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FARMACOCINÉTICA FARMACOLOGIA: ciência que estuda a ação de fármacos em um organismo vivo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, aliviar ou se possível abolir a dor, e prolongar a vida. · POR QUE? Melhorar a qualidade de vida ou se possível abolir a dor prolongada e prolongar a vida · TALIDOMIDA: Medicamento utilizado para prevenir náuseas em 1954 e provocou efeitos teratogênicos: focomelia (encurtamento de membros, aproximando-os ao corpo semelhando a focas). Foi retirado de muitos países, mas ainda é utilizado no BR por apresentar efeitos positivos no tratamento de hanseníase, mas é proibido o uso em mulheres grávidas. FÁRMACO: toda substância de estrutura química definida, capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico em benefício do animal. MEDICAMENTO: é um fármaco com efeito benéfico, produzido comercialmente para uso terapêutico. DROGA: toda substancia capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou sem intenção de benefício do organismo receptor. DOSE: é a quantidade de fármaco administrada, ex: 2 ml/Kg BIODISPONIBILIDADE: é a fração de um fármaco administrado que é levado à circulação sistêmica. BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clinicas adversas, causando o mesmo efeito benéfico que outro. FARMACOGENÉTICA: é o estudo das influencias genéticas sobre as respostas dos fármacos. IDIOSSINCRASIA: é uma hipersensibilidade constitucional congênita que certos indivíduos apresentam quando expostos a determinadas substancias. Não ocorre em todos, as vezes é em uma pequena porcentagem, pode acontecer ou não. FARMACOGENÔMICA: descreve o uso de informações genéticas para guiar a escolha de uma terapia medicamentosa em bases individuais. FARMACOEPIDEMIOLOGIA: estuda os efeitos dos fármacos em nível populacional. FARMACOECONOMIA: visa quantificar em termos econômicos o custo e o benefício dos fármacos. DEPURAÇÃO: em quanto dias o medicamento vai estar ausente no organismo do animal. BIOFASE: quantitativo do medicamento no sítio ativo. FARMACOCINÉTICA Estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal, ou seja, um quantitativo do que é absorvido, distribuído, biotransformado e excretado. Enquanto FARMACODINÂMICA estuda a forma como ele age ( utilizando a proteína G de uma membrana, inibindo alguma coisa....Ou seja: Farmacodinâmica estuda mecanismos de ação de fármacos através de conceitos básicos e as técnicas experimentais de fisiologia, bioquímica, biologia celular e molecular, microbiologia, imunologia, genética e patologia. EX: glicose é um diurético, se administrar oralmente ele vai ser um açúcar no organismo, mas para a ação diurética deve ser aplicada de forma venosa. · Absorção (varia de acordo com a via em que é adm) · Distribuição · Biotransformação: como ele é transformado pelo organismo · Excreção Alguns medicamentos são armazenados em partes do corpo e é liberado aos poucos ao organismo. JANELA TERAPÊUTICA: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz, que vai da menor concentração geradora de efeito até a concentração potencialmente tóxica.Varia de acordo com o fármaco, opióide por ex tem uma janela terapêutica alta, enquanto alguns digitálicos possuem uma janela terapêutica baixa podendo ser toxico facilmente. FATORES INTERVENIENTES NO INÍCIO, DURAÇÃO E INTENSIDADE DOS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS: - Fase biofarmacêutica: Característica da formulação, quantidade do fármaco e velocidade de liberação. (Fármaco disponível para absorção); - Fase farmacocinética: Absorção, distribuição, biotransformação e excreção (fármaco disponível para ação); - Fase farmacodinâmica: Interação fármaco-receptor em tecido alvo (efeito farmacológico); CINÉTICA: FATORES QUE PODEM AFETAR A CINÉTICA DO FÁRMACO: absorção, solubilidade, constituição, concentração circulação, pH, via de administração e excreção. · Não ionizada= maior absorção e mais lipossolúvel, por isso permanece por mais tempo no organismo; Ionizado= menor absorção ; Subst sem carga é absorvido dentro do que a farmacotécnica define. · Quanto mais ionizado o medicamento, pior é a absorção no organismo · pK é uma coisa, pH é outra. AS VEZES O PK É ALTO E PH É BAIXO · Quando uma parte não ionizável é lipossolúvel (PROVA!!!!!! COMO FUNCIONA UM ACIDO FRACO E UM ACIDO FORTE NO ORGANISMO?) UM Pk fraco com ph alto: Pk 3,5 vai ter um acido fraco, no suco gástrico, não tem tanta ionização. Se eu adm esse num pk num ph alto, vai ter uma maior porção ionizada e uma absorção menor. Quanto mais próximo o ph do pk, melhor será a absorção. Quando ionizado menor é a absorção e maior a excreção. Membranas Celulares Processo passivo: · Lipossoluveis · Filtração Transporte mediado por carreador · Difusão facilitada Transporte de glicose para a célula A favor do gradiente de concentração Ligação a proteínas plasmáticas Albumina : Partição em tecidos adiposos · Grand compart apolares · Coef de partição óleo/agua baixo para maior dos farmacs · Efeito pouco signf para adm Fatores que podem influenciar os processos farmacocinéticos Relacionados ao paciente: · Idade · Sexo · Uso de outros medicamentos Estados fisiopatológicos: · Anemias · Disfunção hepáticas (diminui quant de albumina e aumenta o tempo de ação do fármaco) · Doenças renais · Insuf cardíaca (distúrbio hemodinâmico ...) · Infecção (granulomas podem dificultar a ação do fármaco) INÚMEROS FATORES BIOFASE: Para que todos esses processos ocorram e para que um medicamento exerça seu efeito em determinado local de ação no interior de um organismo vivo, é necessário que esse medicamento, após a dissolução da forma farmacêutica, consiga atravessar as barreiras celulares e alcance o seu local de ação. Caminho farmacocinético percorrido por um medicamento no interior do organismo ↑ PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. • ABSORÇÃO: passagem de substâncias químicas do local de contato para a circulação sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção vai depender entre outros fatores da via de administração. Depende do fármaco: lipossolubilidade, peso molecular, contração. E do organismo: estado patológico, problemas hepáticos, etc. Para que um determinado medicamento seja absorvido, é necessário que ele atravesse as diversas membranas biológicas. Na maioria das vezes a absorção de um medicamento se dá por processos passivos. No entanto, alguns medicamentos, são absorvidos por processos ativos, com ou sem gasto de energia, empregando para tanto substâncias carreados. TRANSPORTES: -Processos passivos: difusão simples (lipossolúveis), filtração (substâncias pequenas). -Transporte mediado por carreadores: difusão facilitada (à favor do gradiente), transporte ativo (contra o gradiente). -Pinocitose e fagocitose:invaginações (líquido-sólido) TIPOS DE BARREIRAS TISSULARES CORPORAIS: - Mucosa gastrintestinal: células muito unidas umas às outras, com bloqueio completo dos espaços intercelulares, forçando as substâncias químicas a se difundir somente através das membranas celulares. Substâncias químicas devem ser solúveis na membrana para ultrapassar a barreira gastrintestinal. - Barreira hematoencefálica: células muito unidas, poucas canais de pinocitose, esta barreira impede que substâncias polares ou de peso molecular elevado penetrem no SNC. - Barreira hematotesticular: À semelhança da BHE, só penetram no interior destas estruturas substâncias pouco polares com capacidade de atravessar as membranas celulares por difusão ou transporte ativo. Essa barreira mantem a testosterona no local para mantes a espermatogênese - Barreiras epiteliais da pele, córnea e bexiga: células muito unidas; única forma de penetração é pela via celular, por difusão, exclusivamente para substâncias químicas apolares. - Barreira placentária: se comporta como as demais barreiras orgânicas, substâncias químicas de baixo peso molecular e lipossolúveis atravessam as camadas celulares que separam o feto da mãepor simples difusão, podendo também fazer uso de difusão facilitada, transporte ativo ou mesmo pinocitose. - Barreiras capilares: capilares com máculas, capilares fenestrados e capilares com bloqueio completo. Dependendo do tipo de tecido, há um tipo de capilar, que influencia na absorção VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: Na escolha da via de administração devem-se considerar vários fatores, como: necessidade de efeito sistêmico ou localizado, latência para o efeito (curto ou longo), características físico-químicas do medicamento, etc. - Vias digestivas: Oral, retal, ruminal. O ID é o principal local de absorção de todos os medicamentos administrados por via oral (ácidos fracos, bases fracas ou compostos neutros) por apresentar uma extensa área com rica vascularização. Em animais poligástricos, o rúmen na maioria das vezes impede o uso da via oral para administração, pois sua capacidade, sendo consideravelmente grande, funciona como um compartimento diluidor, alterando a velocidade de absorção de determinados medicamentos. - Via retal: medicamento absorvido pela via retal sofre parcialmente o efeito de primeira passagem, isso é, ao ser absorvido não penetra pela via porta, escapando, portanto, grande parte da biotransformação hepática, seguindo direto ao coração, onde é distribuído para os vários compartimentos do organismo. Desvantagem: absorção irregular e incompleta e irritação da mucosa retal. VIA RETAL Efeito local ou sistêmico Sofrem pouco efeito de primeira passa Impossibilidade de deglutir Pós-operatório; Fármacos que provocam irritação gástrica Via ruminal: uso restrito a medicamento com ação no rúmen. VIA ORAL Poucas subst. absorvidas no estomago, maioria absorvida após esfíncter pilórico FATORES: · Motilidade gastrointestinal · Ph GASTROINTESTINAL · Tamanho da partícula · Interação química com conteúdo intestinal BIODISPONIBILIDADE Fração de uma dose que chega a circ sist. Na forma do farmac intacto Depende da formulação da subst. assim como do ind É um parâmetro limitado SUBLINGUAL Instabilidade com Ph BAIXO Subst rapidamente metabolizadas pelo fígado ( efeito de primeira passagem) - Administração parenteral: mais usuais intravenosa (IV), intramuscular (IM) e subcutânea (SC). Intravenosa: obtenção rápida de efeitos farmacológicos, possibilidade de administração de grandes volumes, desvantagem de risco de embolias, infecções por contaminações, sendo imprópria para administração de substâncias oleosas ou insolúveis. Subcutânea: medicamentos que necessitam ser absorvidos de forma lenta e contínua; medicamentos são absorvidos por difusão, atravessando grandes poros e fenestrações existentes. Essa via tem como vantagem a absorção constante para soluções e lenta para suspensões e pellets; tem como desvantagem a facilidade de produzir sensibilização e, ainda, dor e necrose na utilização de substâncias irritantes. Intramuscular: vantagem absorção relativamente rápida, administração de volumes moderados de veículos aquosos, oleosos, suspensões ou preparações de depósito. Desvantagens: dor, lesões musculares. SC e IM Ação mais rápidas que via oral Depende da perfusão sanguínea local Difusão do fármaco pelo tecido IV CONTÍNUA - Vias transmucosas ou tópicas: utilizados normalmente para obtenção de efeitos terapêuticos não sistêmicos, isto é, localizados. Quando aplicadas sobre a pele, as formulações farmacêuticas de uso transdérmico liberam o medicamento continuamente, numa velocidade que fornece a concentração plasmática desejável para uma duração específica. Pouron: medicamento aplicado sobre o dorso do animal. Ex.: controle de ectoparasitas. CUTANEA Má absorção Efeito local ocorre absorção em diversos inseticidas - Via inalatória: anestesia inalatória. VIA INALATÓRIA Via de rápida adm e rápida eliminação Fármacos possuem um efeito pulmonar e deve-se evitar efeitos sistêmicos Anestésicos voláteis são os mais utilizados - Via intramamária: utilizada normalmente para o tratamento de doença nas glândulas mamárias. BIODISPONIBILIDADE: Os dados de biodisponibilidade são utilizados para determinar a quantidade de um medicamento absorvido a partir de uma determinada forma farmacêutica, a velocidade de absorção do medicamento, e a permanência do medicamento nos líquidos do organismo e sua correlação com as respostas farmacológicos e ou tóxicos. • DISTRIBUIÇÃO: Após absorção, um medicamento pode: ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se a proteínas plasmáticas, ser sequestrado para depósitos no organismo. !!! Somente o medicamento na forma livre é distribuído para tecidos. !!! Depende do fluxo sanguíneo local, processos fisiológicos, características físico-químicas e a ligação à proteínas séricas. Definição: fenômeno em que um medicamento, após ter chegado ao sangue, isto é, após sua absorção, sai deste compartimento e vai para o seu local de ação. Na distribuição é importante levar em conta a água corporal, que representa cerca de 70% do organismo, distribuída em: - líquido extracelular, const. de plasma sang. (4,5%). - líquido intersticial (16%) e linfa (1 a 2 %); - líquido extracelular (30 a 40%) - líquido transcelular (2,5%) A quantidade de fármaco que vai chegar ao local fical é definida pelo medicamento. Medicamento chega ao SNC por 2 mecanismos: BBB e •BIOTRANSFORMAÇÃO: Consiste na transformação química de substâncias, sejam elas medicamentos ou agentes tóxicos, dentro do organismo vivo, visando favorecer sua eliminação. A biotransformação não só favorece a eliminação de um medicamento, como também, com frequência, resulta na inativação farmacológica deste. Este processo permite a formação de metabólitos que são habitualmente mais polares e menos lipossolúveis do que a molécula original, favorecendo a eliminação desta. Toda substância química absorvida pelo trato gastrintestinal vai obrigatoriamente até o fígado através da veia porta, onde é biotransformada (efeito de primeira passagem), para posteriormente poder alcançar o restante do organismo. Nos processos de biotransformação têm-se duas etapas: reações de fase I e de fase II. Normalmente ocorrem em fígado (principal), pulmões, rins e plasma. Reações de fase I: acontecem normalmente no sistema microssomal hepático no interior do retículo endoplásmatico liso. Estas reações em geral convertem o medicamento original em metabólitos mais polares por oxidação, redução ou hidrólise. Enzima: citocromo P450 - CYP450. Cada medicamento que eu utilizar pode sofrer biotransformação pela fase 1. Reações de fase II ou sintéticas: reações de conjugação; envolvem o acoplamento entre o medicamento ou seu metabólito a um substrato endógeno (ácido glicurônico, radicais sulfato, acetatos, aminoácidos). Teste toxicológico para organifosforado.... possui baixo quant de acetilcolinesterase Organofosforados são inibidores da P450. Qual o impacto disso? Menor vel de biotransformação = aumento de toxidade pela permanência do fármaco ou devido a permanência por maior tempo do intermediário tóxico. Indutores da P450... Barbitúricos, fenitoína, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (Benzopireno) Organohalogenados , nicotina e etanol. GLICURONIZAÇÃO ACETILAÇÃO CONJUGAÇÃO COM GLICINA Reações na fase2 N-METILAÇÃO O-METILAÇÃO • EXCREÇÃO: Processo pelo qual a substância é eliminada no organismo. Um medicamento pode ser excretado após biotransformação ou mesmo na sua forma inalterada, pelas seguintes vias: rins, trato digestivo, fígado, pulmões, outras vias. -- >Excreção renal: Constitui o principal processo de eliminação de medicamentos principalmente os polares ou pouco lipossolúveis em pH fisiológico. Processos envolvidos: - Filtração glomerular: somente o medicamento não ligado às proteínas plasmáticas (albumina) passa para este filtrado, capilares são impermeáveis a albumina. Se o fármaco está ligado a ALBUMINA, terá baixa concentração no Ph URINÁRIO. - Secreção tubular: mecanismo mais eficaz para eliminar fármacos. Os túbulos proximais contem pelo menos dois tipos de transporte ativo (bombas) paratransportar o medicamento do sangue para o túbulo renal, mecanismo este denominado secreção tubular. Os dois sistemas de transportes, um para ácidos fracos e um para bases fracas, permitem que haja competição para excreção (OAT e OCT). Entretanto, medicamentos somente competem se pertencerem à mesma classe química, ou seja, ácidos competem com ácidos e bases com bases. Probenecida foi criada para manter penicilina no organismo por mais tempo. - Reabsorção tubular: somente 1% do filtrado inicial aparecerá na urina. A reabsorção do medicamento dos túbulos renais de volta para o sangue fica na dependência da capacidade deste de atravessar as membranas dos túbulos e retornar aos capilares sanguíneos, e também do grau de ionização do medicamento no pH urinário. Medicamentos não ionizáveis ao pH urinário atravessarão mais facilmente as células dos túbulos e cairão novamente na corrente sanguínea. MECANISMO DE ELIMINAÇÃO RENAL= -- >Excreção biliar: medicamentos excretados pela bile após biotransformação. Alguns medicamentos e seus respectivos metabólitos são eliminados pela via hepática por intermédio da bile. A forma de excreção depende do tamanho e a polaridade da molécula do medicamento a ser eliminado. Medicamentos com peso elevado têm grande probabilidade de serem excretados pela bile. A excreção biliar tem grande importância também na eliminação de substâncias orgânicas polares que não serão reabsorvidas pelo intestino. Algumas substâncias eliminadas na bile, ao alcançarem o intestino, podem ser reabsorvidas. Excreção hepática seguida de reabsorção intestinal é denominada ciclo êntero-hepático de um medicamento. -- >Excreção pulmonar: medicamentos voláteis -- >Excreção pelo leite: Excreção de medicamentos de caráter básico com maior facilidade. Após administração de um agente terapêutico na mãe, na maioria das vezes a concentração deste será similar no plasma e no leite materno. Recém-nascidos não têm o sistema de biotransformação hepático completamente desenvolvido, sendo mais susceptíveis aos efeitos adversos dos diferentes medicamentos. Caso seja necessária a utilização de algum agente terapêutico no período de lactação, precisa-se respeitar o período de eliminação do medicamento antes da utilização do leite.
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