 93, IX, CFdemonstra que, em regra, no direito processual penal brasileiro é aplicado o sistema da íntima convicção.
· O sistema da persuasão racional permite ao magistrado valorar os elementos probatórios embora seja obrigatória a justificação das escolhas adotadas (art. 93, IX, CF).
· O sistema da íntima convicção e da persuasão racional aplica-se a todas as decisões e sentenças penais, inclusive as proferidas no procedimento do Tribunal do Júri
· N.D.A.
· O sistema legal, também conhecido como tarifado, é típico do procedimento acusatório, onde ocorre uma intensa participação das partes na produção das provas, as quais possuem valores definidos a cada um dos elementos probatórios considerados válidos.
	
Em determinada Ação Penal o magistrado proferiu sentença condenatória de lesão corporal dolosa grave contra o réu “A” baseado tão somente no laudo inicial de corpo de delito realizado no momento do cometimento do delito, ou seja, não foi realizado nos autos o exame complementar.
Como advogado de defesa do condenado “A” qual será a medida cabível?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deverá apresentar Apelação (art. 593, I do CPP) e requerer a nulidade da sentença com fulcro no artigo 564, III, b, CPP, vez que nos crimes de lesão corporal de natureza grave é imprescindível a realização de exame complementar para atestar que trata-se de lesão grave – Sistema da Prova Tarifada.
TEMA 10 – AULA 01:
Não bastará ao estudo definir em que consiste um sistema acusatório e depois sublinhar que a nossa Constituição o adotou se, confrontada com a estrutura processual ordinária, que resulta das novas e velhas leis, concluímos que na prática muitas vezes não se observam os elementos essenciais do sistema acusatório”. (PRADO, Geraldo. Sistema acusatório: a conformidade constitucional das leis processuais penais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 78).
Na linha da citação acima, é possível afirmar que o Código de Processo Penal apresenta dispositivos legais que remontam ao sistema processual inquisitivo, dentre eles:
I. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao Procurador-Geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
II. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
III. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
IV. Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida.
Está correto o que se afirma APENAS em: 
"Fundamentação: As afirmações I, II e III indicam faculdades de gestão de prova e acusação ao juiz, de modo que podem ser consideradas normas de características do sistema inquisitivo.
A afirmação IV apenas prevê o poder de condução das audiências de instrução que o magistrado tem.
· I, II e III.
· I e II.
· I e IV.
· II e IV.
· I, II, III e IV.
"Observe o seguinte julgado:
PROCESSUAL CIVIL. DETERMINAÇÃO A CAIXA ECONOMICA FEDERAL PARA QUE APRESENTE O EXTRATO DA CONTA VINCULADA AO FGTS DO AUTOR DA DEMANDA: POSSIBILIDADE. I - SE O AUTOR, APOS NOTICIAR NA PETIÇÃO INICIAL QUE O REU DETEM DOCUMENTOS ESSENCIAIS PARA O DESATE DA CAUSA, REQUER A APRESENTAÇÃO DELES, DEVE O JUIZ, SALVO CASOS EXCEPCIONAIS, DETERMINAR AO REU QUE JUNTE AOS AUTOS FOTOCOPIAS DOS DOCUMENTOS OU CERTIDÃO CORRESPONDENTE. E CONVENIENTE PARA A JUSTIÇA QUE AS PARTES TENHAM FACILIDADE NA OBTENÇÃO DAS PROVAS, A FIM DE QUE OS AUTOS RETRATEM, O MAIS POSSIVEL, A VERDADE REAL. ISSO NÃO SIGNIFICA DIZER QUE O JUIZ QUE VAI EM BUSCA DAS PROVAS SE TORNARA UM INVESTIGADOR, COMO NO ANTIGO SISTEMA INQUISITORIO. O QUE SE DESEJA E QUE O JUIZ NÃO SEJA UM MERO ESPECTADOR NO PROCESSO. PORTANTO, DEVE O JUIZ ZELAR PARA QUE CONSTEM DOS AUTOS AS PROVAS PLEITEADAS PELAS PARTES, E QUE SEJAM IMPORTANTES PARA A CORRETA SOLUÇÃO DA CAUSA. II - SALVO CASOS EXCEPCIONAIS, CABE A CAIXA ECONOMICA FEDERAL APRESENTAR EM JUIZO OS EXTRATOS DAS CONTAS VINCULADAS AO FGTS DO TRABALHADOR. PRECEDENTES DESTE STJ. III - RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. (REsp 114.647/RS, Rel. Ministro ADHEMAR MACIEL, SEGUNDA TURMA, julgado dia 01/12/1997)
Explique qual atitude do juiz gerou o conflito entre as partes sobre uma possível atitude inquisitória e por quê, nesse caso, foi entendido que o magistrado agiu corretamente.
"
RESPOSTA ESPERADA
"Considera-se de caráter inquisitório a medida em que o juiz determina produção de provas, deixando a inércia para atuar no sentido de obtenção de elementos para justificar uma convicção prévia.
Nesse caso, entendeu a corte que o juiz se limitou a admitir uma prova pleiteada por uma das partes, de conhecimento sabido. A busca é pela identificação da verdade, não de comprovação de alguma versão já estabelecida.
TEMA 10 – AULA 02:
O sistema acusatório:
Fundamentação: A alternativa correta é aquela que possui o seguinte enunciado: “se caracteriza por separar as funções de acusar e julgar e por deixar a iniciativa probatória com as partes”. A alternativa trata, justamente, dos efeitos produzidos pela caracterização do sistema acusatório.
· Se verifica quando a Constituição prevê garantias ao acusado.
· Se caracteriza por separar as funções de acusar e julgar e por deixar a iniciativa probatória com as partes.
· Tem sua raiz na motivação das decisões judiciais.
· Privilegia a acusação, sedo próprio dos regimes autoritários.
· Vigora em sua plenitude no direito brasileiro.
"Observe o seguinte julgado:
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA. REQUISIÇÃO DE INDICIAMENTO PELO MAGISTRADO APÓS O RECEBIMENTO DENÚNCIA. MEDIDA INCOMPATÍVEL COM O SISTEMA ACUSATÓRIO IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INTELIGÊNCIA DA LEI 12.830/2013. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. SUPERAÇÃO DO ÓBICE CONSTANTE NA SÚMULA 691. ORDEM CONCEDIDA. 1. Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao Delegado de Polícia o indiciamento de determinada pessoa. A rigor, requisição dessa natureza é incompatível com o sistema acusatório, que impõe a separação orgânica das funções concernentes à persecução penal, de modo a impedir que o juiz adote qualquer postura inerente à função investigatória. Doutrina. Lei 12.830/2013. 2. Ordem concedida. (STF - HC 115015, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado dia 27/08/2013)
De que modo a determinação de indiciamento de ofício viola o sistema acusatório no processo penal?
RESPOSTA ESPERADA
"De acordo com o sistema acusatório, a função de julgamento e acusação devem ser efetuadas por órgãos separados. Por isso, nesse sistema o juiz não pode ter o poder de indiciar indivíduos, sob o risco de invadir as atribuições dos órgãos acusadores.
Não só não há previsão legal que autorize o magistrado a promover indiciamento, como o conjunto normativo apontando a adoção do sistema acusatório aponta para essa vedação, violando-se, inclusive, o princípio da legalidade.
TEMA 10 – AULA 03:
A referida classificação do sistema brasileiro como um sistema acusatório, desvinculador dos papéis dos agentes processuais e das funções no processo judicial, mostra-se contraditória quando confrontada com uma série de elementos existentes no processo.” (FERREIRA.Marco Aurélio Gonçalves. A Presunção da Inocência e a Construção da Verdade: Contrastes e Confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá). EDITORA LUMEN JURIS, Rio de Janeiro, 2013). Leia o caso hipotético descrito a seguir.
O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), de arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a integrantes do STF e da suspensão dos atos praticados no âmbito dessa investigação, como buscas e apreensões e a censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA quanto a noção de sistema acusatório.
Fundamentação: A alternativa que possui o seguinte enunciado “A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz”. É a única alternativa que não demonstra uma situação em que não há separação da figura do juiz e do acusador na instauração do inquérito policial.
· Inquérito instaurado por comissões parlamentares.
· A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz.
· A requisição de instauração de inquérito policial pelo Ministério Público.
· A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de Polícia.
· Inquérito administrativo instaurado no âmbito da administração pública.
TEMA 10 – AULA 04:
"O artigo 3ºB, VII do Código Penal, trazido pelo pacote anticrime, prevê regras sobre a produção antecipada de provas. Tal reforma tem caráter inquisitório ou acusatório quando comparada com a legislação anterior? Explique.
RESPOSTA ESPERADA
"Trata-se de medida com caráter acusatório. Isso ocorre porque prevê uma situação em que é decidida situação desfavorável ao acusado e que na legislação anterior poderia ser tomada a medida de ofício.
De acordo com a nova norma, deve o juiz de garantias “ decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral”.
Sobre este tema nos ensina o professor Guilherme Nucci: “Este preceito entra em confronto, parcialmente, com o disposto pelo art. 156, I, do Código de Processo Penal. O novo inciso possibilita que o juiz participe de produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida. Entretanto, não mais pode o juiz, agora denominado de garantias, a quem compete essa produção antecipada de provas, determiná-la de ofício, dependendo de requerimento das partes - órgão acusatório ou defesa.”
"
Prevê o § 5º do artigo 282 do CPP após a implementação do pacote anticrime:
“ O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.”
Considerando a expressão “de ofício”, qual das afirmativas a seguir é correta a respeito do sistema processual adotado na nossa legislação:
Fundamentação: Está correta a alternativa que possui o seguinte enunciado: “Tal medida aproxima-se do modelo acusatório, pois, ainda que preveja possibilidade de decisão de ofício, ela reflete a função do juiz de garantir a legalidade e os direitos do acusado, característica desse tipo de sistema”. Trata-se da alternativa que descreve corretamente os fundamentos do sistema acusatório.
· Tal medida ainda é resquício do sistema inquisitório, pois traz possibilidade de que o juiz aja de ofício.
· Tal medida aproxima-se do modelo acusatório, pois, ainda que preveja possibilidade de decisão de ofício, ela reflete a função do juiz de garantir a legalidade e os direitos do acusado, característica desse tipo de sistema.
· Tal medida aproxima-se do modelo acusatório, pois traz possibilidade de que o juiz aja de ofício.
· Nenhuma das assertivas
· Tal medida ainda é reflexo de um modelo misto, que o Brasil passa a adotar, já que a fase de inquérito não teve inovações de ordem acusatória.

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