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A CONTABILIDADE NA ERA DIGITAL

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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
1
 
A CONTABILIDADE NA ERA DIGITAL 
 
Viviane Apda. Almeida de Souza Borges1, Carla Cristina Ferreira de Miranda2 
 
1Universidade do Vale do Paraíba – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas / Ciências Contábeis 
Endereço: Av. Shishima Hifumi, nº. 2911, Urbanova, São José dos Campos - SP, e-mail: 
vivianeasb@ig.com.br 
 2Universidade do Vale do Paraíba – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas / Ciências Contábeis 
Endereço: Av. Shishima Hifumi, nº. 2911, Urbanova, São José dos Campos - SP, e-mail: 
carla.contadora@hotmail.com 
 
Resumo- Considerando o fim da escrituração tradicional em função dos meios eletrônicos, a evolução 
tecnológica vem gerando um impacto para o profissional Contábil. Vivemos na era da escrituração digital. 
Com o avanço dos sistemas de processamentos de dados, a Receita Federal disponibiliza um avançado 
software que facilitará a fiscalização por todos os órgãos fiscalizadores. O Sistema Público de Escrituração 
Digital – SPED é cada vez mais presente na rotina de diversos segmentos empresariais. A precisão das 
informações em tempo real trouxe maior responsabilidade ao contador, o qual necessita adequar-se aos 
novos hábitos, na mesma velocidade em que a tecnologia da informação revoluciona os meios de 
comunicação entre Empresas e Fisco. 
 
Palavras-chave: Tecnologia da Informação, SPED, Escrituração Digital. 
Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas 
 
Introdução 
 
 A Tecnologia da Informação, há décadas, vem 
revolucionando a rotina do profissional Contábil, 
contribuindo para as melhorias e qualidade de 
trabalho. Porém, com o avanço da era Digital, a 
Contabilidade depara-se com uma nova realidade 
apresentada pelo Sistema Público de Escrituração 
Digital (SPED). 
 Neste momento, é essencial que o contador 
esteja presente e tenha conhecimento profundo de 
planejamento estratégico, pois o setor contábil 
vive hoje a era digital e os que não se adaptarem 
a esse novo cenário serão engolidos, diz Alcazar 
(2009). 
 O embasamento teórico, para desenvolvimento 
desta pesquisa, construiu-se a partir de 
pressupostos de Duarte (2009), Hoss (2008) e 
essencialmente Decreto 6022/2007, o qual 
instituiu o SPED. 
 Este trabalho tem o objetivo de mostrar as 
mudanças na rotina do profissional contábil, 
trazidas pela revolução da tecnologia da 
informação, com ênfase no Sistema Público de 
Escrituração Digital - SPED. 
 
Metodologia 
 
 Por se tratar de um assunto da atualidade, não 
existe uma bibliografia específica sobre o SPED, 
portanto este trabalho tem fundamentação teórica 
elaborada através de pesquisas bibliográficas 
subsidiadas em sites do governo, livros contábeis, 
artigos científicos publicados em revistas de 
órgãos contábeis. 
 
Tecnologia da Informação 
 
 O termo Tecnologia da Informação serve para 
designar o conjunto de recursos tecnológicos e 
computacionais para geração e uso da 
informação. Também é comumente utilizado para 
designar o conjunto de recursos não humanos 
dedicados ao armazenamento, processamento e 
comunicação da informação, bem como o modo 
como esses recursos estão organizados em um 
sistema capaz de executar um conjunto de tarefas. 
 A sigla TI (tecnologia da informação) abrange 
todas as atividades desenvolvidas na sociedade 
pelos recursos da informática. É a difusão social 
da informação em larga escala de transmissão, a 
partir destes sistemas tecnológicos inteligentes. 
Seu acesso pode ser de domínio público ou 
privado, na prestação de serviços das mais 
variadas formas, (WIKIPÉDIA). 
 Para Beal (2000), o principal benefício que a 
tecnologia da informação traz para as 
organizações é sua capacidade de melhorar a 
qualidade e a disponibilidade de informações e 
conhecimentos importantes para a empresa, seus 
clientes e fornecedores. 
 O ambiente empresarial está mudando 
continuamente, tornando-se mais complexo, 
menos previsível e, cada vez mais, dependente de 
informação e de toda a infra-estrutura tecnológica 
que permite o gerenciamento de uma enorme 
quantidade de dados. A tecnologia está gerando 
grandes transformações, que estão ocorrendo a 
nossa volta de forma ágil e sutil. A convergência 
desta infra-estrutura tecnológica com as 
DELL
Realce
 
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
2
telecomunicações, que aniquilou as distâncias, 
está determinando um novo perfil de produtos, 
serviços e principalmente profissionais. 
 
Contabilidade 
 
 Contabilidade é a ciência que estuda, pratica, 
controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades, mediante ao registro, a 
demonstração expositiva e a revelação desses 
fatos, com o fim de oferecer informações sobre a 
composição do patrimônio, suas variações e o 
resultado econômico decorrente da gestão da 
riqueza econômica, afirma Franco (1997). 
 Sua principal finalidade é fornecer informações 
sobre o patrimônio, informações essas de ordem 
econômica e financeira, que facilitam assim as 
tomadas de decisões, tanto por parte dos 
administradores ou proprietários, quanto por parte 
daqueles que pretendem investir na empresa. 
 Com o passar do tempo, o Governo começou a 
utilizar-se dela para arrecadar impostos e a tornou 
obrigatória para a maioria das empresas. 
 Todas as movimentações possíveis de se medir 
em dinheiro são registradas pela contabilidade, 
que em seguida, resume os dados registros em 
forma de relatórios e os entrega aos interessados 
em conhecer a situação da empresa. 
 Pessoas Interessadas na Contabilidade: sócios 
e acionistas; administradores; diretores e 
executivos; governo; bancos e capitalistas; 
pessoas jurídicas (outras empresas). 
 
A Evolução da Contabilidade 
 
 Conforme publicado no site Sescon Serras 
Gaúchas, a nossa história é tão antiga quanto a 
própria história da civilização. Está presa as 
primeiras manifestações humanas da necessidade 
social de proteção à posse e de perpetuação e 
interpretação dos fatos ocorridos com o objeto 
material de que o homem sempre dispôs para 
alcançar os fins propostos. 
 Foi o pensamento do futuro que levou o homem 
aos primeiros registros a fim de que pudesse 
conhecer as suas reais possibilidades de uso, de 
consumo, de produção etc. 
 Com o surgimento das primeiras administrações 
particulares aparecia a necessidade de controle, 
que não poderia ser feito sem o devido registro, a 
fim de que se pudesse prestar conta da coisa 
administrada. 
 À medida que o homem começava a possuir 
maior quantidade de valores, preocupavam-lhe 
saber quanto poderiam render e qual a forma mais 
simples de aumentar as suas posses, tais 
informações não eram de fácil memorização 
quando já em maior volume, requerendo, portanto, 
os registros dos acontecimentos. 
 A História da Contabilidade segundo historiador 
italiano Federigo Melis (1950), divide-se em quatro 
períodos distintos: 
1º. Período: História Antiga ou da Contabilidade 
empírica, que vai de cerca de 8.000 anos atrás até 
1202 de nossa era. 
2º. Período: História Média ou da Sistematização a 
Contabilidade, que vai de 1202 até 1494. 
3º. Período: História Moderna ou da Literatura da 
Contabilidade, que vai de 1494 a 1840. 
4º. Período: História Contemporânea ou Científica 
da Contabilidade, que vai de 1840 até aos nossos 
dias. 
 A Historia Antiga refere-se aos estudos do 
registro dos fatos contábeis na Suméria, Egito e 
termina com o aparecimento de Leonardo 
Fibonaci, um matemático italiano considerado, por 
alguns, como o mais talentoso matemático da 
Idade Média. 
 A História da Sistematização formou-se no 
período em que a Contabilidade assumiu formas 
sistemáticas de registro, no século XIII, quando 
Luca Pacioli, um monge franciscano e célebre 
matemático italiano, descreve a contabilidadede 
dupla entrada, conhecida como método das 
partidas dobradas. Pacioli é considerado o pai da 
contabilidade moderna. 
 Segue-se a fase da literatura, com centenas de 
obras em todo o mundo, todas de teor prático, 
terminando quando o contador e professor italiano 
Francesco Villa, em 1840, publicou a sua magistral 
obra, marcante na história da Contabilidade, que 
abriu o período científico: La Contabilità Applicatta 
alle Amministrazioni Private e Pubbliche, premiada 
pelo governo da Áustria. 
 Após longa trajetória, a contabilidade é 
revolucionada pela tecnologia da informação. 
 A essência não foi alterada, a contabilização 
dos fatos contábeis continua sendo feita da 
mesma forma. O que alterou foi a forma de 
processar tais informações, trazendo o cuidado de 
conferir tais lançamentos, através do 
conhecimento e capacidade profissional. Com 
isso, as empresas e profissionais estão cada vez 
mais dependentes da Tecnologia. 
 Segundo Hoss (2008), a humanidade por 
instinto de sobrevivência, buscou ao longo dos 
milênios cercar-se de bens materiais que julgava 
serem necessários para a perpetuidade de sua 
espécie. Com o passar do tempo, o conhecimento 
agregado permitiu que a humanidade evoluísse. 
Os valores das coisas sofreram alterações, 
fazendo com que a necessidade de informações a 
respeito da riqueza patrimonial também sofresse 
mutações. Desta forma, a contabilidade passou de 
um conhecimento rudimentar e empírico para uma 
ciência onde a metodologia de escrituração e 
análise dos valores patrimoniais fica cada dia mais 
sofisticado. 
 
DELL
Realce
 
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
3
A Contabilidade da Era Digital 
 
 Em plena maturidade da profissão contábil, que 
já ultrapassa os 60 anos - conforme Decreto-Lei 
nº. 9.295, de 27 de maio de 1946, o qual criou o 
Conselho Federal de Contabilidade, definindo as 
atribuições do Contador – o futuro bate à porta e 
tem logo atrás o projeto do Sistema Público de 
Escrituração Digital – SPED, diz Carvalho (2008). 
 
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) 
 
 Instituído pelo Decreto n º 6.022, de 22 de 
janeiro de 2007, o Sistema Público de 
Escrituração Digital faz parte do Programa de 
Aceleração do Crescimento do Governo Federal 
(PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um 
avanço na informatização da relação entre o fisco 
e os contribuintes. 
 De modo geral, consiste na modernização da 
sistemática atual do cumprimento das obrigações 
acessórias, transmitidas pelos contribuintes às 
administrações tributárias e aos órgãos 
fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital 
para fins de assinatura dos documentos 
eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica 
dos mesmos apenas na sua forma digital. 
 É composto por três grandes subprojetos, 
abaixo destacado na Figura 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – SPED 
 
 Representa uma iniciativa integrada das 
administrações tributárias nas três esferas 
governamentais: federal, estadual e municipal. 
 Possibilita, com as parcerias fisco-empresa, 
planejamento e identificação de soluções 
antecipadas no cumprimento das obrigações 
acessórias, em face às exigências a serem 
requeridas pelas administrações tributárias. 
 Faz com que a efetiva participação dos 
contribuintes, na definição dos meios de 
atendimento às obrigações tributárias acessórias 
exigidas pela legislação tributária, contribua para 
aprimorar esses mecanismos e confira a esses 
instrumentos maior grau de legitimidade social. 
Estabelece um novo tipo de relacionamento, 
baseado na transparência mútua, com reflexos 
positivos para toda a sociedade. 
 Para Duarte (2009), o SPED é um projeto de 
inclusão da inteligência fiscal brasileira na Era do 
Conhecimento. Em outras palavras, as 
autoridades fiscais, em todos os níveis, estão 
usando a tecnologia da informação para 
fornecimento de informações com velocidade e 
precisão, capacitando seus profissionais para 
analisarem tais informações em busca de indícios 
de fraude ou sonegação. 
 Está abrindo-se uma imensa janela de 
oportunidades para contadores que poderão 
prestar serviços de alto valor agregado aos seus 
clientes como: planejamento tributário, auditoria e 
contabilidade gerencial. Com a massificação do 
uso da NF-e, muitas tarefas tenderão a 
desaparecer devido à integração da cadeia 
produtiva do ponto de vista fiscal. Por outro lado 
as empresas precisarão de planejamento 
tributário, auditoria e contabilidade gerencial. 
Portanto, gestores e contadores precisarão das 
habilidades básicas para sobrevivência da era do 
conhecimento: habilidade com tecnologia da 
informação, análise, síntese e comunicação. 
 
Escrituração Contábil Digital 
 
 De maneira bastante simplificada, podemos 
definir o Escrituração Contábil Digital (ECD) ou 
SPED Contábil, como a substituição dos livros da 
escrituração mercantil pelos seus equivalentes 
digitais. 
 A partir do seu sistema de contabilidade, a 
empresa gera um arquivo digital no formato 
especificado no anexo único à Instrução 
Normativa RFB nº. 787/07, a qual institui 
Escrituração Contábil Digital (ECD), para fins 
fiscais e previdenciários. 
 Devido às peculiaridades das diversas 
legislações que trata da matéria, este arquivo 
pode ser tratado pelos sinônimos: Livro Diário 
Digital, Escrituração Contábil Digital – ECD, ou 
Escrituração Contábil em forma eletrônica. 
 Este arquivo é submetido ao Programa 
Validador e Assinador – PVA, sem inconsistências 
o arquivo deverá ser submetido ao ambiente 
SPED, via internet. 
 A adoção do SPED será obrigatória às pessoas 
jurídicas, a partir de 2008, que fizerem parte das 
sociedades empresárias sujeitas ao 
acompanhamento econômico-tributário 
diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº. 
11.211, de 7 de novembro de 2007. A partir de 1º 
de janeiro de 2009 o SPED será obrigado às 
sociedades empresárias sujeitas à tributação do 
Imposto de Renda com base no Lucro Real, 
ficando facultada a entrega da ECD às demais 
sociedades empresárias. 
 
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
4
 São previstas as seguintes formas de 
escrituração contábil digital, abaixo destacado na 
Figura 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Livros Contábeis Abrangidos ao SPED 
Contábil. 
 
 O SPED Contábil deverá ser assinado, de forma 
digital, pelas seguintes pessoas: o representante 
cadastrado na Junta Comercial, com poderes para 
a prática de tal ato e o contabilista responsável 
pela empresa. 
 O Programa Validador e Assinador - PVA só 
permite que o contabilista assine após os 
representantes da empresa. 
 Conforme Instrução Normativa DNRC 107/08, 
devem ser utilizados certificados digitais de 
pessoa física, para envio dos arquivos digitais á 
Receita Federal. 
 O documento eletrônico de identidade e-CPF foi 
criado para facilitar o relacionamento entre os 
contribuintes brasileiros e a Receita Federal. É 
utilizado para garantir a autenticidade dos 
remetentes de documentos e dados que trafegam 
pela Internet, assegurando sua inviolabilidade. Foi 
criado para facilitar o relacionamento entre os 
contribuintes brasileiros e a Receita Federal. 
 
Escrituração Fiscal Digital 
 
 Instituído pelo Convênio ICMS no. 143, de 
2006, a Escrituração Fiscal Digital (EFD) ou SPED 
fiscal é um arquivo digital que se constitui de um 
conjunto de escriturações de documentos fiscais e 
de outras informações de interesse dos fiscos das 
unidades federadas e da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, bem como de registros de 
apuração de impostos referentes às operações e 
prestações praticadas pelo contribuinte. 
 A partir do seu sistema fiscal, a empresa gera 
um arquivo digital de acordo com leiaute 
estabelecido em Ato Cotepe/ICMS no. 09 de 2008, 
informandotodos os documentos fiscais e outras 
informações de interesse dos fiscos federal e 
estadual, referentes ao período de apuração dos 
impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser 
submetido à importação e validação pelo 
Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido 
pelo SPED. 
 Em regra, a periodicidade de apresentação é 
mensal. Conforme preceitua a cláusula 8ª do 
Convênio ICMS nº. 143/06, os contribuintes do 
ICMS ou do IPI ficam obrigados à Escrituração 
Fiscal Digital (EFD) a partir de 1º de janeiro de 
2009, sendo facultada a cada uma das unidades 
federadas, em conjunto com a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, estabelecer esta 
obrigação para determinados contribuintes durante 
o exercício de 2008. 
 A Cláusula sétima do Convênio ICMS 143/06 
estabelece que a escrituração prevista na forma 
deste convênio substitui a escrituração e 
impressão dos seguintes livros, abaixo destacados 
na Figura 3: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Livros Fiscais abrangidos ao SPED 
Fiscal. 
 
Nota Fiscal Eletrônica – NF-e 
 
 Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica 
como sendo um documento de existência apenas 
digital, emitido e armazenado eletronicamente, 
com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma 
operação de circulação de mercadorias ou uma 
prestação de serviços, ocorrida entre as partes. 
 Sua validade jurídica é garantida pela 
assinatura digital do remetente (garantia de autoria 
e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do 
documento eletrônico, antes da ocorrência do fato 
gerador. 
 A Nota Fiscal Eletrônica tem validade em todos 
os Estados da Federação e já é uma realidade na 
legislação brasileira desde outubro de 2005, com a 
aprovação do Ajuste SINIEF 07/05 que instituiu 
nacionalmente a Nota Fiscal Eletrônica e o 
Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – 
DANFE. 
 A partir da geração da NF-e a Secretaria da 
Fazenda poderá monitorar todas as etapas do 
processo de circulação de mercadorias, através do 
uso dos arquivos eletrônicos, proporcionando 
maior rapidez e segurança á fiscalização. 
 O Protocolo ICMS 10/07, alterado pelo 
Protocolo ICMS 68/08, dispõe sobre a 
 
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
5
obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal 
eletrônica (NF-e) para a partir de 1º de abril de 
2008 para determinados segmentos. 
 A fugura 4 mostra a sistemática da NF-e: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Esquema da Nota Fiscal Eletrônica 
 
Certificado Digital 
 
 O certificado digital é um documento eletrônico 
que possibilita comprovar a identidade de uma 
pessoa, uma empresa ou um site, para assegurar 
as transações on-line e a troca eletrônica de 
documentos, mensagens e dados, com presunção 
de validade jurídica. 
 Diversos segmentos da economia já utilizam a 
certificação em suas atividades. Essas áreas 
utilizam a tecnologia que certifica a autenticidade 
dos emissores e destinatários dos documentos 
eletrônicos, garantindo sua privacidade e 
inviolabilidade aliada à economia de tempo, 
redução de custos, validade jurídica nos 
documentos eletrônicos, possibilidade de 
eliminação de papéis e autenticação na internet 
com segurança. 
 
Resultado 
 
 O SPED ou Big Brother Fiscal, como vem sendo 
chamado, é um sistema que insere as autoridades 
legais na Era do Conhecimento. 
 A resistência de algumas empresas na 
adequação de seus sistemas ao SPED, está 
relacionada, principalmente, à falta de 
conhecimento do que é o projeto, e da redução de 
custos que será obtida após o processo de 
implantação que, logicamente, exige um 
investimento inicial relacionado não só a recursos 
financeiros, como também, a recursos de 
tecnologia e humanos em especial. Os 
empresários custam acreditar que terão benefícios 
com a nova sistemática e vislumbram somente o 
ganho por parte do governo, mais precisamente, 
por parte dos órgãos de fiscalização. 
 A obrigatoriedade de adoção do SPED está 
determinada em cada um dos subsistemas que o 
compreendem, mas já está em vigor para algumas 
companhias, principalmente às sujeitas ao 
acompanhamento econômico-tributário 
diferenciado sujeitas à tributação do imposto de 
renda com base no lucro real, que já estão 
obrigadas à adoção parcial do sistema com 
relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º 
de janeiro de 2008. 
 Os prazos de entrega também variam de acordo 
com o sistema e podem ser mensais, anuais ou 
mesmo diárias, como é o caso da NF-e que 
precisa ser transmitida no momento de sua 
emissão, já que para acompanhar o transporte da 
mercadoria é necessária a emissão do Documento 
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE). 
 As multas por atraso podem chegar a 
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por mês calendário 
ou fração, o que deve atentar os contribuintes a 
fim de evitar transtornos por parte do fisco e 
desembolsos desnecessários em virtude das 
penalidades aplicáveis. 
 
Discussão 
 
 Alcazar (2009), afirma que nossa profissão ficou 
relegada ao cumprimento de tarefas para atender 
à demanda do governo em relação ao contribuinte. 
Com o avanço tecnológico dos últimos 10 anos, há 
uma evolução, e a própria abertura da economia 
globalizada trouxe outra realidade aos 
empreendedores do mundo e do Brasil. 
Consequentemente, a profissão contábil, pela 
natureza dessas evoluções todas, tem de se 
adaptar aos tempos modernos e, com isso, ela 
ganha o resgate do seu valor agregado, que é o 
intelectual. 
 Hoje, o profissional de contabilidade terá de 
aplicar a sua intelectualidade, o seu 
conhecimento, ter o seu pensamento estratégico a 
serviço da comunidade e dos empresários. A 
evolução dos tempos colocou a profissão de 
contabilidade nessa modernidade, e o grande 
esforço feito por todas as entidades da 
contabilidade, como o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), o Conselho Regional de 
Contabilidade (CRC-SP) e às outras entidades 
que representam à profissão, não tem medido 
esforços para aprimorar o conhecimento deste 
profissional que precisa evoluir. 
 Com o avanço tecnológico e a disponibilidade 
de ferramentas de processamento contábil, o 
contador passa a ter seu foco de crescimento em 
uma atualização constante, de vital importância 
para garantir os bons resultados das 
organizações, diz Hoss (2008). 
 
Conclusão 
 
 A evolução tecnológica vem gerando impacto 
para o profissional Contábil, conseqüente do 
processo de execução do trabalho, que tem sido 
radicalmente alterado nas últimas décadas. 
DELL
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DELL
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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 
6
 O SPED trouxe uma nova realidade: a precisão 
de informação em tempo real. Portanto o 
profissional de contabilidade terá um papel 
importantíssimo em meio a todas essas novas 
tecnologias e obrigações, o de ser a interface 
entre o estado e a economia, o contribuinte e as 
administrações públicas, aumentando ainda mais 
sua responsabilidade profissional. 
 Em função destas normas é que o profissional 
contábil deverá certificar-se da segurança do seu 
ambiente de informática, tanto próprio quanto de 
terceiros, pois a dependência do departamento de 
TI – Tecnologia da Informação está cada vez 
maior. 
 Trata-se de uma mudança radical de usos e 
costumes de dezenas de anos onde os Guarda-
Livros, transcreviam os livros diários primeiro a 
caneta tinteiro, depois usavam a datilografia para 
em seguida transcrever no papel com utilização de 
gelatina copiativa, então apareceram os 
computadores que imprimiam os arquivos digitais 
em papel para posterior registro, agora é o fim da 
impressão em papel, pois o arquivo digital é 
validado e assinado eletronicamente com a 
Certificação Digital, convertido em layout 
determinado, enviado via internet para o SPED 
Nacional, registrado nas Juntas Comerciais,mantendo-se no meio digital com todo o respaldo 
legal. 
 Assim, concluindo, podemos dizer que essa 
mudança de paradigma exigirá uma constante 
atualização aos profissionais contábeis em relação 
a novos processos implementados, os quais 
constituirão numa árdua tarefa, onde o profissional 
se valerá do esforço, da competência, da 
habilidade, intelectualidade, da evolução e 
principalmente da vontade de ser um profissional 
capaz de desenvolver seu trabalho com qualidade, 
alcançando os fins propostos da sua profissão. 
 
Referências 
 
- ALCAZAR, José Maria Chapina. Tecnologia 
determinará novo cenário contábil. Extraído de: 
Conselho Federal de Contabilidade – 22 de abril 
de 2009. Disponível em: 
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1015441/tecno 
Acesso em 26 ago. 2009. 
 
- BEAL, Adriana. Introdução à gestão de 
tecnologia da informação. 2beal.org. Disponível 
em: 
http://2wtx.com/2beal/ti/manuais/GTI_INTRO.PDF. 
Acesso em 27 ago. 2009. 
 
- CARVALHO, Jackeline. Apenas uma questão de 
tempo. In: Revista do Sescon, n. 210, ano XVIII, 
São Paulo, out. 2008. 
- DUARTE, Roberto Dias. SPED, NF-e, ERP, 
tecnologias, gestão e a Era do Conhecimento. 
Disponível em: 
http://www.robertodiasduarte.com.br/. Acesso em 
25 ago. 2009 
 
- FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23 ed. 
São Paulo: Atlas, 1997. 
 
- HOSS, Osni. Contabilidade: Ensino e Decisão. 
São Paulo: Atlas, 2008. 
 
I- UDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade 
introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
- MARINHO, Wendel. Revolução Digital no meio 
Empresarial e Contábil, 27/07/06. Disponível em: 
http://www.almeidacamargo.com.br/almeidacamar
go/downloads/blogsintecnologia.pdf. Acesso em 
25 ago. 2009 
 
- PLANALTO DO GOVERNO. Legislação. 
Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007. 
Acesso em 27 ago. 2009. 
 
- PORTAL DA NOTA FISCAL ELETRONICA. 
Disponível em www.nfe.fazenda.gov.br/portal/# 
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