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PROVA INTEIRA DE ENSINO E AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA

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PROVA INTEIRA DE ENSINO E AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA - UNAR
1. Protesto tímido
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé. Feliz da minha vida, e faltavam dez minutos para meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi, junto a parede da esquina, algo que me pareceu uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era um menino.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo mesmo, traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abandonado.
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de suco de frutas, vários casais de jovens tomavam suco de frutas, alguns mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da rádiopatrulha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém tomava conhecimento da existência do menino.
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acordasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
"A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
Murmuraste um protesto tímido"
Então vim para casa, os versos do poeta se repetindo na minha cabeça. Não sou poeta e minha prosaica competência se limita a este retângulo impresso, onde me cabe escrever amenidades sobre a vida de todo dia, para distrair o leitor. E convenhamos que não é nada ameno como assunto um menor abandonado que me pareceu a poucos passos um simples monte de lixo. Remover esse lixo? Pagar a taxa da Comlurb? Ou seria melhor incinerar? Dizem os entendidos que o problema é de ordem econômica, ou seja, mais de ordem técnica que de ordem moral. Precisamos enriquecer o país, produzir, economizar divisas, combater a inflação, pechinchar. O Brasil é feito por nós. Com isso, Todos os problemas se resolverão, inclusive o do menor abandonado.
Vinte e cinco Milhões de menores - um dado abstrato, que a imaginação não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem onde dormir: isto é um menor abandonado - hoje em dia designado eufemisticamente menino de rua. Para entender, só mesmo imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito, dez anos de idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas estamos em pleno século 20, vivendo a era do progresso para o Brasil, conquistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor abandonado não chateie, isso é problema para o juizado de menores. Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte.
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua, exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi com um monte de lixo. Fernando Sabino
O diálogo intertextual com o poema Consolo na Praia de Carlos Drummond de Andrade "A injustiça não se resolve/À sombra do mundo errado(...)”, atribui ao discurso de Fernando Sabino:
Escolha uma:
a. a postura crítica em relação aos dados numéricos sobre a miséria no Brasil, visto que a poesia é subjetiva e os numerais são impregnados de objetividade.
b. uma discordância com a visão que Sabino faz prevalecer em sua crônica.
c. a elevação do gênero crônica em relação à poesia, no que diz respeito à capacidade de elaborar um discurso social.
d. uma confirmação de que, isoladamente, pouco se pode fazer para eliminar as injustiças sociais. CorretoMuito bem...!!!
e. a ratificação de que o título do texto é irônico, já que tanto a poesia quanto a crônica têm a capacidade de acabar com as mazelas sociais.
2. Em relação aos menores abandonados, o discurso de Sabino caracteriza a sociedade como:
Escolha uma:
a. sensível.
b. engajada.
c. compreensiva.
d. solidária.
e. indiferente. CorretoMuito bem...!!!
3. DEBAIXO DA PONTE
 
            “Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás, porque luz e gás  não consumiam. Não reclamavam contra falta d’água, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar comodidades internas da ponte.
            À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispões de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. o que morava não se sabe onde vinha visitar os de baixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
            Nem todos os dias se pega uma posta de carne. Não basta procurá-la; é preciso que ela exista, o que costuma acontecer dentro de certas limitações de espaço e de lei. Aquela  vinha até eles, debaixo da ponte, e não estavam sonhando, sentiam a presença física da ponte, o amigo rindo diante deles, a posta bem pegável, comível. Fora encontrada no vazadouro, supermercado para quem sabe frequentá-lo, e aqueles três o sabiam, de longa e olfativa ciência.
            Comê-la crua ou sem tempero não teria o mesmo gosto. Um debaixo da ponte saiu à caça de sal. E havia sal jogado num canto da rua, dentro da lata. Também o sal existe  sob determinadas regras, mas pode tornar-se acessível conforme as circunstâncias. E a lata foi trazida para debaixo da ponte.
            Debaixo da ponte os três prepararam comida. Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação diária, cada um saboreava duas vezes: a carne e a sensação de raridade da carne. E iriam aproveitar o resto do dia dormindo (pois não havia coisa melhor, depois de um prazer, do que o prazer complementar  do esquecimento, quando começaram a sentir dores).
            Dores que foram aumentando, mas podiam ser atribuídas ao espanto de alguma parte do organismo de cada um, vendo-se alimentado sem que lhe houvesse chegado notícia prévia de alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no hospital. Dizem uns que morreram da carne, dizem outros que do sal, pois era soda cáustica. Há duas vagas debaixo da ponte.
(Carlos Drummond  de A bolsa e a vida)
Assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. em “à tarde surgiu (...)” emerge a narratividade no texto que se alicerçava na descrição e na dissertação. 
Muito bem...!!!
b. o discurso do narrador ressalta a inadaptação do ser humano às condições adversas.
c. a descrição inexiste, cedendo espaço para a narração, visto que se trata de uma crônica.
d. o texto é exclusivamente dissertativo, já que nele Drummond argumenta sobre a miséria humana.
e. como é típico da narração, o texto se estrutura todo no pretérito imperfeito do indicativo.
4. No discurso do narrador é possível perceber:
Escolha uma:
a. a objetividade jornalística, típica das crônicas.
b. o sentimentalismoexacerbado, devido ao intuito poético do autor.
c. trechos marcados pela ironia. 
Muito bem...!!!
d. a indiferença em relação à problemática social.
e. o hermetismo da linguagem.
“Nada dá tanta ideia de constância do caráter como a firmeza do caminhar” (Eça de Queirós),
 
5. Sobre esse trecho podemos afirmar que:
 
I -  a forma de caminhar é vista como uma expressão concreta de um aspecto abstrato (o caráter)
 
II -  trata-se de um texto figurativo, visto que a firmeza pode ser entendido como uma figura relacionada ao tema da constância do caráter
 
III -  um conceito abstrato pode ser expresso por um ato concreto
 
É (são) correto (s):
Escolha uma:
a. apenas I
b. I, II e III
Muito bem...!!!
c. apenas II
d. apenas I e III
e. apenas III
6. Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas,  pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.
(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)
Assinale a alternativa correta sobre o texto acima:
Escolha uma:
a. através do recurso da descrição, o narrador busca elaborar um discurso que sensibilize seu interlocutor quanto aos aspectos cruéis e negativos da guerra.
b. trata-se de um texto exclusivamente narrativo e figurativo, contendo um discurso favorável à guerra.
c. o texto é exclusivamente dissertativo e temático, contendo um discurso favorável à guerra.
d. a fim de elaborar um discurso contrário à guerra, o narrador se limita a criar um texto figurativo, por meio de palavras concretas como “campo”, “batatas”, “tribos”, etc.
e. o texto, inicialmente temático e posteriormente figurativo, funde dissertação e narração com o objetivo de criar um discurso favorável à guerra. 
Muito bem...!!!
7. Cidadezinha Qualquer.
 
                Casas entre bananeiras
                Mulheres entre laranjeiras
                pomar, amor, cantar
 
                Um homem vai devagar
                Um cachorro vai devagar
                Um burro vai devagar
 
                Devagar... as janelas olham
 
                Eta vida besta,  meu  Deus.
                 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
Atente para as seguintes afirmações sobre o texto:
 
I – a restrição ao presente do indicativo elimina a progressão temporal, focaliza estados e não transformações, o que resulta num texto predominantemente descritivo.
 
II – verifica-se no texto um discurso contrário à agitação dos grandes centros e favorável à paz do campo.
 
III – não se verifica no texto a marca da enunciação.
 
Está correto o que se afirma:
Escolha uma:
a. em I e II.
b. apenas em I. 
Muito bem...!!!
c. em I, II e III.
d. apenas em II.
e. apenas em III.
8. Assinale a alternativa que apresenta um trecho caracterizador do modo de organização discursiva próprio da dissertação:
Escolha uma:
a. “um homem vai devagar”.
b. “devagar... as janelas olham”.
c. “eta vida besta, meu Deus”
Muito bem...!!!
d. “casas entre bananeiras”.
e. “pomar, amor, cantar”.
9. 
Texto A - (...) estremeci, ao perceber, pelas pisadinhas leves, um cachorro atrás de mim.(...) Era um cão notívago, alma boêmia como tantos homens, cão sem teto que despertara numa soleira de porta e sentira fome. Com certeza, saindo em busca de latas de lixo e comida ao relento. (Orígenes Lessa – Madrugada)
 
Texto B:
Assinale a alternativa correta sobre os textos:
Escolha uma:
a. o texto B funde as linguagens verbal e não verbal a fim de imprimir subjetividade e comover o receptor da mensagem.
b. o texto B recorre à descrição objetiva, a fim de atingir o seu principal objetivo: encontrar um animal perdido. 
Muito bem...!!!
c. em ambos os textos o animal é humanizado, embora, no  texto B, esse processo seja mais evidente.
d. o texto A é uma descrição, já o texto B não é uma descrição e sim uma definição.
e. o texto A traz uma descrição subjetiva, embora evite a linguagem figurada para obter a subjetividade.
10. Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo todas as outras qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias.                                                                                                                               
                                                          (Texto em uma embalagem de leite em pó)
 
Atente para as seguintes afirmações sobre o texto acima:
 
I - é possível inferir do texto que a gordura também é uma qualidade nutricional.
 
II - ao eliminar qualquer vestígio de argumentação, o texto se limita a uma descrição subjetiva, que ressalta as boas qualidades do produto.
 
III – no texto se verifica uma descrição objetiva já que se trata de um texto publicitário.
Está correto o que se afirma:
Escolha uma:
a. apenas em I;
Muito bem...!!!
b. apenas em III;
c. apenas em II;
d. em I e II;
e. em II e III.
11. 
O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
 
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
A medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
 
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita,
 
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua! (Jorge de Lima)
Assinale a alternativa correta sobre o texto:
Escolha uma:
a. trata-se de um texto figurativo, que se limita a uma dissertação, cuja conclusão universaliza o tema, como se verifica em “tanta gente nos outros insinua”;
b. o texto é temático, pois aborda o tema da essência versus a aparência.
c. o texto é predominantemente temático, devido à presença de substantivos abstratos: “crenças, religiões, amor, felicidade”;
d. trata-se de um texto figurativo e narrativo, pois nele predominam substantivos concretos e elementos indicadores de progressão temporal; 
Muito bem...!!!
e. nesse texto figurativo, o eu lírico se mantém neutro diante do que narra.
12. O texto só não apresenta a seguinte oposição:
Escolha uma:
a. essência x aparência;
b. visão x olfato. 
Muito bem...!!!
c. ter x não ter;
d. modernidade x precariedade;
e. luz x escuridão;
13. Relâmpago
A onça pintada saltou tronco acima que nem um relâmpago
de rabo comprido e cabeça amarela:
Zás!
Mas uma flecha ainda mais rápida que o relâmpago fez
rolar ali mesmo
Aquele matinal gatão elétrico e bigodudo
Que ficou estendido no chão feito um fruto de cor
que tivesse caído de uma árvore! (Cassiano Ricardo)
Atente para as seguintes afirmações sobre o texto:
I – Os três primeiros versos constituem a introdução da narrativa.
II – A conjunção adversativa “mas” introduz a complicação, o que, logo em seguida desencadeia o clímax, já que outro elemento se torna mais rápido que o relâmpago.
III – O desfecho retoma a introdução, oque, além de justificar o título, sugere a superioridade da natureza em relação ao homem.
Está correto o que se afirma:
Escolha uma:
a. em I, II e III.
b. apenas em II e III;
c. apenas em I e II;
Muito bem...!!!
d. apenas em II;
e. apenas em I;
14. 
Havia numa certa cidadezinha do interior, um excelente carpinteiro, chamado velho Juvenal. Sua oficina era um brinco, sempre muito limpa e organizada, tudo nos seus devidos lugares.
Mas a mania do velho Juvenal era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. Por exemplo, o martelo chamava-se toc-toc, o formão rompe madeira, o serrote vaivém.
Quando alguém do lugar precisava de uma ferramenta de carpinteiro, corria logo a oficina do velho Juvenal, a pedir-lhe de empréstimo.
Mas tantas lhe fizeram, demorando a lhe devolver ou ficando com a ferramenta de uma vez por todas, que o velho Juvenal resolveu parar com os empréstimos.
Certo dia, um menino foi à oficina, a mando de seu pai, e disse ao velho:
— Papai manda-lhe lembranças e pede emprestado o vaivém.
Mestre carpinteiro Juvenal fechou a cara e respondeu:
— Menino, volta e diz a teu pai que se vaivém fosse e viesse, vaivém ia; mas como vaivém vai e não vem; vaivém não vai.
(Lindolfo Gomes - Contos Populares Brasileiros)
Atente para as seguintes afirmações sobre o texto:
I – Os três primeiros parágrafos constituem a introdução da narrativa.
II – A conjunção adversativa “mas”, no quarto parágrafo, introduz a complicação, o que, logo em seguida desencadeia o clímax, no momento em que o menino chega para tomar emprestado o serrote.
III – O desfecho retoma a introdução, visto que, ao emprestar o serrote, o carpinteiro se refere à ferramenta com a denominação a ela atribuída.
Está correto o que se afirma:
Escolha uma:
a. em I, II e III.
b. apenas em I;
c. apenas em II e III;
d. apenas em II;
e. apenas em I e II;
Muito bem...!!!
15. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
 
Passeio Noturno
Cheguei em casa carregando a pasta cheia de papéis, relatórios, estudos, pesquisas, propostas, contratos. Minha mulher, jogando paciência na cama, um copo de uísque na mesa de cabeceira, disse, sem tirar os olhos das cartas, você está com um ar cansado. Os sons da casa: minha filha no quarto dela treinando impostação de voz, a música quadrifônica do quarto do meu filho. Você não vai largar essa mala?, perguntou minha mulher, tira essa roupa, bebe um uisquinho, você precisa aprender a relaxar.
Fui para a biblioteca, o lugar da casa onde gostava de ficar isolado e como sempre não fiz nada. Abri o volume de pesquisas sobre a mesa, não via as letras e números, eu esperava apenas. Você não para de trabalhar, aposto que os teus sócios não trabalham nem a metade e ganham a mesma coisa, entrou a minha mulher na sala com o copo na mão, já posso mandar servir o jantar?
A copeira servia à francesa, meus filhos tinham crescido, eu e a minha mulher estávamos gordos. É aquele vinho que você gosta, ela estalou a língua com prazer. Meu filho me pediu dinheiro quando estávamos no cafezinho, minha filha me pediu dinheiro na hora do licor. Minha mulher nada pediu, nós tínhamos conta bancária conjunta.Vamos dar uma volta de carro? convidei. Eu sabia que ela não ia, era hora da novela. Não sei que graça você acha em passear de carro todas as noites, também aquele carro custou uma fortuna, tem que ser usado, eu é que cada vez me apego menos aos bens materiais, minha mulher respondeu.
Os carros dos meninos bloqueavam a porta da garagem, impedindo que eu tirasse o meu. Tirei os carros dos dois, botei na rua, tirei o meu, botei na rua, coloquei os dois carros novamente na garagem, fechei a porta, essas manobras todas me deixaram levemente irritado, mas ao ver os para-choques salientes do meu carro, o reforço especial duplo de aço cromado, senti o coração bater apressado de euforia. Enfiei a chave na ignição, era um motor poderoso que gerava a sua força em silêncio, escondido no capô aerodinâmico. Saí, como sempre sem saber para onde ir, tinha que ser uma rua deserta, nesta cidade que tem mais gente do que moscas. Na avenida Brasil, ali não podia ser, muito movimento. Cheguei numa rua mal iluminada, cheia de árvores escuras, o lugar ideal. Homem ou mulher? Realmente não fazia grande diferença, mas não aparecia ninguém em condições, comecei a ficar tenso, isso sempre acontecia, eu até gostava, o alívio era maior. Então vi a mulher, podia ser ela, ainda que mulher fosse menos emocionante, por ser mais fácil. Ela caminhava apressadamente, carregando um embrulho de papel ordinário, coisas de padaria ou de quitanda, estava de saia e blusa, andava depressa, havia árvores na calçada, de vinte em vinte metros, um interessante problema a exigir uma grande dose de perícia. Apaguei as luzes do carro e acelerei. Ela só percebeu que eu ia para cima dela quando ouviu o som da borracha dos pneus batendo no meio-fio. Peguei a mulher acima dos joelhos, bem no meio das duas pernas, um pouco mais sobre a esquerda, um golpe perfeito, ouvi o barulho do impacto partindo os dois ossões, dei uma guinada rápida para a esquerda, passei como um foguete rente a uma das árvores e deslizei com os pneus cantando, de volta para o asfalto. Motor bom, o meu, ia de zero a cem quilômetros em nove segundos. Ainda deu para ver que o corpo todo desengonçado da mulher havia ido parar, colorido de sangue, em cima de um muro, desses baixinhos de casa de subúrbio.
Examinei o carro na garagem. Corri orgulhosamente a mão de leve pelos pára-lamas, os pára-choques sem marca. Poucas pessoas, no mundo inteiro, igualavam a minha habilidade no uso daquelas máquinas.
A família estava vendo televisão. Deu a sua voltinha, agora está mais calmo?, perguntou minha mulher, deitada no sofá, olhando fixamente o vídeo. Vou dormir, boa noite para todos, respondi, amanhã vou ter um dia terrível na companhia. Rubem Fonseca
 
Assinale a alternativa correta sobre o texto:
Escolha uma:
a. a ociosidade leva o protagonista a buscar uma perigosa aventura em seu passeio noturno.
b. ocorre no texto o tempo psicológico, já que se trata de uma narrativa psicológica.
c. o ponto de vista do narrador configura a focalização total.
d. há dois espaços determinantes na narrativa: um interno, que se mostra sufocante e outro externo que se revela como uma forma de extravasamento. 
Muito bem...!!!
e. ao contrário do protagonista, a esposa é totalmente alheia aos bens materiais.
16. 
A) “Bastava a mínima critica, para se perder o emprego, a liberdade (...) Em nome do Marechal Floriano, qualquer oficial, ou mesmo cidadão, sem função pública alguma, prendia e ai de quem caía na prisão, lá ficava esquecido, sofrendo angustiosos suplícios de uma imaginação dominicana.(...) Era um terror, um terror baço, sem coragem, sangrento, às ocultas, sem grandeza, sem desculpa, sem razão e sem responsabilidades... (...) 
    (Policarpo) Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada.(...) Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo.(...)  Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!”(Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto )
              
B) “   A réstia descia a parede, viajava em cima da cama, saltava no tijolo – e era por aí que se via que o tempo passava. Mas no tempo não havia horas (...)  Virava-me para o espelho. Por trás das letras brancas, rostos medonhos arreganhavam os dentes e piscavam os olhos.(...) A cadeira mexia-se. Afastava-me com medo da cadeira.(...)” (Angústia – Graciliano Ramos)
 
   O escritor Lima Barreto para criticar o governo militar de Floriano Peixoto, criou a personagem Policarpo Quaresma, um nacionalista fanático e ingênuo, condenado à morte pelo seu próprio ídolo, Floriano Peixoto.
   Na obra Angústia, o narrador-personagem protagonista Luís Silva, apaixonado por Marina, diz que, depois de ter assassinado Julião Tavares poreste ter engravidado e abandonado a moça, recolhe-se em seu quarto e entra numa crise de consciência enlouquecedora. Este é o final da obra, no início ele diz estar se recompondo e põe a narrar tudo que o levou à atitude extrema.
  
Com base nos textos e no enunciado, assinale a alternativa incorreta:
Escolha uma:
a. o narrador, na obra de Lima Barreto, se revela intruso e bastante parcial;
b. na obra de Lima Barreto, verifica-se um narrador em 3ª pessoa onisciente;
c. em Angústia, no trecho “mas no tempo não havia horas”, sugere-se a presença do tempo psicológico;
d. na narrativa de Lima Barreto, vem à tona o monólogo interior.
e. em Angústia, o foco narrativo em 3ª pessoa e a condição da personagem podem sugerir que Luís da Silva de fato tenha cometido um assassinato;
Muito bem...!!!
17. 
“Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos de extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, porque só ela cativa o entendimento para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa justiça e providência! Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem com os nossos? Não respiram o mesmo ar? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina tão triste, tão inimiga, tão cruel? (...)
  Não há escravo no Brasil, e mais quando vejo os mais miseráveis, que não seja matéria para mim de profunda meditação. Comparo o presente com o futuro, o tempo com a Eternidade, o que vejo, com o que creio, e não posso entender, que Deus que criou estes homens tanto à sua imagem e semelhança, como os demais, os predestinasse para dois infernos, um nesta, vida, outro na outra.(...)
   De maneira, irmãos pretos, que o cativeiro que padeceis, por mais duro e áspero que seja ou vos pareça, não é cativeiro total ou de tudo que sois, senão meio cativeiro. Sois cativos naquela metade exterior e mais vil de vós mesmos, que é o corpo; porém na outra metade interior e nobilíssima, que é a alma, principalmente no que a ela pertence, não sois cativos, mas livres.(...)”
              (Sermão Vigésimo-Quarto – Padre Antônio Vieira, sermão pregado aos negros)
Obs:galas=luxos;soberba=arrogância;tirania=autoritarismo;prostrados= rebaixados,vilíssimas=maldosas;cativos=escravos;cativeiro=escravidão
Assinale a alternativa correta sobre o sermão acima:
Escolha uma:
a. verifica-se que Vieira, em sua argumentação, toma como único interlocutor o público negro;
b. Comparando os dois últimos parágrafos, pode-se afirmar que, para Vieira, a condição racial impede o negro de ganhar o céu;
c. Vieira, neste sermão, mostra-se distante das questões sociais de seu tempo.
d.
a afirmação “não sois cativos, mas livres” justifica-se pela argumentação de que a alma não pode ser escravizada;
Muito bem...!!!
e. a abundante presença de antíteses “senhores” x “escravos”; “poucos” x “muitos”, etc, faz com que este sermão, em particular, seja predominantemente descritivo;
18. 
Desafio aos Educadores
Um famoso filósofo alemão do século passado, Frederico Nietzsche, tece uma crítica radical à civilização ocidental, dizendo que ela educa os homens para desenvolverem apenas o instinto da tartaruga. O que quer dizer isso? A tartaruga é o animal que, diante do perigo, da surpresa, recolhe a cabeça para dentro de sua casca. Anula, assim, todos os seus sentidos e esconde, também na casca, os membros tentando proteger-se contra o desconhecido. Este é o instinto da tartaruga: defender-se, fechar-se ao mundo, recolher-se para dentro de si mesma e, em conseqüência, nada ver, nada sentir, nada ouvir, nada ameaçar.
Formar boas tartarugas parece ser o objetivo dos processos educacionais e políticos da educação, desenvolvidos no mundo ocidental, nos últimos anos. Temos educado os homens para aprenderem a se defender contra todas as ameaças externas, sendo apenas reativos.
Ensinamos o espírito da covardia e do medo. Precisamos assumir o desafio de educar o homem para desenvolver o instinto da águia. A águia é o animal que voa acima das montanhas, que desenvolve os seus sentidos e habilidades, que aguça ouvidos, olhos e competência para ultrapassar os perigos, alçando vôo acima deles. É capaz, também de afiar as suas garras para atacar o inimigo, no momento que julgar mais oportuno.
As nossas escolas têm procurado fazer com que nossas crianças se recolham para dentro de si e percam a agressividade – o instinto próprio do homem corajoso, capaz de vencer o perigo que se lhe apresenta.
Temos criado, neste país, uma geração-tartaruga, uma geração medrosa, recolhida para dentro de si a fim de que percam a agressividade – o instinto próprio do homem corajoso, capaz de vencer o perigo que se lhe apresenta. E estamos todos impregnados por esse espírito da tartaruga. Não temos coragem para contestar nossos dirigentes, para nos opor às suas propostas e criar soluções alternativas. Agimos apenas de maneira reativa, covarde.
Temos ensinado às nossas crianças que os nossos instintos são pecaminosos. A parte mais rica do indivíduo, que é a sensibilidade – sua capacidade de amar e de odiar, sua capacidade de se relacionar de maneira erótica com o mundo – tem sido desprezada. Temos ensinado o homem a ser obediente, servil, pacífico, incompetente e depositar todas as suas esperanças num poder maior ou no fim das tempestades.
Quando ensinaremos aos nossos que eles não precisam se esconder diante das ameaças, porque todos nós temos a capacidade de alçar vôos às alturas, ultrapassando as nuvens carregadas de tempestade e perigo? Temos ensinado às nossas crianças a se arrastar como vermes, e porque se arrastam como vermes, elas se tornam incapazes de reclamar se lhes pisam na cabeça.
O que desejamos, afinal, desenvolver em nós mesmos e nos jovens? O instinto da tartaruga ou o espírito da águia?
 
Atente para as seguintes afirmações:
 
I – o texto exemplifica uma dissertação argumentativa, em cujo desenvolvimento o enunciador defende uma ideia conservadora acerca da educação.
 
II – o texto exemplifica uma dissertação conceitual, cujo acordo é a exposição de uma educação caracterizada pela tartaruga e o desacordo a caracteriza como águia.
 
III – trata-se de um texto narrativo, pois se fundamenta nas figuras tartaruga x águia.
 
Está correto o que se afirma em:
Escolha uma:
a. em I e III;
b. I e II;
c. apenas em II.
Muito bem...!!!
d. em II e III;
e. apenas em I;
19. 
Leia abaixo uma redação nota 1000 do ENEM 2017
 
No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população. Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental. Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento econômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.
Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação. Isso por ser explicado segundo o sociólogo Talcott Parsons, o qual diz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas,o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos. Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.
Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado. Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues -, como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.
Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundidos socialmente. Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando o Tabu”. Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico de Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira.  - Marcus Vinícius Monteiro de Oliveira
O vestibulando elaborou um (a):
Escolha uma:
a. dissertação argumentativa;
b. misto de dissertação e narração.
c. narração;
d. descrição;
e. dissertação conceitual.
Muito bem...!!!
20. Assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. o texto é uma dissertação conceitual, contendo acordo, desacordo, reciprocidade e generalização, além de apresentar ótima coesão, coerência e correção. 
Muito bem...!!!
b. trata-se de um texto descritivo e temático, pois nele predominam substantivos abstratos;
c. a progressão temporal – Segundo Reinado e contemporaneidade – vem seguida de uma dissertação argumentativa, contendo introdução, desenvolvimento e conclusão;
d. o texto produzido é uma narração, visto que se alicerça na  progressão temporal: Segundo Reinado e contemporaneidade;
e. a progressão temporal – Segundo Reinado e contemporaneidade – vem seguida de uma dissertação conceitual, contendo introdução, desenvolvimento e conclusão;

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