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Atividade 02 - Questões sobre prisão em flagrante

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Prática Jurídica Penal – Profº Hiran Coutinho
Rebecka Marques Pereira Lima – 9º semestre – Vespertino
QUESTÕES
1. Quais as prisões cautelares?
Prisão preventiva: É uma medida cautelar, e não significa aplicar pena antecipada, tem por finalidade evitar que o acusado cometa novos crimes ou prejudique o andamento do processo, destruindo provas, ameaçando testemunhas ou fugindo. Pode ser decretada em qualquer fase do processo ou investigação, desde que preencha os requisitos da lei, descritos no artigo 312 do Código de Processo Penal.
Prisão temporária: Trata-se de uma forma de prisão que só cabe na fase de investigação, não pode ser decretada durante a ação penal. Sua finalidade é garantir a realização de atos ou diligências necessárias ao inquérito. Possui prazo fixo de duração.
Em regra, o prazo de duração da prisão temporária é de cinco dias prorrogáveis por mais cinco, mediante justificativa. Outra leis específicas determinam prazos diferentes para a prisão temporária como a lei 8.072/90, que define os crimes hediondos e prevê prazo para a temporária de 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Prisão em flagrante: trata-se aqui de uma foram de prisão que pode ser aplicada a quem é pego no momento do ato criminoso ou logo após fazê-lo. Conforme definição do artigo 302 do Código de Processo Penal, não precisa de ordem judicial e pode ser efetivada por qualquer pessoa, que deverá apresentar o preso imediatamente a uma autoridade policial para a lavratura do auto de prisão.
Após o auto de infração, o delegado decide se o preso vai ser recolhido à prisão, ser solto mediante pagamento de fiança ou ser solto sem fiança.
Caso o delegado decida pelo recolhimento do preso, o auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz competente, em até 24 horas, para verificação da legalidade da prisão.
1. Quais as suas hipóteses de admissibilidade?
A prisão em flagrante delito apresenta como objetivo: Evitar fuga; Auxilio na coleta de elementos informativos; Impedir a consumação ou o exaurimento do delito; Preservação da integridade física do preso.
	Flagrante FACULTATIVO
	Flagrante OBRIGATÓRIO
	Art. 301, do CPP
	Art. 301, do CPP
	Prisão pode ser feita por qualquer POVO
	Prisão é dever da AUTORIDADE POLICIAL
	É uma forma de autopreservação e defesa da sociedade 
	Deve ocorrer quando a autoridade pública vislumbrar estado de flagrância
1. Qual a natureza jurídica da prisão em flagrante?
É a medida restritiva de liberdade, de natureza cautelar e caráter eminentemente administrativo, que não exige ordem escrita do juiz, porque o fato ocorre de inopino.
A prisão em flagrante, tratada nos artigos 301 a 310 do Código de Processo Penal, pertence à modalidade de prisão processual (provisória ou cautelar), da qual é espécie, ao lado da prisão preventiva, da prisão temporária, da prisão decorrente de pronúncia e a prisão decorrente de sentença condenatória recorrível. 
A prisão em flagrante, em sua maioria das vezes, ocorre em crimes menos complexos ou crimes comuns (não funcionais), já que crimes econômicos ou políticos, empresariais, chamados de crimes do colarinho branco.
1. Quais as hipóteses de flagrante?
As hipóteses de prisão em flagrante encontram-se elencadas no art. 302 do Código Processual Penal:
Art. 302 - Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
 II - acaba de cometê-la;
II - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Flagrante Próprio, Perfeito ou Real: Considera-se flagrante próprio, quando o agente está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la.
Surpreende-se o agente em plena ação delituosa ou quando acaba de cometê-la, não havendo dúvida sobre a certeza visual do fato e da autoria.	
Flagrante Impróprio ou Irreal: Caracteriza-se pela presunção, ou seja, autoria presumida onde ocorre FUGA do autor.
É a modalidade que necessita de perseguição do autor do crime, em situação que faça presumir ser o autor da infração, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa.
A perseguição deve ser imediata e ininterrupta não restando ao autor um momento de tranquilidade, ou seja, de alivio entra a conduta e a perseguição.
Assim, não existe prazo para sua efetivação, desde que a referida perseguição seja ininterrupta e contínua..
Flagrante Presumido ou Ficto: O individuo é encontrado, logo depois, com instrumentos, arma, objetos ou papeis que façam presumir ser ele o autor da infração.
Vale ressaltar que, a conduta já não está mais em prática havendo apenas indícios inequívocos da prática do crime, dada a situação em que o ilícito penal acabou de ser cometido.
Todavia, a doutrina nos apresenta mais algumas espécies de flagrante, estes por serem doutrinários não apresentam artigos do Código de Processo Penal:
Flagrante Esperado: É um flagrante VÁLIDO! Trata-se de aguardar o momento do cometimento do delito para efetuar a prisão em flagrante.
Não há qualquer atividade de induzimento, investigação ou provocação por parte do agente, autoridade policial ou terceiro.
Em síntese, a autoridade está ciente de que o crime será praticado e aguarda o inicio do atos de execução ou a própria consumação, realiza, ato contínuo, a prisão em flagrante de todos os envolvidos.
É admissível tanto a consumação do delito quanto a tentativa.
Flagrante Preparado ou Provocado: É um flagrante INVÁLIDO! Súmula 145, do STF. O agente é instigado a praticar o crime, não sabendo que está sob a vigilância atenta da autoridade ou de terceiros, que só aguardam o início dos atos de execução para a realização do flagrante.
No flagrante esperado a autoridade policial tem notícias de que uma infração penal será cometida, já no flagrante preparado a ação dita como criminosa se realiza a partir da indução do fato. 
Trata-se aqui dos pontos chaves: INDUZIMENTO e ESTÍMULO.
Flagrante Prorrogado, diferido ou retardado: É um flagrante VÁLIDO! A ação controlada é a prorrogação da prisão em flagrante de acordo com interesses das investigações policiais.
Mesmo diante da ocorrência da infração, pode-se deixar de atuar, no intuito da captação do maior número de infrator e, ou a captação de um maior manancial probatório.
O mesmo é um upgrade do flagrante esperado, ou seja, ele nasce como uma oportunidade de flagrante esperado para que tenha maior manancial probatório.
Flagrante Forjado ou maquinado: É um flagrante INVÁLIDO! Fato típico não praticado, havendo simulação pela autoridade ou pelo particular com o objetivo direto de incriminar falsamente alguém.
Refere-se aqui de alteração do modo fático para prender alguém, ou seja, plantação artificial de objeto incriminatório.
Cria um conceito de crime impossível, onde de forma alguma o delito poderia ter sido praticado pelo individuo.
Consequências: Incorre em crime quem proporcionou a fraude ->Denunciação caluniosa; Abuso de autoridade
Flagrante Cataléptico: É um flagrante INVÁLIDO! Trata-se aqui de uma quebra ética que macula todo o fato.
“É um flagrante de vingança, que fora paralisado em função de exigência ou pedido de vantagem indevida por parte do seu condutor e, seguidamente, retomado, diante da solicitação ou da exigência (para não responder) frutada.”
		- Nestor Távora e Rosmar Alencar
1. Quais os requisitos formais e materiais do flagrante?
Formal: nada mais são do que os procedimentos adotados na própria prisão em flagrante delito, bem como os requisitos para lavratura do Auto de Prisão em Flagrante.
Material: trata-se aqui das hipóteses expressas no art. 302 do Código de Processo Penal (flagrante real, irreal e presumido)
1. Descreva o procedimento da lavratura do auto de prisão em flagrante.
a) Captura e apreensão em estado de flagrância
b) O conduzido é apresentado coercitivamente à autoridade competente;
c) Tem direito de comunicar imediatamente sua prisão à pessoa livremente indicada (art.306 do CPP)
d) O condutor da prisãoserá ouvido
e) A vítima será ouvida
f) O Representante legal da vítima menor será ouvido, se houver
g) Oitiva das testemunhas (no mínimo duas – art.304,§2º, do CPP)
h) O capturado é interrogado
i) Lavratura e assinatura dos termos, autos e laudos
j) Análise de fiança pelo delegado conforme arts. 322 a 325 do CPP
k) Sendo negado o arbitramento da fiança, será o autuado encarcerado e recolhimento ao estabelecimento prisional adequado (art.304, §1º, do CPP)
l) Expedição da Nota de Culpa em até 24 horas após a captura (art.306, §2º, do CPP). A Nota de Culpa deverá conter os direitos do conduzido, a assinatura da autoridade, o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas.
m) O auto de prisão em flagrante será encaminhado em até 24 horas ao Juiz e Promotor com competência e atribuição, respectivamente, para conhecer da infração penal (art.306, §1º, do CPP). Será entregue uma cópia também ao advogado declinado pelo autuado. Caso não tenha advogado, será enviada cópia integral para a Defensoria Pública. Não havendo defensor disponível, deverá ser nomeado um advogado dativo

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