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Habilidades Sociais - Intervenções Efetivas em Grupo

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Habilidades
Sociais
Intervenções efetivas em grupo
Almir Del Prette
Zilda A. P. Del Prette
(Orgs.)
Intervenções efetivas em grupo
Habilidades
Sociais
© 2011 Casapsi Livraria e Editora Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer inalidade, 
sem autorização por escrito dos editores.
1ª edição 
2011
editores 
Ingo Bernd Güntert e Juliana de Villemor A. Güntert
Assistentes editoriais 
Aparecida Ferraz da Silva e Renata do Nascimento Mello
Capa 
Najara Lopes
Projeto Gráico e editoração eletrônica 
Fabio Alves Melo
Produção Gráica
Fabio Alves Melo
Preparação de Original 
Tássia Fernanda Alvarenga de Carvalho
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Habilidades sociais : programas efetivas em grupo / Almir Del Prette, 
 Zilda A. P. Del Prette, (organizadores). -- São Paulo : Casa do 
Psicólogo®, 2011.
 Vários autores. 
 Bibliografia. 
 ISBN 978-85-8040-091-5
 1. Comportamento humano - Aspectos sociais 2. Comunicação 
interpessoal 3. Habilidades sociais 4. Interação social 5. Relações 
interpessoais I. Del Prette, Almir. II. Del Prette, Zilda A. P..
 
11-07411 CDD-302.14
 Índices para catálogo sistemático:
 1. Habilidades sociais e relacionamento interpessoal : Psicologia social 302.14
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
As opiniões expressas neste livro, bem como seu conteúdo, são de responsabilidade de seus 
autores, não necessariamente correspondendo ao ponto de vista da editora.
Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à 
Casapsi Livraria e Editora Ltda.
Rua Santo Antônio, 1010 
Jardim México • CEP 13253-400
Itatiba/SP – Brasil
Tel. Fax: (11) 4524-6997 
www.casadopsicologo.com.br
Sumário
Prefácio ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________7
Sobre os autores ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________11
PARTE I 
Base conceitual, modelos, efetividade e disseminação 
1. Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais _________________ 19
Almir Del Prette, Zilda A. P. Del Prette
2. Práticas baseadas em evidência e treinamento de 
habilidades sociais ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 57
Zilda A. P. Del Prette, Almir Del Prette
3. Aproximando ciência e comunidade: Difusão de programas 
de habilidades sociais baseados em evidências _____________________________________________________________________________83
Sheila Giardini Murta
PARTE II 
Programas com evidências de efetividade
4. Programa de promoção da empatia para graduandos 
em enfermagem __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 115
Celia Caldeira Fonseca Kestenberg, Eliane Mary de Oliveira Falcone
5. Programa multimídia de habilidades sociais para crianças 
com diiculdades de aprendizagem_____________________________________________________________________________________________________________________________145
Daniele Carolina Lopes, Zilda A. P. Del Prette
6. Programa vivencial versus programa instrucional de 
habilidades sociais: Impacto sobre a autoeicácia 
de universitários ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 175
Fabián Orlando Olaz, Leonardo Adrian Medrano, 
Gabriela Alicia Cabanillas
7. Programa de habilidades sociais proissionais para pessoas 
com deiciência física desempregadas ______________________________________________________________________________________________________________ 203
Camila de Sousa Pereira, Almir Del Prette
8. Programa de habilidades sociais assertivas para idosos___________________________231
Ana Carolina Braz, Zilda A. P. Del Prette
9. Programa de habilidades sociais educativas com mães 
de crianças com déicit de atenção e hiperatividade _____________________________________________________261
Margarette Matesco Rocha, Zilda A. P. Del Prette, Almir Del Prette
Prefácio
Atualmente, verifica-se uma pressão cada vez mais forte em 
direção à cobrança de eficácia e efetividade dos serviços em geral 
e, particularmente, das intervenções em saúde. Não só os usuários 
esperam que tais serviços sejam efetivos, como também os próprios 
Conselhos Profissionais, representantes das diferentes especia-
lidades, movimentam-se pressionando o governo na fiscalização 
das instituições de ensino. Esse, por sua vez, responde de dife-
rentes maneiras, inclusive buscando controlar possíveis desvios 
dos planos de saúde. 
Também a Psicologia não pode ignorar esses embates no inte-
rior da sociedade organizada e, muito menos, negligenciar os 
direitos daqueles a quem ela destina o conhecimento que produz. 
As intervenções em Psicologia devem basear-se em evidências 
de que os resultados sejam decorrentes dos procedimentos e das 
estratégias adotados, produzindo impacto duradouro na vida das 
pessoas, em termos de maior satisfação, adaptação social, reso-
lução de dificuldades de vários tipos e uma vida social mais plena 
e feliz. Além disso, essas práticas precisam ser viáveis no cotidiano 
dos serviços de atendimento, de modo a beneficiar um maior 
número de pessoas. 
Essas premissas se aplicam também às intervenções voltadas 
para o Treinamento de Habilidades Sociais (THS). Este livro 
aborda tais intervenções na perspectiva de Práticas Psicológicas 
Baseadas em Evidências (PPBE) de efetividade e está organizado 
em duas partes. Os capítulos, tanto os que integram a primeira 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
8
parte quanto os da segunda, podem ser lidos de maneira indepen-
dente; a sequência em que aparecem, contudo, obedece a uma 
lógica de organização teórica e contextualizada. 
A primeira parte foca as bases conceituais dos programas de 
Treinamento de Habilidades Sociais (THS), os diferentes modelos 
de aplicação, as questões subjacentes à efetividade e os desafios 
de sua disseminação à comunidade. Nesse sentido, o capítulo 1 
contextualiza a história desse campo teórico-prático, os aportes 
teóricos para os programas, os modelos de aplicação (pedagó-
gicos e terapêuticos) e sua difusão, inclusive na América do 
Sul e no Brasil. No capítulo 2, é relatado o movimento iniciado 
pela Associação Americana de Psicologia (APA) em direção às 
práticas psicológicas baseadas em evidência e os critérios que 
orientam essa qualificação para intervenções psicológicas espe-
cíficas. Busca, ainda, situar o desenvolvimento dos programas de 
THS no âmbito desse movimento, que recentemente começou a 
ser estudado em nosso país e deverá causar impacto positivo na 
Psicologia. Já o capítulo 3 trata da questão da difusão do conhe-
cimento produzido pela Psicologia em geral e, em particular, da 
difusão dos programas de THS no contexto brasileiro, em ter-
mos de possibilidades e desafios aos pesquisadores desse campo, à 
sociedade e ao poder público. 
Na segunda parte do livro, são descritos, de forma razoavel-
mente detalhada, os objetivos, a estrutura, os procedimentos e as 
estratégiasadotados em seis programas de THS desenvolvidos em 
formatos grupal e vivencial. Todos os programas foram conduzidos 
por terapeutas especializados em Habilidades Sociais, inseridos 
em programas de pós-graduação nessa área. As intervenções fo-
ram testadas com delineamentos rigorosos (quase experimental 
Prefácio
9
e experimental), em contexto aplicado e, portanto, com evidên-
cias de eficácia e efetividade. Os programas foram conduzidos de 
maneira independente, mas apresentam características comuns, 
como o formato grupal, o uso do método vivencial e uma estrutura 
geral de sessões com objetivos graduados e cumulativos em termos 
de complexidade. Também apresentam características particulari-
zadas em função do tipo de clientela, dos resultados das avaliações 
em que se baseiam (déficits, comportamentos concorrentes e re-
cursos) e das condições gerais de atendimento.
Considerando as diferentes clientelas a que se destinaram 
e os diferentes problemas associados, os programas foram orde-
nados conforme segue: desenvolvimento da empatia em um 
grupo de profissionais de enfermagem, portanto, população não 
clínica (capítulo 4); intervenção com crianças na escola, usando 
recursos multimídia (capítulo 5); comparação entre dois tipos 
de treinamento com universitários, com e sem uso de vivências 
(capítulo 6); desenvolvimento de habilidades sociais profissionais 
para pessoas com deficiência física desempregadas (capítulo 7); 
promoção de habilidades sociais assertivas junto a idosos (capítulo 
8) e de habilidades sociais educativas com mães de crianças com 
déficits de atenção e hiperatividade (capítulo 9). 
Este livro é direcionado a psicólogos e a estudantes de Psico-
logia e, também, a todos os profissionais das áreas de saúde e 
educação. Trata-se, portanto, de um manual para a condução de 
programas de promoção de habilidades sociais, com aplicações 
à clínica, à educação, ao trabalho e à comunidade. A ideia de 
manual de divulgação justifica-se pelo fato de que os programas 
terapêuticos, com eficácia testada em ambientes aplicados, deve-
riam constituir a opção preferencial para a prática profissional em 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
10
situações similares. Contudo, algumas considerações precisam 
ser feitas sobre esse processo de difusão de conhecimento. Como 
bem colocou Cyril Franks, no prólogo do livro de Kelly (citado 
no capítulo 1): “O Treinamento de Habilidades Sociais não pode 
ser entendido como uma aplicação mecânica de uma série de 
técnicas isoladas”. Isso significa que a replicação de um desses 
programas é uma decisão do profissional e deve ser tomada tendo 
em vista alguns fatores, tais como: características da população, 
os problemas (queixas) e, sobretudo, os tipos de déficits, de 
comportamentos concorrentes e de recursos pessoais dos partici-
pantes. Defende-se que os manuais e os protocolos de intervenção 
sejam utilizados de forma flexível e adaptável às condições dos 
participantes. 
Esperamos que esta obra constitua uma ponte entre o ambiente 
acadêmico e a sociedade, bem como entre a pesquisa, a aplicação 
e a difusão do conhecimento. A propósito, agradecemos a todos 
os pesquisadores participantes o esforço realizado ao relatarem 
parte de suas pesquisas de forma sucinta e agradável à leitura. 
Agradecimentos extensivos a Sheila Murta, por ter assumido de 
maneira competente a responsabilidade pelo capítulo sobre difu-
são de conhecimento, e também às colegas Talita P. Dias e Fabiane 
F. Silveira, pela leitura e pelas sugestões referentes ao primeiro 
capítulo. E não podemos deixar de mencionar que este trabalho 
faz parte de nossos compromissos com o Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Almir Del Prette
Zilda A. P. Del Prette
Sobre os autores
Almir Del Prette (Organizador) 
Psicólogo, doutor em Psicologia Experimental pela Univer-
sidade de São Paulo (USP), professor titular e orientador nos 
Programas de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) e Educação 
Especial (PPGEEs) da Universidade Federal de São Carlos 
(UFSCar). Pesquisador bolsista do Conselho Nacional de Pesquisa 
(CNPq). Coordenador do Grupo de Pesquisa em Relações Inter-
pessoais e Habilidades Sociais (RIHS/UFSCar) e do Grupo de 
Trabalho Relações Interpessoais e Competência Social da Asso-
ciação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia 
(ANPEPP).
Zilda A. P. Del Prette (Organizadora)
Psicóloga, especialista em Psicologia Educacional e Psicologia 
Clínica, doutora em Psicologia Experimental pela Universidade de 
São Paulo (USP), com pós-doutorado em Habilidades Sociais pela 
Universidade da Califórnia, Riverside, Estados Unidos. Profes-
sora titular e orientadora nos Programas de Pós-Graduação em 
Psicologia (PPGPsi) e Educação Especial (PPGEEs) da Universi-
dade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisadora bolsista do 
Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Coordenadora do Grupo 
de Pesquisa em Relações Interpessoais e Habilidades Sociais 
(RIHS/UFSCar) e do Grupo de Trabalho Relações Interpessoais 
e Competência Social da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-
-Graduação em Psicologia (ANPEPP).
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
12
Ana Carolina Braz
Psicóloga, mestre em Psicologia e doutoranda em Psicologia 
pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Membro do 
Grupo de Pesquisa em Relações Interpessoais e Habilidades Sociais 
(RIHS/UFSCar) e do Grupo de Trabalho Relações Interpessoais e 
Competência Social da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-
-Graduação em Psicologia (ANPEPP).
Camila Souza Pereira
Psicóloga, especialista em Gestão Organizacional de Recursos 
Humanos, mestre e doutora em Educação Especial pela Univer-
sidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professora da Faculdade 
de Tecnologia Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia 
(CIMATEC), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
(SENAI), Bahia. Membro do Grupo de Pesquisa em Relações 
Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS/UFSCar) e do Grupo 
de Trabalho Relações Interpessoais e Competência Social da 
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia 
(ANPEPP).
Célia Caldeira F. Kestenberg
Psicóloga clínica com formação em Gestalt-Terapia e espe-
cialista em Psicologia Médica e doutora em Psicologia Social 
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Profes-
sora adjunta da Faculdade de Enfermagem da UERJ. Membro do 
Grupo de Ensino, Pesquisa, Assistência e Cuidado Humano em 
Saúde (GEPACHS). Membro do Grupo de Trabalho Relações 
Sobre os autores
13
Interpessoais e Competência Social da Associação Nacional de 
Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP)
Daniele Carolina Lopes
Psicóloga, mestre em Educação Especial e doutoranda em 
Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
Membro do Grupo de Pesquisa em Relações Interpessoais e Habi-
lidades Sociais (RIHS/UFSCar) e do Grupo de Trabalho Relações 
Interpessoais e Competência Social da Associação Nacional de 
Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).
Eliane Mary de Oliveira Falcone
Psicóloga, doutora em Psicologia Clínica. Professora adjunta 
do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro (UERJ) e docente do Programa de Pós-Graduação em 
Psicologia Social da UERJ. Supervisora do Serviço de Psicologia 
Aplicada da UERJ. Especialista em Terapia Cognitiva pelo Beck 
Institute. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Terapias 
Cognitivas (2003-2005). Membro do Grupo de Trabalho Relações 
Interpessoais e Competência Social da Associação Nacional de 
Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).Fabián Orlando Olaz
Doutor em Psicologia pela Universidade Nacional de Córdoba. 
Professor assistente de Metodologia de Pesquisa Psicológica na 
Universidade Nacional de Córdoba, atuante na área de relações 
interpessoais sob o Modelo Social Cognitivo. Coordenador do 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
14
Laboratório de Comportamento Interpessoal (LACI) da Facul-
dade de Psicologia da Universidade Nacional de Córdoba, núcleo 
do Grupo de Pesquisa em Relações Sociais e Habilidades Interpes-
soais da Universidade Federal de São Carlos (RIHS/UFSCar).
Gabriela Alicia Cabanillas
Licenciada em Psicologia pela Universidade Nacional de 
Córdoba. Membro do Laboratório de Comportamento Interpes-
soal (LACI) da Faculdade de Psicologia da Universidade Nacional 
de Córdoba, núcleo do Grupo de Pesquisa em Relações Sociais 
e Habilidades Interpessoais (RIHS) da Universidade Federal de 
São Carlos.
Leonardo Adrian Medrano
Licenciado em Psicologia pela Universidade Nacional de 
Córdoba. Professor assistente no departamento de Psicologia 
Descritiva e Inferencial. Doutorando pela Universidade Nacional 
de Córdoba e bolsista do Conselho Nacional de Investigações 
Científicas e Tecnológicas (CONICET). 
Margarette Matesco Rocha
Psicóloga, mestre em Educação, doutora em Educação Espe-
cial. Professora adjunta da Universidade Estadual (UEL) de 
Londrina, Paraná, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em 
Análise do Comportamento da UEL. Coordenadora do núcleo 
Relações Interpessoais e Habilidades Sociais da UEL (RIHS/
UEL), vinculado ao Grupo de Pesquisa em Relações Interpessoais 
Sobre os autores
15
e Habilidades Sociais da Universidade Federal de São Carlos 
(RIHS/UFSCar). Membro do Grupo de Trabalho Relações Inter-
pessoais e Competência Social da Associação Nacional de 
Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).
Sheila Giardini Murta
Psicóloga, mestre e doutora em Psicologia pela Universidade 
de Brasília (UnB), com pós-doutorado em Habilidades Sociais 
(UFSCar). Professora adjunta do Instituto de Psicologia da 
Universidade de Brasília (UnB). Orientadora no Programa de 
Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura da UnB. Bolsista 
de produtividade em pesquisa do CNPq. Coordenadora do Rela-
ções Interpessoais e Habilidades Sociais da UnB (RIHS/UnB), um 
núcleo do Grupo de Habilidades Interpessoais Relações Sociais 
da Universidade Federal de São Carlos. Membro do Grupo de 
Trabalho Relações Interpessoais e Competência Social da Asso-
ciação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia 
(ANPEPP).
PARTE I
Base conceitual, modelos, 
efetividade e disseminação 
Enfoques e modelos do treinamento 
de habilidades sociais
Almir Del Prette 
Zilda A. P. Del Prette
A aprendizagem de habilidades sociais e o aperfeiçoamento 
da competência social constituem processos que ocorrem “natu-
ralmente”, por meio das interações sociais cotidianas ao longo 
da vida. Na infância e na adolescência, as práticas educativas da 
família e da escola, juntamente com a experiência de convivência 
com os colegas, são as principais condições para a aquisição e 
o aperfeiçoamento das habilidades sociais e da competência 
social. Porém, quando essas práticas são desfavoráveis, podem 
surgir déficits de habilidades sociais e problemas de competência 
social que impactam negativamente as relações interpessoais e, 
portanto, a qualidade de vida das pessoas.
A superação de déficits de habilidades sociais e de problemas 
de competência social requer, em geral, serviços especializados no 
campo da Terapia ou da Educação. Esses serviços envolvem alter-
nativas de intervenção, em termos de procedimentos, técnicas 
e programas, cuja eficácia é geralmente aferida por meio de 
pesquisa de intervenção, sob delineamento experimental ou quase 
experimental. 
No campo das habilidades sociais, os avanços no desenvol-
vimento de procedimentos e estratégias permitiram estruturar 
programas de Treinamento de Habilidades Sociais (THS). 
1
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
20
Programa de THS é “um conjunto de atividades plane-
jadas que estruturam processos de aprendizagem, mediados e 
conduzidos por um terapeuta ou coordenador, visando a: (a) 
ampliar a frequência e/ou melhorar a proficiência de habi-
lidades sociais já aprendidas, mas deficitárias; (b) ensinar 
habilidades sociais novas significativas; (c) diminuir ou extin-
guir comportamentos concorrentes com tais habilidades” (Del 
Prette & Del Prette, 2010, p. 128).
Esses programas se baseiam em dois constructos-chave, defi-
nidos em outros estudos (Del Prette & Del Prette, 1999; 2001; 
2005; 2010), permitindo afirmar que:
•	as habilidades sociais são classes de comportamentos sociais 
que somente podem ser classificadas como tais na medida 
em que contribuem para a competência social; •	a competência social é um atributo avaliativo de um compor-
tamento ou episódio de comportamentos bem-sucedidos 
no ambiente social, conforme critérios de funcionalidade 
que incluem (Del Prette & Del Prette, 2001): 
- consecução do objetivo, em termos de consequên-
cias específicas obtidas na interação social; 
- manutenção ou melhora da autoestima dos envol-
vidos; 
- manutenção ou melhora da qualidade da relação; 
- maior equilíbrio de ganhos e perdas entre os partici-
pantes da interação; 
- respeito e ampliação dos direitos humanos básicos. 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
21
Ainda que todos esses critérios não sejam igualmente atendidos 
em uma mesma interação social, pode-se afirmar que, quanto 
mais deles são atendidos, maior competência social pode ser atri-
buída ao indivíduo em uma tarefa social. Tomados em conjunto, 
os critérios de competência social articulam duas dimensões de 
funcionalidade, que estão relacionadas, respectivamente, com as 
consequências imediatas e com as atrasadas do episódio intera-
tivo, e também com consequências para o indivíduo e para o seu 
interlocutor ou o grupo social (Z. A. P. Del Prette & Del Prette, 
2010, p. 107):
•	Dimensão instrumental: refere-se aos critérios que re-
metem a consequências imediatas e individuais, com 
correlatos emocionais positivos (por exemplo, satisfação 
com os resultados obtidos e autovalorização) que também 
contribuem para a aquisição e manutenção das habilidades 
sociais. •	Dimensão ético-moral: refere-se às consequências posi-
tivas de médio e longo prazo e que contemplam também 
o outro ou o grupo (não apenas o indivíduo), tais como a 
manutenção ou melhora da qualidade da relação, a recipro-
cidade positiva, o equilíbrio nas trocas entre as pessoas em 
interação, caracterizando relações do tipo “ganha- ganha” 
em geral, pautadas pelo respeito aos direitos humanos in-
terpessoais (A. Del Prette & Del Prette, 2001; Z. A. P. Del 
Prette & Del Prette, 2005).
Defende-se que os critérios instrumentais e éticos precisam 
ser simultaneamente contemplados nos programas de THS, 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
22
como forma de harmonizar interesses individuais e coletivos 
nas interações sociais, considerando a necessidade do outro e a 
interdependência como fatores de convivência saudável e produ-
tiva em longo prazo. Em última instância, torna-se importante 
assumir “as implicações e a contribuição potencial dos programas 
de habilidades sociais no planejamento de práticas culturais 
comprometidas com a sobrevivência e com a qualidade de vida na 
complexa sociedade contemporânea” (Z. A. P. Del Prette & 
Del Prette, 2010, p. 106). Posição semelhante é defendida por 
Bolsoni-Silva e Carrara (2010), ao discutirem a dimensãoético-
-moral das habilidades sociais e, portanto, de programas voltados 
para a sua promoção.
Considerando esses conceitos norteadores na promoção de 
habilidades sociais, este capítulo apresenta os principais enfo-
ques e modelos de programas de THS utilizados na América do 
Norte (Estados Unidos e Canadá) e na Inglaterra, suas caracte-
rísticas comuns e a clientela a que se destinavam. Inicia-se com 
a contex tualização do campo das habilidades sociais, com ênfase 
na produção de Argyle e colaboradores, rememorando alguns 
dos principais conceitos e estudos da época, os quais orientaram 
teoricamente as intervenções principalmente junto a pacientes 
esquizofrênicos, até a expansão dos programas para outros 
problemas interpessoais. Finaliza-se com algumas considerações 
sobre a utilização do THS na América do Sul e, especificamente, 
no Brasil.
Origem do campo e contribuições iniciais de Argyle
Ainda que o campo das habilidades sociais se tenha origina-
do na Inglaterra e se desenvolvido de maneira independente da 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
23
assertividade, originária nos Estados Unidos, ambos foram subs-
tantivados pelo termo “treinamento”, empregado então para se 
referir à parte prática ou ao conjunto de técnicas de promoção 
de habilidades sociais. Surgidos em lugares distantes um do outro, 
esses campos são contemporâneos, o que sugere um Zeitgeist1, nos 
dois lados do Atlântico, a impulsionar uma resposta à emergên-
cia ou à maior ênfase no socius, que ocorreu em várias disciplinas 
e pesquisas em Psicologia. Conforme sumarizam O’Donohue e 
Krasner (1995), essa ênfase pode ser percebida, por exemplo, na 
discussão de “um social mais social” na Psicologia Social, na noção 
de inteligência social de Thorndike, na perspectiva interpessoal 
na área do desenvolvimento e nos estudos de processos grupais 
voltados para o relacionamento interpessoal. 
Não obstante algumas semelhanças, há muitas diferenças entre 
os movimentos da Assertividade e das Habilidades Sociais. Sobre 
tais diferenças, podem-se destacar: 
•	maior diversidade de matrizes teóricas presentes no campo 
das habilidades sociais do que no da assertividade; •	maior variedade de classes de comportamento social no 
campo das habilidades sociais; •	um maior espectro de tipos de dificuldades interpessoais 
associadas a déficits de habilidades sociais do que à asser-
tividade (contraposta à agressividade e à passividade 
enquanto classes amplas de desempenhos interpessoais). 
1 O termo é geralmente traduzido como “espírito do tempo” (Zeit, tempo; Geist, espírito, 
 fantasma, ânima).
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
24
A análise desses dois movimentos2, conduzida por Hargie, 
Saunders e Dickson (1994), permite inferir que, muito antes de se 
obter algum consenso sobre os principais comportamentos sociais 
contemplados pelo conceito de assertividade, o campo das habili-
dades sociais já havia incorporado classes nitidamente associadas 
à noção corrente de assertividade. Isso parece justificar a inclusão 
da assertividade como uma das subclasses de habilidades sociais 
(Del Prette & Del Prette, 1999).
Foi Argyle (1976, 1984, 1994), na Inglaterra, em meados 
do século passado, quem cunhou a expressão Treinamento de 
Habilidades Sociais (THS), que representa a aplicação dos co-
nhecimentos reunidos no que ele designou como “modelo das 
habilidades sociais”. Argyle entendia as habilidades sociais como o 
mecanismo de interação entre as pessoas, situando-as no campo 
da comunicação. A comunicação interpessoal, conforme Hargie, 
Saunders e Dickson (1994), é concebida como um processo estru-
turalmente organizado em torno de componentes, que incluem: 
os indivíduos em interação, a mensagem, o canal (verbal e não 
verbal), o meio (situação), o feedback etc. 
Para elaborar o modelo das habilidades sociais em uma 
dimensão psicológica, Argyle incorporou conceitos de dife-
rentes matrizes teóricas da Psicologia, como a teoria de papéis, 
a abordagem operante, a abordagem de processamento cognitivo 
(especialmente teorias da percepção social) e a teoria da apren-
dizagem social. Em sua visão, tais teorias iriam contribuir na 
explicação das interações sociais e do relacionamento social de 
amizade, amor, cooperação, e de fenômenos como dominância 
2 Existem vários estudos sobre assertividade em nosso país, entre eles Del Prette e Del Prette 
(2003) e Falcone (2000).
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
25
(liderança), necessidade social, instinto gregário etc. Adicional-
mente, conforme Argyle, essas teorias deveriam fornecer ao THS 
técnicas e recursos destinados: 
•	à compreensão do desempenho social em termos dos di-
ferentes estilos ou padrões de comportamentos sociais 
relacionados a fatores como introversão-extroversão e 
submissão-dominação; •	à promoção do repertório de habilidades sociais; •	à redução de comportamentos antissociais; •	ao ajustamento do indivíduo aos padrões da cultura. 
Nesse modelo teórico, Argyle (1975, 1976b, 1979) reservou 
um papel importante para o comportamento não verbal e o 
paralinguístico, explicitando suas possíveis relações na interação 
social. Entre as várias pesquisas de Argyle e de seus colaboradores 
(Argyle & Trower, 1979; Argyle, Bryant, & Trower, 1974; Argyle, 
Furnham, & Graham, 1981), algumas mostraram que indivíduos 
extrovertidos mantinham maior frequência e duração de contato 
visual, enquanto os introvertidos apresentavam contato visual 
pobre ou deficitário.
Ainda que se ancorasse na contribuição de conhecimentos 
provenientes de várias áreas da Psicologia, é um engano supor 
que Argyle apenas reunia conceitos “das várias psicologias”, para 
a elaboração do “modelo das habilidades sociais”. Longe disso, 
Argyle foi um teórico capaz de organizar e sistematizar conheci-
mentos em um corpo lógico, definindo termos e hierarquizando 
conceitos de forma coerente, e também desenvolvendo teorias, por 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
26
exemplo, sobre o comportamento social (Argyle, 1976b). Além da 
comunicação não verbal e das habilidades sociais, Argyle manteve 
interesse por vários temas, como o ajustamento do indivíduo no 
trabalho e a psicologia da religião, da classe social, do dinheiro, da 
felicidade, entre outros. Muitos de seus estudos contribuíram para 
o avanço da Psicologia em vários campos, como, por exemplo, o 
tema da felicidade, que faz parte atualmente do escopo da Psico-
logia Positiva (Peterson, 2006). Adicionalmente, cabe lembrar que 
seu livro Psicologia do comportamento interpessoal (Argyle, 1994) é 
considerado uma obra fundamental para a compreensão da cons-
tituição inicial do campo das habilidades sociais, tendo se tornado 
um best-seller, com tradução para vários idiomas. 
Enfoques conceituais no Treinamento de Habilidades Sociais
Das primeiras teorizações de Argyle e colaboradores (Argyle, 
Furnham, & Graham, 1981; Argyle, Bryant, & Trower, 1974; 
Argyle & Henderson, 1993) até o momento atual, houve um 
longo caminho, com a contribuição de várias teorias sobre apren-
dizagem e desenvolvimento, resultando em novos esquemas e 
definições, associados ao reconhecimento de determinantes do 
comportamento social (ou da personalidade, conforme aborda-
gens cognitivas). Concomitantemente, o desenvolvimento da 
terapia comportamental, nos Estados Unidos (incorporando o 
treinamento assertivo e o treinamento de habilidades sociais), 
bem como a emergência e a consolidação de outras abordagens 
conceituais e microteorias psicológicas, também repercutiu na 
formação do campo das habilidades sociais, enquanto fenômenoque pode ser analisado sob diferentes perspectivas.
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
27
A diversidade de abordagens conceituais no campo das habi-
lidades sociais vem mapeando uma gama de possíveis fatores 
determinantes da aprendizagem e do desempenho dessas habili-
dades e, portanto, de explicações alternativas ou complementares 
para os déficits, as dificuldades e os comportamentos concorrentes 
ao desempenho socialmente competente. Nesse cenário, dentre 
os principais fatores explicativos de dificuldades interpessoais têm sido 
amplamente reconhecidos: 
•	déficits de habilidades sociais específicas; •	ansiedade condicionada a situações sociais, que, em geral, 
leva à fuga ou à esquiva de interações sociais; •	comportamentos concorrentes abertos (antissociais, iso-
lamento etc.) e encobertos (distorções cognitivas, com 
valores, crenças, padrões de pensamentos pouco adap-
tativos). 
Pode-se dizer que as explicações para as dificuldades ou os 
problemas de relacionamento interpessoal decorrem das abor-
dagens conceituais adotadas e, por outro lado, estão na base de 
alternativas de intervenções propostas e estruturadas em termos 
de programas de THS.
Considerando as influências conceituais sobre o campo das 
habilidades sociais, pode-se compreender a coexistência de dife-
rentes abordagens teóricas (O’Donohue & Krasner, 1995; Trower, 
1982). Atualmente, identificam-se três enfoques teórico-práticos 
de programas de THS: o operante, com ênfase nos princípios da 
análise do comportamento; o da aprendizagem social, com base na 
modelação e teoria social cognitiva; o eclético, agregando elementos 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
28
cognitivos aos enfoques anteriores. Cada um desses enfoques será 
brevemente referido a seguir.
Enfoque operante
O enfoque operante é baseado nos pressupostos filosóficos 
do behaviorismo radical (Skinner, 1974) e nos princípios e nas 
técnicas derivados da Análise Experimental do Comportamento 
(Skinner, 1970, 1999). Sob esse enfoque, o comportamento é 
entendido como produto de três processos superpostos de seleção 
por contingências – filogenética, ontogenética e cultural (Skinner, 
2007) –, o que se aplica também ao comportamento social e às 
habilidades sociais, conforme análise de Z. A. P. Del Prette e Del 
Prette (2010). 
A relação entre análise do comportamento e das habilidades 
sociais configura uma interface histórica de produção e aplicação 
de conhecimento sobre o comportamento social:
Os conhecimentos e recursos produzidos de um 
lado e de outro são de interesse para a prática 
psicológica em diferentes contextos (por exemplo, 
terapia, educação, saúde, trabalho etc.). Conforme 
O’Donohue e Krasner (1995), “a abordagem das 
habilidades sociais é um dos maiores desenvolvi-
mentos da história do modelo comportamental” (p. 
4), com contribuição expressiva para o desenvol-
vimento da terapia comportamental, podendo ser 
vista como coadjuvante e mesmo como alternativa 
à psicoterapia. (Z. A. P. Del Prette & Del Prette, 
2010, p. 105) 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
29
Os programas de THS terapêuticos, utilizados nos Estados 
Unidos entre as décadas de 1970 e 1980, eram, em grande parte, 
baseados no enfoque operante. No entanto, as publicações que 
tratam das habilidades sociais sob essa perspectiva (Maag, 2006; 
McIntyre, Gresham, DiGennaro, & Reed, 2007) tendem a enfa-
tizar o uso das técnicas e dos procedimentos operantes, sem 
aprofundar a análise do constructo habilidades sociais e sua arti-
culação e implicações nos pressupostos e fundamentos da Análise 
do Comportamento. 
Diversos estudos em nosso meio (A. Del Prette & Del Prette, 
2009, 2010; Bolsoni-Silva, 2002; Bolsoni-Silva & Carrara, 2010; 
Carrara, Silva, & Verdu, 2006; Gresham, 2009; Z. A. P. Del Prette 
& Del Prette, 2010; Marquezini-Cunha & Tourinho, 2010) têm 
analisado o campo das habilidades sociais, ou classes específicas 
de habilidades, sob a perspectiva da análise do comportamento. 
Alguns aspectos destacados por esses estudos incluem: a contri-
buição da perspectiva comportamental para uma compreensão 
funcional e contextualista das habilidades sociais e da compe-
tência social; a importância da avaliação funcional em programas 
terapêuticos e educativos nessa área; questões para possível apro-
fundamento dessa interface; e a aplicabilidade dos conhecimentos 
e recursos do campo das habilidades sociais para a análise compor-
tamental aplicada a diferentes contextos e problemas, incluindo 
mudanças culturais.
Os programas baseados no enfoque operante comumente apre-
sentam uma estrutura que prevê: 
•	avaliação ou diagnóstico inicial; •	explicação sobre a racional da intervenção; 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
30
•	contrato e regras de funcionamento; •	organização e distribuição das sessões no tempo, conforme 
complexidade dos comportamentos alvos da intervenção;•	avaliações intermediárias, finais e de seguimento (follow-up).
O ponto de partida é a avaliação funcional (Sturmey, 1996) 
dos comportamentos sociais “saudáveis” e “problemáticos” e da 
qualidade das interações e relações que o indivíduo mantém com 
as demais pessoas, buscando identificar contingências proximais 
(ambiente imediato) e distais (cultura, metacontingências), pas-
sadas e presentes, enquanto seus possíveis determinantes. Essa 
avaliação permite identificar os determinantes (contingências) 
que devem ser alterados para se ampliar repertórios adaptativos e 
reduzir os problemáticos nas interações sociais. Pensamentos, sen-
sações e sentimentos são tratados como comportamentos, ainda 
que predominantemente encobertos e acessíveis muitas vezes 
somente por meio de relato verbal. A análise desses eventos é 
similar à efetuada sobre os demais comportamentos sociais e, por 
princípio, eventos encobertos não são entendidos como causas, 
mas como correlatos (Catania, 1999), tanto de comportamentos 
socialmente competentes como de problemáticos.
Para a intervenção, três técnicas têm papel relevante nesse 
modelo: 
•	A instrução baseia-se na ideia de que algumas pessoas não 
se comportam de uma determinada maneira porque nunca 
foram orientadas de forma efetiva para isso e, também, não 
foram encorajadas a fazê-lo (manipulação antecedente). 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
31
•	O ensaio comportamental foca diretamente o terceiro 
elemento da tríplice relação de contingências – o compor-
tamento – e permite o uso associado de outras técnicas, 
como modelagem, modelação, extinção, reforçamento 
diferencial etc., ou seja, o manejo de seus antecedentes e 
consequentes do comportamento. •	A tarefa de casa pode ser usada tanto para planejar a 
 generalização quanto para verificar a funcionalidade das 
habilidades recém-aprendidas no contexto da intervenção, 
promovendo a sensibilidade do participante às contingên-
cias de seu ambiente natural. 
Essa estrutura se baseia no pressuposto de que respostas sociais 
desejáveis, mas ainda incipientes, pouco elaboradas, são promo-
vidas no contexto da intervenção, podendo ser mantidas pela 
comunidade verbal quando esta, seletivamente, provê consequên-
cias reforçadoras às mudanças em direção ao comportamento mais 
elaborado e funcionalmente mais efetivo.
Enfoque da aprendizagem social
Os programas que adotam o enfoque da aprendizagem social 
se baseiam, principalmente, nas formulações iniciais de Bandura 
(1977a; Bandura, Ross, & Ross, 1963) sobre aprendizagem social 
com base na observação. Aplicada às habilidades sociais, a teoria 
prevê que a aquisição e o aperfeiçoamentodos comportamentos 
sociais seriam explicados por processo vicário, ou seja, obser-
vação e reprodução de comportamentos, e que as consequências 
atuariam como fatores de incentivo ao desempenho, e não como 
fatores de aprendizagem (Ríos-Saldaña, Del Prette, & Del Prette, 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
32
2002). No entanto, nem todos os comportamentos observados 
são copiados. Segundo Bandura (1977a; 1987; 2008), as pessoas 
observam e “copiam” o comportamento das demais, sob algumas 
condições especiais, que incluem: a capacidade de atenção e de 
reprodução do observador, a similaridade entre as características 
do observador e do modelo (etária, de gênero, etnia etc.), a atrati-
vidade e status do modelo etc. 
Sob este enfoque, os programas também dão atenção especial 
aos componentes não verbais, como acenos com a cabeça, expressão 
facial, gestos, tom de voz, algumas vezes provendo treinamento 
específico para modificação ou aquisição de gestos e expressões 
adequados. Uma análise dos programas baseados em Bandura 
(por exemplo, Kelley, 2002; Monti, Kadden, Rohsenow, Cooney, 
& Abrams, 2005; Dowd & Tierney, 2005) permite constatar que 
se baseiam na teoria da aprendizagem social, não incorporando 
outros princípios e conceitos desenvolvidos posteriormente pelo 
autor e por ele integrados na chamada Teoria Social Cognitiva 
(Bandura, 1987, 1999, 2008; Olaz, 2009). 
A estrutura de um programa sob esse enfoque não é muito dife-
rente do operante. Em linhas gerais, conforme pode ser inferido de 
vários estudos (Monti, Corriveau, & Curran, 1982; Pérez, 2000), 
os componentes básicos são os seguintes: 
•	avaliações periódicas, antes, durante e após a intervenção; •	apresentação geral aos participantes dos resultados da 
avaliação; •	breve exposição sobre a abordagem teórica que orienta o 
programa; 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
33
•	seleção e planejamento das habilidades alvo e temas das 
sessões de intervenção (por exemplo, “sessão 1: sobre comu-
nicação não verbal”); •	seleção e planejamento dos procedimentos (instrução, en-
saio comportamental, feedback, tarefas de casa etc.).
Cada sessão é estruturada com base em uma ou mais habili-
dades amplas a serem ensinadas, como “habilidades para recusar 
bebida”: os participantes relatam situações de maior dificuldade; 
o terapeuta seleciona uma situação que contenha componentes 
mencionados pelo maior número de participantes; o terapeuta 
orienta a “estruturação” de uma situação, definindo papéis aos 
participantes; o terapeuta solicita a um dos membros do grupo, 
com melhor repertório para lidar com a situação, que mostre como 
seria seu desempenho, e pede que os demais o observem (um dos 
terapeutas pode também participar como modelo); após o desem-
penho do modelo e do observador, o terapeuta apresenta feedback 
e solicita que os outros participantes do grupo também deem feed-
back a ambos. 
Enfoque eclético
Os diferentes programas de THS referidos na literatura 
buscam atender, de algum modo, à orientação conceitual predo-
minante do profissional ou do pesquisador aplicado e, portanto, 
contemplam objetivos, procedimentos e técnicas coerentes com 
essa orientação. No entanto, possivelmente devido ao desenvol-
vimento concomitante de várias abordagens conceituais para a 
compreensão e a intervenção sobre habilidades sociais, os mode-
los conceitualmente puros, em sua aplicação prática, são raros. 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
34
A maioria dos programas adota uma estratégia pragmática que 
articula técnicas e procedimentos derivados de diferentes abordagens 
conceituais, razão por que são aqui denominados de ecléticos.
O enfoque eclético adiciona aos já referidos os elementos cogni-
tivos derivados de teorias de processamento cognitivo, percepção 
social, papéis sociais etc. (Caballo, 1993; Hargie, Saunders & 
Dickson, 1994), possivelmente refletindo a influência do modelo 
de habilidades sociais de Argyle (citado anteriormente). Sob uma 
perspectiva cognitivista, a competência social e os problemas 
nessa área são vistos como decorrentes de variáveis e processos, 
tais como crenças, esquemas, metas pessoais, conhecimentos, 
estratégias, percepções, atribuições e explicações sobre acon-
tecimentos, ideias distorcidas, expectativas, valores subjetivos, 
autoavaliação não condizente com o desempenho etc. (Caballo, 
Irurtia, & Salazar, 2009). 
A avaliação das variáveis e dos processos cognitivos é reali-
zada por meio de um conjunto de instrumentos e procedimentos, 
em geral de autoinforme (Caballo, 1993; Lega, Caballo, & Ellis, 
1997). Em termos de intervenção, esses programas variam na 
ênfase à modelagem, à modelação, à instrução e aos procedimentos 
cognitivos. Assim, além do treino de habilidades, os programas 
incluem módulos complementares para a redução de ansiedade e 
a modificação de padrões cognitivos identificados como disfuncio-
nais (crenças, visão de mundo, explicações para acontecimentos 
etc.). Para isso, são usados procedimentos e técnicas diversos, tais 
como modelação encoberta, autoverbalização positiva e outras 
derivadas da Terapia Racional Emotiva Comportamental, de Ellis 
(Caballo, Irurtia, & Salazar, 2009). 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
35
Modelos de aplicação dos programas de habilidades sociais
A maioria dos programas baseia-se em uma cuidadosa avaliação 
multimodal (diferentes instrumentos, contextos e informantes) que 
orienta o planejamento geral de objetivos e a estruturação das 
sessões. Conforme resumido em A. Del Prette e Del Prette (2005) 
e Z. A. P. Del Prette e Del Prette (2005), os tipos de déficits (se 
de aquisição, de fluência ou de desempenho) são caracterizados 
também a partir da identificação dos fatores a eles associados (por 
exemplo, restrição de oportunidades, problemas de comporta-
mento, ausência de feedback, falhas de reforçamento, ansiedade 
interpessoal etc.). A noção de tipologia de déficits é importante 
para o planejamento do programa, especialmente para a seleção 
de procedimentos e técnicas apropriados à superação de cada tipo 
específico de déficit (A. Del Prette & Del Prette, 2005; Z. A. P. 
Del Prette & Del Prette, 2005).
Em termos de contexto de aplicação das intervenções sobre 
habilidades sociais, Weiner, Fritsch e Rosen (2002) identificaram, 
no início da dácada de 1970, uma ruptura no uso exclusivamente 
terapêutico do THS, com o surgimento de um formato pedagó-
gico ou de ensino direto, para uso na escola e na comunidade em 
geral. As principais diferenças entre esses formatos se relacionam 
à população atendida, ao seu caráter pedagógico ou terapêutico 
e também a uma maior ênfase em determinados componentes do 
programa ou do procedimento utilizado, conforme a perspectiva 
conceitual adotada. Segue-se uma breve referência a esses dois 
formatos e a seus principais componentes.
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
36
Modelo terapêutico
O Treinamento de Habilidades Sociais alcançou maior des-
taque, na Psicologia da Inglaterra e dos Estados Unidos, a partir 
da década de 1970, com sua aplicação a pacientes psiquiátricos 
hospitalizados e não hospitalizados, em geral com diagnóstico de 
esquizofrenia (Brown, 1982; Hersen & Bellack, 1976; Wallace, 
1982). Havia, na época, uma pressão de desospitalização, trazendo 
para o centro da discussão os requisitos necessários para o paciente 
psiquiátrico viver na comunidade. O atendimento a pacientes com 
diversos distúrbios, principalmente com diagnóstico de esquizo-
frenia, visava a promover a expressividade emocional e a competênciasocial (Goldsmith & McFall, 1975; Hersen & Bellack, 1976) em 
habilidades específicas detectadas como deficitárias no repertório 
desses pacientes.
Segundo Liberman, Nuechterlein e Wallace (1982), nesse perío-
do havia muita discussão sobre os efeitos dos programas. Enquanto 
as melhoras obtidas pelos pacientes eram identificadas, questio-
nava-se, sobretudo, a escassez de evidências de generalização das 
habilidades sociais aprendidas no contexto terapêutico para ou-
tros ambientes e da manutenção das aquisições obtidas ao longo 
do tempo. Outro aspecto bastante estudado se referia a uma série 
de fatores que dificultavam o sucesso dos programas, entre os 
quais, por exemplo, família pouco responsiva, déficit cognitivo 
dos pacientes, visão negativa da comunidade sobre as pessoas em 
tratamento psiquiátrico. Entretanto, os melhores resultados foram 
obtidos na Inglaterra (Trower, Bryant & Argyle, 1978), mostrando 
que pacientes submetidos ao Treinamento de Habilidades Sociais 
permaneciam um período mais longo de tempo fora do hospital 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
37
e tinham menos reinternações, quando comparados aos que não 
participaram desse tipo de intervenção.
Como exemplo de intervenção terapêutica, Hersen, Bellack e 
Himmelhoch (1982) realizaram um programa para mulheres com 
depressão unipolar e selecionaram três classes de habilidades rele-
vantes para essa população. A justificativa para a inclusão dessas 
habilidades, conforme os autores, era a de que, naquele caso de 
depressão, o “treinamento de habilidades, primariamente, deveria 
lidar com três tipos de habilidades sociais, especialmente relevan-
tes para a mulher deprimida: asserção positiva, asserção negativa e 
habilidades de conversação” (p. 158). 
Na realidade, as habilidades não foram treinadas necessaria-
mente nessa ordem. As demais habilidades que deviam suprir 
os déficits das participantes foram hierarquizadas, e a avaliação 
do terapeuta sobre os desempenhos dos clientes em role-playing 
possibilitou determinar os componentes (verbal, não verbal e 
paralinguístico) que deviam ser objeto de intervenção. Os tera-
peutas tanto podiam usar procedimentos de modelagem quanto 
de modelação. As técnicas utilizadas foram basicamente role-
-playing, exposição aos modelos de comportamentos aberto e 
encoberto, reforçamento diferencial e tarefa de casa. O esquema 
geral do programa obedecia à seguinte estruturação: avaliação 
inicial e planejamento preliminar (dos três tipos de habilidades 
mencionadas); explicação sobre a racional do programa aos clien-
tes; treino das habilidades hierarquizadas; treino de percepção 
social; treino para identificação de problemas; treino de solução 
de problemas e avaliações complementares. 
A difusão dos programas de THS com a população de pacientes 
psiquiátricos possibilitou uma ampla discussão, tanto em relação 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
38
à avaliação e ao acompanhamento, quanto em relação ao 
planejamento de procedimentos e às estratégias de intervenção 
(Liberman, Nuechterlein, & Wallace, 1982). No caso do plane-
jamento, discutiu-se o número ideal de sessões semanais, com 
propostas que variavam entre: (a) duas sessões diárias durante 
cinco dias da semana; (b) uma sessão por dia; (c) três sessões sema-
nais. Quanto à duração do programa, um período extensivo de seis 
meses foi reconhecido como mais efetivo. Em relação à avaliação, 
defendeu-se a importância de incluir como foco, além dos déficits 
em habilidades sociais, os déficits cognitivos e motivacionais, o 
funcionamento cognitivo e a estimulação social (Wallace, 1982). 
A avaliação e o atendimento da família também foram conside-
rados de grande importância (Falloon, Boyd, & McGill, 1982). 
Sobre procedimentos e técnicas, os mais referidos como ingredientes 
dos programas de THS foram instrução, modelagem e modelação, 
esta principalmente no ensaio comportamental. 
Modelo pedagógico
Dentre os vários programas propostos e disseminados no for-
mato pedagógico, pode exemplificar-se com o Skillstreaming the 
para crianças e adolescentes (McGinnis, Goldstein, Sprafkin, & 
Gershaw, 1984; Goldstein, Sprafkin, Gershaw, & Klein, 1980), 
o Boys Town Model (Dowd, Tobias, Connolly, Criste, & Nelson, 
1993), planejados sob a perspectiva da teoria da aprendizagem social 
(Bandura, 1977b), com ênfase no ensino de pequenas unidades de 
desempenho. Outro programa pedagógico mais recente é o Social 
Skills Intervention System (Elliott & Gresham, 2007), que pode ser 
incluído no enfoque eclético (cognitivo-comportamental).
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
39
Os dois formatos pedagógicos mais conhecidos, o Skillstrea-
ming e o Boys Town Model, podem ser resumidos no esquema de 
aprendizagem olhar-avaliar-copiar (fazer de maneira semelhante ao 
modelo). Sob esses formatos, supõe-se a emergência de desempe-
nhos molares bem-sucedidos, nos contextos cotidianos, a partir 
do treino de unidades moleculares nas sessões. Outra caracterís-
tica dos programas pedagógicos é o uso de material de interesse 
da criança ou do jovem, como a televisão (programas em vídeo), 
o computador (programas e materiais informatizados) e os livros 
ilustrados (Baker, 2006). 
Skillstreaming crianças e adolescentes
Esse formato prevê módulos diferenciados para crianças 
(McGinnis, Goldstein, Sprafkin, & Gershaw, 1984) e para ado-
lescentes (Goldstein, Sprafkin, Gershaw, & Klein, 1980). As 
sessões do Skillstreaming são conduzidas por um facilitador que, 
usando material didático, ensina aos participantes as unidades de 
desempenhos. Os procedimentos enfatizam não só a modelação e 
a instrução, mas também a aprovação do tipo “Hum, hum, bom, 
isso”. O role-playing é utilizado, em geral, para superar dificuldades 
em desempenhos que não atingem o critério esperado ou para for-
talecer unidades de desempenhos. 
Esse programa utiliza vídeos ilustrativos que são selecionados 
com base nos objetivos ou dificuldades da clientela. As classes 
de habilidades amplas, como habilidades alternativas à agressão, 
são decompostas em subclasses, como usar o autocontrole, pedir 
permissão, aceitar consequências, lidar com acusação etc. E estas 
são decompostas em unidades menores de comportamento verbal 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
40
e não verbal, por exemplo, aproximar-se do colega, olhá-lo direta-
mente, sorrir, esperar a vez etc.
Boys Town Model
O Boys Town Model (Modelo Cidade dos Meninos) leva o 
nome de uma instituição criada por um padre católico, Edward 
J. Flanagan, em 1917, com o objetivo de amparar meninos aban-
donados ou que sofreram abuso de diversos tipos. Atualmente, é 
utilizado em diferentes partes dos EUA sob quatro formatos: (a) 
Programa residencial de longo prazo; (b) Programa residencial 
de curto prazo; (c) Programa de serviços ecológicos baseados na 
família; (d) Programa de tratamento ecológico de cuidado (Dowd 
& Tierney, 2005).
O formato Boys Town Model (Dowd & Tierney, 2005; Weiner, 
Fritsch & Rosen, 2002) propõe quatro componentes para o 
programa: filmes (via televisão), desenhos animados, música 
e histórias interativas para promover habilidades sociais; jogos 
(games) e eventos esportivos; envolvimento da família e da comuni-
dade em situações de vida real; empreendimentos de serviços para o 
adolescente com necessidade de trabalho. 
O programa prevê diferentes módulos, dos mais elementares 
para os mais complexos, que no total abrangem 182 classes de 
habilidades sociais3. Os procedimentos para o treinamento de habi-
lidades sociais incluem:
3 A “Cidade dosmeninos” localiza-se a oeste de Nebraska, Estados Unidos. Trata-se de um 
ambiente com 365 hectares para agricultura e pecuária, prédios da administração, dor-
mitórios, restaurantes, igrejas (católica e protestante), escolas, um complexo esportivo, 
departamentos de polícia, corpo de bombeiro e uma editora, a Boys Town Press, que im-
prime livros destinados à educação e à terapia. A instituição é mantida pela produção da 
fazenda, por contribuições de voluntários e por verbas de órgãos estatais. A partir de 1979, 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
41
•	observação pelo participante (criança ou adolescente) de 
desempenhos apropriados e inapropriados em videograva-
ção, por aproximadamente trinta minutos; •	avaliação de cada participante durante a discussão sobre o 
que foi observado no filme; •	relato ao grupo de comportamentos apropriados e inapro-
priados identificados na observação. 
Social Skills Intervention System (SSIS)
O Sistema de Intervenção em Habilidades Sociais, proposto por 
Elliott e Gresham (2007), baseia-se seleção das habilidades consi-
deradas mais importante pelos professores e em um sistema de 
avaliação continuada do progresso das crianças. Parte do princípio 
de que as habilidades sociais constituem comportamento substitu-
tivo aos problemas de comportamento (Maag, 2005; 2006) e que, 
portanto, a intervenção sobre estes pode ocorrer indiretamente, 
por meio da promoção de aprendizagem de habilidades sociais. O 
SSIS é proposto em níveis de abrangência: 
•	universal, focalizando as dez classes de habilidades mais 
importantes (conforme pesquisa prévia com professores), 
com duração de dez semanas em três sessões semanais de 
25 minutos, conduzidas pelo professor em sala de aula; •	seletiva, focalizando vinte das habilidades sociais mais 
importantes, conduzida ao longo de quinze semanas, em pe-
quenos grupos de crianças de risco ou que não melhoraram 
passou a receber meninas, mesmo mantendo a denominação Boys Town. Esse trabalho se 
tornou amplamente conhecido após o filme de mesmo nome, de 1938, com Spencer Tracy 
e Mickey Rooney.
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
42
com a intervenção universal, com assessoria profissional de 
Psicologia; •	individualizada/intensiva, conduzida por profissionais de 
apoio, focalizando os comportamentos problemáticos espe-
cíficos da criança que não respondeu bem às intervenções 
anteriores (duração variável). 
O formato do programa de intervenção baseia-se em procedi-
mentos de instrução, modelação, role-playing, ensaio comportamental, 
feedback e tarefas de casa, os quais buscam contemplar o esque-
ma geral: instrua – mostre – faça – pratique – monitore o progresso 
– generalize. 
Expansão dos programas de habilidades sociais
Os diferentes problemas interpessoais parecem ter-se tornado 
mais frequentes e exacerbados em várias sociedades a partir dos 
meados do século XX. Esse fenômeno exigiu respostas gover-
namentais, de um lado, para lidar com tais acontecimentos e, 
de outro, para preveni-los, favorecendo com isso a aplicação de 
diferentes programas, no contexto escolar americano. Concomi-
tantemente, as exigências por melhores relações interpessoais 
em diferentes contextos têm ampliado consideravelmente a 
lista de classes de habilidades sociais relevantes, por exemplo, as 
incluídas na classe de habilidades de comunicação, como as de 
persuadir (Dillard & Marshall, 2003) e negociar (Roloff, Putnam, 
& Anastasiou, 2003).
A difusão de programas sob um modelo pedagógico facilitou 
o aparecimento de intervenções chamadas preventivas, além das 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
43
terapêuticas. No contexto clínico, o THS pode ser considerado 
como um dos vários processos de terapia baseados na concepção 
de aprendizagem estruturada (Goldstein, Sprafkin, Gershaw, & 
Klein, 1980). No contexto educacional, esses programas podem 
ser incorporados à atividade escolar com todos os estudantes ou 
também como atividade opcional extraclasse. No caso da apli-
cação na escola como um todo, é preciso cuidado para não se 
distanciar das necessidades reais das crianças, inclusive acadê-
micas, se possível articulando-as com o programa de habilidades 
sociais. Por outro lado, os resultados bem-sucedidos da aplicação 
do modelo terapêutico com pacientes esquizofrênicos levaram 
ao atendimento de uma população mais diversificada quanto aos 
problemas interpessoais, como os de comunicação entre cônjuges 
(Jacobson, 1982) e as dificuldades de relacionamento das crianças 
com pares (French & Tyne, 1982).
Os programas de THS, em geral, apoiam-se em alguns princípios 
e em algumas constatações empíricas, já há muito consolidados na 
Psicologia, tais como: 
•	as habilidades sociais são aprendidas e, portanto, podem ser 
ensinadas; •	a aprendizagem de habilidades sociais pode ocorrer de ma-
neira incidental ou pode ser planejada por meio de condições 
estruturadas (de ensino ou de terapia); •	como o contexto social é permeado por diferentes subcul-
turas, cujas práticas se alteram ao longo do tempo, certas 
habilidades sociais podem ser valorizadas em determina-
dos contextos, em detrimento de outras (caráter situacional 
 cultural das habilidades sociais); 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
44
•	ao longo do tempo, as diferentes experiências do coti-
diano podem alternar as condições de estimulação social 
do indivíduo: se favoráveis, as habilidades sociais entram 
em um círculo virtuoso de aprender-fortalecer-aperfeiçoar; 
se desfavoráveis, em um círculo vicioso de enfraquecer-
-extinguir-desaprender, com alta probabilidade de serem 
substituídas por comportamentos problemáticos. 
Na América do Sul e no Brasil (Nilsson, Suarez, & Olaz, s.d.), 
parece ter ocorrido uma difusão tardia do campo teórico-prático 
das habilidades sociais e, em particular, do uso de programas 
de Treinamento de Habilidades Sociais. Três fatores poderiam 
explicar essa situação: 
•	O primeiro refere-se ao atraso na regulamentação da profis-
são de psicólogo, que ocorreu no Brasil, em 1962; no Chile, 
em 1964 e, na Argentina, em 19734 (Entre Ríos), quando 
comparados com os Estados Unidos, o Canadá e com al-
guns países europeus que há muito tempo já possuíam a 
profissão regulamentada. •	O segundo fator diz respeito à dificuldade de acesso à 
 produção de pesquisadores do exterior até a década de 
1980, quando ocorreu a expansão da rede mundial de 
computadores. •	O terceiro fator, pelo menos em nosso país, pode ser atri-
buído à dificuldade com a língua e, portanto, à assimilação 
da bibliografia estrangeira sobre a área. Considerando tal 
4 Na Argentina, a regulamentação ocorreu em momentos diferentes para as diferentes 
 províncias, sendo a primeira a Entre Ríos, em 1973.
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
45
situação, estudos publicados ao final da década de 1980 
e no início de 1990, nas línguas portuguesa e espanhola, 
constituíram objeto de interesse inicial pelo THS na 
 América do Sul (Arón & Milicic, 1994; Del Prette & Del 
Prette, 1996; Hidalgo & Abarca, 1992). 
Cerca de duas décadas após essas publicações, pode-se dizer 
que há um crescimento consistente de interesse pelo THS no 
Brasil, observando-se, inclusive, publicações decorrentes do 
intercâmbio de pesquisadores de outros países (Del Prette & Del 
Prette, 2009; Del Prette, Monjas, & Caballo 2006; Gresham, 
2009; Del Prette, Del Prette, Gresham, & Vance, 2011).
Os estudos de revisão da literatura sobre habilidades sociais 
em nosso meio (Bolsoni-Silva, Del Prette, Del Prette, Montanher, 
Bandeira, & Del Prette, 2006; Del Prette & Del Prette,2000, 
2003; Fumo, Manolio, Bello, & Hayashi, 2009; Mitsi, Silveira, & 
Costa, 2004; Murta, 2005) ainda não focalizaram os programas de 
treinamento quanto às suas características estruturantes (estraté-
gias, técnicas e procedimentos), o que restringe o conhecimento 
sobre intervenções dessa natureza. No entanto, ainda que não 
se disponha de maior detalhamento dos programas utilizados em 
nosso país, pode-se adiantar que todos os apresentados neste livro 
apresentam semelhanças e diferenças em relação aos modelos 
de aplicação anteriormente referidos. Operacionalmente, os 
programas conduzidos em nosso meio apresentam-se semelhantes 
em termos de um formato que inclui: 
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
46
•	avaliação prévia; •	apresentação da racional do programa à clientela, com 
 especificação dos objetivos da intervenção; •	objetivos que contemplam necessidades específicas de 
cada participante e necessidades comuns a todos os mem-
bros do grupo; •	processo flexível de modo a acomodar mudanças, ao longo 
do programa, nos comportamentos-alvo e nos procedi-
mentos planejados. 
Todavia, os programas em formato estritamente vivencial, tal 
como sugerido por A. Del Prette e Z. A. P. Del Prette (2001, 2010) 
e Z. A. P. Del Prette e A. P. Del Prette (2005), adotado em alguns 
dos programas apresentados neste livro, diferem dos modelos já 
referidos. Essas diferenças podem ser resumidas em termos de: 
•	uso de vivências como instrumento de acesso do tera peuta 
ao desempenho dos participantes e maximização dos re-
cursos das sessões, uma vez que, nessa condição, vários 
participantes são treinados simultaneamente em diferentes 
habilidades; •	ênfase no treino de habilidades de processo (por exemplo, 
observar, fazer perguntas, elogiar, dar feedback etc.) como 
recurso para a aprendizagem de outras habilidades e, prin-
cipalmente, para facilitar a coesão grupal; •	divisão das tarefas de casa em genéricas (mesma atribuição 
para todos os membros do grupo) e personalizadas (atribui-
ção de atividades individualizadas ou a pequenos grupos). 
Enfoques e modelos do treinamento de habilidades sociais
47
Em relação às tarefas de casa, pretende-se, com a gené-
rica, facilitar um compartilhamento de experiências entre 
os participantes, e, com a individualizada, o atendimento 
às necessidades particulares de cada um, verificando dife-
renças no progresso e na maneira como cada ambiente 
“responde” aos desempenhos dos participantes.
Entende-se que o detalhamento dos programas efetivos de 
THS (tanto os estritamente vivenciais como os que utilizam 
vivências e outros procedimentos) é fundamental para o enca-
minhamento de novas pesquisas e para a sua disseminação. Daí 
a proposta deste livro, centrada em descrição didática e deta-
lhada de uma amostra recente desses programas. Espera-se que 
a apresentação desse conjunto de programas de THS destinados 
ao atendimento de diferentes populações, além de ampliar a visi-
bilidade desse formato, induza novos estudos de replicação e a 
disseminação dessa ferramenta de trabalho na atuação dos profis-
sionais de Psicologia em diferentes contextos.
Habilidades Sociais: Intervenções efetivas em grupo
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