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1. (FGV/2015) As recorrentes crises econômicas que atingiram o Brasil nos últimos 30 anos foram respondidas de formas diversas, como por meio do Plano Cruzado (1986) e do Plano Collor (1990), que decretaram as seguintes medidas, respectivamente: a) Estabelecimento de uma meta inflacionária de 10% ao ano e congelamento dos tributos e das tarifas públicas; a moeda volta a se chamar cruzeiro e todos os investimentos de curto e médio prazos foram bloqueados por 2 anos. b) Congelamento dos preços por 2 meses, aumento das tarifas públicas e a criação do gatilho salarial; criação do cruzado novo, congelamento dos gêneros de primeira necessidade e bloqueio de todos os depósitos em caderneta de poupança. c) Congelamento geral de preços e a criação de um gatilho salarial a ser ativado quando a inflação atingisse 20%; congelamento de preços e salários pela média dos últimos 12 meses e o aumento da remuneração da caderneta de poupança. d) Congelamento dos preços por um ano, retenção por 18 meses, de todos os valores acima de 50 mil cruzados novos nas contas correntes e nas cadernetas de poupança. e) Aumento tributário para automóveis, bebidas e cigarros e congelamento do preço de alimentos e tarifas públicas; extinção dos investimentos financeiros de curto prazo e adoção de dois índices inflacionários: um para o setor público, outro para o privado. 2. (FGV/2009) O Plano Collor foi o mais violento ato de intervenção estatal na economia brasileira, na segunda metade do século. No entanto, ao estrangular a inflação, ele abriu as portas para uma ampla liberalização. (Jayme Brener, Jornal do século XX) Sobre esse plano, inserido em uma ordem neoliberal, é correto afirmar que a) se pautou pela ampliação do meio circulante, por meio do aumento dos salários e das aposentadorias; liquidou empresas públicas e de economia mista que geravam prejuízo; estabeleceu uma política fiscal de proteção à indústria nacional. b) criou um imposto compulsório sobre os investimentos especulativos para o financiamento da infraestrutura industrial; liberou a importação dos insumos industriais e restringiu a importação de bens de consumo não-duráveis. c) estabeleceu-se uma nova política cambial, com um controle mais rígido realizado pelo Banco Central; demissão em massa de funcionários públicos concursados; aumentou a renda tributária por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado. d) objetivou a privatização de empresas estatais; diminuiu as restrições à presença do capital estrangeiro no Brasil; gerou a ampliação das importações e eliminaram-se subsídios, especialmente das tarifas públicas. e) aumentou a liberdade sindical com uma ampla reforma na CLT e revogou a opressiva lei de greve; recriou empresas estatais ligadas à exploração e refino de petróleo; congelou os capitais especulativos dos bancos e dos investidores estrangeiros. 3. (UFRN/2009) “Tão breve foi o governo Collor - dois anos, seis meses e dezessete dias - que é provável que sua marca, na história e no imaginário popular, seja esta mesma: a de alguém deslumbrado com o poder, fascinado pelo marketing e que usou a jovialidade de sua imagem para camuflar o velhíssimo processo de fazer do Poder Público um local privilegiado para os negócios privados.” ALENCAR, Francisco, CAPRI, Lúcia, RIBEIRO, Marcus V. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996. A brevidade do governo Collor deveu-se ao impeachment, cuja causa imediata foi o(a) a) Acusação de sucessivos escândalos e de corrupção envolvendo assessores, ministros, amigos e familiares do presidente. b) Retenção de parte dos depósitos em todas as contas correntes, cadernetas de poupança e outras aplicações financeiras. c) Mudança da moeda (cruzeiro em lugar do cruzado novo), com tabelamento de preços e salários e prefixação de juros. d) Reforma administrativa, com a extinção de ministérios, fundações, autarquias, sociedades de economia mista e empresas públicas. e) Fernando Collor de melo faleceu em meio à vigência de seu mandato. 4. (UNIFOR CE/2004) Analise o texto. Uma das palavras mais utilizadas por Collor desde a campanha eleitoral era "moderno". Prometia modernizar o Brasil, e sua própria figura jovem, bem como a de alguns de seus ministros forneciam um suporte a esse tipo de discurso. Por modernização, Collor entendia a diminuição do papel do Estado, o que incluía a defesa do livre mercado, a abertura para as importações, o fim dos subsídios e as privatizações. (Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1998, p.447) Para o presidente a que o texto se refere, “modernizar” o Brasil significava: a) Nacionalizar os setores econômicos mais importantes do país. b) Proteger a economia do país por meio do protecionismo estatal. c) Adequar o país à nova realidade do neoliberalismo mundial. d) Implantar um modelo econômico intervencionista no país. e) Reduzir a pobreza do país por meio da abertura econômica. 5. (UFF RJ/2008) “Baseada num partido político inexistente – o PRN (Partido da Renovação Nacional) -, criado pelo oportunismo das circunstâncias, a nova liderança [Collor] alimentava- se de um discurso moralizante onde as fronteiras entre o público e o privado eram imprecisas: remanescente da oligarquia, sua imagem firmava–se como ´caçador de marajás`, visando, sobretudo o alto escalão dos empregos públicos” (FONTES, Virginia. & MENDONÇA, Sonia. História do Brasil Recente (1964-1992). São Paulo: Ática, 1996, p.91). O trecho acima remete ao primeiro presidente eleito pelo voto direto no Brasil, após quase trinta anos de ditadura militar. Dentre as características dessa transição política, pode-se destacar como a mais importante o fato de: a) o discurso moralizante de o presidente Collor ter capitalizado o apoio de todos aqueles que desejavam maior intervenção do Estado junto à economia; b) o presidente eleito ter fortalecido o núcleo mais combativo do movimento sindical, representado pela Força Sindical liderada por Antonio Medeiros; c) a candidatura Collor ter contado com o apoio irrestrito de toda a classe operária brasileira, em decorrência de seu projeto de modernização do país; d) o empresariado brasileiro, temeroso com a possível ascensão de um governo popular, ter apoiado Collor desde inícios de sua campanha; e) a atuação democratizante de o presidente ter contribuído para o fortalecimento do espaço público no Brasil.
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