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RESUMO a lingua de eulalia

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os Ms finais das palavras.
Devido a pergunta de Vera, Irene põe-se a rabiscar no papel ideias que surgiram com as duvidas de Vera, pois era um assunto que ela não havia incluído na sua pesquisa.
Assim, a partir da duvida apresentada pela sobrinha, Irene inicia a aula com o assunto da desnasalização das vogais postônicas na língua portuguesa. 
Para explicar o processo, Irene se utiliza das palavras em latim: abdômen, lúmen, volumen entre outras.
A partir da apresentação das palavras, Irene explica o desaparecimento do N final, a tendência na língua portuguesa de se eliminar a nasalidade das vogais postônicas.
Explicita que algumas palavras possuem uma dupla grafia como no exemplo abdômen que pode ser usada de formas.
A dupla grafia, Irene explica que se deve ao PP conservar o M das palavras e do PNP de eliminá-lo. Irene demonstra também o fenômeno abrangendo as palavras terminadas em ÃO tônico, citando como exemplo os nomes Cristóvão que no PNP se pronuncia Cristovo e de verbos que terminam em AM como a conjugação verbal “eles cantaram” torna-se “eles cântaro”.
Conclui então que o PNP é mais obediente às regras de mudanças lingüísticas, pois generalizou a regra a todas as palavras.
Título: Quem não se alembra de Camões – arcaísmos no português do Brasil.
Irene apresenta um outro quadro de palavras as estudantes, agora de verbos e questiona as estudantes quanto aos usos.
Após a discussão, Irene apresenta um trecho do poema de Camões , que se utiliza das palavras do quadro de verbos.
A lingüista expõe seu objetivo, que é demonstrar o que se é considerado errado na fala e na escrita do PNP são arcaísmos da língua.
Subtítulo: O passado alumiando o presente.
Irene para explicar o porquê da ocorrência de arcaísmos na língua portuguesa atual retorna a historia da língua portuguesa nos tempos iniciais do Brasil. Aponta que a língua portuguesa no inicio da colonização se equipara atualmente ao PNP, que conservara alguns aspectos que desapareceram da língua portuguesa atual.
Fala também da importância do Modernismo e de autores como Manuel Bandeira para que alguns traços linguisticos do português do Brasil passassem a ser aceitos como linguagem padrão.
Subtítulo: Quem descobriu o que?
As estudantes questionam Irene quanto ao uso de verbos iniciados com A. Irene explica que são também arcaísmos linguisticos, onde seu uso abundante pode se encontrado na epopéia Os Lusíadas de Camões que fora escrita 72 anos após a colonização do Brasil. 
Irene juntamente com as estudantes questiona o fato de o Brasil ter sido descoberto, apontando que fora um grande plano para explorar terras já conhecidas e para o fato de anteriormente haverem os indígenas habitando em terras brasileiras.
Subtítulo: A história dos verbos com A.
Irene retorna a dúvida inicial das estudantes explicando o porquê que no PNP se apresentam verbos iniciados por A, partindo da origem que advêm da preposição latina AD que significa: junto de, perto de.
A lingüista explica que além desses significados a preposição AD era usada como prefixo para a formação de novos verbos, que com o tempo se modificou devido ao processo de assimilação perdeu o D.
Irene conclui a explicação falando que com o passar do tempo os gramáticos decidiram eliminar os verbos iniciados com o A, pois não correspondem mais a língua latina. Porém, Irene fala que esse uso não fora eliminado do PNP, pois o acesso a mudança empregado pelos gramáticos era restrito.
Subtítulo: Quanto mais longe mais arcaico.
Irene prossegue dizendo que a distância geográfica entre paises e regiões delimita o aspecto arcaico de uma língua, apontando que não há a mesma transformação linguistica em regiões distantes.
Subtítulo: Português do Brasil: uma língua conservadora.
Irene apresenta a Vera, Emília e Sílvia arcaísmos da língua português, formas que se aproximam do latim como escuitar, que se assemelham ao espanhol como entonce que são consideradas formas errôneas pelos portugueses.
A linguistica demonstra transformações das palavras em latim ascultare e multo que geraram em PNP escuitar e muito, além dos usos de preposição regendo verbos de movimento, do verbo chamar e do gerúndio que seu uso em Portugal é inexistente.
Irene conclui que deve se atentar ao fato de as formas do PNP não são erros, mas heranças antigas da língua.
Título: Aceita-se roupas novas: função da partícula SE como verdadeiro sujeito da oração.
No dia seguinte as estudantes acordam cedo e encontram um envelope deixado por Irene contendo um bilhete, avisando que sairia com Eulália para fazer compras.
As estudantes se dirigem a cozinha para tomar café e encontram sob os pires, três bilhetes, Vera lê o seu que dizia “Vendem-se casas” logo em seguida, Sílvia lê o seu “ Se quem tem autoridade para reprovar o aluno é o professor, qual o sujeito da seguinte frase: Na escola reprovam-se muitos alunos por falarem uma variedade não padrão de português?” 
Emilia encerra lendo o seu: “ Você já ouviu falar das galinhas suicidas? Então qual é o sujeito da seguinte oração: Nesta granja abatem-se mil galinhas diariamente.”
Após lerem os bilhetes as estudantes ficam um pouco confusas sobre os dizeres dos bilhetes.
Acabam encontrando outro bilhete sob a toalha que cobre a cesta de pães. No bilhete, Irene pede para que as estudantes reflitam sobre as questões.
Assim como Irene lhes pedira, após o café, as estudantes refletem sobre os bilhetes. Emília vai até o escritório de Irene onde passa a pesquisar.
Subtítulo: Quem é mesmo esse sujeito?
A noite na escolinha a aula tem inicio. Irene segue falando das questões dos bilhetes que entregara as estudantes, explicando que o tema da aula seria desenvolvido ao entorno do conteúdo dos bilhetes, cuja temática era a função do SE como sujeito de frases.
A lingüista aponta que a função do se no PP e no PNP são diversas, partindo das frases “vendem-se casas” e “vende-se casas” para explicar.
Irene fala da insistência de os gramáticos em considerar a forma verbal “vendem-se casas” como correta e a segunda forma “vende-se casas” como incorreta.
Ela demonstra através de uma frase simples “Nessa padaria se come uns docinhos ótimos” o que fundamenta a teoria tradicional de gramática, explicitando que de acordo com a gramática a construção frasal estaria incorreta, pois o verbo deve concordar com o sujeito.
Emília a partir dos comentários de Irene passa a expor o que pesquisara. Ela aponta que cada frase tem uma organização.
Expõe que na língua portuguesa, assim como em outras línguas, seguem a ordem canônica: Sujeito+verbo+objeto, mas que na frase considerada como incoerente há uma inversão do sujeito.
Emilia aponta que a frase seria analisada pela maioria dos brasileiros como sendo o sujeito o SE, ou “sujeitíssimo”, o que é um grande problema para os gramáticos.
Fala disso como grande problema, pois do latim se origina o português e não era admitido o uso do SE como sujeito, mas apenas objeto.
Subtítulo: O estranho caso das galinhas suicidas.
Emília continua explicando, agora voltando-se para o campo da semântica.
Demonstra que devido à posição de uma palavra em uma frase, esta pode se tornar ambígua.
Utiliza a frase escrita por Irene em seu bilhete para explicar as ambigüidades.
Subtítulo: Não me venha falar em equivalências.
Emília prossegue explicando que a frase segundo a gramática tradicional, apresenta-se na voz passiva sintética, onde o sujeito da oração verbal é o paciente.
A estudante fala da idealização da língua que entre em choque com a realidade.
Explica esse choque por meio de sua frase, enfatizando que a ação verbal de “abater-se” não se pode ser considerada uma forma passiva, pois há um sujeito implícito que pratica a ação marcado pelo SE.
Emília cita um filólogo “Manuel Said Ali”, expondo que pensamentos diferentes são expressos pela voz passiva, utilizando-se de duas frases para exemplificar: “Aluga-se esta casa” e “esta casa é alugada”.
Subtítulo: Despindo múmias e cantando feijões.
Emilia explica que o pronome SE em frases como a de seu exemplo não é um pronome apassivador,
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