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Incontinência Urinária Bexiga • Os óstios são ligados uns aos outros e ao colo vesical, formando um triangulo (trígono vesical) – sendo o sítio de várias infecções, podendo gerar a cronificação de casos inflamatórios • Quando o trígono se contrai, a bexiga se fecha, impedindo a saída da urina • Para ter uma micção satisfatória, a bexiga tem que ter uma boa complacência, que é o poder do órgão de se adaptar a determinado conteúdo • Ela possui momentos de contração e relaxamento, de acordo com a necessidade fisiológica • Doenças associadas ou medicamentos podem causar sua hiperatividade ou hipoatividade • Em situações de trauma medular, ocorre uma disfunção da bexiga • O sistema parassimpático gera a contratilidade/funcionalidade da bexiga e, na disfunção, deixa a bexiga hipoativa. Para reverter isso, utiliza-se medicamentos colinérgicos para atuar no sistema parassimpático, impedindo que tenha a incontinência. Esfíncter • O mecanismo esfincteriano íntegro associado ao assoalho pélvico integro são essenciais para o funcionamento adequado e para que incontinência urinária seja evitada • Traumas e disfunções neurológicas podem danificar o mecanismo esfincteriano Conceito e Epidemiologia da Incontinência Urinária • Incontinência é caracterizada por qualquer perda involuntária de urina: - Ao esforço - Urge incontinência - Mista - Paradoxal: por transbordamento • Decorre de causas vesicais e/ou de insuficiência esfincteriana: - Bexiga de boa capacidade e complacência; - Ausência de hiperatividade detrusora; - Mecanismo esfincteriano íntegro e competente. • Deficiência esfincteriana pode resultar de: - Cirurgias pélvicas / endoscópicas; - Trauma externo; - Disfunções neurológicas. • O mecanismo de micção é mediado pelo sistema nervoso, sendo mediada por nervos na bexiga de acordo com o volume • IU é a patologia mais prevalente na população acima de 40 anos • Prevalência: - Homem (> 60): 11 - 31% - Mulheres (45 - 60): 25 - 35% IU transitória • Constipação Intestinal • Medicamentos • Infecção • Vaginite Atrófica • Distúrbios psicológicos • Dificuldade de locomoção • Ingestão de líquidos em excesso IU de Esforço • Perda urinária aos esforços sem contração vesical involuntária • Provocada por um aumento da pressão abdominal (pode ser uma risada, espirro, tosse) com recorrente perda de urina • Decorrente de um desencadeador físico, sendo muito recorrente em mulheres por uma fragilidade/enfraquecimento do assoalho pélvico • Falta de atividade física e obesidade são fatores que contribuem para a fragilidade do assoalho • A deficiência estrogênica atua muito na fragilidade aumentada do assoalho pélvico na mulher em comparação com o assoalho pélvico masculino. Fatores de Risco • Disfunção intestinal • Cirurgia pélvica • Histórico familiar/ Genética • Endometriose (altera a condição dos receptores, principalmente vesicais, que controlam a micção) Diagnóstico • Urgência miccional • História clínica: Intensidade, frequência e associações de perda • Uso de pads • Antecedentes cirúrgicos e obstétricos • Sintomas neurológicos • Radioterapia • Estado hormonal • Prolapsos (vesical, retal ou uterino) • Diário miccional • Estudo urodinâmico Prolapso de órgãos pélvicos • Patologia frequente: 20 a 30% de mulheres em idade reprodutiva são acometidas • Geralmente assintomático, mas pode apresentar: - Sensação de “bola vaginal”/peso na vagina - Necessidade de redução digital para urinar ou defecar - Alterações intestinais - Disfunções miccionais - Alterações sexuais Classificação • Defeitos de suporte nível 1: defeitos no ligamento uterossacro: prolapso uterino ou a prolapso da cúpula vaginal • Defeitos de suporte nível 2: defeitos na fáscia endopélvica: cistocele, prolapso uterino ou prolapso da cúpula vaginal; • Defeitos de suporte nível 3: defeitos no períneo e na musculatura dos elevadores do ânus: retocele / enterocele. Tratamento Conservador: casos leves • Melhor indicador em pacientes com contraindicações e procedimentos cirúrgicos, com planos de engravidar, ou com quadros miccionais leves • Perda de peso • Exercícios moderados que permite controle de peso • Tabagismo e ingesta alcoólica devem ser evitadas • Cafeína é indicada • Alimentação adequada • Utilização de hormônio – estrogênio Cirúrgico: casos moderados a grave • Padrão-ouro, caso não tenha contraindicações • Sling de uretra média sem tensão (SUM) - Prótese inserida na intramucosa da uretra para reforço - Pode reduzir as perdas por urgência em pelo menos 50% das pacientes, a curto prazo • Cirurgia para reforçar os pontos de inserção muscular e os ligamentos pélvicos • Pode ocorrer por via retropúbica ou por via transobturatória • Quadro clínico semelhante ao da IU feminina, porém as causas e tratamento são diferentes Causas • A causa mais comum de deficiência esfincteriana masculina é a prostatectomia radical (IUPP), resultante da lesão direta do esfíncter estriado ou de sua inervação (nervo pudendo): - Isquemia do esfíncter uretral; - Fibrose; - Atrofia muscular; - Lesão direta do nervo pudendo e/ou seus ramos; - Encurtamento do segmento uretral esfincteriano. • As causas de incontinência urinária no homem têm caráter obstrutivo • Lesão esfincteriana (traumatismo, cirurgia de protesctomia/iatrogenia) • Compressão uretral por conta da próstata • A retenção acumula líquido pós-miccional de forma gradual • Disfunção esfincteriana (> 2/3 dos casos) • Disfunção vesical (< 10% dos casos) - Isquemia do esfíncter uretral - Fibrose - Atrofia muscular Tratamento • OBSTRUTIVO: Correção cirúrgica, de acordo com a causa da obstrução • ESFINCTERIANO: Cirurgia para inserção de esfíncter uretral artificial
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