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Decio Impostos da Uniao

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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO.	4
2.	O PODER ESTATAL DE TRIBUTAR.	5
3.	LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR DO ESTADO.	5
4.	IMPOSTOS: CONCEITO E FATO GERADOR.	6
5.	CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS NA CF E NO CTN.	7
6.	OS IMPOSTOS FEDERAIS (ART. 153 DA CF).	8
6.1.	Os impostos de importação (II).	8
6.1.1.	Fato Gerador.	9
6.1.2.	Base de Cálculo.	9
6.1.3.	Contribuinte.	9
6.2.	O imposto de exportação (IE).	9
6.2.1.	Fato Gerador.	10
6.2.2.	Base de Cálculo.	10
6.2.3.	Contribuinte.	11
6.3.	O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IRPQN).	11
6.3.1.	Fato Gerador.	11
6.3.2.	Base de Cálculo.	12
6.3.3.	Contribuinte.	12
6.4.	O imposto sobre produtos industrializados (IPI).	12
6.4.1.	Fato Gerador.	12
6.4.2.	Base de Cálculo.	13
6.4.3.	Contribuinte.	13
6.5.	Imposto sobre operações financeiras (IOF).	13
6.5.1.	Fato Gerador.	13
6.5.2.	Base de Cálculo	14
6.5.3.	Contribuinte.	14
6.6.	O imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR).	14
6.6.1.	Fato Gerador.	15
6.6.2.	Base de Cálculo.	15
6.6.3.	Contribuinte.	15
6.7.	O imposto sobre grandes fortunas (IGF).	15
6.8.	O imposto de competência residual.	16
6.9.	Os impostos extraordinários.	16
6.9.1.	Fato Gerador.	16
6.9.2.	Base de Cálculo.	17
6.9.3.	Contribuinte.	17
7.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	18
8.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.	19
INTRODUÇÃO.
	O presente trabalho acadêmico tem a finalidade de demonstrar as características mais relevantes dos Impostos da União, quais sejam, o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte, previstos na Constituição Federal em seus artigos 153 e 154.
	Segundo o artigo 16 do Código Tributário Nacional, imposto é “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
	Observa-se então que o imposto é um tributo não vinculado, cuja o fato gerador (hipótese de incidência) não está ligado a nenhuma atividade específica do Estado, sendo direcionado ao particular, ou seja, baseia-se na manifestação da capacidade econômica do contribuinte. Pertinente ainda comentar que os impostos têm como preceito geral, a proibição da sua arrecadação ser vinculada a despesas específicas. 
	Os impostos se distinguem entre si pelos respectivos fatos geradores e com base nessa distinção, nos países de organização federativa, como o nosso, são atribuídos às diversas entidades entre as quais se divide o Poder Público.
	Essencial ressaltar, portanto, os impostos de competência da União, sendo eles os Impostos de Importação de produtos estrangeiros; de Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; Imposto de renda e proventos de qualquer natureza; Impostos sobre produtos industrializados; Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; Imposto sobre propriedade territorial rural; Imposto de grandes fortuna, nos termos da lei complementar.
	Compreende-se também que a União poderá instituir impostos por meio de lei complementar, entretanto, não poderão ser cumulativos, nem tampouco ter base de cálculo e fato gerador próprios dos dispostos na Carta Magna. Outrossim, é de total competência da União estabelecer imposto extraordinário, em se tratando de caso de guerra externa ou em sua iminência. Para tanto, vejamos os caracteres mais relevantes quanto aos referidos impostos.	
O PODER ESTATAL DE TRIBUTAR.
	Nos Estados modernos, o poder de tributar é oriundo do Exercício da soberania Estatal dentro de um território delimitado e exercido sobre uma população, de forma que o poder de tributar compete às pessoas jurídicas de direito público, os entes políticos, tendo em vista que os artigos 145 da Constituição Federal que garante a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios o poder de instituir tributos e o art. 150 da C.F. que delimita o poder de tributar da União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR DO ESTADO.        
	Os tributos são criados de acordo com a competência tributária que a Constituição Federal atribui à União, Estados, Distrito Federal e Município, de modo que é estabelecido parâmetros que tutelam os valores que ela considera relevantes, tais como os direitos e garantias individuais. Sabe-se, assim, que o poder de tributar do Estado não pode ser ilimitado para que não haja violação dos direitos humanos e fundamentais, por isto que a ordem constitucional impões certos limites ao Estado para a realização de tal atividade. Limitações ao poder de tributar é o conjunto dos princípios e normas que disciplinam os balizamentos da competência tributária.
	Neste aspecto, limitação ao poder de tributar consiste em instrumentos que limitam a competência tributária do fisco, isto é, a delimitação do poder tributário do Estado de criar e arrecadar tributos.
	Os limites ao poder de tributar, ou seja, o exercício da competência tributária desdobra-se nos princípios constitucionais tributários e nas imunidades. Diante dos princípios e das demais normas constantes do texto constitucional, pode-se afirmar que são duas as principais características do sistema tributário: I) a rigidez, isto é, a Constituição não fornece ao legislador ordinário a liberdade para delinear-lhe qualquer traço fundamental, uma vez que ela própria determina o campo de cada uma dessas pessoas dotadas de competência tributária; II) exaustão e complexidade, onde a Constituição estabelece todos os contornos do sistema, pouco relegando à legislação ordinária.
	A Constituição Federal impõe limites ao poder de tributar, ou seja, limites à invasão patrimonial tendente à percepção estatal do tributo. Essas limitações advêm, basicamente, dos princípios e das imunidades constitucionais tributárias estão inseridas nos artigos. 150, 151, e 152 da Carta Magna.
	É de se salientar ainda que o Estado não pode agir na seara tributária sem respeitar o contribuinte, de modo a reduzi-lhe a dignidade, a individualidade e a privacidade. O governo não pode, portanto, sob a justificativa da arrecadação violar a Constitucional, isto é, violar os princípios constitucionais, que são os instrumentos dos Direitos Humano.
IMPOSTOS: CONCEITO E FATO GERADOR.
	Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. (CTN, art. 16). 
	O imposto é tributo de competência privativa do poder público designado na Constituição Federal, enquanto a taxa é de competência comum, isto é, pode ser instituída pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A receita proveniente dos impostos financiará os serviços públicos gerais, enquanto a receita proveniente das taxas financiará o custeio dos serviços públicos específicos. 
	O produto da arrecadação dos impostos é aplicado em necessidades gerais, sendo impossível avaliar quanto cada pessoa se beneficia em relação ao que paga. Ao contrário, as taxas são mensuráveis e divisíveis a cada uma delas. 
	Portanto, os impostos tais como definidos no art. 16 do CTN, são tributos Não Vinculados, pois tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
	Para identificação de um imposto, uma taxa ou uma contribuição de melhoria, o leitor deverá examinar o fato gerador do respectivo tributo. 
	Sendo assim, o imposto é a espécie de tributo cuja exigibilidade decorre de fato gerador previsto em lei como necessário e suficiente para o surgimento da obrigação tributária, que não se vincula diretamente a nenhuma atividade específica do Estado relativa ao contribuinte. 
	Pelo pagamento do imposto, o contribuinte não faz jus a uma contraprestação estatal específica. O contribuinte paga o imposto sem que o Estado deva lhe conceder qualquer benefício individual. Por isso diz-se que o imposto é um tributo não vinculado, temos como exemplo o IPTU, quem paga não tem direito de exigir que o respectivo recurso seja aplicado em sua rua, mesmo no seu bairro. Pois o imposto do IPTU, a prefeitura utiliza o produto de sua arrecadação onde desejar, diferente da contribuição
de melhoria para calçamento de uma rua, a prefeitura é obrigada a realizar o calçamento na respectiva rua. 
	O art. 17 do CTN afirma que os impostos componentes do Sistema Tributário Nacional (STN) são exclusivamente os constantes daquele diploma legal, mas a CF de 1988 institui vários impostos novos, não recepcionados, no referido artigo do Código. Portanto, podem ser cobrados os impostos constantes do CTN e também os constantes da CF. 
	O CTN classifica os impostos de acordo com o critério da natureza do fato gerador, ou seja, sobre o comércio exterior, sobre o patrimônio e a renda, sobre a produção e a circulação e especiais. Já a CF classifica os impostos segundo o critério da competência. 
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS NA CF E NO CTN.
	Embora o art. 17 do CTN afirme que os impostos são exclusivamente os constantes daquele diploma, a CF de 1988 instituiu vários impostos novos, não recepcionados no CTN. Portanto, podem ser cobrados os impostos constantes no CTN, conforme modificação da CF de 1988 e também, os constantes na CF. 
	A Constituição classifica os impostos segundo o critério da competência, são eles: 
	Impostos federais; estaduais, incluídos os de competência do Distrito Federal e os municipais. 
OS IMPOSTOS FEDERAIS (ART. 153 DA CF).
	O imposto serve para o custeio das despesas públicas gerais ou universais, abarcando, assim, os serviços públicos universais e indivisíveis do Estado.
	Ressalte-se que o Princípio da Capacidade Contributiva se refere, a essa modalidade de tributo, como se nota da dicção do artigo 145, § 1º, da Constituição Federal conforme lê-se a seguir:
	Art. 145, § 1º: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”.
	Vale lembrar, que a lista dividida entre impostos Federais, Estaduais e Municipais, encontra-se enumerada de modo taxativo na Constituição Federal, porém os impostos só poderão ser criados por meio de lei, ato normativo de natureza infraconstitucional.
	Os impostos federais são regidos ao Ordenamento Jurídico pelos artigos. 153 e 154, da CF, sendo eles o Imposto de Importação, Imposto de Exportação, Impostos sobre Grandes Fortunas, IPI, Imposto de Renda, Impostos Residuais da União, OF, IEG (Imposto Extraordinário de Guerra), ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial Rural).
	Ocorre, todavia, que a Doutrina e a Jurisprudência entendem que, além das três espécies mencionadas, há que se considerarem “tributos” os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Parafiscais, totalizando cinco espécies tributárias que corroboram a existência da teoria prevalecente denominada Teoria Penta partida dos Tributos.
	6.1 
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5. 
Os impostos de importação (II). 
	É um imposto eminentemente extrafiscal, vez que sua função principal é a de regular a balança comercial brasileira, sendo secundária a de gerar recursos financeiros, ou seja, é ser um instrumento importante de política econômica, atuando na proteção à indústria brasileira, permitindo-lhe competir, no mercado interno, em condições de igualdade ou de vantagem com produtos do exterior, aspecto que sobrepuja sua relevância como fonte de arrecadação para o tesouro; predomina, portanto, sua função extrafiscal. 
	Encontra previsão legal no artigo 153, I da Constituição Federal. Como é de se saber, este imposto é exceção ao Princípio da Noventena e da Anterioridade, bem como possibilita que o Poder Executivo altere suas alíquotas.
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6.1. 
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6.1. 
Fato Gerador.
	É a entrada de produtos estrangeiros no Território Nacional, art. 19 do Código Tributário Nacional. O dispositivo do Código, que se reporta ao fato gerador de cada tributo, apenas está a definir o âmbito material dentro do qual há de ser definido o respectivo fato gerador.
	Insta salientar, que o Decreto-lei n. 37/66 em seu artigo 23, afirma que “quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro, na repartição aduaneira, da declaração a que se refere o artigo 44.”
Base de Cálculo.
	O art. 20 e seus incisos I, II e III do CTN, esclarecem que quando a alíquota for específica, a base de cálculo será a unidade de medida ostentada pela lei tributária para o caso concreto. Sendo a alíquota ad valorem “o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País”. Por fim, quando o produto for abandonado ou apreendido, será levado a leilão e considerar-se-á como base de cálculo, o valor da arrematação.
Contribuinte. 
	Será o importador ou quem a lei nivelar, ademais, será considerado contribuinte também, aquele que arrematar o produto apreendido ou abandonado.
O imposto de exportação (IE).
	Também utilizado para fins extrafiscais (aqueles que regulam uma atividade estatal), é instrumento diretamente ligado às relações do Brasil com outros países, razão pela qual é desejável a uniformidade do tratamento tributário, projetando-se a personalidade jurídica e política de Federação como um todo, no cenário internacional, e não a de cada Estado-membro.
	O imposto de exportação é um instrumento de política econômica, disciplinando os efeitos monetários decorrentes da variação de preços no exterior, e atuando na proteção ao mercado brasileiro, inibindo as exportações, quando necessário; predomina, portanto, sua função extrafiscal. Relevante para a política econômica internacional do País, determina a lei que o produto de sua arrecadação se constitua em reserva monetária, a crédito do Banco Central do Brasil, a qual só poderá ser aplicada na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
	Encontra-se previsto no art. 153, II da Carta Política, é considerado exceção ao Princípio da Anterioridade e da Noventena, possibilita também que o Poder Executivo altere suas alíquotas.
6.2. 
Fato Gerador. 
	É a saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional para o estrangeiro (artigo 23 do CTN).
	Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da guia de exportação ou documentos equivalentes (Decreto-lei n. 1.578/1977, art. 1º, § 1º). O CTN diz que o fato gerador é a saída do produto do território nacional, mas tal saída, por ficção legal, ocorre no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente. Tal ficção, no caso, é admissível, por questão de ordem prática. Afinal, o próprio contribuinte está afirmando que vai exportar.
Base de Cálculo.
	Quando a alíquota for específica, a base de cálculo será a unidade de medida ostentada por lei tributária (art. 24, inciso I do CTN); se a alíquota for ad valorem, “será o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência” (art. 24, inciso II do CTN).
	Observemos o que dispõe o parágrafo único do art. 24 do CTN, ainda para efeito de base de cálculo:
	“Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior às correntes no mercado internacional o custo do financiamento.”
Contribuinte.
	É o exportador ou quem a lei a ele nivelar (art. 27 do CTN). O conceito de exportador, não formulado pelo Código, é resultante do significado comum da palavra. Exportador é aquele que remete a mercadoria, a qualquer título, para o exterior, ou a leva consigo. Não é necessário que seja comerciante, industrial ou produtor, vale dizer, não é necessário que seja empresário, pois a exportação, como fato gerador do imposto em causa, pode ser eventual e sem intuito de lucro. De um modo geral, porém, o
exportador é um empresário que realiza as operações de exportação profissional e habitualmente. Para efeitos tributários, pode ser considerada exportador pessoa a este equiparado pela lei, de sorte que, assim, não tem relevância a questão do conceito exportador. O legislador, porém, não é inteiramente livre ao estabelecer essa equiparação, pela razão exposta. 
O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IRPQN).
	O IRPQN é instrumento de política econômica do Governo, que tem por finalidade promover a redistribuição de renda do País, segundo critérios de justiça social, além de equilibrar o desenvolvimento econômico de várias regiões.
	Embora seja um só imposto, com base constitucional única no art. 153, III, as regras reativas ao imposto de renda das pessoas físicas (IRPF) são muitíssimo diferentes das relativas aos impostos de renda das pessoas jurídicas (IRPJ).”
6.3. 
Fato Gerador.
	Conforme o art. 43 do CTN é:
	“O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
	I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
	II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.” 
Base de Cálculo.
	É o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis” (art. 44 do CTN). Observa-se ainda que o fato determinante para a base de cálculo é a variação do tipo de contribuinte.
	Em se tratando de pessoa jurídica, a base de cálculo do imposto é o lucro, que pode ser, conforme o critério de determinação, real, arbitrado e presumido. Em se tratando de pessoa física, ou natural, a base de cálculo do imposto de renda líquida, mas agora passou a ser o rendimento.” 
Contribuinte.
	Segundo o artigo 45 do CTN é, in litteris:
	“Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
	Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.” 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI).
	Tem previsão legal no artigo 153, IV da Constituição Federal.
6.4. 
Fato Gerador.
	É o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão (art. 46 do CTN). Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo (Parágrafo único do art. 46, CTN).
Base de Cálculo.
	Dependerá da hipótese de incidência. Em se tratando de desembaraço, será considerada a base de cálculo o valor aduaneiro, mais o valor do Imposto de Importação, mais taxas e encargos cambiais. Sendo a saída de produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, afirmam os doutrinadores que a base de cálculo será o valor da operação. Por fim, ainda seguindo seus entendimentos, quando arrematada em leilão, a base de cálculo será o preço da arrematação.
Contribuinte. 
	É o importador, o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial ou ainda, o arrematante. 
Imposto sobre operações financeiras (IOF).
	Está previsto no artigo 153, V da Lei Maior. Machado expõe que “o conceito de operação financeira é muito exageradamente vago, e por isto mesmo não se compatibiliza com a regra constitucional definidora do âmbito desse imposto, que só poderá ter como fato gerador ‘operações de crédito, câmbio e seguro, relativas a títulos ou valores mobiliários”. (CF, art. 153, inc. V).
6.5. 
Fato Gerador.
	O Código Tributário considera as seguintes hipóteses de incidência:
	“Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
	I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
	II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
	III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
	IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
	Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.”
Base de Cálculo 
	Quanto às operações de crédito, será o montante da obrigação, compreendido o principal e os juros (art. 64, inc. I do CTN); quanto às operações de câmbio, será considerado o montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição (art.64, inc. II do CTN); quanto às operações de seguro, têm-se o montante do prêmio (art. 64, inc. III do CTN); por fim, quanto às operações relativas a títulos de valores mobiliários (art. 64, inc. IV do CTN), na emissão, considera-se o valor nominal mais o ágio, se houver (alínea “a”); na transmissão, será o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação da Bolsa, como determina a lei (alínea “b”); no pagamento ou resgate, o preço (alínea “c”).
Contribuinte.
	Segundo o artigo 66 do CTN, pode ser qualquer das partes na operação tributária, conforme dispuser a lei.
O imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR).
	Pode ser manejado como instrumento estatal de desestímulo à manutenção de latifúndios rurais improdutivos, ou seja, servindo como instrumento de política agrária do Governo, onerando mais os latifúndios improdutivos e aproveitando melhor aproveitamento e ocupação da terra. 
	Encontra previsão legal na Constituição, no artigo 153, inciso VI. Frise-se que o referido imposto possui normas constitucionais estabelecidas.
6.6. 
Fato Gerador.
	Será a propriedade, o domicílio útil ou ainda, a posse do imóvel rural. O critério para definir se o imóvel é rural ou urbano, uma vez que o legislador não previu no CTN, de forma clara, qual seria o fato gerador do referido imposto.
	O critério para definir se um imóvel é rural ou urbano é o da localização e não leva em conta a utilização do imóvel. Assim, é imóvel urbano todo aquele localizado na zona urbana do município. Quem define a zona urbana é a lei do município. Entretanto, o legislador municipal deve observar o disposto no art. 32 do CTN. Esse artigo, embora trate de IPTU, estabelece as exigências para que uma área possa ser considerada zona urbana. Portanto, o imóvel que não estiver em zona considerada urbana está sujeito ao ITR. Os demais estão sujeitos ao IPTU. 
Base de Cálculo.
	Nada mais é do que “o valor fundiário” (art. 30 do CTN). O valor fundiário é o valor da terra nua, isto é, sem qualquer benfeitoria. Considera-se como tal a diferença entre o valor venal do imóvel, inclusive as respetivas benfeitorias, e o valor dos bens incorporados ao imóvel, declarado pelo contribuinte e não impugnado pela Administração, ou resultante de avaliação feita por esta.
Contribuinte. 
	Conforme dispõe o art. 31 do CTN, “é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título”.
O imposto sobre grandes fortunas (IGF).
	Tem previsão legal no artigo 153, VII da Carta Política, vejamos para tanto o que estabelece o referido artigo:
	“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
	[...]
	VII
- grandes fortunas, nos termos de lei complementar.” 
	Se fosse exigida uma lei complementar só para traçar o delineamento geral do imposto, não seria necessário o inciso VII do art.153 referir-se à lei complementar. Bastaria a previsão existente no inciso III, aliena “a”, do art. 146 da Constituição, que diz que “cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária, especificamente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, e dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes”. 
	O verdadeiro motivo da não instituição do imposto sobre grandes fortunas é de ordem política. Os titulares de grandes fortunas, se não estão investidos de poder, possuem inegável influência sobre os que o exercem”.
O imposto de competência residual.
	Está previsto no artigo 154, I da Carta Política. Em breves palavras pode-se dizer que tal imposto não possui fato gerador nem base de cálculo próprios dos outros impostos previstos na Constituição, sendo assim, deverá ser instituído por meio de lei complementar. Outrossim, importante mencionar que o referido imposto deve adotar a técnica da não-cumulatividade, ou seja, sendo os impostos incidentes na produção/circulação de bens ou serviços, deve haver uma estrutura que viabilize o desconto do tributo que já fora cobrado nas etapas pretéritas.
Os impostos extraordinários.
	Encontram-se previstos no artigo 154, inciso II da Constituição Federal.
6.7. 
6.8. 
6.9. 
Fato Gerador.
	Pode ser estabelecido pelo legislador, podendo este ficar aquém da competência tributária da União, além disso, o legislador também pode interferir na competência dos Estados e Municípios. Salienta-se que a Carta Política não menciona as hipóteses de incidências para o referido imposto.
Base de Cálculo.
	Observa-se que fica a cargo legislador estabelecer qual a base de cálculo dos Impostos Extraordinários. Para tanto, no tocante a liberdade do legislador em criar a base de cálculo para os mencionados Impostos. A base de cálculo e alíquotas desses impostos extraordinários podem ser estabelecidas também pelo legislador, com ampla liberdade. Liberdade que, obviamente, não o dispensa de considerar que as bases de cálculo devem ser, sempre, o aspecto dimensível da situação de fato definida como fato gerador do tributo, e que as alíquotas devem respeitar os princípios da capacidade contributiva e do não confisco.
Contribuinte.
	É qualquer pessoa que seja pertinente a relação descrita como hipótese de incidência do Imposto Extraordinário.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Juridicamente, o Estado tem a seu dispor o poder de instituir tributos. Evidentemente, por se tratar de um Estado Democrático de Direito, este poder tributário encontra fundamento, e limites, na lei — no caso do Brasil — prioritariamente na Constituição Federal. 
	Entende-se que a Constituição escolhe certos fatos ou atos e negócios jurídicos que expressam riqueza e distribui a competência para instituir tributos sobre estes fatos aos entes federativos (União, Estado, Município e Distrito Federal) ou a entidades paraestatais. 
	Assim, cada ente, no âmbito da competência outorgada pela Constituição, deverá instituir os tributos respectivos, a saber: impostos, taxas e contribuições de melhorias Tal entendimento leva-nos à intelecção de que prevalece no Direito Tributário Brasileiro a Teoria Tripartida dos Tributos.
	Enfim, o tributo pode ser conceituado como dever fundamental e que se constitui em prestação pecuniária que, limitado pelas liberdades fundamentais, sob a direção dos princípios constitucionais de capacidade contributiva, do custo/benefício ou da solidariedade do grupo e com a finalidade principal ou acessória de obtenção de receita para as necessidades públicas ou para atividades protegidas pelo Estado, é exigido de quem tenha realizado o fato descrito em lei e elaborado de acordo com a competência específica outorgada pela Constituição Federal.
	É ainda, importante frisar que a arrecadação dos impostos tem por finalidade básica, a promoção do bem comum para a sociedade. Outrossim, é justamente pelo fato de ter a arrecadação esta finalidade que muitos contribuintes se questionam a respeito de qual é, de fato, o destino desta arrecadação e como ela chega até nós, uma vez que somos, por muitas vezes, os próprios contribuintes dos impostos mencionados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003a. 5 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002a. 24 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003c, 3 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003b. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002b. 7 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 11 p.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19ª edição. São Paulo: Saraiva, 2007.
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