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NEOPLASIAS MALIGNAS DE LÁBIO Epidemiologia • 4x mais frequente em homens • 6% de todos os tumores de CCP • > 50 anos • Fatores de risco: exposição solar (comum em trabalhadores de área rural), tabagismo, etilismo, lesões traumáticas de lábio Anatomia do lábio • Epitélio pseudoestratificado queratinizado, tecido conjuntivo mais frouxo e fino que da pele o Face interna: epitélio respiratório, presença de glândulas salivares • Músculo orbicular da boca • Irrigado pela a. labial, ramo da a. facial Drenagem linfática • Lábios superiores: linfonodos pré-parotídeos e níveis I e II • Comissura e lábio inferior: níveis Ia, Ib e depois II e III, raramente níveis IV e V Tumores • Benignos • Pré-malignos • Malignos: CEC, CBC, glândulas salivares menores e melanoma o 89% lábio inferior o 7% lábio superior o 4% comissura labial Quadro clínico • Assintomático no início Úlcera, área endurecida ou fissura, que evolui para lesão vegetante. Quando se torna infiltrativo, paciente refere dor. Quando o tumor é primário da comissura, tem pior prognóstico, pois essa região tem drenagem linfática maior que os lábios. Portanto, há maior risco de metástase (> 20%) Diagnóstico • Inspeção do lábio, cavidade oral, mucosa jugal, dentes, língua, assoalho da língua, região retromolar, palato • Palpação da lesão e do pescoço buscando linfonodos metastáticos • Biópsia Estadiamento Tamanho • Tx: não pode ser avaliado • T0: sem evidência de tumor primário • Tis: carcinoma in situ • T1: até 2cm • T2: 2 a 4cm • T3: > 4cm • T4a: invade estruturas adjacentes • T4b: lábio e cavidade oral, invade espaço mastigatório, lâmina pterigóide, base de crânio, carótida interna Linfonodos • Nx: não pode ser avaliado • N0: sem metástase • N1: ipsilateral menor que 3cm • N2a: ipsilateral, único de 3 a 6cm • N2b: ipsilateral, múltiplos, até 6cm • N2c: bilateral ou contralateral < 6cm • N3: > 6cm Metástase • M0: sem metástase • M1: metástase a distância – não costuma dar Tratamento Cirúrgico: ressecção com margem de segurança A depender do tamanho da lesão: • Mucosectomia (Tis) • Fechamento primário • Reconstrução • Retalho local – nasogeniano A partir de T2, N+ e acometimento da comissura, fazer esvaziamento cervical nos níveis linfonodais mais acometidos pela lesão • Níveis I, II, III: seletivo • I a V: radical • Se lesão ultrapassar linha média, esvaziar bilateralmente Indicação de RT pós-operatória • T4 • Invasão peri-neural • Infiltração vascular • Pescoço + (ex: T2N1) • Pacientes sem condições clínicas de cirurgia Prognóstico Depende do estadiamento. Fatores de pior prognóstico: • Invasão linfática, vascular, neural ou muscular • Tumor pouco diferenciado ou indiferenciado • Metástases com ruptura de cápsula do linfonodo • Recidiva Prevenção • Proteção do lábio à exposição solar e vento • Filtro solar • Tratar queiloses e fissuras • Uso de beta-carotenos para auxiliar a re- epitelização Resultados • Até T3: sobrevida de 90% em 5 anos • Estádio IV sobrevida de 50% • Recidiva – maioria local • Resultados estéticos • Resultados funcionais – competência oral, sensibilidade, sucção e fonação (indicar fonoterapia)
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