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1 Centro Universitário Claretiano Curso de Graduação em Enfermagem Fundamentos de Enfermagem: Procedimentos Técnicos Avançados Taguatinga-DF 2018 2 GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Wendel Bispo de Oliveira R.A: 8052914 Portfólio FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM: PROCEDIMENTOS TÉCNOS AVANÇADOS Unaí-MG, 15 de Abril de 2019 Atividade referente à disciplina de Fundamentos de Enfermagem: Procedimentos Técnicos Avançados: Como nota parcial da disciplina, sob a orientação da professora Glaucia Costa Degani. 3 Wendel Bispo de Oliveira¹ Graduando em Bacharel em Enfermagem – Claretiano / DF RESUMO O presente portfólio tem como objetivo principal discorrer sobre o planejamento e execução dos procedimentos domiciliares realizados pelo enfermeiro, que prestará os cuidados necessários ao paciente em seu domicilio. Cuidado significa atenção, precaução, cautela, dedicação, carinho, encargo e responsabilidade. Cuidar é servir, é oferecer ao outro, em forma de serviço, o resultado de seus talentos, preparo e escolhas; é praticar o cuidado. Cuidar é também perceber a outra pessoa como ela é, e como se mostra, seus gestos e falas, sua dor e limitação. A modalidade de atendimento domiciliar vem avançado no Brasil, tornando-se uma especialidade da área da saúde, inserindo no seu campo de atuação a possibilidade de humanização e individualização da assistência. INTRODUÇÃO A Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano (indivíduo, família e comunidade) no atendimento de suas necessidades humanas básicas, tornando-o independente, quando possível pelo ensino do autocuidado, bem como manter, promover e recuperar a saúde em colaboração com outros profissionais (HORTA, 1979). Ao estabelecer as atribuições do profissional de enfermagem no contexto domiciliário, o conceito acima deve ser considerado, em conjunto, com o fato de que, nesta ótica o profissional se insere no local de existência do cliente. Deve lembrar que o domicilio é o local privado da família e, assim, ficar atento para cuidar sem invadir. Apesar de, ainda hoje, a legislação estar voltada, primordialmente para o atendimento institucional, algumas normatizações auxiliaram na elaboração do protocolo de assistência domiciliar. As atividades da enfermagem estão definidas, segundo cada categoria, pela Lei Federal nº 7.498, de 26 de junho de 198. Devido à enfermagem ser constituída por diferentes elementos, a descrição das atribuições de cada um deles é condicionada à sua formação técnico-educacional e, consequentemente diferentes responsabilidades legais. Além disso, a portaria nº 2.029, de 24 DE AGOSTO DE 2011, institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde, baseado nesse contexto vimos por meio deste, elaborar atribuições e procedimentos necessários para o funcionamento 4 padronizado da pratica de enfermagem no Serviço de Atendimento Domiciliar da Prefeitura Municipal de Unaí-Mg. PROCEDIMENTOS ➢ TRAQUEOSTOMIA O termo traqueostomia refere-se à operação que realiza uma abertura e exteriorização da luz traqueal. O paciente traqueostomizado mantém uma via aérea artificial e, consequentemente, necessita de cuidados para evitar complicações relacionadas à presença do cuff, lesões e infecção local, ressecamento das secreções pulmonares, obstrução da cânula, risco de broncoaspiração e desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação mecânica (LINDGREN apud VIANA; WHITAKER, 2011). Dentre esses cuidados está a necessidade de troca rotineira, manter subcanula limpa, cuidados com a pele e o tubo traqueal. Como protocolo o tempo de troca de uma traqueostomia metálica é de a cada 4 meses ou se necessário, visto peculiaridades individuais. O profissional Enfermeiro tem competência técnico-científica para a execução da troca da cânula de traqueostomia (externa e interna), tanto no ambiente hospitalar como no ambiente domiciliar. Obs: Traqueostomia deve ser trocada apenas por uma de mesmo material. EXECUTANTES: ENFERMEIRO É RESPONSÁVEL POR TROCAS NECESSÁRIAS A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DA TRAQUEOSTOMIA. MATERIAL UTILIZADO • EPI’s • Traqueostomia com numero adequado ao procedimento • Cadarço de fixação 25 • Gazes • Gel de xilocaína/Soro fisiológico 0,9% PROCEDIMENTO 1. Explicar o procedimento para o paciente/família/cuidador. 2. Reunir todo o material 3. Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento 4. Deixe todo material pronto para troca 5. Retire a cânula suavemente e introduza a nova cânula. 5 6. Troque as gazes entre a pele e o tubo traqueal 7. Fixe o cadarço. 8. Realizar anotação de enfermagem, carimbar e assinar. ORIENTAÇÃO AO PACIENTE ● Lavar as mãos com água corrente da COPASA e sabão, sempre antes e após manusear a Traqueotomia; ● Enxugar com toalha limpa; ● Trocar e/ou lavar a fixação da cânula sempre que necessário; ● Observar o local da Traqueostomia (estoma) – secreção, escoriações, rupturas, sinais de inflamação /infecção; ● Observar sob as tiras de fixação da cânula, pois podem traumatizar a pele e causar incômodo se não estiverem corretamente colocadas; ● Lavar a cânula no mínimo 01 vez ao dia; ● Manusear a cânula sem fracionar ou deslocar a mesma; ● Realizar a aspiração da Traqueostomia sempre que necessário ou seguindo prescrição médica. A aspiração constante pode resultar em irritação das vias aéreas , provocando aumento da quantidade de secreção; ● Observar o tamanho da sonda de aspiração.A mesma não deve ser muito maior que a metade do diâmetro da cânula para evitar atelectasia e o número da sonda deverá ser prescrito pelo médico; ● Garantir uma aspiração sem contaminação; ● Limitar o tempo de aspiração entre 10 e 15 segundos; ● Observar a secreção aspirada: se muito espessa, realizar vaporização e aumentar a ingestão de líquidos, se não houver contra-indicação; ● Trocar a sonda de aspiração todos os dias; ● Esvaziar e lavar o frasco de coleta do aspirador e o tubo de sucção diariamente; ● Realizar a higiene oral sempre que necessário. 6 Troca do curativo da traqueostomia PROCEDIMENTO JUSTIFICATIVA Explicar/discutir o procedimento com paciente Assegurar compreensão da importância do procedimento e consentimento Proteção com biombos Assegurar privacidade Lavagem das mãos, preparo do material Minimizar o risco de infecção Realizar o procedimento com técnica estéril Minimizar o risco de infecção Retirar curativo (gaze ou almofada) ao redor do estoma, limpar o estoma com gaze e SF 0,9% Limpeza - remoção de secreções ressecadas e/ou gaze úmida Colocar novo curativo (gaze ou almofada) de modo que fique confortável Assegurar o conforto do paciente e evitar a pressão da cânula na pele Trocar o cadarço, observando que haja espaço (ponta do dedo) Fixar a cânula sem que haja necrose da pele CONSIDERAÇÕES FINAIS O portfólio acima me permitiu descrever todo o meu aprendizado ao longo dessa disciplina e analiso hoje como um fundamento importante saber empregar a técnica de troca de cânulas de traqueostomia bem como sua manutenção e os curativos diários para uma qualidade de funcionamento do equipamento levando a integridade do paciente sem riscos de uma infecção. REFERÊNCIAS CRC – Fundamentos de Enfermagem: Procedimentos avançados http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n1/v12n1a13.pdf Horta, Wanda de Aguiar. Processo de enfermagem. São Paulo: epu, 1979. Ministério da saúde portaria nº 2.029, de 24 de agosto de 2011. http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v36n4/v36n4a04.pdf http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/geas/assistenciadomiciliar.pdf http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n1/v12n1a13.pdf http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n1/v12n1a13.pdf http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v36n4/v36n4a04.pdf http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v36n4/v36n4a04.pdfhttp://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/geas/assistenciadomiciliar.pdf http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/geas/assistenciadomiciliar.pdf
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