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histofisiologia dos tecidos periimplantares

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Histo-fisiologia dos tecidos peri-implantares
Introdução: 
A saúde peri-implantar diz respeito ao tecidos que se encontram em 
torno do implante fixado no osso. Ela é crucial para que o implante e a 
prótese sobre ele possam ter sucesso. 
TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL: Amortecer ou absorver 
forças que atuam sobre tecidos duros periodontais; 
DENTE: 
 
Tecido peri-implantar 
O tecido peri-implantar é semelhante ao tecido periodontal, constituído 
de epitélio bucal ceratinizado, epitélio sulcular, epitélio juncional e uma 
zona de tecido conjuntivo formada por fibras colágenas peri-
implantares dispostas paralelas à superfície do implante e osso 
marginal. Bastos Neto (2013) 
DIFERENÇA: A diferença mais importante entre dentes e 
implantes está relacionada ao espaço biológico e ao aparelho de 
sustentação. Os espaços biológicos são diferentes em suas dimensões, 
enquanto o dente se relaciona diretamente com o ligamento periodontal 
e o osso, o implante está em contato direto com o osso. 
 
O espaço biológico formado após o implante é um pouco maior que o 
do dente, ficando em torno de mais ou menos 3,5 mm, podendo chegar 
até 5mm. 
A mucosa peri-implantar ceratinizada, é formada no processo de 
cicatrização da ferida, após a colocação cirúrgica do implante. 
 TECIDO PERIODONTAL TECIDO PERI-IMPLANTAR 
PERIODONTO/ 
CEMENTO: 
Presente Ausente 
INSERÇÃO 
INSERÇÃO CONJUNTIVA: Fibras colágenas gengivais partindo da crista 
óssea alveolar para o cimento 
Fibras colágenas paralelas a inserção 
conjuntiva cervical peri-implantar 
Não existe de fato uma inserção conjuntiva e 
sim uma ADESÃO pois não há fibras ligando o 
colarinho ao tecido conjuntivo. 
TECIDO DE 
PROTEÇÃO 
GENGIVA- Faz parte do periodonto de sustentação 
Fibras gengivais capazes de conectar a gengiva ao osso dando ao 
mesmo uma mobilidade fisiológica junto ao ligamento periodontal 
MUCOSA: Exerce uma proteção como barreira 
física do implante, evitando a proliferação 
bacteriana, porém sua resistência é menor 
pois contém mais fibras colágenas e menos 
fibroblastos que o tecido conjuntivo periodontal 
POBRE EM FIBROBLASTOS (Anquilose 
funcional) 
Periodonto
Proteção
G. Marginal
G. Inserida
G. Interdentária 
(col)
Sustentação
Cemento
Osso alveolar
Ligamento 
periodontal
 
Layara Aquino 
RICO EM COLÁGENO 
POUCO VASCULARIZADO 
VASCULARIZAÇÃO 
Provém do osso e ligamento periodontal 
Vaso supra-periosteal; Plexo vascular do ligamento periodontal 
Provém diretamente do osso 
Vaso supra-periosteal 
SONDAGEM 
Restrito ao epitélio juncional 
Área saudável +- 0,7mm 
Extremidade da conda no epitélio juncional 
Distância crista x sonda: 1,2 mm 
Resistência à sondagem baixa 
Próximo à crista óssea (desloca o epitélio 
juncional e conjuntivo) 
Maior frequência de sangramento 
ÁREA SAUDÁVEL +- 2mm 
CONDIÇÕES DE 
TECIDO DURO 
PERIODONTITE: Sua extensão tende a ser sub e justa epitelial, 
permanecendo mais tempo sem comprometer severamente o osso 
alveolar (OA) subjacente, reabsorvendo-o e Formando Exsudato (EX). 
PERIIMPLANTITE: Quando instalada, se estende 
mais precocemente para o osso subjacente 
(O) e integrado à superfície do implante (IP), 
reabsorvendo-o. EG = epitélio gengival; EB = 
epitélio da bolsa; D = dentina; M = espaço 
medular; IT = intermediário. 
Perda óssea progressiva de um implante 
osseointegrado e em função associada as 
alterações inflamatórias dos tecidos moles 
periimplantares 
A diferença está relacionada com: falta do 
plexo vascular; organização da inserção 
conjuntiva cervical; união menos resistente do 
epitélio juncional com superfície do implante 
CONDIÇÕES DE 
TECIDO MOLE 
GENGIVITE: Inflamação dos tecidos de proteção sem perda óssea, 
podendo estar relacionada a trauma, acúmulo de biofilme, irritantes 
locais, medicação, hormônios, doenças sistêmicas, etc. 
MUCOSITE: A colonização inicial dos implantes 
de titânio segue o mesmo padrão da 
colonização dos dentes. Tanto o tecido gengival 
quanto a mucosa periimplantar respondem à 
colonização bacteriana com reação 
inflamatória. 
Inflamação reversível na musosa adjacente a 
um implante 
Em períodos maiores (3 meses de exposição a 
placa) as lesões da mucosa periimplantar 
progrediram mais apicalmente em relação as 
lesões do tecido gengival, diferindo 
principalmente na estrutura dos tecidos, em 
particular na quantidade de fibroblastos. 
Tem aumento na profundidade de sondagem e 
deve ser tratada com polimento e uso de 
clorexidina durante 3 semanas. 
Parâmetros de diagnóstico das condições periimplantares: 
 Avaliação de placa; 
 Condição de mucosa; 
 Profundidade de sondagem; 
 Largura de mucosa queratinizada; 
 Análise do fluído do sulco periimplantar; 
 Supuração; 
 Mobilidade e desconforto do implante; 
 Avaliação radiográfica; 
 
Evolução do 
processo
inflamação
Período de 
reparo
Período de 
destruição
Pequena quantidade de fibroblastos pode não ser capaz de produzir 
colágeno e matriz suficientes durante a fase de reparo. 
Mucosites periimplantares e periimplantites são patologias infeciosas. 
Enquanto a primeira descreve uma lesão inflamatória confinada à 
mucosa marginal, na segunda ocorre perda de osso de suporte. 
PERIIMPLANTITE: Afeta os tecidos em torno do implante em 
função; perda do tecido ósseo de suporte em forma de cratera; 
PREVALÊNCIA: 2 A 10% dos implantes instalados; 
A periimplantite apresenta profundidade de sondagem aumentada e 
está frequentemente associada à supuração e/ou sangramento à 
sondagem. Sempre acompanhada pela perda do osso marginal de 
suporte, a qual deve ser superior a 1,5 mm no primeiro ano e maior 
que 0,2 mm nos subsequentes. 
A principal medida preventiva no tratamento das doenças 
periimplantares compreende a instrução de higiene oral e motivação 
do paciente, o qual deve ser motivado a realizar adequado controle do 
biofilme na região implantada. 
Radiograficamente podemos avaliar primeiramente a perda óssea na 
crista alveolar, que seria um indicador primário de problemas clínicos. 
 
Tecido periimplantar levemente inflamado, mas sem supuração e com 
profundidade de sondagem superior a 3 mm, podem ser submetidos 
ao debridamento. Nesse caso, os implantes devem ser mecanicamente 
limpos, usando instrumentos rotatórios adequados e pasta de 
polimento. 
INSUCESSO IMEDIATO: 
1. Preparo inadequado do leito cirúrgico. 
2. Contaminação bacteriana e extensa inflamação da ferida 
cirúrgica. 
3. Falta de estabilidade mecânica. 
4. Carregamento prematuro do implante. 
BIOLÓGICO: Biofilme sobre o implante inflamação de tecido 
mole destruição de tecido ósseo de suporte 
MECÂNICO: SOBRECARGAAo contrário do dente e seu 
ligamento periodontal, o implante não tem capacidade de adaptar-se à 
sobrecarga e interferências oclusais. Alterações oclusais podem 
provocar perda óssea periimplantar. A avaliação dos contatos oclusais 
e do conforto do paciente na mastigação são etapas fundamentais da 
manutenção dos pacientes portadores de implantes. 
 Clinicamente semelhante a mucosite 
 Perda de contato osso-implante na região coronária 
 Migração dos tecidos moles 
OUTRAS CAUSAS: Saucerização perda óssea marginal em 
média de 0,2 mm a cada ano subsequente a instalação da prótese.

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