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perguntas e respostas - modulo 02

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MÓDULO II
TEMA 01:
Aula I: Tipo Penal e suas Excludentes Explícitas:
Armando Setubal foi denunciado como incurso no art. 304 do Código Penal, porquanto forneceu, na noite do último dia 10 de setembro, a cópia simples adulterada de sua carteira nacional de habilitação, durante abordagem policial realizada no interior de determinada casa noturna. Vale salientar que, de acordo com o auto de apreensão, a contrafação consiste na substituição do tipo de categoria, anotada na carteira originalmente obtida por Armando. Considerando que a denúncia foi recebida, como agiria na qualidade de advogado de Armando, o qual foi citado ontem para responder à acusação?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve apresentar defesa preliminar e requerer a absolvição sumária, com fulcro no art. 386, III do CPP, visto que cópia simples não é documento, para fins do art. 297 e ss., razão pela qual a conduta de Armando é atípica
A conduta capitulada pelo art. 242 do Código Penal configura:
Resposta correta: um tipo misto alternativo e cumulativo. Fundamentação: as condutas ocultar ou substituir são alternativas entre si, porém cumulativas com as condutas dar e registrar
· N.D.A
· um tipo alternativo;
· um tipo simples;
· um tipo misto alternativo e cumulativo.
· um tipo misto;
Aula II: Tipicidade Formal e Material
Sandra Barros foi condenada, às penas de 1 ano, 4 meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado, e pagamento de 12 dias-multa, e declarada como incursa no art. 171, § 2º, inciso VI, do Código Penal, porquanto teria fornecido um cheque, pré-datado, no valor de 20 mil reais, para adimplir um veículo, por ela adquirido perante a loja AutoCar Ltda., um mês antes. Ocorre que, ao ser depositada, a mencionada cédula não foi compensada pela instituição bancária, em razão de insuficiência de fundos. Considerando que a sentença publicada na data de ontem, como agiria na qualidade de advogado de Sandra?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a absolvição, com fulcro no art. 386, III do CPP, visto que a emissão de cheque pré-datado configura um desvirtuamento da ordem de pagamento a vista, devidamente consentida, por ambas as partes – emitente e beneficiário –, assim significando mera garantia de adimplemento da transação firmada, razão pela qual a conduta de Sandra é atípica, uma vez encarada como mero ilícito civil, mas não um crime.
A excludentes da Insignificância e da Adequação Social afastam:
Fundamentação: em razão da Ofensividade, pois tratam de condutas desprovidas de lesividade e socialmente aceitas, respectivamente.
· a ilicitude;
· a tipicidade material;
· N.D.A
· a culpabilidade;
· a exigibilidade de conduta diversa.
Aula III: Princípio da Insignificância
Genésio Santos foi condenado, às penas de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime inicial aberto, e pagamento de 06 dias-multa, e declarado como incurso no 155, § 4º, inciso IV, combinado com o art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, porquanto, em 10 de dezembro de 2016, tentou subtrair um par de chinelos da marca Sandályas, avaliado em R$ 12,00, somente não o consumando por circunstâncias alheias à sua vontade. Na dosimetria da pena, o magistrado fixou a pena-base acima do patamar mínimo legal, considerando sob a forma de mau antecedente a única anotação contida na folha de antecedentes de Genésio, referente a um processo extinto sem julgamento do mérito, em razão da prescrição. Considerando que a sentença publicada na data de ontem, como agiria na qualidade de advogado de Genésio?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a absolvição, com fulcro no art. 386, III do CPP, visto que a anotação de processo prescrito não configura maus antecedentes, razão pela qual, além dos requisitos objetivos (ínfimo valor do bem, inclusive devidamente restituído à vítima, que sequer sofreu prejuízo), Genésio possui condições pessoais positivas ao reconhecimento da insignificância, pois sua conduta foi materialmente atípica.
Dentre os requisitos abaixo, qual não se refere ao Princípio da Insignificância:
Fundamentação: deve ser avaliada a capacidade econômica da vítima, pouco importando seu aceite.
· N.D.A
· condições pessoais positivas do agente.
· aceite pela vítima;
· nenhuma periculosidade social da ação;
· mínima ofensividade da conduta;
Aula IV: Princípio da Adequação Social
"Abigail foi condenada, a pena de 1 ano de reclusão, em regime inicial aberto, e declarada como incursa no 227 do Código Penal, porquanto, em 20 de dezembro de 2016, ciente de que o Marcelo estava interessado em sua amiga Joana, conversou com a mesma e, ressaltando os atributos físicos daquele, convenceu sua amiga passar a noite com ele. No decorrer da instrução processual, Joana afirmou que Abigail é sua amiga de longa data e, assim como fez com o Marcelo, em ocasiões anteriores, já teria "agitado" outros pretendentes para a mesma. Também ouvido como testemunha, Marcelo relatou que, não fosse pela intermediação de Abigal, hoje não estaria namorando com Joana, com a qual, inclusive, pretende casar futuramente. Considerando que a sentença foi publicada na data de ontem, como agiria na qualidade de advogado de Abigail?"
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a absolvição, com fulcro no art. 386, III do CPP, pois o comportamento de Abigail está amparado pela adequação social, sendo comum e amplamente aceito que amigos possam intervir no sentido de ajudar alguém a encontrar um parceiro para relacionamento amoroso.
Dentre as situações abaixo, qual não possui respaldo na Adequação Social:
Fundamentação: porquanto abarcada pelo exercício regular de direito.
· procedimentos estéticos como tatuagens e colocação de alargadores.
· N.D.A
· circuncisão realizada em bebês judeus;
· furos nas orelhas para colocação de brincos;
· troca de golpes entre boxeadores;
TEMA 02:
Aula I: Ilicitude e Consentimento do Ofendido
Assinale a alternativa incorreta:
Fundamentação: visto que o rol é exemplificativo, existindo excludentes previstas em outros artigos, mesmo fora do CP e ainda supralegais
· a ilicitude trata de contradição entre o fato típico e o ordenamento jurídico;
· o rol de justificantes do art. 23 do CP é taxativo;
· a prática de fato típico representa um indício de ilicitude.
· N.D.A
· a antijuricidade é de concepção unitária;
Considerando o disposto no art. 217A, caput, do Código Penal, a concordância de pessoa menor de idade em manter conjunção carnal com indivíduo maior de idade, surte algum efeito justificante?
RESPOSTA ESPERADA
Depende. Alinhando-se com o ECA, o consentimento de criança (menores de 12) é irrelevante. Contudo, no que tange aos adolescentes (maiores de 12), o consentimento pode ser válido, razão pela qual se diz ser a vulnerabilidade relativa, portanto, sujeita à demonstração do real grau de discernimento do menor. Por fim, a figura do 217A é atípica quanto aos maiores de 14.
Aula II: Estado de Necessidade
Dentre os requisitos abaixo, qual não se refere ao Estado de Necessidade:
Fundamentação: pois o perigo deve ser ATUAL e não futuro.
· perigo distante do dever legal.
· perigo inevitável;
· N.D.A
· perigo iminente;
· perigo involuntário;
Considerando os requisitos para o reconhecimento do Estado de Necessidade, avalie a seguinte situação, esclarecendo sobre a incidência:
Armando estava bebendo em um bar com colegas, quando um deles escorregou, bateu a cabeça contra uma mesa de vidro e cortou o supercilio. Assustado com o volume de sangue proveniente do ferimento, Armando reclinou o banco de seu automóvel, acomodou o colega machucado e rumou em direção ao hospital. Ocorre que, durante o percurso, Armando se deparou com uma blitz e, visando a agilizar sua liberação, concordou em soprar o etilômetro, cujo resultado restou positivo para a ingestão de álcool (0,6mg/l de ar), culminando em sua prisão, em flagrante, pelo delito de embriaguez ao volante.
RESPOSTA ESPERADA
Em razão da subsidiariedade, resta inviável o reconhecimento do estado de necessidade, posto que Armando dispunha de meiosdistintos para solucionar a questão: poderia ter chamado uma ambulância, ter acionado um táxi ou motorista equiparado, assim conduzindo o seu colega em segurança.
Aula III: Estrito Cumprimento de Dever Legal
Avalie a seguinte situação e responda:
Mecânico caminha em via pública, quando se depara com dois policias militares tentando arrombar uma porta - a qual está trancada com correntes e um cadeado -, com o fito de prenderem um sujeito foragido da justiça, que se oculta dentro do imóvel. Diante disso, o mecânico resolve ajudar os milicianos e, munido de duas chaves de boca, aplica pressão sobre o gancho do cadeado, estourando-o.
Deve o mecânico responder por dano ou, mesmo não sendo funcionário público, estará guarnecido pela incidência de alguma excludente?
RESPOSTA ESPERADA
Não responderá por dano, pois o mecânico está auxiliando o policial a cumprir seu dever e, nesse caso, a excludente do estrito cumprimento do dever legal será estendida, mesmo não sendo ele funcionário público.
Dentre as situações abaixo, qual não possui respaldo no Estrito Cumprimento de Dever Legal:
Fundamentação: porquanto não há direito em obrigar alguém a produzir prova contra si próprio.
· o ingresso em casa alheia por agentes sanitários para finalidades de saúde pública;
· N.D.A
· a coleta forçada de material sanguíneo do sujeito detido por embriaguez ao volante.
· a apreensão de documento em poder do defensor do réu, quando forma materialidade do crime;
· a pena de morte executada pelo carrasco, quando admitida pelo sistema jurídico;
Aula IV: Exercício Regular de Direito
Dentre as situações abaixo, qual não possui respaldo no Exercício Regular de Direito:
Fundamentação: porquanto o direito previsto no art. 1427 do CC é de reter a bagagem, mas não o hóspede.
· o aborto em caso de estupro.
· N.D.A
· a ofensa perpetrada pelo advogado em face de promotor, em debates durante audiência;
· reter hóspede inadimplente em hotel;
· a prática de jogo de azar em casa de família;
Jaspion, ao ser interrogado por ocasião do Auto de Prisão em Flagrante n° xxxx/xx, declarou que já praticou a traficância, mas atualmente não estava mais atuando e que os policiais militares que lhe abordaram exigiram em duas oportunidades dinheiro, a título de proteção.
Em razão disso, Jaspion foi denunciado como incurso nas sanções do artigo 138, combinado com o artigo 141, II e III, ambos do Código Penal, por ter supostamente caluniado policiais militares na oportunidade em que foi ouvido como indiciado na delegacia de polícia.
Na condição de advogado de Jaspion e com base na teoria geral do crime, indique a tese jurídica hábil à defesa dos interesses de seu cliente.
RESPOSTA ESPERADA
Deve ser ventilado que a conduta de Jaspion não pode ser considera típica, de modo que a ação penal carece de justa causa. As supostas imputações criminosas dirigidas aos policiais militares foram proferidas enquanto o paciente estava sendo interrogado, o que afasta sua responsabilidade penal nos termos do artigo 23, III. Ora, ao ser interrogado deve ser garantido ao indiciado o direito de prestar as declarações que quiser com o fito de se defender, por mais fantasiosas que o sejam. Não se pode tolher essa faculdade, obrigando o réu a comprovar aquilo que diz no interrogatório. Assim, a conduta descrita da denúncia não pode ser considerada típica, nos termos do art. 23, III, do Código Penal e art. 5º, LV, da CF. (STJ RESP 1518970).
TEMA 03 – LEGITIMA DEFESA:
Aula I: Conceito de Legítima Defesa
Bruno foi preso e está sendo processado pela prática de diversos homicídios, todos praticados no bairro em que reside.
Em sua defesa, Bruno alega ter agido em legítima defesa de sua comunidade, pois todas as vítimas seriam pessoas perigosas, habituadas à prática delitiva, e que, com frequência praticam crimes contra os moradores da região.
Por esta razão, requer a absolvição sumária.
A alegação de Bruno deve ser acolhida pelo magistrado?
RESPOSTA ESPERADA
Não, a alegação não procede. Isto porque a agressão não era atual ou iminente. Contudo, poderá alegar causa excludente de culpabilidade, qual seja a inexigibilidade de conduta diversa
O que se entende por legítima defesa sucessiva:
Fundamentação: pois o excesso de legítima defesa não é lícito, sendo, portanto, uma agressão injusta, contra a qual pode-se utilizar de legítima defesa. Nesse caso, a pessoa que, inicialmente, era o injusto agressor, passa a ser vítima do excesso.
· é a legítima defesa real contra legítima defesa putativa;
· é a legítima defesa contra excesso de legítima defesa;
· N.D.A
· é a legítima defesa putativa contra legítima defesa putativa;
· é a legítima real contra legítima defesa real;
Aula II: Requisitos
Assinale a alternativa incorreta:
Fundamentação: a conduta do inimputável, embora não seja culpável, continua sendo injusta.
· é possível a legítima defesa contra legítima defesa putativa;
· não se admite a legítima defesa recíproca;
· não se admite legítima defesa contra ataques de animais selvagens;
· não se admite legítima defesa contra agressão de inimputável;
· N.D.A
Hélio estava caminhando pela via pública quando observou Jonas, o qual havia prometido matar Hélio da próxima vez que o visse. Assustado e acreditando que seria atacado, Hélio antecipou-se e passou a desferir socos e chutes contra seu inimigo.
Jonas, então, revidou os golpes, causando lesões corporais graves em Hélio.
Apurou-se, ainda, que naquele instante Jonas não tinha qualquer intenção de matar Hélio.
Pergunta-se, Jonas e Hélio estavam em legítima defesa? Qual espécie?
RESPOSTA ESPERADA
Hélio encontrava-se em legítima defesa putativa, pois acreditava que seria agredido.
Jonas encontrava-se em legítima defesa real, pois a agressão de Hélio foi injusta.
Aula III: Proporcionalidade
O que se entende por legítima defesa sucessiva:
Fundamentação: pois o excesso de legítima defesa não é lícito, sendo, portanto, uma agressão injusta, contra a qual pode-se utilizar de legítima defesa. Nesse caso, a pessoa que, inicialmente, era o injusto agressor, passa a ser vítima do excesso.
· é a legítima defesa real contra legítima defesa putativa;
· é a legítima defesa contra excesso de legítima defesa;
· N.D.A
· é a legítima defesa putativa contra legítima defesa putativa;
· é a legítima real contra legítima defesa real;
Bernardo é ex-namorado de Cláudia, que atualmente namora Luíz.
Movido pelo ciúme, Bernardo se dirige ao bar frequentado por Luíz e, ao encontra-lo, passa a agredi-lo com um pedaço de pau. A vítima revida o ataque e quebra o braço de Bernardo. Ato contínuo, Luíz, enfurecido, apodera-se do pedaço de madeira e desfere uma sequência de golpes contra Bernardo, quebrando-lhe três costelas.
Por quais atos Luíz deve ser responsabilizado?
RESPOSTA ESPERADA
Ao quebrar o braço de Bernardo, Luíz encontrava-se em situação de legítima defesa, não devendo ser responsabilizado por tal ato.
Contudo, ao quebrar as costelas de Bernardo, Luíz agiu com excesso doloso, razão pela qual deve ser condenado por tais lesões corporais.
Aula IV: Elemento Subjetivo
Assinale a alternativa correta:
Fundamentação: pois a doutrina moderna majoritária exige o chamado animus defendendi.
· teoria subjetiva é de cunho causalista;
· prevalece na doutrina a teoria objetiva da legítima defesa;
· N.D.A
· prevalece na doutrina a teoria subjetiva da legítima defesa;
· a teoria objetiva é de cunho finalista;
No dia dos fatos, Norberto caminhava pela via pública, ocasião na qual foi ofendido por dois indivíduos que passavam pelo local em um veículo.
Enfurecido, Norberto sacou um revólver e disparou diversas vezes contra o automóvel, matando o motorista. Ato contínuo, ao se aproximar do veículo, percebeu que os indivíduos haviam sequestrado um rapaz, o qual se encontrava amarrado no porta-malas.
Pergunta-se, Norberto atuou em legítima defesa?
RESPOSTA ESPERADA
Conforme entendimento majoritário, adota-se a teoria subjetiva, exigindo-se a presença do animus defendendi.
No caso exposto, Norberto não tinha conhecimento da situação de legítima defesa de terceiro, razão pela qualdeve ser condenado pelo homicídio do motorista.
TEMA 04
Aula I: Conceito de Culpabilidade
Na data de ontem, Aníbal dos Santos foi condenado às penas de 1 ano e 2 meses de reclusão, em regime semiaberto, não substituída por restritiva de direitos, e pagamento de 11 dias-multa, por infração ao art. 180 do Código Penal. Na fixação da reprimenda, o magistrado justificou a exasperação de 1/6, na segunda etapa da dosimetria sob o fundamento de que “o réu possui personalidade desvirtuada, pois, conforme se depreende dos testemunhos coligidos, abandonou sua esposa e filhos, devido a predileção por jogos e festas noturnas”. Não obstante, ao final da sentença, ainda estabeleceu o regime inicial intermediário “em razão da considerável reprovabilidade do réu, cuja personalidade revela-se negativa, em vista dos fatores anteriormente mencionados”. Como deve proceder o advogado de Aníbal?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a redução e substituição da reprimenda, argumentando que os fatores mencionados pelo magistrado não guardam qualquer relação com o delito perpetrado por Aníbal, razão pela qual não se prestam a majoração da pena, tampouco para justificar a imposição de regime intermediário ou ilidir a substituição por restritiva de direitos.
Assinale a alternativa incorreta:
· a culpabilidade é juízo pessoal de censura;
· N.D.A
· a culpabilidade é vetor para a fixação concreta das reprimendas.
· a culpabilidade formal refere-se à censura abstratamente atribuída a determinada conduta;
· a culpabilidade do fato diz respeito a infração concretamente perpetrada pelo sujeito;
Resposta correta: a culpabilidade é juízo pessoal de censura; Fundamentação: visto que se trata de censura social em face do sujeito e o fato por ele praticado.
Aula II: Imputabilidade e Menoridade
Não afastam a imputabilidade:
Fundamentação: a embriaguez, por si só, não afasta a imputabilidade, devendo ser completa e decorrente de fortuito ou força maior, assim como o desenvolvimento mental, quando completo.
· embriaguez fortuita e menoridade;
· desenvolvimento mental completo e embriaguez;
· menoridade e doença mental;
· N.D.A
· desenvolvimento mental retardado e doença mental.
Luciano do Amaral foi condenado a pena de 2 ano de reclusão, em regime aberto, por infração ao art. 148, §2º do Código Penal, pois privou a liberdade de Ana Maria por 8 dias, mantendo-a trancada no interior de um quarto, do imóvel denominado fazenda do capim seco. Na fixação da reprimenda, o magistrado reconheceu a incidência da qualificadora sob o fundamento de que “o réu foi sádico, ao esguichar água fria contra o corpo da vítima, durante os 3 primeiros dias da privação”. Na segunda etapa, embora considerada a menoridade relativa, visto que Luciano completou 18 anos apenas no penúltimo dia de privação, o magistrado manteve a pena no patamar estabelecido, em respeito a Súmula 231 do STJ, tornando-a definitiva. Considerando que a sentença foi publicada na data de ontem, como deve proceder o advogado de Luciano?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a redução da reprimenda, mediante o afastamento da qualificadora, argumentando que os fatores mencionados pelo magistrado foram perpetrados durante a menoridade de Luciano, razão pela qual não se prestam a majoração da pena, devendo ser integralmente descartados.
Aula III: Imputabilidade e Embriaguez
A embriaguez é causa de afastamento de imputabilidade quando:
FUNDAMENTAÇÃO: Artigo 28, §1º do Código Penal.
· completa ou voluntária.
· incompleta e acidental;
· não acidental e voluntária.
· completa e involuntária.
· preordenada ou culposa;
Ranieri Xavier foi condenado às penas de 6 meses de detenção, em regime inicial semiaberto, pagamento de 10 dias-multa, e suspensão do direito de dirigir por 2 meses, substituída por prestação pecuniária no importe de 3 salários mínimos, em favor de entidade assistencial, por infração ao art. 306, caput, do Código de Trânsito Brasileiro, pois, em 5 de agosto de 2011, na Avenida Cintra, foi abordado por policias militares e, após realizar o exame de ar alveolar, constatou-se que conduzia veículo com concentração de álcool igual a 0,64 mg por litro de ar expelido. Em sede de apelação, negou-se provimento ao recurso de Ranieri, mantendo-se a integralidade do édito condenatório. Considerando transitada em julgado a referida decisão, como deve proceder o advogado de Renieri?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve ingressar com revisão criminal, com fulcro no art. 621, I do CPP, e requerer a absolvição de Ranieri, posto que a decisão foi contrária à previsão legal vigente para a época dos fatos, porquanto o art. 306, do Código de Trânsito Brasileiro, com redação conferida pela Lei nº. 11.705/2008, assim dispunha “Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. A dosagem alcoólica sanguínea era elemento objetivo integrante do tipo penal, reclamando a realização, justamente, de exame sanguíneo, sem o qual não se podia concluir pela subsunção da conduta ao tipo. Porém, Ranieri não forneceu material sanguíneo, razão pela qual sua condenação com base apenas no etilômetro deve ser reformada.
Aula IV: Imputabilidade e Doença Mental
Sobre a aferição da inimputabilidade pode-se dizer que:
Resposta correta: nos casos de doença mental, demanda a elaboração de perícia que, contudo, não vincula o magistrado. Fundamentação: a perícia é ponto de partida, insubstituível e indispensável, podendo o magistrado determinar novo exame, caso discorde das conclusões ali exaradas.
· nas situações de embriaguez adota o critério biológico, ante a constatação da presença de álcool no organismo do sujeito.
· o critério psicológico destina-se a apurar a existência de distúrbio mental, mediante a elaboração de exame de insanidade mental.
· atualmente é verificada exclusivamente mediante o critério biopsicológico.
· N.D.A
· nos casos de doença mental, demanda a elaboração de perícia que, contudo, não vincula o magistrado.
Lindaelza está sendo processada pela prática de furto simples, pois no dia 14 de setembro, enquanto caminhava em via pública, subtraiu um urso de pelúcia exposto na banca de jornal da vítima. Recebida a denúncia, o antigo patrono de Lindaelza protocolou petição afirmando que sua cliente é cleptomaníaca e requerendo a instauração de incidente de insanidade mental. Mediante decisão publicada na data de ontem, o magistrado negou o pedido formulado pela defesa, sob o fundamento de que cleptomania não é transtorno mental. Na qualidade de advogado recém constituído por Lindelza, como deve proceder?
RESPOSTA ESPERADA
Por se tratar de decisão com força de definitiva, o advogado manejar o recurso de apelação. Tratando-se de decisão com força de definitiva, da qual não cabe recurso específico, o decisum que indefere incidente de insanidade mental deve ser combatido via recurso de apelação. Porém, interposto Recurso em Sentido Estrito dentro do prazo do apelo e demonstrada a inexistência de má-fé, impõe-se o seu recebimento e processamento como apelação, em observância ao princípio da fungibilidade recursal. INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL - Processamento pleiteado ao argumento de desvio de personalidade com base, exclusivamente, no comportamento inadequado e rebelde do réu dentro do presídio, decorrente da abstinência do uso de substância entorpecente. Inadmissibilidade. Ementa oficial: Ante meras alegações de dúvida quanto à higidez mental do acusado, deve ser mantida decisão que indeferiu processamento de incidente de sanidade mental, mormente quando este é pleiteado ao argumento de desvio de personalidade, com base, exclusivamente, no comportamento inadequado e rebelde do réu dentro do presídio, este decorrente da abstinência do uso de substância entorpecente (TJRO - Câmara Criminal; RSE nº 99.001344-8; Rel. Des. Antônio Cândido; j. 19.08.1999; v.u.) RT 770/669.TEMA 05
Aula I: Semi – imputabilidade
Pode ser considerado semi-imputável:
FUNDAMENTAÇÃO: Isto porque, o indígena aculturado e o surdo-mudo capacitado são sujeitos imputáveis, sendo o doente penal e o adolescente de 16 anos são sujeitos inimputáveis.
· surdo-mudo capacitado.
· indígena aculturado.
· silvícola não civilizado.
· adolescente de 16 anos.
· doente mental
Sujeito que está sendo processado por ter estuprado sua namorada, pode ser reconhecido como semi-imputável em razão de ser surdo?
RESPOSTA ESPERADA
Obviamente não, pois o fato do sujeito surdo namorar, implica na possiblidade de poder se comunicar, inclusive com sua parceira. De tal forma, não há como se sustentar a semi-imputabilidade nesse caso, reforçando que a deficiência meramente auditiva, não faz do sujeito um enfermo mental.
Aula II: Inimputablidade e Consequências
Sujeito semi-imputável condenado por homicídio culposo, cuja periculosidade seja considerada elevada, de acordo com conclusão final contida em exame de insanidade mental, poderá ter a pena convertida em internação?
RESPOSTA ESPERADA
Sim, pois de acordo com o art. 97 do CP, sendo o crime punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. Neste caso, desde que recomendável pela alta periculosidade, o magistrado poderá fixar a internação ou invés do tratamento ambulatorial.
Acerca da periculosidade pode-se dizer:
FUNDAMENTAÇÃO: Isto porque para os demais casos será sempre presumida.
· Nenhuma alternativa está correta.
· é real apenas nos casos de semi-imputabilidade.
· é determinante para a absolvição imprópria.
· é sempre presumida quando culminar em internação.
· embora presumida, em caso de sujeito semi-imputável, permite a imposição de tratamento ambulatorial.
Aula III: Inexigibilidade e Coação Moral
São requisitos para o reconhecimento da coação moral irresistível, exceto:
FUNDAMENTAÇÃO: Visto voltar-se contra ameaça e não agressão.
· séria intimidação.
· presença, preferencialmente, de três partes.
· injusta agressão.
· Todas as alternativas estão corretas.
· inevitabilidade do perigo.
Alaor foi denunciado como incurso no art. 12 da Lei nº. 10.826/03, pois, sob a ordem de seu patrão, matinha irregularmente uma espingarda no interior da fazenda onde residia e trabalha como caseiro. Durante o inquérito policial, Alaor prestou depoimento informando que, em vista de diversas invasões anteriores, perpetradas por integrantes do grupo denominado “Sem Terra”, o proprietário da fazenda determinou que o depoente mantivesse a referida arma, deixada ali pelo antigo caseiro, já falecido, sob pena de ser demitido. Considerando que Alaor foi citado na data de ontem, como deve proceder o advogado?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado deve apresentar defesa preliminar e requerer a absolvição sumária, com fulcro no art. 386, VI do CPP, visto que, nas atuais condições, Alaor não teria outras alternativas para manter sua subsistência, exceto respeitar as ordens de seu patrão, em vista das dificuldades em encontrar outro emprego.
Aula IV: Obediência Hierárquica
São requisitos para o reconhecimento da obediência hierárquica, exceto:
FUNDAMENTAÇÃO: Trata-se de requisito da coação moral e não da obediência.
· nenhuma alternativa está correta.
· autoridade competente.
· agir exatamente dentro dos limites estabelecidos pela ordem.
· presença, preferencialmente, de três partes.
· séria intimidação.
Em que se distinguem a obediência hierárquica e o estrito cumprimento do dever legal?
RESPOSTA ESPERADA
Pois, enquanto na obediência hierárquica a ordem é ilegal e dirigida diretamente a um servidor específico, no estrito cumprimento do dever legal a ordem é legal e dirigida de forma geral àqueles que ocupem determinado cargo ou desempenhem determinada função (não um, mas todos os servidores).
TEMA 06
Aula I: Erro de Tipo I
Sobre o erro de tipo pode-se afirmar que:
Fundamentação: o erro de tipo escusável ou inevitável afasta ambos os elementos subjetivos do tipo, não havendo censura contra a conduta do agente.
· N.D.A
· o inescusável afasta a punição por dolo e culpa;
· o escusável afasta apenas a punição por dolo;
· o escusável afasta a punição por dolo e culpa;
· o inescusável afasta apenas a punição por culpa;
Gilberto está sendo processado como incurso no art. 217-A do Código Penal por ter mantido relação sexual com Giovana, pessoa de 13 anos de idade.
Segundo consta da denúncia, Gilberto e Giovana se conheceram em um estabelecimento noturno, tendo Giovana cobrado a quantia de R$ 100,00 pelo programa sexual.
No decorrer da instrução probatória algumas testemunhas apontaram que Giovana tinha o costume de se apresentar como tendo 16 anos de idade, posto possuir o corpo já bastante desenvolvido.
Na qualidade de advogado de Gilberto, o que pode ser alegado em favor de seu cliente?
RESPOSTA ESPERADA
Deve ser alegado erro de tipo, posto que Gilberto não tinha consciência da verdadeira idade de Giovana.
Portanto, não havia dolo de se relacionar sexualmente com pessoa menor de 13 anos.
Importante destacar inexistir a forma culposa do tipo de estupro de vulnerável, sendo caso de absolvição de Gilberto.
Aula II: Erro de Tipo II
Roberto encontra-se na rodoviária de sua cidade aguardando para embarcar em um ônibus para a capital do estado. Nesta ocasião é abordado por José, o qual relata que sua mãe, de avançada idade, reside na capital e necessita de remédios. Portanto, José pede a Roberto que leve os remédios em sua bagagem e os entregue, na rodoviária da capital, ao irmão de José.
Roberto atende à solicitação, porém, na estrada, o ônibus é parado e revistado pela Polícia Rodoviária, apurando-se que na caixa de remédios existia, em verdade, porções de cocaína.
Qual tese pode ser apresentada em favor de Roberto?
RESPOSTA ESPERADA
A tese a ser apresentada em favor de Roberto é a ocorrência de erro determinado por terceiro, nos termos do art. 20, § 2, do CP.
Ainda, deve-se destacar que o tráfico não admite a forma culposa, razão pela qual, seja o erro escusável ou inescusável, Roberto deve ser absolvido.
No erro sobre a pessoa:
Fundamentação: conforme expressa previsão do art. 20, § 3º, do CP.
· o agente responde culposamente pelas características da vítima efetivamente atingida;
· o agente responde como se houvesse atingido quem pretendia;
· o agente responde culposamente como se houvesse atingido quem pretendia;
· o agente responde pelas características da vítima efetivamente atingida;
· N.D.A

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