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3A FASE MÓD 2 - PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO SP 5 A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE

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MÓDULO I PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO
SITUAÇÃO PROBLEMA 5 – A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
1 - Reconhecer as funções das áreas encefálicas relacionadas ao comportamento emocional e funções vegetativas e superiores do SNC.
FERNANDES, Juliana José; DE ASSIS, Marjorie Bauchiglioni; SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo. Neurobiologia das emoções.
Áreas relacionadas com os processos emocionais ocupam territórios bastante grandes do encéfalo, destacando-se entre elas o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. A maioria dessas áreas está relacionada também com a motivação, em especial com os processos motivacionais primários, ou seja, aqueles estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tais como fome, sede e sexo. Por outro lado, as áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autônomo.
TRONCO ENCEFÁLICO - Estão localizados vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos, além de centros viscerais como o centro respiratório e o vasomotor. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, resultando nas diversas manifestações que acompanham a emoção, tais como o choro, as alterações fisionômicas, a sudorese, a salivação, o aumento do ritmo cardíaco, etc. Além disto, as diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico vão ativar os neurônios medulares, permitindo aquelas manifestações periféricas dos fenômenos emocionais que se fazem por nervos espinhais ou pelos sistemas simpático e parassimpático sacral. O papel do tronco encefálico é principalmente efetuador, agindo basicamente na expressão das emoções.
         Contudo, existem dados que sugerem que a substância cinzenta central do mesencéfalo e a formação reticular podem ter, também, um papel regulador de certas formas de comportamento agressivo.
No tronco encefálico origina-se a maioria das fibras nervosas monoaminérgicas do SNC, destacando-se aquelas que constituem as vias serotoninérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas. Estas vias projetam-se para o diencéfalo e telencéfalo e, deste modo, exercem ação moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos existentes nas principais áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional. É especialmente importante a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta especificamente para áreas altamente relevantes à regulação dos fenômenos emocionais, como o sistema límbico e a área pré-frontal. Em síntese, embora os centros encefálicos mais importantes para a regulação das emoções não estejam no tronco encefálico, estes centros sofrem influência de neurônios nele localizados, através das vias monoaminérgicas que aí se originam.
HIPOTÁLAMO - Estimulações elétricas ou lesões do hipotálamo em animais não anestesiados determinam respostas emocionais complexas, como raiva e medo, ou, conforme a área, placidez. 
O sistema límbico, através de inúmeras conexões, exerce uma ação inibidora sobre o hipotálamo posterior que, quando liberado, funciona como agente de expressão das manifestações viscerais e somáticas que caracterizam a raiva. Ao que parece, o hipotálamo tem um papel preponderante como coordenador das manifestações periféricas das emoções. A estimulação de certas áreas do hipotálamo do homem desperta uma sensação de prazer, o que sugere sua participação também no componente central, subjetivo, da emoção.
O hipotálamo exerce um importante papel na coordenação e integração dos processos emocionais.
TÁLAMO - Lesões ou estimulações do núcleo dorsomedial e dos núcleos anteriores do tálamo já foram correlacionadas com alterações da reatividade emocional no homem e em animais. Ao que parece, entretanto, a importância destes núcleos na regulação do comportamento emocional decorre de suas conexões. O núcleo dorsomedial liga-se ao córtex da área pré-frontal ao hipotálamo e ao sistema límbico. Os núcleos anteriores ligam-se ao corpo mamilar e ao córtex do giro do cíngulo, fazendo parte de circuitos do sistema límbico. 
ÁREA PRÉ-FRONTAL - Corresponde à parte não motora do lobo frontal, caracterizando-se como córtex de associação supramodal. Essa área ocupa cerca de 1/4 da superfície do córtex cerebral. Suas conexões são muito complexas. Através dos fascículos de associação do córtex ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, ligando-se ainda ao sistema límbico. 
Está envolvida com as seguintes funções:
a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações se modificam;
b) manutenção da atenção. Vimos que lesões na área pré-frontal causam distração, ou seja, os pacientes têm dificuldade de se concentrar e fixar voluntariamente a atenção. Cabe lembrar que outras áreas cerebrais - a formação reticular inclusive - também estão envolvidas no fenômeno da atenção. Entretanto, os aspectos mais complexos dessa função, como, por exemplo, a capacidade de seguir sequências ordenadas de pensamentos, depende fundamentalmente da área pré-frontal;
c) controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico.
        
        Lobotomia pré-frontal, para tratamento de doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade – caiu em desuso pelo uso de antidepressivos, além de que muitos pacientes perdem a capacidade de decidir sobre os comportamentos mais adequados diante de cada situação, podendo, por exemplo, com a maior naturalidade, urinar, defecar ou masturbar-se em público.
2 - Descrever o sistema límbico, suas estruturas e suas funções. 
FERNANDES, Juliana José; DE ASSIS, Marjorie Bauchiglioni; SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo. Neurobiologia das emoções.
Sistema límbico - Circundando a parte superior do tronco encefálico e do corpo caloso, há um anel de estruturas na margem interna do telencéfalo e no assoalho (parte inferior) do diencéfalo, que constitui o sistema límbico (Fig. 10.12). O sistema límbico desempenha uma função primária em uma série de emoções, incluindo dor, prazer, docilidade, afeto e raiva. Embora o comportamento seja uma função de todo o sistema nervoso, o sistema límbico controla a maioria dos seus aspectos involuntários relacionados à sobrevivência. Exerce uma função essencial no controle do padrão global de comportamento. Juntamente com partes do telencéfalo, também atua na memória; lesão ao sistema límbico provoca comprometimento da memória.
 
Áreas funcionais do córtex cerebral - Os tipos específicos de sinais sensoriais, motores e integradores são processados em determinadas regiões do córtex cerebral. Geralmente, áreas sensoriais recebem informação sensorial e estão envolvidas na percepção, a consciência de uma sensação; áreas motoras iniciam movimentos; e áreas de associação ocupam-se de funções integradoras mais complexas, como memória, emoções, raciocínio, vontade, julgamento, traços de personalidade e inteligência.
COMPONENTES DO SISTEMA LÍMBICO - Não há completo acordo entre os autores quanto às estruturas que deveriam fazer parte do sistema límbico. Sem que haja clara concordância entre os autores; de fato, a maioria dos investigadores inclui, no SL, o giro do cíngulo, o giro para-hipocampal, a amígdala, o hipotálamo e a área de septo. Outras estruturas como cerebelo, tálamo, área pré-frontal e hipocampo nem sempre são tidas como pertencentes ao SL, ainda que esses elementos possuam relações diretas com os processos emocionais e as respostas autonômicas.
Amigdala - situada dentro da região antero-inferior do lobo temporal, se interconecta com o hipocampo, os núcleos septais, a área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões garantem seu importante desempenho na mediação e controle das atividades emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e naagressividade. A amigdala é fundamental para a auto-preservação, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Hipocampo - Está particularmente envolvido com os fenômenos de memória, em especial com a formação da chamada memória de longa duração (aquela que persiste, às vezes, para sempre). Quando ambos os hipocampos (D e E) são destruídos, nada mais é gravado na memória. O indivíduo esquece, rapidamente, a mensagem recém recebida. Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.
Tálamo - Lesões ou estimulações do núcleo dorso-medial e dos núcleos anteriores do tálamo estão correlacionadas com alterações da reatividade emocional, no homem e nos animais. No entanto, a importância desses núcleos na regulação do comportamento emocional possivelmente decorre não de uma atividade própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico. O núcleo dorso-medial conecta com as estruturas corticais da área pré-frontal e com o hipotálamo. Os núcleos anteriores ligam-se aos corpos mamilares no hipotálamo ( e, através destes, via fornix, com o hipocampo) e ao giro cingulado, fazendo, assim, parte do circuito de Papez.
Hipotálamo - Esta estrutura tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo (diencéfalo e telencéfalo) e com o mesencéfalo. Lesão dos núcleos hipotalâmicos interferem com diversas funções vegetativas e com alguns dos chamados comportamentos motivados, como regulação térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções.
Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolavel. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e, destes, aos núcleos pré-frontais, aumentando, por um mecanismo de "feed-back" negativo, a ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico. 
Giro Cingulado - Situado na face medial do cérebro, entre o sulco cingulado e o corpo caloso (principal feixe nervoso ligando os dois hemisférios cerebrais). A sua porção frontal coordena odores, e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens, domestica-os totalmente. A simples secção de um feixe desse giro (cingulotomia), interrompendo a comunicação neural do circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes .
Tronco Cerebral - O tronco cerebral é a região responsável pelas "reações emocionais", na verdade, apenas respostas reflexas, de vertebrados inferiores, como os répteis e os anfíbios. As estruturas envolvidas são a formação reticular e o locus cérulus, uma massa concentrada de neurônios secretores de norepinefrina. É importante assinalar que, até mesmo em humanos, essas primitivas estruturas continuam participando, não só dos mecanismos de alerta, vitais para a sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono. Outras estruturas do tronco cerebral, os núcleos dos pares cranianos, estimuladas por impulsos provenientes do cortex e do estriado (uma formação subcortical), respondem pelas alterações fisionômicas dos estados afetivos: expressões de raiva, alegria, tristeza, ternura, etc.
Área tegmental ventral - Na parte mesencefálica (superior) do tronco cerebral existe um grupo compacto de neurônios secretores de dopamina - área tegmental ventral - cujos axônios vão terminar no núcleo accumbens, (via dopaminérgica mesolímbica). A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios desta última região produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao orgasmo. Indivíduos que apresentam, por defeito genético, redução no número de receptores das células neurais dessa área, tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas satisfações comuns da vida e buscam alternativas "prazeirosas" atípicas e nocivas como, por exemplo, alcoolismo, cocainomania, compulsividade por alimentos doces e pelo jogo desenfreado.
Septo - Anteriormente ao tálamo situa-se a área septal, onde estão localizados os centros do orgasmo (quatro para a mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer, mormente aquelas associadas às experiências sexuais.
Área pré-frontal - Compreende toda a região anterior não motora do lobo frontal. Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões bi-direcionais com o tálamo, amigdala e outras estruturas sub-corticais, explicam o importante papel que desempenha na gênese e, especialmente, na expressão dos estados afetivos. Quando o cortex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Em alguns casos, a pessoa, conquanto mantendo intactas a consciência e algumas funções cognitivas, como a linguagem, já não consegue resolver problemas, mesmo os mais elementares. Quando se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais se vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade.
3 - Descreveras integrações do sistema límbico com os sistemas endócrino e neurovegetativo.
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
SOBRINHO, José Brenha Ribeiro. Fisiologia do sistema nervoso neurovegetativo. Acta Fisiátrica, v. 10, n. 3, p. 122-132, 2003.
O sistema nervoso neurovegetativo engloba todos os nervos e centros nervosos que controlam a vida vegetativa, ou seja, as vísceras e as glândulas. Esse sistema participa no controle do organismo e se faz presente em todas e quaisquer funções, proporcionando reações adequadas e coordenadas com o sistema límbico (SL), através de suas intímas conexões com os centros corticais, tanto pré com pós rolândricos, com os núcleos da base, com o diencéfalo e com a formação reticular. Estas conexões são recíprocas, agindo os centros neurovegetativos sobre os centros da vida e vice-versa, atuando reciprocamente. Há também interconexões anatômicas e funcionais do sistema nervoso neurovegetativo com os núcleos do hipotálamo, que controlam o sistema endócrino e com o sistema imunitário.
A localização de centros neurovegetativos no córtex cerebral ainda é incerta, pois praticamente toda estimulação cortical provoca algum tipo de reação neurovegetativa. Isto faz crer que os neurônios corticais envolvidos com a atividade neurovegetativa estejam distribuídos difusamente no córtex havendo inclusive áreas corticais diferentes que, quando estimuladas provocam reação similares. Porém descreve-se a seguir os seguintes centros:
- Centros vasomotores – Na área motora, na porção posterior do 2ª e 3ª giros frontais (Área Pré-Motora) no Lobo Parietal. Todas estas áreas provocam aumento da pressão arterial quando estimuladas. 
- Centros cardíacos – A estimulação do córtex frontal e parietal provoca desaceleração da frequência cardíaca. Também foram observados fenômenos semelhantes na estimulaçãoda porção anterior do córtex frontal com diminuição do ritmo cardíaco.
- Centros respiratórios – Estão situados sobre a convexidade do lobo frontal.
- Centros pupilares – A estimulação da 2ª e 3ª circunvolução frontal provoca midríase.
- Centros salivares – Observados na porção posterior da 2ª e 3ª circunvolução frontal.
- Centros sudorais – Situados na base do lobo frontal anteriores ao quiasma óptico com sudorese generalizada, sem elevação térmica.
As funções vegetativas são: 
- Regulação cardiovascular: A estimulação das regiões posterior e lateral do hipotálamo aumenta a PA e FC, já a estimulação da área pré-óptica causa diminuição da PA e da FC. Os sinais do hipotálamo são transmitidos ao centro cardiovascular da formação reticular no tronco encefálico.
- Regulação da temperatura corpórea: Especialmente a área pré-óptica é responsável por detectar a temperatura do sangue que flui por este local. Se o sangue apresentar-se com temperatura aumentada irá aumentar a atividade dos neurônios sensíveis à temperatura, o que gera estímulo para a aqueda da temperatura como vasodilatação e sudorese. Se o sangue apresentar temperatura baixa, irá diminuir a atividade desses neurônios que gerará mecanismos para aumentar a T, como vasoconstrição.
- Regulação da água corporal: O hipotálamo cria a sensação de sede ou então faz a excreção de água na urina. A sensação de sede é provocada pelo excesso de eletrólitos no sangue que chega ao centro da sede na região lateral do hipotálamo. Já a excreção de água é realizada pelo núcleo supraóptico, que quando os líquidos corporais estão muito concentrados os neurônios irão enviar através de fibras pelo infundíbulo do hipotálamo à hipófise posterior. Essa, então secreta ADH, que lançado na corrente sanguínea irá agir nos tubos coletores dos rins, aumentando a absorção de água, mas deixa passar os eletrólitos, retornando a concentração adequada de água e eletrólitos no sangue.
- Regulação da contralidade uterina e da ejeção do leite pelas mamas: Regulada pelos núcleos paraventriculares. Ao final da gravidez esses núcleos são estimulados e há secreção de ocitocina que realiza a contração uterina. Durante a amamentação o mamilo envia sinais de reflexo a esses núcleos paraventriculares e agora a ocitona irá agir nas células mioepitliais das glândulas mamarias.
- Regulaçao gastrointestinal e da alimentação: A área relacionada à fome é a área hipotalâmica lateral. Já o centro da saciedade está núcleo centromedial. Já os corpos mamilares estão voltados aos reflexos da alimentação, como lamber os lábios e deglutir. Controle hipotalâmico da secreção de hormônios endócrinos pela hipófise anterior: a hipófise anterior recebe seu suprimento sanguíneo que passa 1ª pelo hipotálamo. Assim, vários hormônios inibitórios ou de liberação são secretados nesse sangue pelos diversos núcleos hipotalâmicos. Tais hormônios irão agir nas células glandulares para controlar a liberação de hormônios da hipófise anterior.
Controle hipotalâmico da secreção de hormônios endócrinos pela hipófise anterior – A estimulação de certas áreas do hipotálamo também faz com que a hipófise anterior secrete seus hormônios. Os mecanismos básicos são os seguintes: A hipófise anterior recebe seu suprimento sanguíneo, em sua maior parte, pelo sangue que flui primeiro através da parte inferior do hipotálamo e, então, por meio dos sinusoides da hipófise anterior. À medida que o sangue passa pelo hipotálamo, antes de alcançar a hipófise anterior, hormônios específicos de liberação e inibitórios são secretados no sangue por diversos núcleos hipotalâmicos. Esses hormônios são, então transportados pelo sangue, para a hipófise anterior, onde agem nas células glandulares para controlar a liberação dos hormônios específicos da hipófise anterior.
4 - Caracterizar os mecanismos relacionados à manutenção da atenção.
DE LIMA, Ricardo Franco. Compreendendo os mecanismos atencionais. Ciências & cognição, v. 6, 2005.
Atenção
Uma maneira importante pela qual a percepção se torna consciente é através da atenção que em essência, é a focalização consciente e específica sobre alguns aspectos ou algumas partes da realidade. Assim sendo, nossa consciência pode, voluntariamente ou espontaneamente, privilegiar um determinado conteúdo e determinar a inibição de outros conteúdos vividos simultaneamente. Portanto, reconhece-se a Atenção como um fenômeno de tensão, de esforço, de concentração, de interesse e de focalização da consciência.
Atenção pode sofrer alterações em todos os transtornos mentais e emocionais. Mesmo quando não existam alterações psíquicas tão evidentes, como é o caso da ansiedade simples, a Atenção pode apresentar oscilações. Uma série de fatores intra-psíquicos pode modificar a sua eficácia da Atenção mesmo dentro dos limites da normalidade. Vários estados emocionais podem alterar a capacidade de Atenção, ora alterando sua intensidade, ora alterando sua tenacidade ou sua vigilância. Sob a influência de determinados alimentos, de bebidas alcoólicas e de substâncias farmacológicas, a Atenção também pode experimentar alterações em seu rendimento e em sua eficiência.
A Atenção pode ser entendida como uma atitude psicológica através da qual concentramos a nossa atividade psíquica sobre um estímulo específico, seja este estímulo uma sensação, uma percepção, representação, afeto ou desejo, a fim de elaborar os conceitos e o raciocínio. Portanto, de modo geral a Atenção parece criar a própria consciência. Por conseguinte, o mecanismo biológico é descrito que para a atenção ser processada, essa conta com a atuação de todo o sistema nervoso desde receptores do SNP ao córtex encefálico. Como o SN é um todo dinâmico, cada uma de suas estruturas pode estar relacionada a numerosas funções, é no córtex cerebral que as sensações se tronam conscientes, são processadas e transformadas em percepções, entretanto, não atua sozinho para desempenhar suas atividades recebe a colaboração de todo o restante do SN.
É possível dividir a atenção em 4 tipos, sendo quanto ao tipo de mecanismo e ao nível de controle.
O primeiro tipo de atenção relativo aos mecanismos utilizados pelo indivíduo é a atenção seletiva. Diz respeito a capacidade que o indivíduo tem para dar respostas a questões específicas que exigem toda a focalização e concentração de forma a alcançar certos objetivos. 
2ª tipo: Atenção sustentada – consiste na atenção dada quando uma pessoa precisa se manter consistente sobre os requisitos para realizar determinada atividade por um longo período de tempo.
3ª tipo: Atenção dividida – refere-se a capacidade de uma pessoa para atender a pelo menos dois estímulos simultâneos.
O quarto tipo é a tensão flutuante, quando um indivíduo consegue atender várias situações ao mesmo tempo, sendo por isso um estado artificial de atenção que é cultivado devido a necessidade sentida no momento.
Temos ainda outra classificação que diz respeito a atenção voluntária (AV) e involuntária (AI). A AV envolve a seleção consciente do indivíduo numa determinada ação, estando por isso, diretamente relacionada com as expectativas e motivações. Já a AI diz respeito a que é despertado devido as características peculiares de determinados estímulos, ou seja, acontecem quando ocorrem eventos inesperados no ambiente onde o indivíduo encontra-se inserido. 
ENDÓGENA = VOLUNTÁRIA.
EXÓGENA = INVOLUNTÁRIA.
 
A atenção é uma função crucial que permite a interação eficaz do indivíduo com o seu ambiente, além de subsidiar a organização dos processos mentais. Com a atenção, nós podemos selecionar qual estímulo será analisado em detalhes e qual será levado em consideração para guiar nosso comportamento.
1ª RECEPTORES SENSORIAIS
2ª FORMAÇÃO RETICULAR
3ª FIBRAS ASCENDENTES PARA ESTRUTURAS DIENCEFÁLICAS E CORTICAIS.
5 - Descrever os mecanismos fisiológicos de memória de curto e longo prazo.
DIVIDINO, Renata Queiroz; FAIGLE, Ariadne. Distinções entre memória de curto prazo e memória de longo prazo. Consultado a, v. 8, 2004.
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Halltratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Memória - Sem memória, repetiríamos os erros e seríamos incapazes de aprender. Da mesma forma, não seríamos capazes de repetir os nossos sucessos ou realizações, exceto por acaso. Memória é o processo pelo qual a informação adquirida por meio do aprendizado é armazenada e recuperada. Para que uma experiência se torne parte da memória, deve produzir alterações estruturais e funcionais no encéfalo. As partes do encéfalo conhecidas pelo envolvimento com a memória incluem as áreas de associação dos lobos frontal, parietal, occipital e temporal, partes do sistema límbico e o diencéfalo. Memórias para habilidades motoras, como sacar uma bola de tênis, são armazenadas nos núcleos da base e no cerebelo, assim como no córtex cerebral.
ADENDO - O corpo caloso é importante para a formação das conexões neurais, visto que esse disponibiliza informações armazenadas no córtex de um hemisfério, para as áreas corticais correspondentes do hemisfério oposto. Dessa forma, possibilita a transferência de dados, e assim, a consolidação da memória. Essa é armazenada pela variação da sensibilidade básica da transmissão sináptica.
Uma das teorias que explica a memória de curto prazo é a da facilitação e inibição sináptica. As vias facilitadas são chamadas de traços de memória, no qual, uma vez estabelecidos, podem ser seletivamente ativados por processo mentais para reproduzir a memoria. Sendo que a memória pode ser positiva ou negativa, a primeira gera a sensibilização da memória, uma vez que possui informações com consequências relevantes. Já a segunda, está correlacionada com a inibição da via sináptica e o efeito resultante é a habituação, pois por recebermos muitas informações sensórias, o cérebro deve ser capaz de ignorar informações sem consequências. Então, a memoria em curto prazo é ilustrada pela memória dos 7 – 10 dígitos e dura somente enquanto a pessoa continua a pensar, uma vez que os neurotransmissores liberados na sinapse acarretam inibição ou facilitação que duram apenas alguns segundos.
Já a memória de prazo intermediário é o resultado das alterações temporárias químicas e físicas. Então para compreender os mecanismos fisiológicos dessa memória é necessário comentar sobre sinapse e o envolvimento de um segundo terminal pré-sináptico, denominado de facilitador. Quando o terminal sensorial é estimulado sem a estimulação do facilitador a transmissão inicial de informação é grande e com o passar do tempo vai perdendo a intensidade, efeito resultante da inibição da via sináptica. Nessa situação ocorre a habituação, caracterizada pelo fechamento progressivo de canais de cálcio e por isso perda progressiva da intensidade, pois se sabe que a entrada de cálcio é o estímulo principal para a liberação do neurotransmissor. Portanto, com o fechamento desses canais não existirá estímulo para a liberação de neurotransmissores.
Em contra partida, quando os dois terminais – sensorial e facilitador – são estimulados, a facilitação sináptica da transmissão se tornará cada vez mais forte e permanecerá forte por alguns minutos. Assim as vias facilitadas estabelecem o traço da memória e a consequência é o aumento prolongado da sensibilidade excitatória. Esta facilitação causa a liberação de serotonina, esse hormônio age nos receptores que ativam a enzima Adenil cliclase do lado interno da membrana. Essa por sua vez, causa à formação de monofosfato de adenosina cíclico, e assim, essa ativa a proteína cinase que ocasiona a fosforilação de proteína que bloqueia a condução de potássio. O bloqueio acarreta um potencial de ação bastante prolongado.
Memória em longo prazo – caracterizada por alterações estruturais reais, em vez de somente química na sinapse. As mudanças estruturais durante o desenvolvimento dos traços de memória em longo prazo são as seguintes: aumento dos locais onde as vesículas liberam a substância neurotransmissora; aumento do numero de vesículas transmissoras; aumento do numero de terminais pré-sinápticos; e mudanças nas estruturas das espinhas dendríticas que permitem a transmissão de sinais mais fortes. Vale ressaltar que a consolidação acontece com a repetição aumentada das informações, essa por sua vez, promove mudanças químicas, físicas e anatômicas. 
MECANISMOS PARA A HABITUAÇÃO – Em nível molecular, o efeito de habituação no terminal sensorial resulta do fechamento progressivo de canais de cálcio na membrana terminal, apesar da causa desconhecida do fechamento dos canais de Ca não ser completamente conhecida. De qualquer forma quantidades muito menores que as normais de íons cálcio podem se difundir para o terminal habituado e, como consequência, muito menos neurotransmissor é liberado pelo terminal sensorial, já que a entrada de cálcio é o estímulo principal para a liberação do neurotransmissor.
MECANISMO DA FACILITAÇÃO MEMÓRIA INTERMEDIÁRIA
O efeito associativo de estimular o terminal facilitador, no mesmo momento em que o terminal sensorial é estimulado, leva a um aumento prolongado da sensibilidade excitatória do terminal sensorial e isso estabelece o traço de memória.
A figura representa uma visão esquemática e simplificada de memória e os processos envolvidos para armazenar e resgatar informações.
Existem, pelo menos, 3 diferentes processos que podem ser identificados na memória humana responsáveis pela realização de suas operações, como as operações de codificação, retenção, e recuperação. O primeiro processo, e de primordial importância, é o processo de Reconhecimento de Padrões. Este processo acontece na Memória Sensorial-Motora.
A Memória Sensorial é um sistema de memória que através da percepção da realidade pelos sentidos retém por alguns segundos a imagem detalhada da informação sensorial recebida por algum dos órgãos de sentido. A Memória Sensorial é responsável pelo processamento inicial da informação sensorial e sua codificação. O segundo processo acontece na chamada Memória de Curto Prazo. A Memória de Curto Prazo recebe as informações já codificadas pelos mecanismos de reconhecimento de padrões da Memória Sensorial-Motora e retém estas informações por alguns segundos, talvez alguns minutos, para que estas sejam utilizadas, descartadas ou mesmo organizadas para serem armazenadas. O terceiro processo acontece na Memória de Longo Prazo. A Memória de Longo Prazo recebe as informações da Memória de Curto Prazo e as armazena. A Memória de Longo Prazo possui capacidade ilimitada de armazenamento e, as informações ficam nela armazenadas por tempo também ilimitado. A forma como são organizadas as informações mantidas pela Memória de Longo Prazo e os processos de procura e recuperação destas informações são foco de importantes estudos nos dias atuais. 
6 - Reconhecer as diferentes formas de classificação de memória, quanto a tempo, função e local.
http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/mem%C3%B3ria.html 
A memória priming (Pré -ativação). É um tipo de memória descoberta e muito utilizada recentemente na neurociência. Ela se evoca, mas através de um estimulo sensorial como som, imagem, cheiro ou alguma palavra. É representa da por tudo associado aquele estimulo. Por exemplo, o cheiro de terra molhada fazer você se lembrar de uma viagem que fez a uma fazenda no qual choveu o dia todo, mas que você nem se lembrava mais. Segundo efeitos experimentais, a memória priming refere-se à influência que um evento antecedente (prime) tem sobre o desempenho de um evento posterior (alvo), por exemplo. 
A memória de curta duração parece estar associada ao tempo de recuperação de uma informação, geralmente limitada em até um minuto, o que é proveniente do sistema proposto originalmente de modelo serial. Essa memória seria limitada a uma quantidade de informação mediana e que necessitaria ou de descarte ou de uma aglutinação de novos elementos para sua ampliação (capacidade).Funcionalmente, a memória de curta duração parece depender de estruturas cerebrais distintas daquelas envolvidas na memória operacional. 
A memória operacional – NÃO DECLARATIVA - é um sistema de memória responsável pelo arquivamento temporário de informação e serve para que operações mentais sejam realizadas no decorrer do mesmo. Ela permite que operações matemáticas longas ou complexas possam ser realizadas uma vez que as mesmas exigem manipulação mental de diversas informações simultâneas e sequenciais. Estudos conduzidos sobre a aprendizagem na alfabetização, leitura e matemática têm fornecido evidência consistente de que a memória operacional represente um papel fundamental no aprendizado.
A memória prospectiva refere-se à capacidade de lembrar-se de executar uma ação planejada para o futuro. Ela requer que o indivíduo recorde tanto da natureza de um evento futuro, quanto da hora de sua ocorrência (intenção baseada no tempo) ou então lembre um conteúdo a ser tratado em um evento futuro (intensão baseada no evento). 
A consolidação se dá através de vias neurais próprias para aquela determinada informação. As áreas que foram responsáveis pelo processamento das informações são as que cuidam das lembranças. Logo, não há um centro único de memória no cérebro responsável por armazenar tudo, assim, a memória é gravada em partes separadas. Na evocação todas se juntam originando a informação inicial. 
A qualidade da memória é determinada pela via neural, que pode ser mais ou menos intensa. Isso é determinado pela criação e liberação de neurotransmissores e da formação de novas terminações sinápticas. Se informação não entrar repetidas vezes, aquela via neural será descartada, pois o cérebro precisa de espaço para adquirir novas informações. Logo, as informações menos utilizadas, são as descartadas primeiramente. Por outro lado, quando há uma informação com causa forte impacto emocional, mesmo que ela seja transmitida uma única vez, esta é suficiente para formar uma via com muitas sinapses e neurotransmissores, o que faz com que esta memória dificilmente seja removida. Por isso, é tão difícil esquecer traumas de infância e situações de extrema tristeza, como a morte de alguém. Existem vários hormônios que atuam nessas vias como: a noradrenalina que estimula as vias citadas acima, adrenalina que ajuda na memória melhorada, principalmente as aversivas (negativas), por isso grava-se mais as informações negativas e, portanto, aquelas que agem no SNA dando reações no organismo de atenção e fuga.
7 - Reconhecer os estágios do processo de aprendizagem.
https://www.jrmcoaching.com.br/blog/estagios-da-aprendizagem-segundo-a-pnl/ 
Um dos grandes mestres da educação, Vygotsky , desenvolveu um estudo sobre o processo de aprendizagem que até hoje é um dos mais aceitos no meio acadêmico. Segundo ele, o processo de aprendizagem acontece em níveis, que são respectivamente: 
1. Nível de Desenvolvimento Real: “Caracteriza o desenvolvimento de forma retrospectiva, ou seja, refere-se a etapas já alcançadas, já conquistadas pela criança ”. 
2. Nível de Desenvolvimento Potencial: “Isto é, sua habilidade capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes”. 
3. Zona de Desenvolvimento Proximal: “Refere-se, assim , ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas no nível de desenvolvimento real”.
Estágios de Competência no Processo Aprendizagem.
- Incompetência Inconsciente (II): nesse estágio, o indivíduo ainda não sabe que não sabe, vive uma “alegria ignorante” por não saber. A criança recém-nascida, ou com poucos meses de idade, ainda não sabe que precisa andar, que disso dependerá grande parte de sua vida, e lá é feliz e satisfeita com seu estado por não saber que necessitará andar em um futuro próximo. Conforme passa o tempo, ela começa a se dar conta de que todos ao seu redor andam, nesse momento e lá passa para o próximo estágio. 
- Incompetência Consciente (IC): nesse estágio, o indivíduo toma conhecimento de que não sabe; o que cria nele a curiosidade por aprender, por saber como realizar determinada atividade. Com alguns meses, ou ao atingir o primeiro ano de vida, a criança toma conhecimento de que todos ao seu redor andam, se locomovem independentemente dos demais, isso faz com que a criança comece a procurar imitar as pessoas que a cercam. Nesse momento, e lá busca recursos necessários para realizar a atividade, passando a forçar seu corpo a se colocar de pé, a se equilibrar, atingindo assim o terceiro estágio. 
- Competência Consciente (CC): nesse estágio, o indivíduo sabe que sabe conscientemente. Toda parte consciente volta-se para a execução da atividade. A criança sabe que sabe andar e, para que isso ocorra, volta toda sua atenção para a execução desta “árdua” tarefa. Ela precisa colocar uma perna a frente da outra, precisa equilibrar seu peso todo em uma perna enquanto a outra se movimenta, ao mesmo tempo precisa olhar para o caminho que está trilhando, precisa também ver se há algum obstáculo futuro nesse caminho, como uma cadeira, por exemplo, a cada passo precisa equilibrar o peso traseiro e o frontal, o menor deslize pode levá-la à queda; desviar a atenção para qualquer outra coisa determinará o insucesso da atividade. Com a experiência em andar, com a prática, ela passa para o quarto estágio. 
- Competência Inconsciente (CI): nesse estágio, o indivíduo nem sabe mais que sabe, a atividade tornou-se inconsciente. A criança, que até o estágio anterior ainda precisava direcionar toda sua atenção para cada movimento, tendo que usar vários recursos simultaneamente, passa a movimentar-se, a andar inconscientemente. A ação tornou-se algo natural, algo que ela faz sem perceber. Não há mais a necessidade de ter toda atenção voltada para o ato de andar, é algo automático. Esse estágio é o que provoca maior prazer, as coisas acontecem de maneira tranquila e normal, a criança tem a impressão que já nasceu sabendo. 
8 - Relacionar atenção, memória e aprendizagem.
MOURÃO-JÚNIOR, Carlos Alberto; MELO, Luciene Bandeira Rodrigues. Integração de três conceitos: função executiva, memória de trabalho e aprendizado. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 27, n. 3, p. 309-314, 2011.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722015000400017 
“Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se "grava " aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança , recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido". (Izquierdo, 2002).
Valendo-se do pressuposto de que a memória está ligada à aprendizagem, Swanson (1993), Macinnis (1995), Montgoery (1996) e How e Courage (1998) estudaram a memória, relacionando-a à aprendizagem e às suas dificuldades. Os resultados revelaram que os sujeitos com dificuldade no processo de memória apresentavam dificuldades em aprender. Por sua vez, os estudos de Torgesen (1991 ), Swanson & Trahan (1992), Short (1993), Mauer (1996), Isaki (1997) assinalaram que crianças com dificuldades de aprendizagem têm dificuldade em lembrar, colocar em ordem e processar informações e estratégias de aprendizagem. 
Existem 3 fases da memória: aquisição; consolidação; evocação das informações. 
- Sistemas de Memória se dá em Memória de Trabalho: Pode ser considerada como um armazenamento temporário de informações recentes, mantendo-as durante alguns segundos ou poucos minutos, enquanto estão sendo processadas. (Não produz arquivos). É considerada por muitos autores como um "gerenciador central", responsável por manter a informação online durante a execução de uma determinada tarefa para, então, posteriormente ser registrada (ou aprendida) conforme a necessidade. 
- Memória Declarativa Episódica: são as memórias relacionadas aos eventos, os quais podemos ter participado ou simplesmente assistido. Estas memórias são autobiográficas,são memórias referentes aos nossos conhecimentos gerais.
- Memória Não Declarativa Condicionamento simples e aprendizagem associativa simples: são as memórias adquiridas através da associação de um estímulo com um outro estímulo ou com uma resposta (Pavlov); são memórias relacionadas ao "saber como", isto é , para que possamos demonstrar que as temos, precisamos fazer (ex: andar de bicicleta, nadar, saltar, etc.). Pré -ativação (Priming): são as memórias evocadas através de dicas (fragmentos). 
Existem os sistemas de Memória: 
- Curta duração: são as memórias que duram poucas horas. Ela requer as mesmas estruturas que as de longa duração, mas envolve processos distintos. É bastante resistente a muitos agentes que afetam os mecanismos de consolidação da memória de longa duração (Izquierdo, 2002). É crucial para o entendimento da linguagem oral e escrita (Rotta e col., 2006).
- Longa duração: as memórias declarativas de longa duração necessitam de um tempo maior para serem consolidadas. Nas primeiras horas após a sua aquisição, são lábeis e suscetíveis à interferência por numerosos fatores, como por exemplo, drogas, interferência de outras memórias (Izquierdo, 2002). 
A memória de longa duração permite que o aprendiz possa evocá-las, depois que sua versão definitiva estiver totalmente consolidada (Rotta e col. , 2006). 
- Remota: são as memórias de longa duração que permanecem muitos meses ou anos. Um rato é capaz de lembrar, um ano depois, que, em um dado compartimento de determinada caixa, recebeu um choque elétrico nas patas. Os ratos de laboratório vivem pouco mais de dois anos. Um ser humano de 70 anos é capaz de lembrar, até com detalhes, episódios importantes de sua infância (Izquierdo, 2002). 
Os fatores Moduladores da Memória são: Atenção que exerce um papel fundamental sobre a memória. Uma criança desatenta poderá apresentar dificuldades na coleta, análise e classificação das informações novas, ou seja, dificuldades na aquisição ou aprendizado das informações (Rotta e col. , 2006). 
A motivação, um indivíduo com baixo nível de motivação apresentará dificuldades com relação à atenção. Consequentemente haverá um impacto sobre o processo de aquisição de novas informações, ou seja, não haverá a formação de registros (memórias), exercendo uma influência importante sobre o aprendizado (Rotta e col, 2006). 
E o nível de ansiedade exerce um impacto importante sobre o SNC. Um certo nível de ansiedade pode ser considerado útil para que determinados eventos mnemônicos ocorram com a máxima performance. Contudo, a ansiedade em níveis muito elevados tem um efeito inibitório, fazendo com que caia de forma significativa o desempenho do cérebro em adquirir e, principalmente, consolidar novas memórias (Rotta e col. , 2006).
9 - Relacionar a privação do sono com memória e aprendizagem.
Curso de Fisiologia 2011 Ciclo de Neurofisiologia Departamento de Fisiologia, IB Unesp-Botucatu Profa. Silvia M. Nishida
http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Fisiologia/Neuro/15ritmos_biologicos.pdf 
O aprendizado se caracteriza pela capacidade de adquirir novas informações. Sendo o aprendizado uma variante da memória de longo prazo. A consolidação das memórias ocorre durante o estado de sono REM quando o aprendizado é consolidado. O aprendizado consiste em três processos; adaptação, assimilação e acomodação. Desse modo o indivíduo está constantemente em interação com o meio e está interação é denominada adaptação. Assim, esse ciclo adaptativo é constituído de dois sub-processos; assimilação e acomodação. 
A assimilação está relacionada à apropriação de conhecimento e habilidade. Já a acomodação e a ajuda na reorganização e na modificação dos esquemas assimilatórios anteriores do indivíduo para ajusta-lo a cada nova experiência, acomodando-as às estruturas mentais já existentes. Logo, a adaptação é o equilíbrio entre assimilação e acomodação, e acarreta uma mudança no indivíduo. 
Sono é um estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou qualquer outro. Há dois tipos de sono que se alternam ondas lentas, também chamadas de não REM (NREM), e as ondas rápidas dos olhos (REM). Enquanto vigília é o estado em que uma pessoa responde facilmente aos estímulos sensoriais ambientais e comporta -se ativamente manifestando padrões locomotores e expressões cognitivas. A postura é muito dinâmica e muda constantemente apoiada em tônus muscular bastante variável. 
Durante o sono o individuo está inconsciente e as pesquisas são realizadas monitorando-se parâmetros fisiológicos como: 
- Atividade cerebral, através da eletroencefalografia (EEG); 
- Tônus muscular cervical e os movimentos oculares; 
- Parâmetros viscerais cardíacos e respiratórios.
Quando estamos acordados e atentos o EEG apresenta amplitude baixa e frequência em torno de 14hz e à medida que vamos ficando sonolentos, a frequência vai diminuindo e a amplitude das ondas, aumentando. 
O sono está longe de ser um fenômeno homogêneo. Assim como a nossa atenção varia ao longo do dia, o sono apresenta diferentes estágios cuja facilidade com que somos despertados varia. Os estágios do sono foram identificados conforme os padrões do EEG levando-se em consideração a frequência e a amplitude das ondas cerebrais. Na prática o sono é dividido em sono de ondas lentas (maior parte do sono) e sono paradoxal. 
Quando estamos relaxados e de olhos fechados (vigília descontraída) predominam ondas eletroencefalográficas rápidas (frequência baixa) e de baixa amplitude. Dessa forma, o sono começa tecnicamente quando a frequência de ondas começa a diminuir e sentimo-nos sonolentos, ou seja, quando entramos no primeiro estágio do sono (Estagio I). À medida que o tempo vai passando, as ondas do EEG tendem a ficarem progressivamente mais lentas sincronizadas e com maior amplitude. O sono de ondas lentas é classificadas em 4 estágios.
As fases do sono e vigília. A frequência (número de ciclos por tempo), a sincronia (unidade de tempo em que a onda se repete) e a amplitude (tamanho da onda) das ondas cerebrais são capazes de alterar a cognição e os movimentos corpóreos.
Estágio 1: fase inicial do sono, dura cerca de 5 minutos (5% do tempo total de sono) é muito leve. No EEG predominam as ondas α e o individuo está subconsciente com estado de consciência baixo; responde a perguntas, mas não se lembra do que disse ou ouviu. A atenção está bastante reduzida e quando estimulado, desperta com sobressalto. 
Estágio 2: ainda é um sono leve e dura de 10 a 20 minutos no primeiro ciclo de sono (50% do tempo total de sono). O EEG mostra fusos de sono e ocasionalmente complexos K, ondas bifásicas de grande amplitude. O estado da atividade motora é semelhante à fase I. 
Estágios 3 e 4: o sono já é profundo e dura de 20 a 40 minutos no primeiro ciclo de sono (20% do tempo total de sono). Os fusos de sono são interrompidos por ondas que são lentas e de grande amplitude. À medida que o sono atinge o estágio IV vai ficando mais difícil de despertar a pessoa. O sono de ondas lentas parece estar particularmente delineado para o repouso. O tônus muscular está reduzido e o movimento do corpo é mínimo. Ocorrem reduções da temperatura corporal e do consumo de oxigênio (redução do metabolismo) e aumento da atividade parassimpática. A presença de ondas lentas e de grande amplitude indica que os neurônios corticais estão sincronizados e as entradas sensoriais externas estão “funcionalmente ” bloqueadas para o córtex.
 
Gradativamente, o sono passa do estágio 4, 3 para o 2 seguidos de um episódio bastante especial onde o EEG se torna semelhante ao do individuo acordado, ou seja, totalmente dessicronizado. A esse episódio do sono que se repete umas 4 a 5 vezes durante uma noite de sono chamou-se sono paradoxal. O termo paradoxal justifica-se, pois além das ondas do EEG ficarem dessicronizadas, os olhos, mesmo com as pálpebras fechadas, se movem rapidamente (REM = rapid eyes movements) enquanto o restante da musculatura esquelética mantém-se totalmente atônico. Por isso esse sono é chamadotambém de sono REM. Assim, mais ou menos 70 a 90 min depois do início do sono ocorre o primeiro episódio de sono REM (durando de 5 a 15 minutos). A figura mostra que à medida que se aproxima a hora de despertar, a duração do sono REM aumenta e não ocorrem mais os estágios 3 e 4. Durante o sono REM ocorrem os sonhos, aumentos do metabolismo das células nervosas e da atividade simpática. Relatamos o sonho como sendo experiências sensoriais vívidas, porém muitas vezes bizarras e ilógicas. Nos episódios de sono REM ocorrem alterações de atividades viscerais como o pênis e o clitóris ficarem ingurgitados e eretos, mas sem que o sonho tenha necessariamente conteúdo sexual. A duração total do sono varia conforme a idade assim como a duração do sono REM: na criança pode representar 80% e no adulto, de 25 a 30% e no idoso podendo chegar a 10 a 15%.
Em relação à alternância entre os períodos que passamos acordados e os períodos em que estamos dormindo, é importante ressaltar que este é regulado pelo claro e escuro, ou seja, (dia e noite). Ao amanhecer começa a ser liberado o hormônio cortisol que prepara o corpo para o estado de vigília (para atividade), ao anoitecer começa a ser liberado no organismo o hormônio do sono a melatonina que a tinge seu pico entre 22h às 24h. 
Como despertamos? 
Há duas maneiras: uma é ser despertado por estímulos externos mais intensos (sons, estímulos táteis, luz intensa) que ativará o SARA e dessincronizará o córtex. A outra é despertar espontaneamente e, nesse caso, acredita-se que na transição entre o sono paradoxal e a vigília, o lócus ceruleus deve dessincronizar ainda mais as ondas corticais.
SÍNTESE
A SP 5, aborda um jovem estudante que iniciará nos plantões de um PS acompanhado por um colega médico. Fez 48h seguidas de plantão com privação do sono, a decorrer do tempo foi observando as mudanças comportamentais e vegetativas do seu organismo, tudo parecia estar descontrolado. Ao final já estava tão cansado que falou em não fazer residência futuramente, o colega mais experiente orientou-o a ir para casa e descansar, era o começo da “vida médica”.
O ritmo circadiano é gerado por um sistema do próprio organismo para medir a luminosidade, é um conjunto integrado de neurônios que está localizado no hipotálamo. Avaliando as alterações de luz (noite e dia) aumentando ou diminuindo a produção de hormônios, neste caso a melatonina que regula a sonolência. 
Quase todas as funções biológicas dos seres humanos ocorrem seguindo um ritmo. Grandes alterações nesse ritmo causam prejuízos nas capacidades de desempenho humano. Transtornos de sono têm sido associados com uma variedade de distúrbios físicos e mentais e pode interferir com a segurança, desempenho e produtividade. Foi o que ocorreu com o estudante.
O grande regulador do sistema límbico é o hipotálamo, e as mudanças vegetativas e endócrinas que ocorreram foi por estimulação de determinadas áreas do hipotálamo, que podem causar alterações na PA e FC, a regulação da água corporal nos centros da sede, regulação gastrointestinal e da alimentação no centro da saciedade.
Assim, é importante que a pessoa sempre que possível mantenha o seu ritmo circadiano em dia, pois as alterações deste acarretam em muitos problemas no organismo e além do mais o aprendizado é uma variante da memória de longo prazo e a consolidação das memórias ocorre durante o estado de sono REM.

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