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Sigmund Freud
Por Paula Farias Akkari
Graduanda em Psicologia (PUC-SP)
Sigmund Freud é uma das figuras históricas mais marcantes do século XX. É considerado o pai da psicanálise - método de investigação e clínica.
Freud nasceu no dia 6 de maio de 1856, em Příbor, na região da Morávia, atualmente município da República Tcheca. Filho de família religiosa, recebeu educação judaica não tradicionalista e aberta à filosofia do Iluminismo.
Sigmund Freud, 1922. Foto: Max Halberstadt / via Wikimedia Commons
Em outubro de 1859, em meio a introdução do maquinismo e do desenvolvimento da industrialização, os negócios de lã e têxteis familiares ruíram, o que culminou na mudança para Leopoldstrasse, bairro judeu da cosmopolita cidade de Viena.
Em 1873, em um momento de restabelecimento da ciência médica devido à descoberta dos neurônios, F. iniciou os estudos de Medicina na Universidade de Viena, apaixonando-se pela ciência positiva e biologia darwiana. Sua trajetória, contudo, foi marcada pela falta de espaço para pesquisar conforme almejava, levando-o a buscar possibilidades fora da academia.
Então, eis um marco: em 1893, iniciou suas correspondências com o médico Josef Breuer, que estava estudando a enigmática histeria. Juntos, acompanharam o caso de Anna O. e publicaram o livro O Estudo sobre a Histeria. Nele, relataram que os sintomas histéricos, como anestesia e hiperestesia, eram simulados durante a hipnose, logo, não poderiam ser explicados por hipóteses relacionadas às terminações nervosas. Assim, apresentam a teoria de que estes seriam tratáveis por palavras, reversíveis por alterações da consciência e curados em relações. Tal acontecimento é considerado o embrião da psicanálise.
Freud prosseguiu com os estudos, orientado por sua inferência de que a alma humana poderia estar dividida em uma dualidade entre psique e eros, que em tentativas de união, ocasionavam os sintomas. Com o desenvolvimento da teoria (até então simples), estruturou a hipótese do inconsciente.
Em 1896, passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis e a delinear uma de suas principais teorias, o Complexo de Édipo.
Interessado nas manifestações do inconsciente, em 1900 publicou a primeira obra psicanalítica propriamente dita, Intitulada A Interpretação dos Sonhos.
Seis anos depois, juntou-se aos intelectuais Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908 se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, em Salzburg. No ano seguinte, foram convidados a dar conferências nos EUA, na Clark University, em Worcester. Em 1910, por ocasião do segundo congresso internacional de psicanálise, realizado em Nuremberg, o grupo fundou a Associação Psicanalítica Internacional.
Entre 1911 e 1913, ocorreram diversas divergências teóricas que resultaram na separação dos pesquisadores. Foi especialmente marcante o afastamento com Jung, com quem nutria intensa amizade.
Os últimos anos de Freud consistiram em tempos de sofrimento com um câncer e expansão do nazismo na Europa. Já doente quando o exército tomou Viena, teve seus bens confiscados e biblioteca queimada. Resgatado, refugiou-se em Londres, Reino Unido.
Faleceu no dia 23 de setembro de 1939. Além de ter como legado a psicanálise, deixou uma extensa obra, traduzida em cerca de 30 línguas, composta por 24 livros, 123 artigos, 5 grandes casos clínicos (Dora, Pequeno Hans, Schereber, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos), prefácios, necrológicos, intervenções diversas em congressos, contribuições para enciclopédias e aproximadamente de 20 mil cartas.
Referências bibliográficas:
LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MANNONI, O. Freud: Uma biografia ilustrada. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1994
ROUDINESCO E PLON, Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

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