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A Desvalorização da Profissão de Professor

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Arapongas 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HÉRIKA D’ KALI CALISTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
PEDAGOGIA 
 
A Desvalorização da Profissão de Professor 
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Arapongas 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Desvalorização da Profissão de Professor 
 
Trabalho de licenciatura em pedagogia. Apresentado à 
Universidade Norte do Para á - UNOPAR, como requisito 
parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina 
de Fundamento do Processo Educativo no Contexto 
Histórico-Filosófico, Comunicação e Linguagem, 
Metodologia Cientifica. 
 
Orientador: Prof Andressa Aparecida Lopes, Edilaine 
Vagula, Edineia de Cássia Santos Pinto, Fabiane 
Muzardo, Jose Adir Lins Machado, Mari Clair Moro, 
Reinaldo Nishikawa, Taise Nishikawa. 
 
HÉRIKA D’ KALI CALISTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
O papel desempenhado pelo professor em nossa sociedade é de 
suma importância, uma vez que este profissional formará o cidadão para uma vida 
mais ética e política. 
Com a finalidade de expor brevemente como era vista a educação 
no decorrer do tempo em seus principais períodos, o presente trabalho expõe alguns 
fatores que prejudicam na escolha dessa profissão bem como os obstáculos 
enfrentados pelo profissional. 
Por outro lado, a valorização do professor e a satisfação no ambiente de 
trabalho relacionado com a produtividade, é uma questão atual, muitos professores 
veem assumindo o papel dos pais que acreditam que a escola e responsável pela 
educação integral de seus filhos. 
Diante do exposto, este trabalho procura refletir sobre a importância do 
profissional para a sociedade as formas de superação das grandes dificuldades 
enfrentadas pelos profissionais no seu ambiente de trabalho. 
 
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2 DESENVOLVIMENTO 
 
Ao longo da história o profissional da educação desempenhou 
variados papéis nos diferentes contextos históricos e políticos que a humanidade 
presenciou, juntamente com o objetivo e a forma de ensinar passaram por 
mudanças significativas até chegarem ao nosso modelo atual de ensino. 
A leitura de fontes sobre as relações entre educação e sociedade 
através dos períodos históricos que são Antiguidade, Idade Media, Modernidade e 
Contemporaneidade, permite melhor compreender a história da educação e ter uma 
analise mais crítica, pois permite revisar a história da pedagogia (UNIMINAS; 
UNIUBE, 2007). 
Uma das civilizações que mais contribuíram no processo educativo 
foi a Grega, considerada o berço da civilização, é onde se inicia a história da 
educação e teve como princípio o desenvolvimento do ser humano e preparava o 
individuo para a cidadania, teve seus ideais pautados na liberdade politica, moral e 
intelectual, dedicando ao professor um papel importante no processo de ensino –
aprendizagem (OLIVEIRA, 2006). 
Na Idade Media com a imposição da igreja católica o papel de 
professor era de responsabilidade dos padres que ensinavam em igrejas, nos 
colégios que surgiram nessa época, à educação era dedicada um pequena minoria. 
Cambi (pag 146,1999), ressalta que “que a educação se desenvolve em estreita 
simbiose com a Igreja, com a fé crista e com as instituições eclesiásticas que [...] são 
as únicas delegadas a educar, a formar, a conformar”. O mesmo autor afirma que a 
escola é um legado da Idade média, a estrutura ligada a presença de um professor 
que ensina a vários alunos e que responde por sua atividade e praticas. 
Deste modo a educação surgiu como uma necessidade de ensinar o 
cidadão a sobreviver, não como forma de atribuir diplomas ou distinguir o grau 
social. O período que demarca essa mudança na educação vem com a 
modernidade, pensadores e filósofos da época começaram a dar mais atenção a 
família e escola e com os ideais iluministas o papel do professor na sociedade teve 
maior visibilidade. 
De acordo com Cambi (pag. 207, 1999), 
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“ a sociedade moderna, na sua identidade educativa e no seu desejo de 
pedagogização, atribuiu assim um papel central à família e à escola, 
renovadas na sua identidade, mas estende a sua ação conformativa 
também a muitos outros âmbitos, ate o do trabalho[...] realizando assim um 
projeto cada vez mais ambicioso de controle e conformação de toda a 
sociedade e colocando depois nas mãos do Estado o projeto de 
pedagogização da sociedade civil. 
Diante desse contexto histórico, todas essas modificações foram 
sendo feita à medida que a Humanidade foi evoluindo, o sistema foi-se 
desenvolvendo no sentido de uma maior especialização e complexidade. Podemos 
dizer que, desde a antiguidade o professor foi considerado a figura central do 
processo educacional. (QUEIROZ, 2016). 
A escolha por ser professor muitas vezes vem de influencia familiar 
e outras pelo dom de ensinar. Assim, a escolha profissional é umas das mais 
importantes entre tantas que realizamos. Dimenstein (2010) diz que esta é uma 
profissão muito importante porque forma o médico, engenheiro e nenhuma atividade 
são mais importantes que a educação, por esta razão o professor tem que ser 
valorizado. 
Cordeiro (2014) diz o professor é aquele que “fornece o 
conhecimento para que as pessoas possam ter possibilidades e autonomia de 
participar efetivamente das políticas, e lutar por igualdade de direitos, contribuir para 
a melhoria da qualidade das aprendizagens de seus alunos”. 
 Nas últimas décadas, em decorrência das mudanças sociais, 
econômicas e culturais, o mundo todo tem prestado mais atenção na educação, 
especialmente a que se desenvolve nos sistemas escolares, submetendo-a a uma 
análise pública constante, e educar tem se tornado uma tarefa cada vez mais 
exigente e de enorme responsabilidade. E isso requer equilíbrio e coerência entre 
orientação formativa, procedimentos pedagógicos adaptados e expectativas dos 
implicados no processo, o professor e o aluno (COUTINHO; VILLALBA, 2013). 
O professor tem o papel muito importante de educar para tornar o 
cidadão mais ético e politico, e isso é cobrado pela sociedade, porem devemos 
atentar que para alcançar esses objetivos atualmente no pais em que vivemos 
encontramos muitos obstáculos a serem supridos ainda em relação ao ensino, umas 
das questões mais importantes que levam muitos a não escolherem a profissão e 
haver cada vez menos profissionais da área é a desvalorização do mesmo diante o 
mercado de trabalho, são mal pagos, tem que enfrentar muitas vezes situações 
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precárias nas escolas, às vezes um sistema politico que almeja apenas números de 
alfabetizados e não formadores de opinião. 
 Estes empecilhos para Costa (2013) levou a concluir que a 
desvalorização moral e financeira do professor vem afetando até mesmo o ensino 
em sala de aula. Por tanta falta de motivação muitos desses profissionais estão 
deixando de lecionar, buscam em outra profissão a realização financeira e a melhora 
da auto-estima. A falta de professores em sala de aula só está acontecendo devido 
à desvalorização da profissão. 
Outro fator importante que desvaloriza muito o trabalho do professor 
segundo Rosa e Vestena (2016), é que o profissional vem assumindo o que deveria 
ser atribuições da sociedade, vem desempenhando ações nas salas de aula que 
deveriam ser responsabilidades de instituições publicas e pelos familiares. 
Ninguém educa sozinho, a educação acontece na coletividade, na 
interação com outras pessoas. Não se pode pensar a educação sem política porque 
ela não muda e assim continuará sempre a mesma. Não há como pensar em 
educação sem pensar em remuneração. É o materialismo histórico. O professor 
precisa se aparelhar de determinados recursos para que possa ampliar e melhorar 
sua prática. Nessa contemporaneidade podemos dizer que a educação é o filão da 
economia. Sem economia, também a educação não progride porque vivemos numa 
sociedadecapitalista e a educação é uma das necessidades básicas do homem o 
qual precisa se manter financeiramente(ARAUJO; AZEVEDO, 2016). 
Assim para Novoa (2006 p.33): 
Os professores nunca viram seu conhecimento especifico devidamente 
reconhecido. Mesmo quando se insiste na importância de sua missão, a 
tendência é sempre para considerar que lhes basta dominarem bem a 
matéria que ensinam e possuírem um certo jeito para comunicar e para lidar 
com os alunos. O resto é dispensável. Tais posições conduzem a, 
inevitavelmente ao desprestigio da profissão, cujo o saber não tem qualquer 
valor de troca de mercado. 
Por estas razões o educador não trabalha sozinho, não é sua 
responsabilidade assumir o papel dos pais, é função dele formar um cidadão para 
conviver em sociedade e ser critico. 
 
 
 
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3 CONCLUSÃO 
Foi possível após a realização do trabalho, compreender melhor a 
atuação e importância do professor, diante do seu contexto historico é possivel 
analisar que a inserção do professor foi sendo feita gradualmente, e que demorou 
para a sociedade entender a importancia de ensinar. 
Por outro lado vemos como é importante investir na edução, em 
termos de economia, de formação de um país de cidadãos mais criticos, pois esta 
forma todas as outras profissões existente. Por isso ha uma necessidade de investir 
na valorização e qualificação do profissional, com salários melhores e boas 
condições de trabalho e maior comprometimento do Governo com a educação. 
Ao término deste projeto conclui-se que o professor sempre será o alicerce 
para a sociedade, para formação, educação, mas que não tem a obrigação de agir 
sozinha e que falta muito investimento e interesse por parte dos nossos 
governantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
UNIMINAS, Sonia Gonçalves; INIUBE, Alaide Rita Donatoni. Da Historia da 
pedagogia a historia da educação: Fatos e marcos em busca de (res)significação 
epistemológica. 2007. Disponivel em < 
http://revistas.uniube.br/index.php/anais/article/viewFile/324/315> Acesso em 01 de 
jun. de 2016. Ed Unesp. São Paulo. Disponivel em< 
 
OLIVEIRA, Wilandia Mendes. Uma abordagem sobre o papel do professor no 
processo ensino\aprendizagem. 2006. Disponivel em < 
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_28_1391209402.pdf> Acesso 
em 01 de jun. de 2016 
 
CAMBI, Franco. Historia da Pedagogia. Ed Unesp. São Paulo. Disponivel em< 
https://books.google.com.br/books?id=uLpQEeyt1D0C&printsec=frontcover&hl=pt-
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QUEIROZ, Vivina Dias Sol. O professor diante dos computadores: marcas de sua 
constituição pessoal e profissional. 2016. Disponivel em:< 
http://www.propp.ufms.br/ppgedu/geppe/artigovisonia.htm>. Acesso em 10 de junh 
2016 
 
DIMENSTEIN, Gilberto. Professor é a profissão mais importante. 2010. Disponivel 
em< 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u718463.shtml> 
Acesso em 10 de jun de 2016 
 
COUTINHO, Jecilene Barreto; VILLALBA, Osvaldo Arsenio. Ser professor na 
contemporaneidade: Desafios da profissão. 2013. Acesso em< 
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1373923960.pdf> Acesso em 
:12 de jun de 2016 
 
COSTA, Iraci Ferreira. A desvalorização do professor. 2013. Disponivel em < 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/35994/a-desvalorizacao-do-
professor> Acesso em 15 de jun de 2016 
 
NÏVOA, A. Professor e o novo espaço publico da educação e sociedade: 
perspectivas educacionais no seculo XXI. Santa Maria, RS. UNIFRA, 2006. 
 
ROSA, Simone Medianeira; VESTENA, Rosemar de Fatima. O professor e sua 
valorização profissional. 2016. Disponivel em< http://jne.unifra.br/artigos/4741.pdf> 
Acesso em 17 de junh de 2016. 
 
ARAUJO, Diomark Pereira; AZEVEDO, Domiciane Araujo. Educação na 
Contemporaneidade. Disponivel em :< http://www.webartigos.com/artigos/educacao-
na-contemporaneidade/54205/> Acesso em 17 de junh de 2016 
 
 
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http://www.webartigos.com/artigos/educacao-na-contemporaneidade/54205/
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