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Amalgama Dental

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Isabela Trarbach Gomes 
 Amálgama Dental
Vantagens: durabilidade, relação custo-benefício para o paciente, simplicidade da técnica e tempo necessário para confeccionar a restauração.
Desvantagens: a principal é que ele não se combina com a estrutura dental devido seu aspecto metálico. Além disso, até certo ponto ele é frágil, sujeito à corrosão e à ação galvânica; ele pode demonstrar certo grau de defeitos marginais e não ajuda a reforçar a estrutura dental enfraquecida. Por fim, existem preocupações quanto ao processo de descarte do amálgama no lixo líquido. 
Composição: é a mistura de mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga contendo prata, estanho, cobre e zinco.
1. Prata: é o constituinte principal e se associa ao estanho na forma de um composto intermetálico (Ag3Sn), descrito como fase Ƴ. A prata contribui para o aumento da resistência da restauração, além de diminuir o escoamento do amálgama sob a ação de cargas mecânicas. Tem a desvantagem de aumentar a expansão de presa.
2. Estanho: corresponde a aproximadamente a ¼ das composições. Tem a finalidade de facilitar a amalgamação (mistura da liga com o mercúrio) à temperatura ambiente, e auxiliar na redução da expansão da prata.
Caso seja empregado mais de 27% de estanho, vai haver muita contração e redução da resistência e da dureza da liga, assim como aumento do escoamento isso é atribuído à formação de uma fase rica em estanho, que possui menos propriedades mecânicas e maior corrosão.
3. Cobre: substitui principalmente a prata e contribui para o aumento da dureza e resistência mecânica do amálgama, diminuindo o escoamento e a corrosão esses efeitos são mais pronunciados quando é encontrado um teor de cobre superior a 6%.
4. Zinco: é um auxiliar no processo de fabricação e serve como agente desoxidante durante a fusão da liga. Tem afinidade pelo oxigênio e impurezas, além de diminuir a possibilidade de formação de outros óxidos. Percentual de 0-2. As ligas com zinco possuem desempenho clínico superior e menor incidência de fraturas das margens. Obs: nas ligas que contêm zinco, a sua contaminação por água ou saliva, por ocasião da inserção ou condensação do material, produz um fenômeno conhecido como expansão tardia.
Morfologia das partículas:
Limalha: são produzidas pela moagem ou pelo corte do lingote fundido em torno mecânico. A limalha tem formato irregular. As partículas produzidas passam por uma peneira refinada e depois são moídas para formar partículas com tamanhos diferentes. As partículas finas ou são preferidas por apresentarem melhores características de manipulação e por produzirem restaurações com superfícies mais lisas. Mas, quanto menor o tamanho das partículas maior a quantidade de mercúrio necessária para o processo de amalgamação. As partículas recém cortadas tomam presa mais rápido que as antigas e, é necessário que seja realizado o envelhecimento da liga de amálgama com a finalidade de aumentar a vida útil do produto
Esféricas: o pó é produzido por processo de atomização. O metal é borrifado em um ambiente inerte, isso que leva a solidificação das partículas em formato esférico. Elas também são peneiradas assim como as partículas de limalha.
Influência do tamanho e do formato das partículas nas ligas de amálgama: observe que a compactação obtida com a liga com partículas na forma de limalha é menos eficaz que a obtida com as ligas de partículas esféricas. Isso demonstra maior necessidade de mercúrio para formar uma massa plástica com a liga com partículas na forma de limalha.
Amalgamação mistura do pó da liga com mercúrio obtenção de massa modelável para ser inserida e esculpida na cavidade dental.
Na trituração manual é necessário proporcionar o pó e o Hg previamente. Na trituração manual se tem mais praticidade; são empregadas cápsulas pré-dosadas. 
Reação de presa ou endurecimento: reação química que leva ao endurecimento do material. Tomar presa significa atingir a consistência ideal para a função que o material deve desempenhar. A presa é atingida por reações físico-químicas. Exemplos: de cristalização como ocorre no amálgama, de polimerização que é o que ocorre nos monômeros resinosos e de geleificação como ocorre nos cimentos de ionômero de vidro.
Ligas com baixo teor de cobre: 
Ag3Sn + Hg Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn
 Ƴ Ƴ1 Ƴ2 Ƴ
Após a mistura, o mercúrio se difunde dentro das partículas de pó, dissolvendo-as superficialmente e formando duas novas fases: gama 1 e gama 2. A prata possui menos solubilidade no mercúrio que o estanho e por isso, a fase gama 1 se precipita primeiro que a gama 2. Enquanto os cristais das fases gama 1 e 2 estão sendo formados o amálgama é relativamente plástico e de fácil condensação, mas quando o tempo passa esses cristais vão se precipitando tornando o amálgama mais rígido , perdendo sua capacidade de deformação plástica, o que impede sua condensação e dificulta a escultura. A quantidade de mercúrio não é suficiente para reagir totalmente com todas as partículas da liga, portanto, a massa final de amálgama vai apresentar a fase gama. 
As propriedades físicas do amálgama endurecido dependem da porcentagem relativa das fases microestruturais. As partículas da fase gama que não são consumidas têm um efeito significativo, porque quanto maior o percentual dessas partículas mais resistente é o amálgama final.
É conhecido o fato de que um amálgama rico em gama 2, além de baixa resistência a compressão e dureza, possui grande escoamento e maior a tendência a sofrer corrosão no ambiente bucal.
Ligas com alto teor de cobre: basicamente, amálgama rico em cobre não tem corrosão porque acaba com a fase Ƴ2.
 Ligas de fase dispersa: o bom comportamento dessa liga deve-se a eliminação da fase gama 2 que, além de ser a fase menos resistente mecanicamente, é a que possui mais escoamento e suscetibilidade à corrosão.
 -primeira fase da reação: Ag3Sn + Ag3Cu2 + Hg Ag2Hg + Sn7Hg + Ag3Sn +Ag3Cu2 + poros
 Ƴ eutético Ƴ1 Ƴ2 Ƴ eutético
com quantidades suficientes de eutético, ocorre:
 -segunda fase da reação: Sn7Hg + Ag3Cu2 Ag2Hg3 + Cu6Sn5
 Ƴ2 eutético Ƴ1 ɳ (eta) 
Em resumo, a liga eutética Ag3Cu2 reage com SnHg (fase Ƴ2), e como resultado, essa fase é substancialmente reduzida ou sua formação é prevenida. Essa reação ocorre ao redor das partículas do eutético Ag3Cu2. 
 Ligas de composição única: Cada partícula dessa liga de composição única apresenta a mesma composição química. Principais componentes: prata, cobre e estanho. A diferença na eliminação da fase Ƴ2 numa liga de fase dispersa e de composição única é que, na fase dispersa, a fase Ƴ1 se forma em torno das partículas de prata-estanho e é eliminada ao redor das partículas de prata-cobre. Nas ligas de composição única, as partículas no início da reação funcionam como partículas de prata-estanho das ligas dispersas. Posteriormente, as mesmas partículas funcionam como partículas de prata-cobre para eliminar a fase Ƴ2. Reação simplificada: 
Ag3Sn + Cu3Sn + Hg Ag2Hg3 + Cu6sn5 + poros
 Ƴ Ɛ Ƴ1 ɳ
Classificação das ligas:
1. Quanto à composição: Alto ou baixo teor de cobre; com zinco ou sem zinco
2. Quanto à forma das partículas: Limalha ou esférica
3. Quanto ao número de formatos presentes na constituição do pó da liga: Composição única (só partículas esféricas ou só limalha) ou de fase dispersa (contém os dois tipos de partículas)

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