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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇA NOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PROFª ARIANE GALVÃO 2020.1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Identificar os fatores associados à infecção das vias aéreas respiratórias em lactentes e crianças e os principais agentes infecciosos; • Descrever os cuidados de enfermagem as crianças acometidas de doenças respiratórias. • Abordar as Infeções das vias aéreas Superiores: Amigdalite (tonsilite), Influenza e Síndromes do Crupe: Epiglotite Aguda, Laringotraqueobronquite Aguda, Laringite Espasmódica Aguda e Traqueíte Bacteriana. INFECÇÃO RESPIRATÓRIA ❖As infecções das vias aéreas respiratórias são descritas de acordo com a localização anatômica afetada. ❖Contudo, as infecções do trato respiratório raramente aparecem em uma estrutura isolada. As infecções sempre se disseminam de uma estrutura para a outra . ❖As infecções do trato respiratório são responsáveis pela maioria das doenças agudas em crianças. AGENTES INFECCIOSOS Vírus Sincicial Respiratório (VSR) mais comum Adenovírus, parainfluenza e matapneumovírus humanos. Estreptococos, estafilococos, haemophilus influenzae, mycoplasma e pneumococos. Lactentes 3 meses não prematuros são menos acometidos por infecções que os lactentes mais velhos. Entre os 3-6 meses devido o desaparecimento dos anticorpos maternos as taxas de infecção aumentam. 1 a 3 anos = >taxa de infecção aos 5 anos menos frequente Bactéria pertussis causa traqueobronq uite relativamente leve na infância mas se manifesta como uma doença grave em lactentes. Alguns agentes virais ou bacterianos causam doenças leves em crianças, contudo nos lactentes causam doenças graves Diferenças anatômicas Diâmetro das vias aéreas é menor e estreito Mucosas edemaciadas e produz secreção Migração mais rápida p VAI Deficiências do sistema Imune da criança Desnutrição, anemia, fadiga e resfriamento corporal. Alergias, nascimento prematuro, histórico de infecção por VSR, permanência em creche Variações Sazonais MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre Elevada entre 6meses e 3 anos Atingir 39,5-40,5ºC Precipitar a convulsão febril Dificuldade p/ se alimentar ou anorexia Comum na maioria das crianças doentes Primeiro sinal de adoecimento Vômito Comum em crianças Indicio de doença Geralmente de curta duração Diarréia Geralmente leve e transitória Com frequência acompanha as infecções respiratórias virais Dor Abdominal Queixa mais comum Pode estar relacionada com espasmos causados pelo vômito Obstrução Nasal Obstrução caudada por edema e secreção Pode interferir na alimentação do lactente. Secreção Nasal Ocorre frequentemente, fina e aquosa ou espessa e purulenta Associada a prurido Sons Respiratórios Tosse, rouquidão, gemido, estridor, sibilo, crepitações Dor de Garganta Queixa frequente crianças maiores, associada a recusa alimentar. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Avaliar os ouvidos, nariz, boca, garganta e pulmões Frequência, profundidade e ritmo respiratórios, frequência cardíaca, oxigenação, hidratação Temperatura, nível de atividade e conforto. Saturação de oxigênio deve ser mensurada em todas as crianças como parte da rotina de avaliação física. Desconforto respiratório é pouco frequente. Em alguns casos o lactente ou criança necessita ser observado quanto a oxigenação e condições hidroeletrolíticas. Vapor do chuveiro: manter a criança nesse ambiente por 10 a 15 minutos umidifica o ar inspirado e pode ajudar no alivio dos sintomas. Promover repouso Promover conforto: Utilizar um removedor de secreção, precedida da instilação de solução salina no nariz Crianças mais velhas, pode-se administrar vasoconstritores nasais 15 a 20 minutos antes da alimentação ou sono. Frascos de gotas nasais devem ser individuais e utilizados por ate 3 dias, para evitar a congestão nasal de rebote. Bolsa de gelo ou compressa quente aplicadas no pescoço diminuem o desconforto (adenite cervical) Prevenir a disseminação da infecção: Lavagem cuidadosa das mãos. Não compartilhar copos, talheres, toalhas de rosto. A criança doente deve manter- se afastada da escola ou creche para prevenir a disseminação da infecção respiratória. Fornecer nutrição: Obrigar a criança doente a ingerir alimentos sólidos pode precipitar náuseas e vômitos Reduzir a temperatura corporal: Controlar a febre. Os líquidos frios são encorajados para reduzir a temperatura e reduzir as chances de desidratação Os pais devem ser alertados quanto à combinação de medicamentos para resfriados sem prescrição médica A desidratação é uma complicação potencial da criança com infecção do trato respiratório associada à febre e à inapetência, particularmente quando o vômito e a diarreia estão presentes. DESIDRATAÇÃO NO LACTENTE COM INFECÇÃO RESPIRATÓRIA Os lactentes são mais propensos a déficit hidroeletrolítico quando têm uma doença respiratória, pois a Taquipneia prejudica a ingestão de líquidos por via oral. Se o lactente tem secreção nasal, o esforço respiratório aumenta devido à obstrução nasal, fazendo com que ele recline a cabeça e respire pela boca durante a alimentação. As interrupções das mamadas para que o lactente possa respirar limita a quantidade de líquidos ingeridos por via oral. A ingesta de líquidos é encorajada oferecendo-se pequenas quantidades dos líquidos favoritos (líquidos claros, se a criança estiver vomitando) em intervalos frequentes. Os lactentes alimentados ao seio materno devem continuar a ser amamentados, uma vez que o leite humano oferece algum grau de proteção contra as infecções. As soluções de reidratação oral, tais como Infalyte e Pedialyte, devem ser consideradas para lactentes, e a água ou bebidas aromatizadas com baixo teor de carboidratos devem ser oferecidas às crianças maiores. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE HIDRATAÇÃO Orientar os pais a observar a frequência de micções e notificar à enfermagem se a quantidade estiver insuficiente. Contar o número de fraldas molhadas durante 24 horas é um método satisfatório para avaliar o débito urinário em lactentes e crianças de 1 a 3 anos. No hospital, as fraldas são pesadas para avaliar o débito urinário, que deve ser de pelo menos 1 mL/kg/h em pacientes com até 30 kg de peso. Sendo assim, o débito urinário deve ser de pelo menos 30 mL por hora em pacientes que pesam mais de 30 kg. AMIGDALITE (TONSILITE) Massas de tecido linfoide localizadas na cavidade faríngea. filtram e protegem os sistemas respiratório e digestório e participam da prod. anticorpos. Variam de tamanho, nas crianças geralmente as amígdalas são maiores que as dos adolescentes e adultos. Essa diferença de tamanho representa um mecanismo de defesa devido à maior suscetibilidade das crianças menores às IVAS. FISIOPATOLOGIA • As amígdalas palatinas, ou da garganta, estão localizadas de ambos os lados da orofaringe. • As amígdalas faríngeas, também conhecidas como adenoides, estão localizadas acima das amígdalas palatinas, na parede posterior da nasofaringe. • As amigdalites geralmente ocorrem associadas às faringites. • O agente causal pode ser viral ou bacteriano. MANIFESTAÇÃO CLINICA Aumento de volume das amígdalas palatinas devido ao edema Obstruindo a passagem de ar e alimentos. A criança tem dificuldade de respirar e deglutir Quando ocorre o aumento de volume das adenoides, faz que a criança passe a respirar pela boca TRATAMENTO • Cultura de garganta, se necessário, uso de antibiótico (a maioria é de origem viral) • Amigdalectomia que é a remoção cirúrgica das amígdalas palatinas.As indicações relativas incluem: ❖Três ou mais infecções das amígdalas por ano. ❖Gosto ruim ou mau hálito persistente causado por amigdalite crônica. ❖Hipertrofia unilateral de amígdala sugestiva de malignidade;❖Amigdalite crônica em portadores de estreptococos que não responde ao tratamento com antibióticos • A adenoidectomia (remoção cirúrgica das adenoides) é recomendada para crianças que tenham as adenoides hipertrofiadas que obstruam a respiração nasal. • Para algumas crianças, a eficácia da amigdalectomia e da adenoidectomia é pequena e pode não justificar o risco da cirurgia. • As contraindicações para a realização da amigdalectomia e da adenoidectomia: Fissura palatina, devido às amígdalas auxiliarem na redução do escape de ar durante a fala infecções agudas no momento da cirurgia, pois a inflamação dos tecidos aumenta o risco de sangramento, doenças sistêmicas não controladas ou discrasias sanguíneas alto risco anestésico CUIDADOS DE ENFERMAGEM Promoção de conforto e redução das atividades ou intervenções que causem sangramento. Uma dieta líquida e branda é recomendável. Um vaporizador com vapor frio pode ser utilizado para manter as mucosas úmidas durante os períodos de respiração bucal. Gargarejos com água morna e sal, pastilhas para a garganta e medicamentos antitérmicos e analgésicos tais como o paracetamol podem promover o conforto. Água gelada, gelo picado e picolés com sabor de suco de frutas diluídos podem ser oferecidos, contudo os líquidos de cor vermelha devem ser evitados por dificultarem a análise da ocorrência de sangramento recente ou antigo, na êmese dos líquidos ingeridos. A aspiração de rotina deve ser evitada, mas quando realizada, deve ser feita cuidadosamente para evitar o trauma da orofaringe. Desencorajar a criança a tossir com frequência, limpar a garganta, assoar o nariz ou realizar qualquer outra atividade que possa agravar as condições do sítio operatório. Todas as secreções e vômitos devem ser inspecionados para detectar evidências de sangramento vivo (uma quantidade de muco sanguinolento é esperada). Sangue marrom-escuro (velho) geralmente está presente no vômito, no nariz e entre os dentes. A garganta torna-se dolorida após a cirurgia. A colocação de um colar de gelo promove o alívio, mas muitas crianças o consideram desagradável e recusam-se a utilizá-lo. A enfermeira observa a garganta através de visualização direta, com uma boa fonte de iluminação para detectar sinais de sangramento e, se necessário, utilizar cuidadosamente o abaixador de língua. INFLUENZA Influenza, ou “gripe”, é causada por três ortomixovírus Disseminada de um indivíduo para o outro através do contato direto (infecção com gotículas grandes) ou por artigos recém contaminados por secreções nasofaríngeas. Durante a epidemia a infecção entre os escolares seja uma fonte importante de transmissão na comunidade. A influenza é frequentemente mais grave em lactentes. Período de incubação de 1 a 3 dias. As pessoas infectadas transmitem o vírus durante 24 horas antes e após o início dos sintomas. O vírus tem uma afinidade peculiar pelas células epiteliais da mucosa das vias respiratórias, onde destrói o epitélio ciliado Os alvéolos também podem tornar-se distendidos com a presença de um material hialino. O HIN1 (gripe suína) é um subtipo do tipo influenza A. Os sinais e sintomas da H1N1 são os mesmos da influenza que serão mencionados a seguir. MANIFESTAÇÕES CLINICAS • As manifestações clínicas da gripe podem ser subclínicas, leves, moderadas ou graves. • Garganta e mucosa nasal secas; tosse seca e rouquidão. Face hiperemiada, fotofobia, mialgia, hiperestesia e algumas vezes exaustão e falta de energia acompanham um início súbito de febre e calafrios. • Os sintomas da gripe duram 4 ou 5 dias. • As complicações incluem pneumonia viral grave (frequentemente hemorrágica), encefalite e infecções bacterianas secundárias, tais como otite média, sinusite ou pneumonia. CONDUTA TERAPÊUTICA • A influenza não complicada em crianças usualmente requer apenas tratamento sintomático: paracetamol ou ibuprofeno para tratar a febre e ingesta suficiente de líquidos para manter a hidratação. • O cloridato de amantadina tem se mostrado efetivo na redução dos sintomas associados à influenza tipo A. O cloridato de amantadina não é efetivo contra a influenza do tipo B ou C ou outras doenças virais. • A rimantadina foi aprovada para o tratamento da gripe em crianças e adultos, mas é efetiva somente para o tipo A; • O zanamivir pode ser utilizado para tratamento da gripe em pacientes com 7 anos de idade ou maiores e para a profilaxia da influenza em crianças de 5 anos de idade ou maiores. O tratamento deve ser iniciado dentro de 48 horas após o início dos sintomas. • Um quarto medicamento, o oseltamivir (Tamiflu), é um inibidor da neuraminidase que pode ser administrado por via oral durante 5 dias em crianças maiores de 1 ano de idade e em adultos para reduzir os sintomas da gripe; • O oseltamivir deve ser administrado dentro dos primeiros 2 dias após o início dos sintomas. É relatado que ele é efetivo contra os tipos de influenza A e B. PREVENÇÃO SÍNDROMES DO CRUPE Rouquidão Tosse ressonante (tosse de cachorro) Estridor inspiratório e desconforto respiratório Edema e obstrução da laringe Brônquios Traquéia Laringe (domina o quadro clinico pelos efeitos sobre a voz e respiração) EPIGLOTITE AGUDA • Um processo inflamatório obstrutivo grave que ocorre predominantemente em crianças de 2 a 5 anos de idade, mas pode ocorrer na infância e na vida adulta. • O agente responsável é geralmente o H. influenzae. • A epiglotite aparece de forma abrupta e pode progredir rapidamente para um desconforto respiratório severo. • A criança geralmente vai para a cama assintomática e acorda mais tarde queixando-se de dor de garganta e dor à deglutição. A criança tem febre e parece mais doente do que os achados clínicos sugerem e insiste em sentar-se ereta, curvando-se para frente e com o queixo apontando para fora, a boca aberta e a língua protrusa (posição trípode). O gotejamento da saliva é comum devido à dificuldade ou dor à deglutição e ao excesso de secreção. As três observações clínicas que são preditivas de epiglotite são a ausência de tosse espontânea, a presença de salivação excessiva e a agitação. Irritável, extremamente inquieta; e tem uma expressão ansiosa, apreensiva e assustada. A voz é grossa e abafada, com som que lembra o coaxar de um sapo, à inspiração, mas a criança não está rouca. Retrações supraesternais e subesternais podem ser evidentes. A cor amarelada da hipoxia leve pode progredir para franca cianose. A garganta está hiperemiada e inflamada, e uma epligote edemaciada, vermelho-cereja, CONDUTA TERAPÊUTICO (TRATAMENTO) O curso da epiglotite pode ser fulminante, com obstrução respiratória examinada em ambiente que possua equipamento de emergência respiratória disponível. O exame da garganta com abaixador de língua é contraindicado (desencadeie uma obstrução adicional ou completa) A entubação nasotraqueal ou traqueostomia (casos graves) O oxigênio umidificado é administrado quando necessário, através de máscara nas crianças maiores ou por fluxo nas crianças menores O edema da epiglote geralmente diminui após 24 horas de tratamento com antibiótico (ceftriaxona sódica ou cefalosporinas) e a epiglote encontra-se próxima do normal em aproximadamente 3 dias. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agir rapidamente, contudo mantendo a tranquilidade para fornecer apoio sem aumentar a ansiedade. permitir que a criança permaneça na posição que for mais confortável para ela Enfermeira não deve tentar visualizar a garganta com um abaixador de língua. Encaminhar ao medico imediatamente. A monitoração continua das condições respiratórias, incluindo a oximetria de pulso (e gasometria, se o paciente estiver entubado), manutenção da infusão intravenosa LARINGOTRAQUEOBRONQUITE AGUDA • É a mais comum das síndromes do crupe. Ela afeta primariamente as crianças com menos de5 anos de idade, e os agentes causadores são os vírus, particularmente os vírus parainfluenza tipos 2 e 3, os metapneumovírus humanos, o VSR e o influenza A e B. • A doença é geralmente precedida de uma IVAS que gradualmente dissemina-se para as estruturas adjacentes MANIFESTAÇÕES CLINICAS Início gradual de febre baixa tosse que parece de “cachorro” e estridente e rouquidão A inflamação da mucosa de revestimento da laringe e da traqueia causa um estreitamento das vias aéreas. criança faz esforço ao inspirar, ultrapassando a obstrução em direção aos pulmões (estridor) batimento de asa de nariz, retração intercostal, taquipneia e estridor contínuo. Quando a criança torna-se incapaz de inalar um volumesuficiente de ar, os sintomas de hipoxia ficam evidentes. TRATAMENTO manutenção da permeabilidade das vias aéreas e trocas gasosas adequadas. As crianças com crupe leve (sem estridor em repouso) podem ser tratadas no domicílio. umidificação com vapor frio promove alívio para a maioria das crianças. Um nebulizador de ar frio pode ser utilizado no domicílio. A nebulização com epinefrina usada frequentemente em crianças com doença grave, estridor em repouso, retrações ou dificuldade para respirar. Os esteroides orais têm promovido o tratamento efetivo do crupe (sempre em dose única); a dexametasona IM pode ser administrada nas crianças que não toleram a administração por via oral. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Observação contínua e avaliação cuidadosa do padrão respiratório A oximetria de pulso é comumente utilizada para monitorar as condições de oxigenação. observação rigorosa da enfermagem e da habilidade em reconhecer a iminência de falência respiratória, para que a entubação seja realizada no momento mais adequado. aumento da frequência cardíaca e respiratória, retrações subesternais, supraesternais e intercostais, batimento das asas do nariz e aumento da inquietação. Permite-se que as crianças com crupe leve bebam líquidos de sua preferência desde que suas condições respiratórias estejam estabilizadas. Os pais necessitam frequentemente de confiança promovida pela enfermeira por meio de um ambiente tranquilo e ações educativas transmitidas de maneira calma. LARINGITE ESPASMÓDICA AGUDA A laringite espasmódica aguda (crupe espasmódico) é distinta da LTB e caracteriza-se por crises paroxísticas de obstrução laríngea que ocorrem principalmente à noite. Os sinais inflamatórios são ausentes ou leves e são seguidos de recuperação sem intercorrências. A criança sente-se bem no dia seguinte. Algumas crianças parecem ser predispostas a essa condição; alergias ou hipersensibilidade podem estar implicadas em alguns casos. O tratamento é semelhante ao das outras infecções crupe. TRAQUEÍTE BACTERIANA • Uma infecção da mucosa da parte superior da traqueia, é uma entidade distinta que possui característica tanto do crupe quanto da epiglotite. • A doença ocorre em crianças com menos de 3 anos de idade e pode ser uma causa de obstrução das vias aéreas, grave o suficiente para causar parada respiratória. • Acredita-se que seja uma complicação da LTB, e embora os Staphylococcus aureus seja o agente responsável mais frequente, M. catarrhalis, S. pneumoniae e H. influenzae também podem estar envolvidos. • Muitas das manifestações da traqueíte bacteriana são similares às da LTB, contudo não respondem ao mesmo tratamento. A criança possui uma história prévia de IVAS com tosse, estridor que não melhora com posicionamento, toxicidade, ausência de salivação excessiva e febre alta. É comum a presença de secreções traqueais purulentas e espessas e dificuldade respiratória causada pelo excesso de secreção. • A traqueíte requer tratamento intensivo com oxigenoterapia, antitérmicos e antibióticos. • O reconhecimento precoce para prevenir a obstrução das vias aéreas com potencial risco de morte é essencial. REFERÊNCIAS • Hockenberry MJ, Wilson D. Wong: fundamentos de enfermagem pediátrica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014.
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