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Materiais de 
Construção Civil 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Ernesto Silva Fortes
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
• Introdução;
• Normalização;
• Produção do Alumínio – Fundição;
• Matriz por Gravidade;
• Matriz sob Pressão;
• A Cera Perdida;
• Tixofundição;
• Reciclagem;
• Características do Alumínio;
• O Alumínio na Construção Civil;
• Características para Projeto;
• Perfil de Alumínio para Construção Civil;
• O Alumínio na Arquitetura – Materiais para Fachadas.
• Apresentar a tecnologia do alumínio como material para a construção civil, como alternativas modernas 
e econômicas com menor impacto ambiental e como alternativa até para materiais tradicionais no setor, 
como madeira e alvenaria.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
A Tecnologia do Alumínio e suas 
Aplicações na Construção Civil
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Introdução
O aço sem dúvida é a liga mais utilizada na construção civil pelo seu largo uso 
como reforço para as estruturas de concreto armado. De acordo com a Associa-
ção Brasileira do Alumínio (Abal), a construção civil é o terceiro maior mercado 
consumidor de alumínio do Brasil. Em 2015 foram usadas 198 mil toneladas desse 
material no setor de construção, destes, 83% foram empregados na fabricação de 
esquadrias, fachadas, guarda-corpos, portas e janelas. Mesmo com a retração do 
mercado de construção civil, o crescimento da procura por sustentabilidade tem 
desencadeado o maior aproveitamento do alumínio na construção.
A European Aluminium Association (EAA) destaca três características do alu-
mínio que o tornam “material sustentável”:
1. 100% reciclável, sem perda de qualidade; 
2. ciclo de vida “cradle-to-cradle” - criar e reciclar ilimitadamente;
3. alta durabilidade. 
É importante ressaltar que economia e sustentabilidade na construção não signi-
fica abrir mão da beleza. O setor de alumínio tem inovado no design de suas peças 
com novos desenhos, cores e tratamentos, aumentando as opções ofertadas para 
os clientes com preços competitivos e benefícios adicionais.
Estruturas em alumínio são cada vez mais comuns na construção civil. Diante 
da necessidade por alternativas modernas, econômicas e com menor impacto am-
biental, engenheiros e arquitetos estão adotando o metal nas diversas aplicações de 
uma obra. Em alguns casos pode ser uma alternativa até para materiais tradicionais 
no setor, como madeira e alvenaria.
Entre os anos de 2000 e 2003 houve uma queda na quantidade de alumínio uti-
lizada na construção civil, porém nos últimos anos houve um crescimento acelera-
do no setor com uma variação de até 15% nos anos seguintes até 2016, conforme 
a Associação Brasileira de Alumínio (Abal, 2016).
E são vários os fatores que indicam o alumino como uma boa opção na constru-
ção civil, principalmente em projetos sustentáveis. 
Para muitos profissionais da área, o material representa:
• longevidade;
• modernidade; 
• inteligência, além da qualidade estética em revestimentos e fachadas. 
O alumínio continuará sendo o metal importante para o futuro, devido à sua 
resistência, leveza e potencial de reciclagem.
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Normalização
A ABNT é o Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade 
brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo 
Governo Federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela ges-
tão do processo de elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais 
diversos setores.
A ABNT participa da normalização regional na Associação Mercosul de Nor-
malização (AMN), na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant), da 
normalização internacional na International Organization for Standardization 
(ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC), influenciando o con-
teúdo de normas e procurando garantir condições de competitividade aos produtos 
e serviços brasileiros, além de exercer seu papel social. 
Além disso, a ABNT também é um Organismo de Avaliação da Conformidade 
acreditado pelo Inmetro para a certificação de diversos produtos, sistemas e pro-
gramas ambientais, como o rótulo ecológico e a verificação de inventários de gases 
de efeito estufa.
Normas Técnicas
A ABAL é supervisora e mantenedora do Comitê Brasileiro do Alumínio – 
ABNT/CB-035, responsável pela elaboração e revisão de Normas Técnicas para 
toda a cadeia do alumínio, compreendendo minério (bauxita), óxidos, metal primá-
rio, ligas, produtos brutos, semiacabados e acabados e revestimentos superficiais, 
no que concerne à terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades.
Abaixo são apresentados segundo, o Comitê Brasileiro do Alumínio – ABNT/
CB-035, as mais recentes normas que regulamenta a indústria do alumínio: 
• ABNT NBR 8116:2018, Alumínio e suas ligas – Produtos extrudados – Tole-
râncias dimensionais.
• ABNT NBR 14761:2017, Folhas de alumínio e suas ligas em bobinas para 
uso doméstico e institucional – Requisitos.
• ABNT NBR 16598:2017, Alumínio e suas ligas — Definições e métodos de 
cálculo para determinação do conteúdo reciclado em produtos extrudados, 
laminados e fundidos.
• ABNT NBR 12609:2017, Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – 
Anodização para fins arquitetônicos – Requisitos.
Lista completa das Comissões de Estudo (CE) e da Comissão de Estudo Especial 
(CEE) é apresentado abaixo:
• ABNT/CB-035.000.001 – CE de Caracterização Física, Química Metalográ-
fica do Alumínio e suas ligas.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
• ABNT/CB-035.000.002 – CE de Produtos Extrudados.
• ABNT/CB-035.000.003 – CE de Produtos Fundidos.
• ABNT/CB-035.000.004 – CE de Produtos Laminados.
• ABNT/CB-035.000.005 – CE de Tratamento de Superfície.
• ABNT/CB-035.000.007 – CE de Terminologia.
• ABNT/CB-035.000.009 – CE de Estruturas em Ligas de Alumínio.
• ABNT/CB-035.000.010 – CE de Reciclagem de Alumínio.
• ABNT/CEE-145 – CEE de Minérios de Al, Óxido de Al, Al Primário e Insu-
mos para Produção de Al Primário.
Produção do Alumínio – Fundição
Fundição:É um dos primeiros processos industriais utilizados na produção de 
produtos metálicos.
As propriedades do alumínio e a tecnologia moderna oferecem excelentes con-
dições, com controles científicos adequados, para que possam produzir grandes 
quantidades de peças mantendo uma qualidade uniforme.
O mercado conta com excelentes ligas de alumínio que proporcionam uma 
grande variedade de propriedades para as peças fundidas. As principais são:
a) Baixa temperatura de fusão;
b) Forte tendência à oxidação;
c) Baixa densidade;
d) Alta condutividade térmica;
e) Elevado coeficiente de dilatação.
A seguir serão expostos os tipos de produção do alumínio conforme apresentado 
e especificado pela Associação Brasileira do Alumínio - Abal (2018), as Comissões 
de Estudo, ABNT/CB-035 (2018) e Reis (2005).
Tipos de Processos Produção
Conforme apresentado pela Abal (2018), uma das vantagens mais importan-
tes do alumínio é o fato de poder ser transformado com facilidade. O alumínio 
pode ser laminado em qualquer espessura e extrudado numa infinidade de perfis 
de seção transversal constante e de grande comprimento. O metal também pode 
ser forjado ou impactado. Arames de alumínio trefilados a partir de vergalhões 
dão origem a fios de alumínio que após serem encordoados transformam-se em 
cabos condutores.
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A facilidade e a velocidade com o qual o alumínio pode ser usinado é outro 
importante fator que contribui para difundir o uso desse material e que também 
aceita praticamente todos os métodos de união, tais como rebitagem, soldagem, 
brasagem e colagem. Além disso, para a maioria das aplicações do alumínio não 
são necessários revestimentos de proteção, Abal (2018).
Fundição
A fundição pode ser feita por gravidade, com uso de areia ou molde metálico 
e sob pressão, (alta ou baixa). Além desses, há também processos especiais com 
cera perdida e fundição centrifugada, dependendo da quantidade de peças a serem 
fundidas, do nível de acabamento ou do grau de precisão dimensional. Os processos 
de fundição se dividem em:
Moldes de areia
É um processo que pode ser feito por moldagem em areia verde e em cascas de 
Shell, cura a frio, com dióxido de carbono e loast foam, conforme Figura 1. 
Areias verdes são areias aglomeradas com argila no estado úmido. Esse ma-
terial é constituído por granulados refratários chamados de areias-base e por um 
produto com capacidade de coesão e plasticidade – o aglomerante – que neste 
caso é a argila.
As areias de fundição podem ser:
• Naturais;
• Semissintéticas (com adições para correção ou melhoria das propriedades 
naturais);
• Sintéticas (obtida pela mistura dos constituintes básicos isoladamente tais 
como: areia, aglomerantes, aditivos e plastificantes).
O vazamento de metal líquido em moldes de areia é uma das mais antigas artes 
industriais. Ainda é utilizado quando as peças fundidas são requeridas em pequenas 
quantidades, de tamanho excepcionalmente grande ou muito intricadas.
F igura 1 – Ilustração da fundição do alumínio em moldes de areia
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Matriz por gravidade
Feito por gravidade, esse processo consiste em obter peças por meio do va-
zamento do metal líquido em um molde metálico, também chamado de coquilha, 
conforme ilustrado na Figura 2. 
• A introdução do metal é essencialmente determinada pela força da gravidade.
• Peças com melhor acabamento superficial são produzidas pela fundição em 
matriz por gravidade.
• O metal é vazado dentro de uma matriz de ferro ou de aço. 
• Este processo torna-se econômico quando há uma demanda para um número 
considerável de peças.
Figura 2 – Ilustração da fundição do alumínio pelo processo da matriz por gravidade.
Fonte: Acervo do Conteudista
Matriz sob Pressão
Consiste na injeção de um metal líquido contido em um recipiente (câmara de 
injeção) para o interior da cavidade de um molde fabricado em aço, por meio de 
um pistão, apresentado na Figura 3.
I. Na primeira fase, o ar é eliminado da câmara de injeção. 
II. Depois, há um rápido preenchimento da cavidade do molde para evitar 
o resfriamento do metal. 
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III. A última etapa é a compactação do metal para diminuir o volume das 
microporosidades decorrentes da contração de solidifi cação do metal.
 » Para grandes volumes de peças, a fundição em matriz sob pressão é a 
mais vantajosa.
 » O metal é forçado a penetrar em matrizes de aço sob a força de pressão hi-
dráulica.
 » Os fundidos com grande precisão de detalhes são produzidos desta forma.
• O método tem sido cada vez mais empregado em peças fundidas até o tamanho 
de blocos de cilindros.
Fig ura 3 – Esquema de fundição do alumínio, matriz sob pressão
Fonte: Chiaverini, 1986
A Cera Perdida
É o processo mais antigo utilizado 
quando um alto grau de precisão dimen-
sional é requerido, mas o número de pe-
ças é relativamente pequeno. Nele, um 
modelo consumível é revestido com uma 
fina camada refratária, a qual é subse-
quentemente endurecida em estufa para 
formar o molde.
A Figura 4 apresenta uma série de pe-
ças fundidas.
Figu ra 4 – Ilustração de série de peças fundidas
Fonte: Wikimedia Commons
As peças fundidas de alumínio têm suas principais aplicações na área automoti-
va e de transportes, que representam cerca de 60% do consumo do alumínio nesse 
segmento. Como exemplo, podemos citar blocos de motor, caixas de câmbio, car-
caça de motores e rodas para automóveis e veículos pesados, entre outros.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Tixofundição
Também chamado de fundição de ligas semissólidas de alumínio, o processo é 
novo no Brasil, já utilizado em larga escala em países desenvolvidos como Japão, 
Estados Unidos, Alemanha e Itália.
A tecnologia utiliza, ao invés de alumínio líquido, o metal em “pasta”, evitando 
o desgaste no contato entre o metal e o molde, aumentando a produtividade. 
As principais aplicações desse processo são:
• Na indústria automotiva:
• Na fabricação de peças:
 » Como suspensões;
 » Carcaças;
 » Discos de embreagem;
 » Entre outras. 
A técnica é usada desde 1982 e tem como uma de suas principais vantagens o 
menor desgaste das peças usadas no processo. Por ser um material 60% sólido e 
40% líquido, a fundição de semissólidos permite um menor atrito entre o molde e o 
metal, aumentando sua vida útil e, consequentemente, a produtividade. Com isso, 
o material fundido não apresenta porosidades, tampouco segregação de elementos 
de liga, oferecendo um resultado de melhor qualidade ao produto final.
Num exemplo prático, o uso do processo de fundição de ligas semissólidas de 
alumínio permite que uma peça como o suporte do motor tenha seu peso reduzido 
de 5 kg para 3 kg com a tixofundição.
Laminação
É um processo de transformação mecânica que consiste na redução da seção 
transversal por compressão do metal, por meio da passagem entre dois cilindros 
de aço ou ferro fundido, com eixos paralelos que giram em torno de si mesmos, 
conforme a figura 5. Esta seção transversal é retangular e refere-se a produtos 
laminados planos de alumínio e suas ligas, compreendendo desde chapas grossas 
com espessuras de 150 mm, usadas em usinas atômicas, até folhas com espessura 
de 0,005 mm, usadas em condensadores.
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Figur a 5 – ilustração do processo de produção do alumínio por laminação
Fonte: ABAL, 2006
Os principais tipos de produtos laminados são: 
• Chapas planas ou bobinadas; 
• Folhas e discos. 
Esses semimanufaturados têm diversas aplicações em setores como transpor-
tes (carrocerias para ônibus, equipamentos rodoviários, elementos estruturais etc.), 
construção civil (telhas, fachadas, calhas, rufos etc.), embalagens (latas, descartáveis 
e flexíveis) e bens de consumo (panelas, utensílios domésticos etc.).
Existem dois processos tradicionais de laminação de alumínio: 
• Laminação a quente;
• Laminação a frio;
• Laminação contínua.
Estampagem
Chapas e discos de alumínio sãoamplamente utilizados para repuxação e es-
tampagem profunda. Nesse processo, o material é pressionado por um punção 
contra uma matriz, como acontece com os utensílios domésticos e latas de bebidas.
Estas operações requerem material com grande plasticidade, alta ductilidade e com 
uma baixa taxa de encruamento. Os melhores resultados são obtidos quando o me-
tal possui um tamanho de grão pequeno e uniforme. Assim, as ligas das séries 1xxx 
e 3xxx são mais utilizadas para estas aplicações, a não ser que os componentes 
acabados tenham que ter maior resistência.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Punção
Disco
Prensa
Chapas
Matriz
Figura 6 – Teste de dobramento
Outro método usado para confirmar se um determinado material foi escolhido 
adequadamente é um simples teste de dobramento, conforme figura 6. É realizado 
em chapas de espessura fina em que se determina qual o menor raio em que elas 
conseguem ser dobradas sem se romper. Enquanto um material recozido pode ser 
dobrado completamente, um raio cujo dobramento é de cinco vezes a espessura 
pode ser o mínimo obtido para material duro, totalmente tratado termicamente.
Extrusão por Impacto
Também chamado de extrusão a frio, esse processo aumenta a resistência do 
material, melhora o acabamento superficial e permite tolerâncias dimensionais mais 
estreitas. O material sofre um súbito impacto por meio de um punção, provocando 
o seu estiramento, como é o caso dos tubos de remédio e de aerossóis.
Extrusão
É um processo de transformação termomecânica no qual um tarugo de metal é 
reduzido em sua seção transversal quando forçado a fluir através do orifício de uma 
matriz (ferramenta), sob o efeito de altas pressões e temperatura. Como uma pasta 
de dente sendo expelida para fora de seu tubo.
A variedade de perfis que podem ser extrudados em alumínio é praticamente 
ilimitada. O processo reduz custos, pois elimina operações posteriores de usina-
gem ou junção e possibilita a obtenção de seções mais resistentes pela adequada 
eliminação de juntas frágeis e uma melhor distribuição de metal. Entre os principais 
tipos de produtos extrudados estão perfis sólidos, tubulares e semitubulares. Suas 
aplicações são ideais para os setores de construção civil, bens de consumo, indús-
tria elétrica e transportes.
Extrusão do alumínio: https://goo.gl/eJjHYV
Ex
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or
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Trefi lação
É um processo de transformação pela deformação mecânica a frio que permite 
a diminuição da seção transversal de um produto pela passagem através de uma 
matriz, por esforço de tração. Análogo a laminação, o processo aumenta as 
propriedades mecânicas da liga, diminuindo as tolerâncias dimensionais, melhorando 
o acabamento superficial e produzindo bitolas que seriam mais complexas de se 
obter por extrusão. Normalmente, são trefiladas ligas não tratáveis (aumentando 
suas propriedades mecânicas) e tratáveis termicamente (nas quais a função é a de 
precisão dimensional). A indústria utiliza dois sistemas de trefilação:
• Em bancos: para barras e tubos de maior diâmetro;
• Em blocos rotativos: para dimensões menores de vergalhões e tubos.
Forjamento
O forjamento é o processo de conformação pelo qual se obtém a forma desejada 
de uma peça por martelamento ou aplicação gradativa de uma pressão. A maioria 
das operações de forjamento é feita a quente. A indústria utiliza três métodos de 
forjamento: matriz aberta; matriz fechada com rebarba; matriz fechada sem rebarba.
No forjamento do alumínio, um bloco, tarugo ou perfil é aquecido e pressionado 
contra uma matriz bipartida na qual foi escavada a forma da peça em negativo.
O metal escoa preenchendo a cavidade formada pelo ferramental, tomando a 
forma da peça.
Depois das ligas ferrosas, o alumínio é o metal mais utilizado para forjamento, 
sendo utilizado principalmente nas indústrias aeronáutica, bélica, transportes, má-
quinas e equipamentos. Sua aplicação abrange peças como rodas, eixos, longari-
nas, bielas, peças de bicicletas, motores, rotores, engrenagens, pistões etc.
Soldagem
O desenvolvimento de métodos para a soldagem do alumínio e suas ligas abri-
ram um novo segmento de mercado em aplicações, como pontes, construções, 
transportes (embarcações, trens e automóveis) etc. O alumínio e suas ligas podem 
ser soldados satisfatoriamente com a escolha adequada da liga de adição, por meio 
da utilização de técnicas apropriadas, visto que as linhas de solda são bem resisten-
tes para as suas várias aplicações.
A escolha do processo de soldagem é determinada pela espessura do material, 
tipo de cordão de solda, requisitos de qualidade, aparência e custo. A soldagem 
envolve a fusão conjunta das bordas a serem unidas, frequentemente pela adição 
de metal líquido para preencher um canal com a forma de V. O cordão de solda é 
composto, parcial ou totalmente, por um metal-base de ressolidificação com uma 
estrutura bruta de fusão. Tradicionalmente, a solda de oxiacetileno utiliza um fluxo 
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
de sal líquido para dissolver o óxido de alumínio e cobrir o metal líquido. A maioria 
dos métodos modernos protege o alumínio líquido com um gás inerte (argônio ou 
hélio), sendo que os dois processos mais conhecidos e utilizados são o MIG e o TIG, 
descritos a seguir:
Processo de solda MIG (Metal Inert Gas)
A soldagem MIG, é um processo em que o arco elétrico, obtido por meio de uma 
corrente contínua, é estabelecido entre a peça e um arame de alumínio ou liga de 
alumínio que combina as funções de eletrodo e metal de adição numa atmosfera de 
gás inerte. No processo MIG, o eletrodo é sempre o polo positivo do arco elétrico. 
Utilizando-se as versões automáticas e semiautomáticas, é possível soldar o alumínio 
desde espessuras finas, cerca de 1,0 mm, até espessuras sem limite.
Tal como no processo TIG, o gás inerte protege a região do arco contra a conta-
minação atmosférica durante a soldagem. Na soldagem MIG do alumínio, normal-
mente, são utilizados os gases argônio, hélio ou uma mistura de argônio/hélio.
Processo de soldagem MIG (metal inert gas): https://goo.gl/HZvorP
Ex
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Processo de solda TIG (Tungsten Inert Gas)
O processo TIG, é o mais aplicado na soldagem das ligas de alumínio e foi o 
primeiro a ser desenvolvido com proteção de gás inerte adequado para soldar o 
alumínio. Na soldagem TIG, o arco elétrico é estabelecido entre um eletrodo de 
tungstênio não consumível e a peça, numa atmosfera de gás inerte. Nesse proces-
so, o arco elétrico pode ser obtido por meio de corrente alternada (CA), corrente 
contínua (CC) e eletrodo positivo ou corrente contínua e eletrodo negativo.
Processo de solda TIG (tungsten inert gas): https://goo.gl/FmYxTa
Ex
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Usinagem
Embora quase todas as ligas possam ser usinadas, a ação de corte da ferramenta 
é mais efetiva em materiais de ligas completamente envelhecidas termicamente, 
com baixo alongamento. Estas produzem cavacos menores, em contraste com as 
características das aparas contínuas dos materiais mais moles e mais dúcteis.
Ligas especiais de fácil usinagem, desenvolvidas para trabalhos em tornos auto-
máticos de alta velocidade, contêm adições de elementos de ligas, tais como chum-
bo, bismuto, antimônio ou estanho. A presença destes elementos na estrutura do 
metal propicia a fratura de cavacos em fragmentos menores na ferramenta de corte.
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Ligas de fundição com alto teor de silício, de maneira contrária, necessitam de 
menores velocidades e retificação mais constante da ferramenta de corte, devido 
às partículas abrasivas de silício presentes na microestrutura. Ilustração do pro-
cesso de usinagem.
Usinagem de uma peça de do alumínio: https://goo.gl/5j8xJ7
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Acabamentos
É importante observar que o alumínio é normalmente usado sem acabamentos 
especiais de qualquer espécie. Isso se aplica a todas as diferentes formas de alumínio, 
considerando-se chapas para telhas, perfis extrudados para construção de estufas,móveis tubulares para jardim, pistões fundidos para veículos automotores ou folha 
para embalagem de alimento.
Em outras palavras, para muitas aplicações, o acabamento natural do alumínio 
é totalmente satisfatório, tanto em aparência como em durabilidade. O alumínio é 
adequado a numerosos acabamentos superficiais de proteção e decoração, alguns 
próprios do alumínio e outros que também se aplicam a outros metais.
Anodização
Anodização é o processo pelo qual um filme de óxido natural é artificialmente 
produzido no alumínio, por meio do ânodo de um eletrólito. O filme anódico 
recém-formado, antes do estágio final de selagem, é poroso e pode absorver 
material de coloração. Essa é a base da maioria dos acabamentos coloridos anodi-
zados e possibilita a impressão em determinadas áreas, reproduzindo claramente 
pequenos detalhes.
Uma variada gama de cores para aplicações arquitetônicas podem também ser 
obtidas sem uma separação do tratamento de coloração. Uma porcentagem con-
trolada de silício e outros elementos são introduzidos na composição da liga e 
a composição do eletrólito é modificada. A durabilidade das cores independe da 
solidez à luz dos corantes ou dos pigmentos e eles são, por isso, especialmente 
duráveis. A anodização de coloração natural também é frequentemente empregada 
para conferir uma resistência adicional à corrosão.
Acabamentos Mecânicos
Além de oferecer uma boa resposta às operações de polimento mecânico nor-
mal e de lustramento, o alumínio pode receber texturas decorativas por processos 
mecânicos. As lavragens são realizadas em chapas por cilindros gravados com o re-
levo desejado. Efeitos de acabamento acetinado podem ser dados por meio de es-
covamento, jateamento ou aplicação de um composto de polimento sem gordura.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Pintura
Diversos tipos de pintura baseadas em acrílicos, vinilas e outros plásticos, são 
adições vantajosas à ampla gama de acabamentos para o alumínio. Especialmen-
te em chapas para aplicações na construção civil e na manufatura dos vários tipos 
de móveis.
Filmes plásticos podem ser aplicados na forma laminada, permitindo o uso de 
revestimentos em relevos mais espessos. Tintas e vernizes aderem facilmente ao 
alumínio, próprios para a impressão de detalhes informativos e para realçar a apa-
rência de todos os tipos de embalagens.
Reciclagem
Um diferencial do alumínio, a reciclabilidade sem perda de propriedades físico/
químicas, torna o metal uma excelente escolha, principalmente para as embala-
gens de bebidas carbonatadas (refrigerantes, cervejas etc.). O processo de recicla-
gem, além de colaborar com a preservação ambiental, tem na economia de energia 
uma das suas maiores vantagens – utiliza apenas 5% da energia necessária para a 
produção do metal primário a partir do minério. O processo industrial de reapro-
veitamento da sucata do alumínio obedece às seguintes etapas:
Estes tipos de fornos são próprios para a fundição da sucata de alumínio:
I. Rotativos
De tecnologia mais antiga, tem rendimento metálico entre 50% e 60%.
II. Rotativos Selado
Os fornos rotativos são selados com sal de cobertura e têm um aproveitamento 
de até 85%, apresentando pouca geração de borra preta.
III. Sidewell sem Sal
Os fornos do tipo sidewell, também chamados de revérberos, são de tecnologia 
mais moderna, ideais para retalhos de baixas espessuras (0,15-0,20mm).
IV. De indução (pouco utilizados);
V. De plasma (em desenvolvimento). 
Fruto da recuperação da sucata do alumínio, as ligas secundárias permitem que 
o metal seja utilizado na fabricação de diversos semielaborados e elaborados como 
chapas, perfis etc., prontos para reutilização nos mais diversos segmentos da in-
dústria do alumínio.
20
21
Características do Alumínio 
Usado pela primeira vez na arquitetura em 1884, quando foram fundidos 2.800 
gramas para formar a camada protetora do monumento de Washington. O alumí-
nio consagra-se definitivamente em segundo lugar entre os metais mais utilizados, 
tendo a sua aplicação em obras como:
• Centrais nucleares;
• Complexos petroquímicos:
• Edifícios:
• Automóveis e caminhões:
• Arcos:
• Aviões:
• Como refletor de calor e luz.
De grande reatividade, o alumínio não se encontra em estado puro, aparecendo 
geralmente em:
• Substâncias oxigenadas;
• Fluoretos ou silicatos de constituição complexa.
O óxido de alumínio (coríndon) ocorre na natureza sob duas formas:
• Coríndon límpido e colorido (rubis e safiras);
• Coríndon impuro (esmeril), que contém o ferro como principal impureza.
Principais Características do Alumínio
O principal minério é a bauxita, nome devido à cidade de Lex Baux, na França, 
onde foi encontrado em 1821. As principais características do alumínio, conforme 
apresentadas e definidas pela Abal, (2006), são:
1) Peso específi co entre 2,56 e 2,70 g/cm3;
2) Ruptura à tração entre 8 e 14kg/mm²;
3) Dureza Brinell, 20;
4) Funde a 650/660ºC;
5) Bom condutor térmico e elétrico;
6) Boa resistência à corrosão;
7) Quanto mais puro o alumínio, maior a resistência à corrosão e menor a 
resistência mecânica;
21
UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
8) A liga com 3% de cobre, 1% de manganês e 0,5% de magnésio, gera o 
duralumínio, material que substitui o aço em muitas situações;
9) O bronze de alumínio é a liga que contém 90/95% de cobre e 10/5% de alumínio;
10) Condutibilidade elétrica inferior à do cobre, porém mais indicado que 
este por ter densidade menor;
11) Utilizado produção de cabos elétricos destinados à condução de altas tensões;
12) Excelente condutor de calor (utilizado em gigantescos trocadores de calor 
industriais, bem como em bandejas para gelar alimentos).
Na construção civil, é utilizado em:
• Fios e cabos elétricos;
• Coberturas:
• Revestimentos:
• Esquadrias (portas, janelas, vitrôs);
• Guarnições;
• Arremates etc.
As aplicações no mercado da construção são muito variadas devido à capacidade 
de transformação tanto nas formas físicas (espessuras variáveis, ângulos perfeitos, 
texturas diversificadas) como nas características mecânicas (plasticidade, resistência, 
condutividade, receptividade a tratamentos de superfície).
O Alumínio na Construção Civil
O alumínio na construção civil é sinônimo de beleza, longevidade, modernidade 
e inteligência construtiva.
Produtos como esquadrias de alumínio, painéis de revestimento, fachadas en-
vidraçadas, estruturas de alumínio para coberturas, estruturas de alumínio para fe-
chamentos laterais, divisórias, forros, box, utensílios para a construção, formas de 
alumínio para paredes de concreto, andaimes, escoras telhas, entre tantas outras 
soluções são facilmente montados e manuseados nos canteiros de obras e dão um 
toque de sofisticação, funcionalidade e bom gosto as construções, Reis (2011) e 
Abal (2013).
A inovação, sem dúvida, é a palavra de ordem em todos os setores produtivos e 
a construção civil não fica fora disso. Novas tendências da engenharia vêm aumen-
tando o uso de estruturas pré-fabricadas de alumínio em substituição aos métodos 
mais tradicionais compostos por madeira e alvenaria, Abal (2017).
O perfil de alumínio é extremamente durável e resistente à corrosão, especial-
mente devido à anodização e à pintura, Reis (2011).
22
23
Para estruturas de telhados, por exemplo, é o composto mais leve entre os mais 
utilizados e suporta todos os tipos de telhas e calhas, mesmo sendo dez vezes me-
nos pesado do que outros que usam madeira.
As janelas de alumínio também vêm ganhando bastante espaço nos projetos da 
construção civil, bem como as esquadrias de alumínio que, devido à sua resistência, 
acabam sendo fundamentais na redução dos custos de manutenção predial. Além 
do que, o alumínio permite aos arquitetos explorarem toda a sua criatividade ao 
combiná-lo com outros elementos das construções. Por isso, as fachadas compos-
tas com o metal valorizam os imóveis por seu alto desempenho, estética e funcio-nalidade garantida, Trovato (2013).
Conforme apresentado por Abal (2017) e Trovato (2013), devido ao fato de ser 
100% reciclável, tanto o perfil alumínio quanto os demais itens produzidos com o 
metal são sustentáveis. Portanto, o uso de seus derivados nas edificações contribui 
com maior aproveitamento, custos competitivos e ainda reduz a extração de de-
mais matérias primas da natureza. Duráveis e resistentes às intempéries, os produ-
tos de alumínio têm vida média acima de 40 anos e proporcionam um excelente 
acabamento – pintado ou anodizado.
Não é difícil entender porque o alumínio é o material ideal para empreendimen-
tos sustentáveis, sendo largamente aplicado como solução nos chamados “green 
buildings” (Edifícios verde).
O alumínio é infinitamente reciclável e traz vantagens em eco eficiência, uma vez 
que, aliado a outros materiais, propicia um ótimo padrão de isolamento térmico e, 
por isso, contribui para a economia no consumo de energia elétrica. Importante 
destacar também que o alumínio permite inúmeras possibilidades arquitetônicas 
que favorecem o melhor aproveitamento da iluminação natural, Abal (2017).
O alumínio permite uma diversidade de formatos, designs, pelo fato de que o 
seu processo de transformação obtêm praticidade, produtividade num processo 
industrial, quando comparado com outros materiais. O alumínio na construção civil 
teve considerável aumento em seu uso e, hoje, a construção representa o terceiro 
maior mercado do material, Abal (2017).
A Melhor Relação Custo-Benefício
O alumínio é um material leve, versátil, resistente e durável que, cada vez mais, 
está a conquistar um lugar de destaque nas mais variadas aplicações na constru-
ção civil.
É um material de excelência:
• São robusto;
• Não deforma;
• Não racha;
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
• Mantém o seu aspeto e qualidade de acabamento superficial praticamente sem 
manutenção, para além da lavagem simples.
Hoje não se encontra o alumínio apenas em caixilharias e telhas. O alumínio 
tornou-se uma tendência na arquitetura dada a sua enorme versatilidade, aplicabi-
lidade e facilidade de manutenção, refletindo-se inclusive na projeção de custos de 
uma obra.
Portas, janelas, fachadas, telhas, iluminação, revestimentos, sombreamentos e 
estruturas de suporte, entre outros produtos em alumínio, são mais leves, duráveis 
e resistentes à corrosão.
Estruturas em alumínio são altamente duráveis e resistentes a intempéries, como, 
por exemplo, agentes corrosivos, com vida média que supera os 40 anos. Tais 
características resultam na redução dos custos do projeto, principalmente quando 
se pensa em serviços de manutenção que possam ocorrer.
Outro fator que reduz os custos de uma obra é a leveza do material. Um produto 
mais leve é mais facilmente transportado até o local do empreendimento e você 
deve considerar todo o processo no orçamento final. Já a maior capacidade de 
carga, combinada à sua leveza, qualifica o produto para a aplicação em estruturas 
móveis e telhados.
Em média, a vida útil destes produtos é superior a 40 anos e sem falar no facto 
de que o alumínio pode ser reciclado infinitas vezes.
Vantagem
Ao escolher o alumínio, contribui-se para o uso consciente dos recursos. Trata-
-se de um material altamente reciclável, com vantagens no isolamento térmico do 
ambiente e no consumo de energia elétrica.
Por fim, se destaca a maleabilidade do metal, que permite ser ajustado às ne-
cessidades da sua obra. Na arquitetura, o material também pode ser combinado a 
outros elementos, resultando em estruturas com alto desempenho, sofisticação e 
estética de acordo com o seu projeto. O alumínio vem sendo cada vez mais usado 
na construção devido ao fato de ser durável, resistente e ecologicamente correto, 
entre outras características positivas.
Portanto, as principais vantagens na utilização do alumínio na construção, de 
acordo com Abal (2017), Reis (2011) e Trovato (20113), são:
Durabilidade e Resistência
A durabilidade e a resistência são duas das características mais importantes 
quando se fala dos materiais utilizados na construção civil. O alumínio apresenta 
ambas, sendo altamente resistente às intempéries e à corrosão.
24
25
Quando se fala de durabilidade, sua vida útil é estimada em torno de quarenta 
anos — e com uma manutenção adequada, esse período pode até ser estendido.
Acabamento
A estética proporcionada pelo alumínio dá a obra uma aparência limpa
e inovadora.
Em função da sua alta resistência, o material possibilita elementos esbeltos e 
fluidos, o que amplia as possibilidades arquitetônicas de seu uso. Além disso, o 
material torna-se ainda mais interessante quando se considera que os designs pro-
jetados com esse material podem ser fabricados em escala industrial.
Sustentabilidade
A preocupação com o meio ambiente e o viés sustentável proporcionado pelo 
alumínio são características que o tornam uma boa alternativa para as construções 
ecologicamente corretas.
• O material auxilia no isolamento térmico, o que reduz o consumo de energia 
e possibilita conforto acústico. As construções desse estilo costumam ser 
chamadas de construções secas, pois não geram resíduos e desperdícios.
• Outra característica alinhada à preocupação com o meio ambiente é a 
possibilidade de reciclagem do alumínio — além de seu ciclo de vida estendido, 
este pode ser reutilizado.
As características do alumínio permitem que este tenha uma diversa gama de 
aplicações. Por isso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material 
leve, durável e bonito, o alumínio mostra uma excelente performance e proprieda-
des superiores na maioria das aplicações. 
Produtos que utilizam o alumínio ganham também competitividade em função 
dos inúmeros atributos que este metal incorpora, como pode ser conferido a seguir:
1. Leveza
2. Elevada condução de energia
3. Impermeabilidade e opacidade
4. Alta relação resistência/peso
5. Beleza
6. Durabilidade
7. Maleabilidade e soldabilidade
8. Resistência à corrosão
9. Resistência e dureza
10. Possibilidade de muitos acabamentos
11. Infi nitamente reciclável
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Figura 7 – Exemplo de fachadas para aproveitamento de energia solar
Fonte: iStock/Getty Images
Aplicações
Segundo Trovato (2013) e apresentado pela Abal (2017), o alumínio pode ser 
utilizado de diversas formas e em vários elementos da edificação, conforme mos-
trado na Figura 8. Entre as aplicações mais comuns e mais vantajosas, se destaca:
1. Esquadrias:
 » Associam isolamento térmico e acústico a um material resistente e com 
acabamento versátil.
2. Fachadas envidraçadas:
 » A estrutura de alumínio dá suporte aos vidros.
3. Revestimento e fechamento do entorno das edificações;
4. Sustentação de simples divisórias e até de estruturas para cobertura;
5. Formas de concreto, que podem ser reaproveitadas;
6. Estruturas provisórias em itens, como escoras e andaimes;
7. Fechamentos, tanto de placas para fechamento horizontal quanto de 
telhas para fechamento vertical;
8. Escoramentos metálicos.
Figura 8 – Utilização do alumínio na construção civil, formas, estruturas e coberturas
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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27
A seguir são apresentadas algumas dessas aplicações do alumino na construção 
civil, conforme apresentada e discutida por Trovato (2013) e Abal (2017).
Esquadrias
Conforme apresentado pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal, 2017), a 
caixilharia de alumínio, conforme Figura 9, é a grande vitrine do metal na cons-
trução civil. Leve, durável e com diversas possibilidades de acabamentos, as esqua-
drias de alumínio são amplamente utilizadas por arquitetos e projetistas em empre-
endimentos de todo porte e padrão. O acabamento leva o produto a uma beleza 
significativa melhorando os aspectos visuais de uma edificação.
Figura 9 – Ilu stração de exemplos de esquadrias em alumínios na construção civil
Fonte: iStock/Getty Images
Alémdisso, a versatilidade das esquadrias de alumínio permite o desenvolvimen-
to de produtos e soluções que possibilitam reduzir o consumo de ar condicionado e 
de luz elétrica, ao mesmo tempo em que proporcionam maior segurança e confor-
to térmico e acústico aos usuários, fatores que contribuem para a sustentabilidade 
nas construções.
Esquadrias Homologadas, atestado de qualidade
A qualidade das esquadrias de alumínio (padronizadas ou sistematizadas) é 
garantida pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat 
(PBQP-H), no âmbito do Programa Setorial da Qualidade. Para serem homolo-
gados, esses produtos precisam atender às especificações da norma NBR 10.821 
nos requisitos de permeabilidade ao ar, estanqueidade à água, resistência às car-
gas de vento e resistência às operações de manuseio. Essas esquadrias também 
respondem perfeitamente às exigências de desempenho acústico preconizadas 
pela NBR 15.575.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Coberturas
As telhas de alumínio, Figura 10, trazem leveza, durabilidade e sustentabilidade 
para construções industriais, galpões e até residências. Seja em coberturas ou apli-
cadas como revestimento lateral, suas propriedades que aliam leveza e resistência 
mecânica impactam diretamente nos custos e manutenção de uma obra, Associa-
ção Brasileira do Alumínio (Abal, 2017).
Figura 10 – Utilização de telhas em alumínios
Fonte: iStock/Getty Images
Características como a refletividade a condutividade térmica do alumínio, que re-
duz a temperatura das instalações, favorecendo o conforto nos ambientes, e sua 
resistência mecânica são outros pontos a favor do produto. Além disso, as telhas 
de alumínio podem ser fornecidas em acabamento natural, pintada ou envernizada, 
bem como lavrado stucco.
Telhas de alumínio
São produzidas através de chapas finas de liga denominada 5S-H18, com perfis 
de onda senoidal ou trapezoidal.
• A senoidal tem comprimento de onda 76 mm a altura 18,5 mm.
• A trapezoidal tem comprimentos de onda 165 mm a altura 38mm. 
Por serem fabricadas de maneira contínua, a partir de bobinas, podem ser for-
necidas em comprimentos de 0,50 até 12,00m, limite este pelo transporte, conse-
guindo-se telhados sem emendas transversais.
28
29
Características para Projeto
A Tabela 1 apresenta um resumo das principais características de projeto para 
as telhas de alumínio. 
Tabela 1 – Principa is características projeto para as telhas de alumínio
Espessura Trapezoidal Senoidal
(mm)
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
1,0
Kg/m
1,350
1,690
2,030
2,370
2,705
3,380
Kg/m²
1,280
1,600
1,925
2,245
2,565
3,200
espaç. ter.
1380
1500
1620
1800
2000
2350
Kg/m
1,350
1,690
2,030
2,120
2,415
3,380
Kg/m²
1,210
1,665
1,815
2,370
2,705
3,020
espaç. ter.
1150
1250
1350
1500
1700
1820
Para os dois tipos de perfil são fabricadas peças complementares como cumeei-
ras e rufos e a fixação se dá geralmente por parafusos de alumínio de rosca (para 
madeira) ou por ganchos feitos a partir de hastes. 
Para limitar o aperto sobre terças, sob as telhas e presos pelos parafusos.
Nos telhados com menos de 10% de inclinação não deve haver emendas trans-
versais e, nos com mais de 10%, se houver, deverá haver reforço da vedação me-
diante o uso de espuma de poliuretano impregnada de betume (Compriband) ou 
espuma PVC com uma face adesiva (Balseal).
Esses vedantes evitam vibrações, a entrada de água, poeira e melhoram o iso-
lamento acústico. O recobrimento normal é de 150 mm, mas se a inclinação for 
inferior a 10%, deverá ser 250mm.
Quando depositadas no canteiro da obra as telhas de alumínio:
• Não devem entrar em contato com a umidade, pois poderão sofrer irisação 
(manchar).
• Não devem ser arrastadas para não sofrer riscos ou amassamentos;
• Se o empilhamento for horizontal, deve haver calços intermediários a cada 30 
telhas e espaçamento entre as pilhas para permitir a retirada por dois ou mais 
homens, dependendo do comprimento.
As telhas de alumínio não são projetadas para receber cargas concentradas e, 
durante a montagem ou depois de pronto, para andar sobre o telhado, devem ser 
providenciadas tábuas apoiadas nas terças.
Quando se necessita de isolamento térmico, podem ser colocadas uma manta de 
lã de vidro. A telha de alumínio, por ser reflexiva, já tem comportamento térmico 
melhor que as de amianto.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Escoramentos Metálicos
O sistema de escoramento metálico, é composto por elementos de aço ou alu-
mínio que servem de apoio às fôrmas para concreto com a função de sustentar as 
cargas e sobrecargas da estrutura e transferi-las ao chão ou ao pavimento inferior. 
O sistema pode ser usado em diversos tipos de obras:
• Edifícios;
• Obras industriais;
• Barragens;
• Blocos de fundação;
• Cortinas;
• Pilares;
• Vigas;
• Lajes etc.
Escoramento em estruturas de alumínio: https://goo.gl/zrAVSY
Ex
pl
or
Perfil de Alumínio para Construção Civil
Cantoneiras, contramarcos e linhas para a fachada são os tipos de perfil de alu-
mínio para construção civil, comumente utilizados. Motivo pelo qual é importante 
apontar quais suas principais características e vantagens.
O perfil de alumínio para construção civil é aberto, figura 17, conforme padrão 
de mercado e comercializado na quantidade mínima de 300 quilos por item.
As principais vantagens do perfil de alumínio para construção civil de acordo 
com a Abal (2013) e Reis (2011) são:
• A durabilidade — atualmente substitui diversos materiais;
• A reciclagem;
• A estética;
• A alta qualidade.
Os três tipos de perfil de alumínio para construção civil contam com atendi-
mento em conformidade com a solicitação de liga e têmpera do cliente dentro das 
normas ABNT NBR7000, NBR ISO209, NBR8116, NBR 12609, NBR 14125, 
NBR 14232, NBR 14229, NBR 15807, NBR 14334, NBR 15841, NBR 14246, 
NBR 8117, NBR 15840.
30
31
F igura 11 – Ilustração da aplicação de Perfi l de alumínio na a construção
Fontes: iStock/Getty Images
Vale destacar que as linhas para fachada podem ser fornecidas cortadas, de acor-
do com a necessidade do cliente.
Tipos de Perfil
1) Cantoneira
• é uma peça utilizada para dar apoio a prateleiras e estantes. Armada no 
canto e possui o ângulo de 90 graus. A peça serve também para arrematar 
quinas ou ângulos de paredes.
2) Contramarcos
• Se trata de uma moldura empregada no vão de uma obra para a futura 
instalação da esquadria. É um item de extrema importância para receber 
a esquadria de maneira adequada, por isso seu uso exige domínio técnico 
e cautela. 
3) Linhas de fachada
• é fundamental para a concepção de fachadas prediais.
Revestimentos
A paisagem urbana já está familiarizada com a utilização do alumínio em fachadas 
e interiores de empreendimentos industriais, residenciais, comerciais, shoppings 
centers e aeroportos. Afinal, o alumínio traz vantagens como fácil aplicação, con-
servação e manutenção, além de ser um revestimento não-inflamável e permitir 
soluções criativas de qualquer tipo de projeto.
31
UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Alternativa aos Materiais Convencionais
As placas de alumínio, Figura 12, podem ser utilizadas para fechamento das 
edificações, em substituição à madeira ou à alvenaria convencional. Seu uso na 
estrutura possibilita elementos mais esbeltos, ou seja, menos consumo de material, 
o que também o transforma em uma opção mais econômica.
Figura 12 – Ilustração de placas de alumínio
Fonte: iStock/Getty Images
Estruturas Metálicas de Alumínio
Apesar de ser utilizado para os mais diversos fins há mais de 100 anos na 
Europa e outros países mais industrializados, somente na década de 60, o alumínio 
teve seu início como elemento estrutural no Brasil, Abal (2000).
Trabalhos pioneiros do engenheiro austríaco Hans Egger, (1975) e mais tarde 
do anglo-canadense Cedric Marsh, (1977), abriram um grande mercado ora 
inexistente, da aplicação do alumínio em estruturas metálicas em territórionacional, 
tornando-o o mais profícuo do mundo nessa área. O alumínio tem a densidade de 
1/3 da do aço.
A Figura 13, apresenta uma estrutura de alumínio em um dos locais mais agres-
sivos do mundo. A Estrutura em alumínio apresenta em ótimo estado de conserva-
ção e foi construída há mais 20 anos, sendo a manutenção realizada ao logo dos 
anos nos apoios em aço.
32
33
Figu ra 13 – Ilustração de uma estrutura em alumínio
Fonte: iStock/Getty Images
Devido ao seu baixo peso próprio, o alumínio se torna um excelente material, 
não só estruturas móveis, como também para estruturas estáticas, onde o peso 
próprio tem fundamental importância nas cargas totais do projeto. Assim, também 
evidencia a vantagem sobre o aço na fabricação, transporte e montagem, Buzinelli 
(2000), Trovato (2013) e Abal (2017).
Devido a suas características próprias, o alumínio é dentre os materiais comercial-
mente encontrados o de maior taxa de resistência/peso. Portanto, o uso do alumínio 
em perfis estruturais pode proporcionar uma estrutura metálica mais econômica.
Uma das principais vantagens do uso da estrutura em alumínio é sua grande 
resistência à corrosão ambiental. Isto se deve ao fato do aparecimento imediata-
mente após a extrusão do perfil, de uma camada superficial fina, porém muito 
tenaz e inerte de óxido de alumínio. Esta camada proporciona excelente proteção 
às camadas mais inferiores do metal, possuindo ainda a característica de autorrege-
neração quando afetada, Trovato (2013).
As estruturas metálicas em alumínio natural (sem pintura ou qualquer outro tipo 
de acabamento) são altamente recomendáveis para o uso em quase todos os am-
bientes industriais.
O produto da auto-oxidação do alumínio em contato com o ar é incolor e não 
tóxico, assim sendo, leva o alumínio a ser utilizado também em larga escala na 
indústria química e de alimentos. 
33
UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
O módulo de elasticidade do alumínio é 1/3 do aço, por isso, as tensões devidas 
a impactos ou quedas que podem levar deformações às peças são baixas. Por outro 
lado, este baixo coeficiente de elasticidade implica em cuidado especial na fase de 
cálculo, com as deformações globais e a estabilidade local das seções. A figura se-
guinte, ilustra o exemplo de uma estrutura em alumínio utilizado em uma estrutura 
de Cobertura da arquibancada do Estádio Marco Zero.
Cobertura da arquibancada do Estádio Marco Zero: https://goo.gl/2qmfnH
Ex
pl
or
Ainda assim, mesmo com o coeficiente de condutibilidade térmica 2 vezes a do 
aço, as tensões oriundas das variações da temperatura são baixas, particularmente 
aquelas localizadas onde a alta condutibilidade térmica do alumínio reduz sobrema-
neira o gradiente térmico, Trovato (2013).
Segundo Buzinelli (2000), discutido e apresentado por Tovato (2013) e Abal 
(2017), outra grande vantagem da aplicação do alumínio na construção de estru-
turas ou veículos nas regiões árticas é que sob a influência de baixas temperaturas, 
as ligas em alumínio têm sua resistência aumentada e não sofrem o fenômeno da 
ruptura frágil.
Além da apresentação em chapas planas, o alumínio para estruturas é fornecido 
em perfis sólidos (abertos) ou tubulares (fechados). Estes são fabricados pelo processo 
de extrusão em matrizes, cuja facilidade na concepção das mais variadas formas das 
seções faz do alumínio um excelente material também de acabamento e decoração.
A figura a seguir ilustra um exemplo de aplicação de estruturas de alumínio na cons-
trução civil, no caso em especifico, a cobertura da arquibancada do Estádio Macapá.
Ilustração da Cobertura da arquibancada do Estádio Macapá em estrutura metálica: 
https://goo.gl/JHpNh7
Ex
pl
or
Modernamente, o uso de ferramentas CAD/CAM faz da extrusão um dos mais 
ágeis, avançados e econômicos meios de fabricação de seções estruturais.
Devido às suas propriedades físicas, o alumínio pode ser:
• Estampado;
• Puncionado;
• Usinado;
• Cortado ou furado facilmente com máquinas operatrizes convencionais 
de alta velocidade.
A união de peças estruturais pode ser feita tanto por aparafusamento como nas 
demais estruturas, ou alternativamente utilizando-se o processo de rebitagem a frio, 
Figura 14. Este último, além de mais econômico, proporciona maior homogenei-
dade e beleza às ligações.
34
35
Figura 14 – Ilustração da utilização de estruturas de alumínios para coberturas
Fonte: iStock/Getty Images
Em complementação ao “acabamento natural” geralmente empregado nos 
perfis para estruturas metálicas, alguns acabamentos especiais podem adicionar às 
peças de alumínio grande beleza arquitetônica, tais como: 
• texturização mecânica superficial;
• pintura;
• esmaltagem porcelanizada;
• anodização;
• outros.
Particularmente nas telhas, o uso do alumínio proporciona excepcional durabili-
dade, podendo estas ter acabamento natural, pintura ou envernizamento.
O Alumínio na Arquitetura –
Materiais para Fachadas
Designers, arquitetos, projetistas de todo o mundo escolhem o alumínio como o 
material ideal para as suas criações, uma vez que permite vários tipos de formas e 
acabamento, não limitando a criatividade e atribuindo um requinte especial a qual-
quer espaço. O alumínio é para estes profissionais o material ideal para introduzir 
mais beleza e sofisticação em qualquer espaço num edifício, Trovato (2013).
Por ser versátil, possibilita variadíssimos acabamentos, promove o uso conscien-
te de energia e proporciona o melhor isolamento acústico. O alumínio tem sido 
um dos materiais preferidos das maiores construtoras a nível mundial que investem, 
cada vez mais, nos “Green Buildings” (edifícios verdes).
Para quem procura construir ou reformar um edifício, é na hora da escolha dos 
materiais que percebe o quanto a opção alumínio é mais vantajosa.
35
UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Vantagens do Alumínio como Material de Fachadas
Como material de fachada, a utilização do alumínio permite, segundo Trovato 
(2013) e a Abal (2017):
• Maior versatilidade de formas, com design simples ou arrojado;
• Maior resistência mecânica adequada às aplicações;
• Leveza;
• Facilidade de transformação (furação, fresagem, cunhagem, soldadura);
• Eficiência térmica e acústica, através de soluções isolantes;
• Manutenção reduzida;
• Design e cores ilimitadas;
• Aplicação de grandes superfícies de vidro, graças aos perfis estreitos.
As edificações são responsáveis pelo consumo de aproximadamente 40% da de-
manda de energia no mundo. Por isso, é fundamental criar sistemas de construção 
energeticamente eficientes, para enfrentar os desafios climáticos. O alumínio pode 
ser empregado na construção de edifícios com baixa demanda de energia e, até 
mesmo, em edifícios que produzem energia, Andrade et. al. (2001).
Fachadas em alumínio, proteção e produção de energia: https://goo.gl/fgMT8c
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As fachadas de alumínio, funcionam como proteção contra o sol e proporcionam 
sombra e podem produzir energia.
Ainda segundo o autor, ao se utilizar alumínio como material de construção, é 
possível construir edifícios inovadores que reduzem a demanda de energia, além 
de tornar a produção e recuperação de energia possível. O edifício apresentado a 
seguir produz mais energia do que consome.
Edifício construído com tecnologia do alumínio: https://goo.gl/xQpN4K
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O edifício de demonstração da Hydro na cidade de Bellenberg, na Alemanha, pro-
duziu 108 MWh com seus painéis solares de abril de 2010 a julho de 2012, ao passo 
que o seu consumo durante o mesmo período foi de apenas 79 MWh, Abal (2017).
 
Ilustração do edifício de demonstração da Hydro na cidade de Bellenberg: https://goo.gl/YBPx6W
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A Hydro é um dos parceiros do projeto Powerhouse. O projeto pretende cons-
truir um edifício de escritórios com energia positiva na cidade de Trondheim na 
Noruega, que se tornará o edifício com energia positiva mais ao norte do mundo.
Quando se constrói comestruturas de alumínio, a necessidade de energia é 
alta, comparada com outros materiais. Contudo, o consumo de energia se torna 
pequeno, se comparado com a quantidade de energia que se pode poupar durante 
a vida útil da construção. Além do mais, quase todo o alumínio utilizado em uma 
construção pode ser reutilizado no final da vida útil deste.
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UNIDADE A Tecnologia do Alumínio e suas Aplicações na Construção Civil
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
A ferramentaria na indústria de extrusão de alumínio
PEREIRA JR., Péricles da Silva. A ferramentaria na indústria de extrusão de alumínio. 
São Paulo: Abal, 2009. 23 p.
Esquadrias de alumínio: gerando bons negócios com as construtoras
ARAUJO, Valdir Rodrigues de. Esquadrias de alumínio: gerando bons negócios com 
as construtoras. Salto: Alumidia, 2011. 214 p.
Construcao Civil - Serralheiro De Alumínio
SENAI-SP. Construcao Civil - Serralheiro De Alumínio. 1º Ed. SENAI-SP Editora. São 
Paulo, 2018. p. 100. ISBN: 9788553400218.
A Esquadria de Alumínio na Arquitetura - Design e Tecnologia
A Esquadria de Alumínio na Arquitetura - Design e Tecnologia. 1ed. Editora: Afeal, 
São Paulo, 2008.
Esquadrias de Alumínio – Alumínio e Acessórios Categoria
Araujo, A.; Esquadrias de Alumínio – Alumínio e Acessórios Categoria. 1 ed. Editora: 
Gráfica Senai, São Paulo, 2003.
Esquadrias de Aluminio: Analise dos critérios de escolha destes componentes em edifícios de apartamentos, 
padrão médio-alto, na cidade de São Paulo
Reis, M. N. Esquadrias de Aluminio: Analise dos critérios de escolha destes componentes 
em edifícios de apartamentos, padrão médio-alto, na cidade de São Paulo. Tese de 
Doutorado, Universidade de São Paulo (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). São 
Paulo 2011.
 Leitura
Sistema de fôrmas de alumínio para a indústria de formas de concreto: critérios competitivos na construção civil
https://goo.gl/6TQFBH
Alumínio e suas Ligas
https://goo.gl/ztpioR
Telhas de Alumínio
https://goo.gl/NNnLX8
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. 30 anos ABAL: a história do alu-
mínio no Brasil = Brazil’s aluminium history = La historia del aluminio en Brasil. 
São Paulo: Antonio Bellini Editora & Design, 2000. 120 p.
________. Características físico-químicas. 1. ed. São Paulo: Abal, 2006. vol. 10.
________. Estruturas: Perfis, Chapas e Telhas. 1ª edição. São Paulo: Abal, 2000, 
vol. 5.
________. Alumínio brasileiro - soluções para uma vida sustentável. São Paulo: 
Abal, 2017.
________. Por que usar alumínio. São Paulo: Abal, [2010]. 2 p.
ANDRADE, Maria Lucia Amarante de; CUNHA, Luiz Maurício da Silva; GAN-
DRA, Guilherme Tavares. A indústria do alumínio: desempenho e impactos da 
crise energética. Rio de Janeiro: BNDS Setorial, 2001. 25 p.
BUZINELLI, Didiane Victoria. Dimensionamento de elementos estruturais em 
alumínio. Dissertação (Mestrado)- Escola de Engenharia de São Carlos, Universi-
dade de São. São Carlos; 2000. 160 p.
CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica – Processos de Fabricação e Tratamento. 
São Paulo. Makron Books. 1986. 2º Edição.
REIS, Magda Netto dos. Esquadrias de alumínio: análise dos critérios de escolha 
destes componentes em edifícios de apartamentos, padrão médio-alto, na cidade 
de São Paulo. Tese de Doutorado - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Tec-
nologia da Arquitetura São Paulo; 2011. 257 p.
REIS, Magda Netto dos. Processo de produção e uso do alumínio na constru-
ção civil: contribuição à especificação técnica das esquadrias de alumínio. Dis-
sertação de mestrado - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Tecnologia da 
Arquitetura, São Paulo: 2005. 312 p.
TROVATO NETO, Euclydes. Palestra: aplicações de estruturas de alumínio na 
arquitetura e construção civil. São Paulo: Abal, 2013. 50 p.
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Outros materiais