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Isabela Trarbach Gomes Acidentes e Complicações de Exodontias – Parte 2 Resistência anormal: - Avaliar o comprimento e quantidade de raízes. - Observar se há curvatura. - Posição do dente. - Raízes longas, dilaceradas, divergentes e hipercementose. - Dentes isolados com lig perio estreito. - Dentes retidos em contato com o dente a ser extraído. - Espessura do osso alveolar. Extração do dente errado: - Confirmar paciente e indicação. - Certificar-se antes de aplicar fórceps ou alavanca. - Crianças- confirmar com o acompanhante. - Indefensável - ações judiciais. - Reimplantar o dente quando possível e enfrentar a situação. Luxação de dentes adjacentes: - Causa: uso inapropriado dos instrumentos. - Prevenção: uso criterioso de força com alavancas e fórceps, caso o dente a ser extraído esteja comprimido e sobreposto por dentes adjacentes, utilizar fórceps fino e estreito. Lesão a dentes vizinhos Fratura de coroa e raízes dentárias Fratura de tábuas ósseas: - Ocorre quando, ao se realizar força excessiva com fórceps, ao invés de haver expansão da cortical, ocorre a sua fratura. - Prevenção: exame pré-operatório para entender a morfologia da raiz, a proximidade com o seio maxilar, espessura da lâmina cortical e saber a idade do paciente. - Tratamento: se o osso foi removido junto com o alvéolo ele não deve ser recolocado e, se osso tiver sido fraturado, mas não deslocado do periósteo e do tecido mole, deve-se dissecar o dente e manter o osso firmando-o ao tecido mole através de sutura. Desaparecimento do dente ou raízes: - Na boca. - Ponta de sucção e aparelho suctor. - Trato alimentar ou pulmões - radiografia. - Sob o periósteo - vestibular lingual ou palatino. - Espaços teciduais ( submandibular e infratemporal). - Cavidades ósseas como seio maxilar, cavidade nasal, canal do alveolar inferior, cistos ou abcessos). - Fossa submandibular comum o dente cair nessa região- molares inferiores - impedir que o dente se desloque para planos mais profundos - Espaço infratemporal Corpo estranho no seio maxilar: - Acesso Cadwell- Luc - A sinusite deve ser tratada primeiro. Extrusão do corpo estranho da bochecha. - Comum em incisões verticais na região vestibular de molares superiores. - Para solucionar tenta-se introduzi-la novamente em seu lugar. Lesão do nervo alveolar inferior: - Comum na extração dos terceiros molares inferiores. - Ele corre de lingual para vestibular assim que ele for andando para anterior. Na radiografia: - Longe: as estruturas raízes e nervo estarão mais nítidas. - Perto (grande intimidade): as raízes e o nervo aparecerão na radiografia de forma mais esfumada. Lembrar dos 3 tipos de lesões dos nervos periféricos: neuropraxia (compressão do nervo), neurotmese (ruptura do nervo) e axonotmese (ruptura parcial). Lesão do nervo lingual: - Língua com sensação de aumento de volume, o paciente morde, tem dificuldade de deglutição. - O nervo é seccionado geralmente na osteotomia/odontosecção de terceiros molares inferiores, em uma incisão vestíbulo-lingual e quando a broca ultrapassa a região planejada, descolamento muito profundo na lingual - A caneta de alta rotação chega inclinada na região posterior da boca, por isso por cima parece estar em um ponto mas a ponta está bem mais a frente (geralmente mais na lingual, num corte vestíbulo-lingual). - Obs: uma possibilidade → coronectomia, remoção da coroa de um dente. Um dos efeitos dele é sair de posição, às vezes, facilitando a extração no futuro. Como efeitos adversos são exemplos: alveolite, infecção, deiscência de sutura, dor, hemorragia, lesão de estruturas adjacentes como ao nervo lingual ou alveolar inferior, infecção das raízes, pulpite. Fratura de instrumental cirúrgico: - Pode acontecer com qualquer tipo de instrumento. - Os cuidados são para proteger o paciente de engolir o fragmento ou aspirar. - Obs: no final do movimento do fórceps colocar 2 dedos colados ao dente para evitar que ele atinja a orofaringe do paciente. Enfisema: - Coleção de ar forçada nos tecidos moles formando uma edema que apresenta ruído de quebra quando na palpação, ao apertar sensação de crepitação como plástico bolha. - Decorrente de alta rotação e seringa de ar → o uso de peça reta ajuda a diminuir as chances de enfisema. - Comum na extração de terceiros molares. - O paciente deve ser alertado que não pode encher balões, tocar instrumentos musicais de sopro. - Pode ocorrer no arco inferior e superior. - Não apresenta desconforto. - Não manobras a serem feitas pois o ar é reabsorvido. - Tratamento do relato de caso: Amoxicilina 500 mg 8/8h por 5 dias, 8mg de dexametasona para controlar o edema, dipirona 500mg 6/6h, nimesulida 100mg 12/12h por 3 dias → a fim de evitar uma infecção. Exposição de tábua óssea: - Só realizar desgaste ósseo e deixar na maioria dos casos que cicatrize por segunda intenção. - Ocorre quando a mucosa fica muito fina e a cortical óssea acaba cortando esse tecido, ficando exposto. - O paciente pode relatar que ficou um pedaço de dente. Comunicação bucosinusal: - Realizar a manobra de Vassalva para realizar a confirmação. - Mais comum em molares e pré-molares superiores. - A sequela mais comum é a sinusite maxilar e fístula crônica. - A comunicação ocorre quando o seio maxilar for muito pneumatizado, se houver pouco osso entre as raízes do dente e o assoalho do seio e se as raízes forem muito divergentes. - Prevenção: avaliação radiográfica, atenção para raízes muito próximas do assoalho do seio e raízes divergentes, evitar força excessiva e optar por secção das raízes, exame do dente extraído (osso aderido à raiz), assoar o nariz (manobra de Valsava) - se sair sangue do alvéolo, tem comunicação, radiografia, tomografia. - O diagnóstico ocorre quando o osso vem aderido com a raiz, manobra de Vassalva, radiografia e tomografia. - Tratamento: primeiro deve-se tratar a sinusite e depois a irrigação com soro fisiológico. É feito de acordo com o nível de lesão na mucosa do seio, depende do tamanho da comunicação e exposição do seio; vasoconstritor nasal, corticoides, analgésico, antibiótico e antiséptico bucal. 2MM OU MENOS: -Sem tratamento especial, assegurar-se da formação do coágulo e suturar. - Evitar assoar o nariz e espirrar violentamente, não fumar, não beber com canudo. - Não sondar, pode lacerar a mucosa não rompida ou alargar a existente. 2 A 6MM DE DIÂMETRO: - Assegurar-se da formação do coágulo e suturar. - Descongestionantes nasais (contrair a mucosa nasal e manter o óstio do seio aberto). - Ocorre drenagem normal do seio. - Antibiótico de 5 a 7 dias (reduz possibilidade de infecção). - Orientações pós-operatórias. 7MM OU MAIS: - Considerar fechamento com retalhos vestibular ou palatino: RETALHO VESTIBULAR: - Pode reduzir a altura de parte do processo alveolar/vestíbulo - Realizar o mais rápido possível -Precauções respiratórias e medicamentosas são as mesmas RETALHO PALATINO: -Cuidado para não romper a artéria palatina maior (deve ir junto do retalho) -A incisão deve ser suficientemente grande para cobrir todo o alvéolo -A incisão deve abranger a artéria no retalho Infecção pós-operatória: - A infecção é a causa mais comum de demora na cicatrização de feridas - Prevenção:assepsia, irrigação da área com soro fisiológico e profilaxia antibiótica em pacientes que são predispostos à infecção. - Tratamento: antibioticoterapia, remoção da causa, drenagem. Pericoronarite: - Dentes parcialmente erupcionados onde a mucosa fica recobrindo o dente. - Infecção, aumento de volume e dor. - Gengiva avermelhada, às vezes com pus. - Verificar se o dente antagonista está tocando na mucosa inflamada. - Tratar com antibióticos por 7 dias, marcar cirurgia após a fase aguda. Luxação da ATM: - Quando o côndilo fica para frente da eminência articular, pode ser uni ou bilateral. Lesão de tecidos moles: - Pode ocorrer por força excessiva e descontrolada. - Laceração por ação de alavanca e Molt. - Pode ser prevenida ao manter a postura correta que permita mais destreza manual, usar de menos força e mais técnicanos movimentos de exodontia.
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