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MANUAL TÉCNICO 
 V 1.0.1 
 03 de Novembro de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALLIEVI - Todos os direitos reservados 
Versão 1.0.1 03 de Novembro de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITA 
Universidad Politécnica de Valencia 
Camino de Vera s/n - Edificio 5C 46022 
Valência (Espanha) 
Ph: (+34) 96 387 98 98 
Fax: (+34) 96 387 98 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
CONTEÚDO 
Requisitos do sistema ..................................................................................................... 6
Registro .......................................................................................................................... 6
1. Introdução .................................................................................................................. 7
2. Fundamentos de cálculo do ALLIEVI ........................................................................... 9
2.1 Condutos forçados ............................................................................................. 9
2.2 Condutos Livres – CANAIS .............................................................................. 10
2.3 Cálculo do Regime Permanente ....................................................................... 11
3. Elementos do sistema a simular no ALLIEVI ............................................................... 13
3.1 Desenhar elementos ........................................................................................ 14
3.2 Nós ................................................................................................................. 15
3.3 Reservatórios ................................................................................................... 16
3.3.1 Reservatórios de grandes dimensões. ......................................................... 16
3.3.2 Reservatórios de pequenas dimensões ....................................................... 17
3.3.3 Reservatórios de seção variável ................................................................. 18
3.3.4 Reservatórios com divisão interna e vertedor ............................................. 19
3.3.5 Outras características dos Reservatórios ..................................................... 21
3.4 Tubulações ...................................................................................................... 23
3.4.1 Válvulas de ar (Ventosas) em tubulações ................................................... 27
3.5 Estações de bombeamento ............................................................................... 32
3.5.1 Bombas com curvas características universais ............................................ 35
3.5.2 Bombas com curvas características por pontos .......................................... 36
3.5.3 Válvulas de grupo: Válvula de retenção ..................................................... 37
3.5.4 Válvulas de grupo: Válvula de regulação ................................................... 38
3.5.5 Válvulas de grupo: By-pass na Estação de bombeamento ........................... 39
3.5.6 Estações de Bombeamento com grupos inicialmente em marcha ............... 40
3.5.7 Estações de Bombeamento com grupos inicialmente desligados ................ 41
3.6 Estruturas de controle de vazão ........................................................................ 42
3.6.1 Válvulas de regulação ............................................................................... 42
3.6.2 Válvulas de retenção ................................................................................. 46
3.6.3 Válvulas de alivio ..................................................................................... 47
 
 
4 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.6.4 Válvulas de sobrevelocidade ..................................................................... 49
3.6.5 Perda de carga localizada .......................................................................... 54
3.6.6 Válvula composta (ECQ) ........................................................................... 54
3.6.7 Válvulas automáticas ................................................................................. 55
3.7 Estruturas de proteção ..................................................................................... 58
3.7.1 Chaminés de equilíbrio ............................................................................. 59
3.7.2 Tanques Alimentadores Unidirecionais (TAUs) .......................................... 60
3.7.3 Reservatórios Hidropneumáticos (RHOs) ou Calderins .............................. 60
3.7.4 Chaminés diferenciais ............................................................................... 64
3.7.5 Outros dados das Estruturas de Proteção ................................................... 68
3.8 Lei de vazão ou de altura ................................................................................. 69
3.8.1 Lei de vazão ............................................................................................. 70
3.8.2 Lei de altura .............................................................................................. 74
3.9 Condutos com escoamento livre (canais) ......................................................... 76
3.9.1 Canal de seção retangular ......................................................................... 78
3.9.2 Canal de seção trapezoidal ....................................................................... 78
3.9.3 Canal de seção circular ............................................................................. 79
3.9.4 Canal de seção qualquer ........................................................................... 79
3.9.5 Dados para canal com vazão inicial nula ................................................... 80
4. Configuração de um novo projeto no ALLIEVI ........................................................... 81
4.1 Configuração das opções do programa ............................................................ 81
5. Campo de trabalho do ALLIEVI ................................................................................. 83
5.1 Ferramentas de visualização ............................................................................ 83
5.1.1 Ajuste da largura ou da altura da tela. ........................................................ 83
5.1.2 Ferramentas de Zoom ............................................................................... 84
5.1.3 Ferramentas de Bloqueio ........................................................................... 85
5.1.4 Vista Esquemática ..................................................................................... 86
5.1.5 A concepção do Menu .............................................................................. 86
5.2 Etiquetas .......................................................................................................... 88
5.2.1 Introduzir Etiquetas ................................................................................... 88
5.2.2 Posição das Etiquetas ................................................................................ 88
5.2.3 Mostrar ou Ocultar Etiquetas ..................................................................... 89
 
 
5 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
5.3 Ferramentas Avançadas de Desenho ................................................................ 89
5.3.1 Desenho Rápido ....................................................................................... 89
5.3.2 Mudar uma Tubulação para uma Poli tubulação ........................................ 90
5.3.3 Edição dos Vértices ................................................................................... 90
5.4 Criação de cenários .........................................................................................91
6. Assistente de resultados ............................................................................................ 93
6.1 Resultados do regime permanente ................................................................... 93
6.2 Resultados do regime Transitório ..................................................................... 94
6.2.1 Assistente dos Resultados .......................................................................... 94
6.2.2 Resultados com um “Click Chart” ............................................................ 100
6.2.3 SmartCharts ............................................................................................ 101
7. Compatibilidade do ALLIEVI com Epanet e AutoCad ............................................... 103
8. Atalhos com o teclado ......................................................................................... 106
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
Requisitos do sistema 
• Para a INSTALAÇÃO do ALLIEVI é necessário ter um computador com: 
 
− Um processador Intel ® Core Duo ou superior (ou processador equivalente da 
AMD). 
− Microsoft Windows XP SP3, Windows Vista ou Windows7 
− Pelo menos 2 GB de RAM; 
− Pelo menos 100 MB de espaço livre em disco 
_ Um monitor com resolução de 1.280 x 1.024, com qualidade de cores de 32 
bits (recomendável) 
− Conexão com a Internet.− Recomendado banda larga (1) 
− Adobe ® Reader ou compatível 
− NET − Framework 3.5 
(1) A instalação do ALLIEVI requer conexão com a Internet. A primeira vez que você 
executar o ALLIEVI o programa será ativado; não é possível usar o ALLIEVI sem ativá-lo. 
Para fazer isso você precisa se conectar a Internet para validar sua cópia do ALLIEVI nos 
nossos servidores e será necessário validar a licença periodicamente 
Registro 
Durante o processo de instalação do ALLIEVI, o sistema necessitará introduzir os dados 
da sua licença. Sem esta informação, a ser prestada durante a instalação, você não poderá 
usar o programa 
Ativação 
 
A primeira vez que executar o programa, ele deve ser ativado. Para isso, você precisa de 
uma conexão à Internet para validar a sua cópia nos servidores do ITA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
1. Introdução 
Este manual técnico do ALLIEVI foi elaborado com o intuito de apresentar ao usuário as 
ferramentas e conceitos necessários para a correta utilização do programa, e é dirigido 
especificamente para aqueles com conhecimentos básicos de hidráulica e sem 
experiência na utilização de softwares de simulação de transientes hidráulicos (golpe de 
aríete). É recomendável, complementarmente, assistir os tutoriais em vídeo que estão 
disponíveis no site www.ALLIEVI.es e saber que outros recursos práticos estarão muito 
em breve disponíveis nesta página. 
 
ALLIEVI é um programa que proporciona condições para analisar e verificar os efeitos 
transitórios de manobras efetuadas nos elementos do sistema hidráulico. O programa 
permite analisar o escoamento em redes hidráulicas de condutos forçados alimentadas 
por vários reservatórios, com várias estações de bombeamento, e com o fluxo regulado 
por estações de válvulas formando redes malhadas, ramificadas ou mistas. 
 
O programa dispõe de diferentes tipos de estações de válvulas inseridas nas tubulações 
da rede ou com descarga para o exterior. Algumas destas válvulas podem operar também 
como um sistema de proteção para controlar os transitórios hidráulicos. 
 
Em um sistema hidráulico operando em regime permanente, os transitórios podem ser 
gerados pelas ações dos elementos ativos do sistema. Estas ações ou manobras implicam 
variações das condições operacionais iniciais até se atingir o regime permanente final. As 
manobras de ligar/desligar bombas, abrir/fechar válvulas poderão ser simultâneas e 
também poderão ocorrer ações adicionais que provocam transitórios. 
 
Estas ações adicionais podem incluir mudanças no nível de liquido num reservatório, a 
modulação do consumo em uma rede de distribuição e, também a ruptura de uma 
tubulação em um dado momento. Destas três ações, as duas primeiras são geralmente 
consideradas manobras lentas ou muito lentas, razão pela qual o transiente gerado é 
irrelevante. No entanto, a ruptura de um conduto pode causar uma transição rápida, 
especialmente quando a ruptura é significativa e ocorre em um intervalo de tempo 
relativamente curto. 
 
Durante a transição, e enquanto o sistema se adapta de um estado permanente para 
outro, há variações e permutações de energia cinética em energia de pressão, e vice-
versa, provocando flutuações de vazão e pressão no escoamento. As flutuações de 
velocidade não têm impacto direto sobre o sistema, mas se associam as mudanças de 
pressão variando entre valores máximos e mínimos. É a pressão máxima que pode 
provocar rupturas e indicará a necessidade de proteger adequadamente o sistema 
instalando dispositivos apropriados para limitar os valores das pressões máximas. 
http://www.allievi.es/�
 
 
8 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
As pressões mínimas não produzem danos se forem mantidas acima da pressão 
atmosférica. Mas se ocorrer o vácuo interno as tubulações submetidas a uma depressão 
transitória poderão colapsar e, em juntas flexíveis ou em pequenas fissuras, poderá 
ocorrer a entrada de ar ou de líquidos contaminantes o que não é desejável pelos riscos 
que acarreta na operação. 
 
Se a queda de pressão é elevada poderá ocorrer a vaporização do líquido transportado, 
resultando em macro cavitação com a formação de bolhas de vapor e a separação da 
coluna líquida. Posteriormente, quando a pressão atinge valores oscilando acima da 
pressão de vapor, as bolhas de vapor tendem a desaparecer provocando a colisão das 
duas colunas separadas; são gerados choques hidráulicos e picos de pressão com valores 
máximos superiores aos que ocorrem se não houver a separação da coluna liquida. O 
fenômeno poderá provocar a ruptura da instalação. 
 
Considerando os efeitos prejudiciais que podem ocorrer durante o desenvolvimento de 
um transitório hidráulico a solução será proporcionar aos elementos do sistema a 
resistência mecânica capaz de suportar as variações de pressão, ou instalar elementos de 
proteção para reduzir a amplitude destas flutuações e mantê-las entre limites aceitáveis. 
Para proceder de uma forma ou de outra sempre será necessário dispor de um programa 
de cálculo para simular o transitório e prever, dentre outros resultados, as pressões 
extremas que ocorrem depois de uma manobra assumida. Este é, como mencionado, o 
objetivo principal do ALLIEVI. 
 
ALLIEVI é um programa de cálculo que pode ser utilizado tanto na fase de concepção de 
um projeto como na fase de verificação da operação de um sistema hidráulico. Na fase 
de concepção o programa permite que se incorpore ao sistema vários dispositivos de 
proteção (vasos de pressão, tanques alimentadores unidirecionais, chaminés de 
equilíbrio, válvulas de alívio, etc.), de modo que as oscilações de pressão geradas por 
manobras nos componentes do sistema sejam mantidas entre limites predeterminados. 
 
Adicionalmente o ALLIEVI permite diagnosticar e visualizar os efeitos transitórios na 
operação do sistema ao se simular várias manobras numa instalação previamente 
projetada. 
 
 
 
 
 
 
9 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
2. Fundamentos de cálculo do ALLIEVI 
2.1 Condutos forçados 
Em um conduto forçado o transiente hidráulico é analisado aplicando as equações de 
conservação de massa e da quantidade de movimento para um volume de controle que 
acompanha o deslocamento da onda de pressão ao longo da tubulação. É obtido um 
sistema de duas equações diferenciais não-lineares nas duas incógnitas (x-espaço e t- 
tempo), para a determinação da carga piezométrica H=H(x, t) e da velocidade V=V(x, t). 
A forma desse sistema de equações é: 
 
 
0
2
0
2
=+
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
D
VV
f
x
Hg
x
VV
t
V
x
V
g
a
x
HV
t
H
 (1) 
 
Como estesistema não tem solução analítica, para a integração das equações o 
procedimento habitual é transformá-lo num sistema de equações de diferenças finitas e 
admitir que a solução seja alcançada em instantes t sucessivos separados de um intervalo 
∆t e em pontos x específicos (separados de uma distância ∆x) obedecendo a condição: 
 a
t
x
=
∆
∆ (2)
 
sendo "a" a celeridade, isto é, a velocidade de propagação da onda de pressão na 
tubulação. Esta celeridade, no caso da água, é calculada utilizando a expressão: 
 
e
DC
a
+
=
6,47
900.9 (3) 
onde o coeficiente C depende do material da tubulação. 
 
As equações diferenciais acima são transformadas em um sistema de duas equações 
algébricas, lineares com duas incógnitas, da forma: 
 
 
( )
( ) 0
0
11
1
1
1
1
1
11
1
1
1
1
1
=
∆
−−−−
=
∆
+−+−
++
+
+
+
+
+
−−
−
−
+
−
+
n
i
n
i
n
in
i
n
i
n
i
n
i
n
i
n
i
n
in
i
n
i
n
i
n
i
VV
D
xfVV
g
aHH
VV
D
xfVV
g
aHH
 
(4) 
 
Com as quais se pode calcular a carga piezométrica H e a velocidade V, na iésima seção 
da tubulação e no dado instante n+1, a partir dos valores de H e V conhecidos nos 
 
 
10 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
pontos i, i-1, i+1 no instante anterior n. Este procedimento utilizado no Allievi é 
conhecido como o "MOC - MÉTODO DAS CARACTERÍSTICAS". 
 
O sistema (4) pode ser resolvido para todos os pontos interiores de qualquer tubulação, 
mas não nos extremos, pois, aí, só há uma equação e duas incógnitas. Nesses extremos, 
onde se supõe que a tubulação está ligada a algum outro elemento da rede hidráulica, a 
equação que falta deverá representar o comportamento deste elemento; são as 
“condições de contorno”. Estas condições de contorno representando o comportamento 
transitório do elemento podem se associar a novas incógnitas e, o ALLIEVI permite 
resolver o sistema de equações resultantes para considerar: 
 
1. Reservatórios com seção variável 
2. Estações de Bombeamento 
3. Estruturas de controle de fluxo, que consiste em válvulas de vários tipos associadas 
em paralelo ou perda de carga localizada 
4. Estruturas de Proteção, composto por vasos de pressão, tanques alimentadores 
unidirecionais e chaminés de equilíbrio. 
5. Válvulas de Ar (ventosas), que podem ser distribuídas ao longo das tubulações. 
6. Leis de carga piezométrica ou de vazão impostas nos extremos das tubulações. 
 
2.2 Condutos Livres – CANAIS 
Complementarmente, em redes com canais, poderão ocorrer transitórios nestes elementos 
como conseqüência de manobras em comportas ou de alterações dos níveis de água nos 
reservatórios conectados aos extremos dos canais, ou por mudanças nas demandas. O 
regime transitório nestes canais é governado pelas equações de Saint-Venant, que decorre 
da aplicação das equações de conservação da massa e da quantidade de movimento para 
um volume de controle que acompanha a mudança nas condições de fluxo no canal. As 
equações resultantes são as seguintes: 
 
 
( ) 0
0
0 =−−∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
fssgx
yg
x
VV
t
V
x
V
T
A
x
yV
t
y
 (5) 
 
Nestas equações as incógnitas são a profundidade da água y = y (x, t) e a velocidade do 
escoamento V = V (x, t), funções da posição ao longo do canal e do tempo. Na expressão 
(5), A é a área da seção de escoamento, T a largura da superfície livre definida pela área 
A, s0 é a declividade da soleira do canal e sf é o gradiente hidráulico definido pela 
expressão: 
 
 
11 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 3/4
22
h
f R
Vns = (6) 
 
Onde, n é o coeficiente de Manning e Rh raio hidráulico da seção ocupada pelo 
escoamento. Aceitando algumas simplificações, o sistema (5) é resolvido de forma 
semelhante ao apresentado em (1) pelo método das características e, com um 
desenvolvimento paralelo, se obtém um sistema similar ao das equações apresentadas 
em (4). Neste caso, a expressão (2) se substitui por: 
 cV
t
x
±=
∆
∆ (7) 
Onde c é a velocidade da onda de gravidade no canal e apresenta o valor: 
 
T
Agc = (8) 
 
ALLIEVI permite simular transitórios em redes nas quais há tubulações forçadas e canais, 
mediante a aplicação do método das características para ambos os tipos de condutos 
obedecendo, para cada um deles, a formulação apropriada. Como o intervalo de tempo 
característico para a resolução do transitório no conduto forçado é da ordem de décimos 
ou centésimos de segundo e, para o conduto livre é da ordem de segundos, resulta que, o 
incremento de tempo para a resolução do transitório no canal será um múltiplo do 
intervalo de tempo utilizado na resolução dos condutos forçados. 
 
No ALLIEVI os canais somente podem ser conectados a reservatórios ou a outros canais e, 
nos canais só se admite escoamento subcrítico (ou crítico no extremo final com descarga 
livre) e, os canais poderão ter seções transversais retangulares, trapezoidais, circulares ou 
quaisquer outras 
2.3 Cálculo do Regime Permanente 
Em um sistema hidráulico o regime transitório decorre de manobras em seus elementos e 
começa a partir de um regime permanente inicial. No ALLIEVI, o cálculo do regime 
permanente inicial é realizado através do método das características sem admitir a 
ocorrência de manobras. Com os resultados obtidos neste calculo, essas condições são 
tomadas como CONDIÇÕES INICIAIS para a simulação do regime transitório, para o 
qual, se especificam as manobras a realizar nos elementos do sistema. 
 
 
NOTA: É muito importante ressaltar que para o cálculo de qualquer transitório, 
ALLIEVI realiza primeiramente o cálculo do regime permanente e o usuário 
poderá ver os resultados em formato de tabelas apresentadas para cada um dos 
elementos do sistema hidráulico. 
 
 
 
12 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3. Elementos do sistema a simular no ALLIEVI 
O sistema hidráulico a simular é constituído de elementos que se interconectam entre si 
através de seus nós extremos. Em geral, cada elemento dispõe de dois nós, um inicial ou 
de entrada e outro final ou de saída, de maneira que o sentido positivo do fluxo em cada 
elemento se estabelece do nó inicial ao nó final. 
 
Os tipos de elementos considerados no programa são os seguintes: 
 
Tipos de Elemento Representação Gráfica no ALLIEVI 
1. Nós 
 
 
 
 
Nó 
 
2. Reservatórios 
 
 
3. Tubulações 
 
 
4. Estações de bombeamento 
 
5. Estruturas de Proteção 
 
 
 
6. Estruturas de controle de vazão 
 
 
7. Leis de Vazão (Q) ou de carga (H) 
 
 
 
8. Condutos livres (canais) 
 
 
 
 
 
 
14 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.1 Desenhar elementos 
A interface gráfica do ALLIEVI foi concebida para que o usuário com um só click 
introduza todos os elementos necessários para criar desde um sistema simples até 
sistemas complexos como, por exemplo, redes malhadas. 
 
Os elementos de desenho estão agrupados em cinco categorias. De um lado se 
encontram os elementos básicos de uma rede, a saber: as bombas, as tubulações, os nós e 
os condutos livres ou canais. No segundo grupo estão os diferentes tipos de reservatórios 
que se poderá simular. No grupo seguinte estão as válvulas, nos outros grupos estão as 
estruturas de proteção e no último se configuram as leis de vazão e de carga. 
 
O modo de Introduzir os elementos no ALLIEVI é o seguinte: 
• Ir ao menu Desenho  Básicos  Selecionar entre Nó, Tubulação, Bomba, 
Canal. 
• Ir ao menu Desenho  Reservatório  Selecionar o tipo de reservatório e sua 
forma de conexão 
• Ir ao menu Desenho  Válvulas  Selecionar o tipo de válvula que necessitas 
entre as possíveis opções proporcionadas no ALLIEVI (Válvula de regulação, 
retenção, automática, perda de carga, Estrutura composta para a opção de se ter 
válvulas instaladas em ramais em paralelo, e outras). 
• Ir ao menu Desenho  Proteção  Selecionar entre Reservatório 
Hidropneumático (RHO), Tanque Alimentador Unidirecional (TAU) ou Chaminéde Equilíbrio (CEQ). 
• Ir ao menu Desenho  Vários  Selecionar Lei ou outra opção indicada. 
 
 
 
 
IMPORTANTE: Considerar que certos elementos não podem ser conectados 
diretamente a outros no ALLIEVI. No caso que se intente conectar dois 
elementos que são incompatíveis, o cursor avisa com um sinal de proibido e, 
então, será necessário recorrer ao desenho de um tramo curto de tubulação que 
una os dois elementos. 
 
 
 
15 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
Em continuação se apresentam as características mais importantes de cada um dos 
elementos, detalhando os seus parâmetros hidráulicos, apresentando as considerações 
necessárias e indicando a maneira que se deve fornecer os seus dados. 
3.2 Nós 
Ao gerar um nó, ALLIEVI requer que o usuário forneça o valor correspondente a: 
 
- Denominação. A denominação (ou Nome) de cada nó é uma variável alfanumérica, 
com a única condição de não haver dois nós com a mesma denominação. Ao gerar 
um nó, o programa lhe atribui uma determinada denominação, que poderá ser 
modificada pelo usuário em qualquer momento. É muito importante ter em conta 
que, se a denominação proposta já está sendo utilizada em outro nó, será emitido o 
aviso de advertência e é necessário que o usuário modifique a denominação para 
poder continuar o desenho. 
 
 
- Cota. É a cota do nó definida a partir de um nível de referência estabelecido pelo 
usuário. 
 
Nos dados da tabela de nós, ALLIEVI visualizará o tipo de elemento ao qual corresponde 
cada um dos nós. Desta maneira poderão ser confirmados os valores das cotas que se está 
atribuindo ao respectivo elemento. 
. 
 
 
 
16 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
3.3 Reservatórios 
Os Reservatórios são elementos do sistema nos quais se armazena líquido a pressão 
atmosférica. Os tipos de Reservatórios incluídos no programa são os seguintes: 
 
Tipo de Reservatórios Representação no ALLIEVI 
Reservatórios de grandes dimensões ou de 
nível constante (GD) 
 
Reservatórios de pequenas dimensões ou 
de nível variável (PD) 
 
Reservatórios de seção variável (SV) 
 
Reservatórios com divisão e vertedor (DV) 
 
 
Para facilitar a representação gráfica do sistema, se dispõe de ícones de reservatórios com 
um só nó (direita ou esquerda) ou com dois nós. Em caso de reservatórios com dois nós, 
ambos nós deverão ter a mesma cota. A cota de nós de um reservatório corresponde a 
sua cota de soleira. 
Em continuação são indicadas as características destes Reservatórios. 
3.3.1 Reservatórios de grandes dimensões. 
- Cota inicial de água (Z0): É a cota de água utilizada para calcular o regime 
permanente. Ao se tratar de um reservatório de grandes dimensões esta cota não se 
altera durante toda a simulação, independentemente das vazões de entrada e de 
saída que se estabelecem no processamento dos cálculos. 
Para declarar um reservatório de grandes dimensões e introduzir a cota inicial de 
água no ALLIEVI, o procedimento é o seguinte: 
 
• Ir a Dados Básicos  Tipo  GD 
• Ir a Dados Básicos  Z0 (m) 
 
NOTA: Quando dois nós pertencem a um mesmo elemento, ALLIEVI atribuirá 
automaticamente um mesmo valor da cota para ambos extremos do elemento. 
 
 
 
 
17 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
As unidades e a Cota Inicial de água podem ser modificadas tão somente com um click 
utilizando o botão direito sobre o campo correspondente, pois, se está operando no 
modo de edição. 
 
• Com um Click direito em Z0  Cambiar unidade Gestão de Unidades: Este 
assistente permite modificar a unidade atual para a unidade desejada no 
campo que se está trabalhando. 
 
 
 
 
 
 
3.3.2 Reservatórios de pequenas dimensões 
- Seção (S). É a seção transversal do reservatório, cujo valor é constante. 
 
- Cota inicial de água (Z0). É a cota de água utilizada para calcular o regime 
permanente. Ao se tratar de um reservatório de pequenas dimensões esta cota se 
NOTA: O procedimento para se modificar as unidades das grandezas é similar 
para todos os dados de entrada requeridos no cálculo. 
 
 
 
18 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
modificará ao longo da simulação, em função da seção do reservatório e das vazões 
de entrada e de saída que se estabelecem durante o processamento dos cálculos. 
 
A maneira de declarar um reservatório de pequenas dimensões é a seguinte: 
 
• Ir a Dados Básicos  Tipo  PD 
 
 
 
 
 
 
 
3.3.3 Reservatórios de seção variável 
Nestes Reservatórios se admite que a seção varia em degraus, com tramos de seção 
constante entre a cota inferior e superior de cada degrau. As características destes 
Reservatórios são as seguintes: 
 
- Cota inicial de água (Z): É a cota de água utilizada para calcular o regime 
permanente. Esta cota pode se modificar ao longo da simulação do transitório. 
 
- Para cada ponto i que define a seção do reservatório de seção variável: 
 
- Cota do ponto (z). É a cota associada ao ponto i, a partir do nível de 
referência estabelecido. 
 
- Volume acumulado (V). É o volume do reservatório acumulado desde a 
soleira até o ponto i. Para i = 0, o programa assume diretamente um volume 
acumulado igual a zero. 
 
IMPORTANTE: Em caso de desconhecer o significado de algum campo de 
dados de entrada, é possível obter esclarecimentos com o click direito sobre o 
campo que deseja conhecer. Com esta ação, ALLIEVI apresentará uma etiqueta 
com a informação necessária. 
 
 
 
19 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
A maneira de introduzir os dados do reservatório de seção variável é a seguinte: 
 
• Ir a Dados Básicos  Seção do Reservatório S (m2)  Se apresentará um 
assistente no qual se deverá introduzir a cota e o correspondente volume 
acumulado. 
 
 
 
 
3.3.4 Reservatórios com divisão interna e vertedor 
São os Reservatórios que dispõem de um vertedor retangular de parede delgada, 
transversal interno, que divide o reservatório em zona de entrada e de saída. Suas 
características são: 
 
z0
z1
z2
Volumen 1
Volumen 2
Volumen 3
z3
 
 
20 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
- Seção transversal a montante do vertedor (Si). É a seção do reservatório na zona 
de entrada. 
 
- Seção transversal a jusante do vertedor (Sf). É a seção do reservatório na zona de 
saida. 
 
- Cota a montante e jusante do nível de água (Z Si; Z Sf). São as cotas de água nas 
seções de entrada e de saída do reservatório, com as quais se calcula o regime 
permanente. Estas cotas podem ser iguais ou diferentes para as duas zonas do 
reservatório e podem ser alteradas durante a simulação do transitório. 
 
O modo de introduzir estes parâmetros é a seguinte: 
 
• Ir a Divisão e Vertedor  Seção Inicial (Si) 
  Seção Final (Sf) 
  Cota Inicial (Z Si) 
  Cota Final (Z Sf) 
 
 
 
 
- Comprimento do vertedor (L). É o comprimento transversal do reservatório. 
 
- Cota da crista do vertedor (Z Crista). É a cota da crista do vertedor, a partir do 
nível de referência estabelecido. 
 
- Coeficiente de vazão do vertedor (Cq). É o coeficiente Cq do vertedor retangular de 
parede delgada no interior do reservatório, utilizado para o cálculo da vazão de 
descarga obedecendo a seguinte equação: 
 
2
3
2
3
2 HgLCQ q= (9) 
 
Sendo, L o comprimento do vertedor e H a altura da lâmina de água sobre a Crista 
do Vertedor (Z Crista), antes que se inicie o rápido descenso. Valores típicos de Cq 
variam entre 0,60 e 0,80. 
 
 O modo de introduzir estes dados é o seguinte: 
 
 
 
21 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
• Ir a Vertedor/vertedor  Comprimento do Vertedor (L) 
  Crista do vertedor (Z Crista) 
  Coeficiente de Vazão do Vertedor (Cq) 
 
 
 
3.3.5 Outras características dos Reservatórios 
Além dos dados anteriores, existem outras características comuns a diferentes tipos de 
Reservatórios como indicamos em seqüência.3.3.5.1 Vertedor de Alívio em Reservatórios de pequenas dimensões ou de seção 
variável 
Nestes reservatórios pode existir um vertedor retangular de parede delgada, situado em 
uma de suas paredes laterais, que verta a água para o exterior quando se atinge a cota da 
crista deste vertedor de alívio. Os dados do vertedor são os seguintes: 
 
- Comprimento do vertedor de alívio: É o comprimento do vertedor. Se este 
comprimento é nulo se entende que o reservatório correspondente não dispõe de 
vertedor de alívio. 
 
- Cota da crista do vertedor de alívio: É a cota da crista, tomada a partir do nível de 
referência estabelecido para o sistema. 
 
- Coeficiente de vazão do vertedor de alívio: É o coeficiente Cq do vertedor retangular 
de parede delgada, utilizado no cálculo da vazão vertida de acordo com a equação 
(9). 
 
- Reservatório para descarga do vertedor de alivio: A água descarregada no vertedor 
de alívio pode verter para o leito de um rio receptor ou a um dos Reservatórios de 
pequenas dimensões ou de seção variável instalados no sistema hidráulico. Indicar-
se-á com a denominação do reservatório ao qual se verte a água ou, deixar em 
branco este dado para indicar que se está vertendo a água para o leito de um rio 
receptor. 
 
Nos casos em que o reservatório tenha vertedor de alívio, este vertedor poderá ser fixo ou 
ser equipado com uma comporta com movimento vertical que verte água pela aresta 
superior. Neste último caso, a comporta poderá realizar um único movimento linear de 
elevação ou descenso durante o desenvolvimento do transitório. As características deste 
vertedor de alivio com crista móvel através de comporta são as seguintes: 
 
 
22 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
- Crista (Fixa - Móvel). Indica a característica da crista móvel (Si) ou fixa (No). No caso 
de crista fixa não são requeridos os dados seguintes. 
 
• Ir a vertedor de alívio móvel  Crista (Fixa/ Móvel) 
 
 
 
En caso de crista móvel, os dados requeridos são os seguintes: 
 
- Cota final da crista (Zf). É a cota que alcançará a crista do vertedor ao final de seu 
movimento. A cota da crista no início do movimento é a cota anteriormente 
indicada. 
 
- Instante inicial do movimento da crista (Ti). É o instante em que se inicia o 
movimento da comporta, isto é, da crista do vertedor. 
 
- Instante final do movimento da crista (Tf). É o instante em que finaliza o movimento 
da comporta. 
 
Procedimentos para inserir os dados: 
 
• Ir a vertedor de alívio móvel 
 Cota final de a crista (Zf) 
  Instante inicial do movimento da crista (Ti) 
  Instante final do movimento da crista (Tf) 
 
 
3.3.5.2 Mudança do nível de água durante o cálculo do regime permanente em 
Reservatórios de pequenas dimensões, de seção variável com divisão e vertedor 
 
Nestes Reservatórios, a diferença com os reservatórios de grandes dimensões, é que o 
nível de água se altera durante o regime transitório. No entanto, para o cálculo do regime 
permanente, o nível de água nestes Reservatórios pode permanecer constante ou mudar 
até que se cumpra a equação da continuidade considerando as vazões de entrada e de 
saída do reservatório. 
 
 
 
23 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
No caso do cálculo do regime permanente, no qual se assume que o nível de água nestes 
Reservatórios permanece constante, obter-se-a um regime permanente que, em geral, não 
satisfaz a equação da continuidade entre as vazões de entrada e de saída. 
 
Isto se deve ao fato que na maioria das vezes não é possível conhecer a priori os níveis 
de água nestes Reservatórios quando o sistema opera em regime permanente. Por isto se 
originará um fluxo não permanente ao iniciar o cálculo do regime transitório, muito 
embora não se efetuem manobras nos elementos ativos do sistema. 
 
Se, ao contrário, se permite que o nível nestes Reservatórios se altere durante o cálculo 
do regime permanente, ao se finalizar este cálculo o nível de água alcançado será tal que 
se cumprirá a equação da continuidade entre as vazões de entrada e de saída do 
reservatório. 
 
Em conseqüência, se em todos os Reservatórios do sistema, exceto os de grandes 
dimensões, se permite que o nível de água se altere durante o cálculo do regime 
permanente, a situação a que se chegará será tal que os níveis serão mantidos sem 
alterações durante o cálculo do transitório ao não se efetuarem manobras nos elementos 
ativos do sistema. 
 
Segundo seja o caso, a variável a introduzir será: 
 
- Cota variável em regime permanente (Sim - Não). Para o cálculo do regime 
permanente, a água do reservatório pode ter cota variável (Si) ou cota fixa (No), 
sendo, neste último caso, igual a cota inicial indicada anteriormente. 
 
• Ir a Dados Básicos  Cota de água variável (Zvar) SIM / NÃO 
 
 
3.4 Tubulações 
As características das tubulações são as seguintes: 
 
- Comprimento (L): É a extensão da tubulação. 
 
- Diâmetro (Dint ): É o diâmetro interno da tubulação. 
 
- Espessura da tubulação (e): É a espessura da parede da tubulação que se utiliza para 
calcular a celeridade. 
 
 
24 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
A maneira de introduzir estes dados no programa é a seguinte: 
 
• Ir a Tubulações – Dados Básicos  Comprimento (L) 
  Diâmetro (Dint) 
  Espessura (e) 
 
 
 
- Rugosidade absoluta ou (Rug): As perdas por atrito em tubulações se calculam por 
meio da equação de Darcy, com o fator de atrito obtido mediante a fórmula de 
Colebrook. O usuário deve introduzir a rugosidade absoluta das paredes interiores 
da tubulação. 
 
 
 
- Coeficiente de perdas singulares (k): É o coeficiente adimensional de perdas 
singulares global na tubulação. Com este coeficiente, as perdas singulares se 
calculam mediante a equação: 
 
g
V
kh tm 2
2
= (10) 
 
sendo Vt a velocidade da água na tubulação. 
 
• Ir a Tubulações – Perdas  Rugosidade absoluta (Rug) 
  Coeficiente de perdas singulares (k) 
 
 
 
IMPORTANTE 
• Se o usuário introduz neste campo a rugosidade com um valor negativo 
como, por exemplo (-1), o programa realiza o cálculo considerando que 
nesta tubulação não há perdas por atrito. 
 
• No caso de se introduzir um valor nulo como rugosidade absoluta, a 
tubulação será considerada lisa com o fator de atrito correspondente. 
. 
 
 
 
25 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
- Celeridade: É a velocidade de propagação das ondas de pressão. Este dado se atribui 
diretamente para a tubulação ou se poderá calcular através do assistente a partir do 
diâmetro interno, da espessura da parede e do coeficiente do material da tubulação. 
Se é atribuído o valor zero para a celeridade, o transitório na tubulação será tratado 
como uma oscilação de massa 
 
O assistente se encontra justamente no campo da celeridade na tabela de dados das 
tubulações. 
 
- Coeficiente kmt do material da tubulação. É o coeficiente, dependente do material da 
tubulação, que se utiliza para o cálculo da celeridade, por meio da expressão (válida 
somente para a água). 
 
 
t
t
mt e
D
k
a
+
=
3,47
9900 (11) 
 
No assistente se indicam valores de kmt para diferentes materiais de tubulação. 
 
A maneira de introduzir a celeridade em cada uma das tubulações no ALLIEVI é a 
seguinte: 
 
• Ir a Tubulações – Dados Básicos  Celeridade (a)  se introduz manualmente 
o valor da celeridade para cada tubulação 
 
 
 
• Ir a Tubulações – Dados Básicos  Celeridade (a)  Calcular. Abrir-se-á a 
etiqueta do assistente no qual será somente necessário introduzir o coeficiente 
do material da tubulação; no lado direito do assistente, o usuário dispõe do 
valor do coeficiente para os materiais usuais utilizados nas tubulações. 
 
 
 
 
 
26 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
- Traçado da tubulação (Perfil). Corresponde a forma geométrica do perfil da 
tubulação, definida a partirdo traçado de seu eixo. Os dados necessários para 
definir o traçado de cada tubulação são os seguintes: 
 
- Distância da origem. É a distância do ponto i ao inicio da tubulação, medida 
ao longo do seu eixo. Para o ponto inicial o programa atribui diretamente à 
distância o valor zero, e para o ponto final o programa atribui à distancia o 
valor igual ao comprimento da tubulação. 
 
- Cota. É a cota do ponto i situado sobre o eixo da tubulação. Para os extremos 
da tubulação o programa atribui as cotas dos nós correspondentes. 
 
O perfil da tubulação se introduz do seguinte modo: 
 
• Ir a Tubulações – Dados Básicos  Perfil  Configuração da Tubulação i. Se 
abrirá o assistente, no qual se introduzirão as distâncias da origem e as 
correspondentes cotas. 
 
 
 
27 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
3.4.1 Válvulas de ar (Ventosas) em tubulações 
As ventosas se instalam para evitar pressões negativas em uma tubulação, admitindo ar 
quando a pressão interna no ponto em que está instalada tende a ser menor do que a 
pressão atmosférica e expulsando o ar quando a pressão alcança valores superiores a 
atmosférica. No entanto, a admissão de ar na tubulação poderá em alguns casos criar 
mais problemas do que soluções e, a utilização de ventosas como sistema de proteção 
para controlar os transitórios hidráulicos, se utiliza somente quando não há outro modo 
para evitar a ocorrência de pressões negativas. 
 
ALLIEVI conta internamente com uma base de dados de características de ventosas, assim 
como permite que o usuário introduza os dados das curvas características de uma ventosa 
que deseja utilizar na instalação que está analisando. 
 
A maneira de introduzir dados de ventosas é a seguinte: 
 
• Ir a Tubulações – Dados Básicos  Perfil  Configuração da Tubulação i  
Ventosas. Se especifica a distância em metros desde a origem da tubulação e 
no botão de tipo de ventosas, se pode optar entre selecionar uma das ventosas 
disponíveis na base de dados ou configurar uma nova ventosa de seu arquivo 
pessoal introduzindo a respectiva curva característica. 
 
 
 
28 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
 
3.4.1.1 Configuração das Ventosas 
No Allievi as ventosas são configuráveis, ou seja, o usuário pode acessar as curvas de 
admissão e expulsão de ar das ventosas definidas e configuradas no programa. 
 
O modo de acessar estas curvas é a seguinte: 
• Ir o menu configuração  Opções  Bases de dados Configurar as ventosas 
definidas no Allievi 
𝐷𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑀𝑖𝑛í𝑚𝑎 ≥ 0.5(∆𝑥) = 0.5 ∗ (𝑎 ∗ ∆𝑡) 
𝐷𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑀𝑖𝑛í𝑚𝑎 ≥ 1.5(∆𝑥) = 1.5 ∗ (𝑎 ∗ ∆𝑡) 
IMPORTANTE: É muito importante considerar que para efeitos do cálculo, se a 
tubulação conecta com um elemento não tubo em um de seus extremos, as 
ventosas que se instalarão devem situar-se a uma distancia mínima que 
equivalerá a: 
∆𝑡: Intervalo de tempo 
a: Celeridade 
 
No caso de tubulações cujos extremos se conectam com outras tubulações, 
somente se admite instalar uma ventosa nos nós associados ao extremo de uma 
das tubulações. Para as outras tubulações as ventosas deverão ser instaladas a 
uma distância mínima dos nós obedecendo à condição: 
 
 
Esta distância mínima também deverá prevalecer entre duas ventosas instaladas 
na tubulação. 
 
 
 
 
 
29 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
Neste assistente se apresentarão todas as ventosas definidas; simplesmente fazendo click 
no nome da ventosa, se acessa os valores de ∆pre ssão e da vazão de ar que definem as 
suas curvas de admissão e expulsão de ar. 
 
Para criar ou modificar alguma destas curvas, se dispõem de duas opções. Por um lado, o 
botão Novo permite inserir os valores de uma nova ventosa, enquanto que o botão 
Duplicar permite modificar os valores de alguma das ventosas já definidas. 
 
 
 
 
30 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.4.1.2 Ruptura de tubulação 
ALLIEVI permite simular o efeito da ruptura de uma tubulação no sistema. Para isto, no 
assistente, para introduzir o perfil da tubulação que vai sofrer a ruptura, e selecionando a 
opção “Tubulação com ruptura” se introduzirão os seguintes dados: 
 
- Distância da origem. É a distância desde a origem da tubulação até o ponto onde se 
vai produzir a ruptura. 
 
- Instante da ruptura. É o instante que se inicia a ruptura. 
 
- Duração da ruptura. É o tempo durante o qual permanece a ruptura. 
 
- Kv final. É o coeficiente Kv final da ruptura, que relaciona a vazão descarregada por 
ruptura Qrot com a pressão no interior da tubulação no ponto de ruptura Ptub, de 
acordo com a equação: 
 
 ( ) ( )barPKvhmQ tubrot =3 (11) 
Para introduzir estes dados siga o procedimento seguinte: 
 
Ir a Tubulações – Dados Básicos  Perfil  Configuração da Tubulação i  selecionar a 
tubulação com ruptura. 
 
 
 
 
 
31 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.4.1.3 Tubulações com vazão inicial nula 
Para calcular o regime permanente, e a vazão circulante nas tubulações se iniciam os 
cálculos assumindo a velocidade da ordem de 0,5 m/s (ou outro valor introduzido pelo 
usuário). Durante o cálculo do regime permanente esta velocidade irá sendo modificada 
em cada iteração, e para cada tubulação, até se alcançar o valor de regime permanente. 
 
 
 
No caso em que a vazão em regime permanente de uma ou de várias tubulações é zero 
(pelo fato de existirem bombas desligadas e/ou válvulas fechadas), as condições de 
regime permanente se obtém com um número elevado de iterações, consumindo muito 
tempo de cálculo. Nestes casos, para o cálculo do regime permanente, poder-se-a admitir 
diretamente a vazão nula naquelas tubulações para as quais se reconhece a priori que 
esta será a vazão do regime permanente. 
Para cada tubulação os dados necessários são: 
 
- Q inicial nulo (Sim – Não). Indica se imporás, ou não, vazão inicial nula. 
 
- Extremo para impor H (Inicial – Final). No caso de impor vazão inicial nula, se 
indicará se a altura piezométrica da tubulação em condições de regime permanente 
será a de seu extremo inicial ou a de seu extremo final. 
 
 
 
32 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
O processo para introduzir estes dados é o seguinte: 
 
• Ir a Tubulações – Vazão Nula  Qin = 0 
• Ir a Tubulações – Vazão Nula  H Imp Inicial / Final 
 
3.5 Estações de bombeamento 
As características gerais das estações de bombeamento são as seguintes: 
 
- Número de bombas em paralelo. É o número de grupos instalados em paralelo, 
todos iguais, formando a Estação de bombeamento. Estes grupos terão exatamente o 
mesmo comportamento durante o transitório e poderão dispor a jusante de válvulas 
de regulação e de retenção submetidas a manobras iguais e, também de by-pass. 
 
• Ir a Estações de bombeamento (Tabela de dados) – Dados gerais  Num. 
 
- Forma das curvas características das bombas. Se indica a forma de apresentação das 
curvas características das bombas, Hb = Hb (Qb) e Pacc = Pacc (Qb), as quais podem 
ser Universais ou Ajustadas (por pontos). 
 
• Ir a Estação de bombeamento – Dados gerais  CurvaPor Pontos / 
Universais 
IMPORTANTE: Há que ter muito cuidado com estes dados, pois quando se 
indica vazão nula em uma tubulação o programa calcula o regime permanente 
assumindo esta vazão nesta tubulação, assim como a altura piezométrica no 
extremo indicado. O regime permanente obtido será errôneo se, na realidade, 
não se cumprem as hipóteses assumidas. Em caso de dúvida é melhor não 
assumir este tipo de dados. 
 
 
 
33 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
- Tipo de válvula de grupo. Indica se existe ou não válvula de retenção e de regulação 
na saída de cada grupo, assim como by-pass entre a entrada e a saída da Estação de 
bombeamento. 
 
• Ir a Instalação  V Regulação  SIM / NÃO 
  V Retenção  SIM / NÃO 
  By-Pass  SIM / NÃO 
 
 
 
- Inércia de cada grupo. É o momento de inércia das massas girantes de cada grupo, e 
inclui o rotor da bomba, o eixo, o acoplamento e o rotor do motor de acionamento. 
No caso de não dispor destesdados, o programa proporciona uma estimativa do 
momento de inércia do grupo utilizando a fórmula de Thorley, 
 
 
48,19556,0
3 0043,003768,0 



+




=
N
P
N
PI (12) 
 
onde, I é o momento de inércia do grupo em Kg·m2, P a potencia nominal do grupo 
em Kw, e N a velocidade de rotação nominal em mil rpm. Na expressão (12), o 
primeiro termo do segundo membro representa o momento de inércia da bomba e, 
o segundo termo o momento de inércia do motor elétrico de acionamento. 
Se for conhecido o valor de PD2 do grupo, sua relação com o momento de inércia é: 
 ( ) ( ) ( ) ( )
4
··;
4
··
22
2
22
2 mKpPDmKgI
g
mNwPDmKgI == (13) 
Como se mencionou anteriormente existe duas possibilidades para introduzir o 
momento de inércia. A maneira direta é: 
 
• Rotação  I (Kg.m2) 
 
 
 
 
 
34 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
Em caso de não contar com este dado, ALLIEVI proporciona ao usuário a opção de 
calculá-lo utilizando o assistente que se busca da seguinte maneira: 
 
• Rotação I (Kg.m2) Calc. Calcular potência e Inércia 
 
 
 
- Velocidade de rotação de regime. É a velocidade de rotação dos grupos quando 
funcionam nas condições de regime permanente. 
 
• Ir a Rotação  Nreg (rpm). 
 
- Velocidade de rotação nominal. É a velocidade de rotação das bombas que 
corresponde às curvas características utilizadas. 
 
• Ir a Rotação  Nnom (rpm). 
 
 
 
 
35 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
- Funcionamento inicial das bombas. Nas condições iniciais os grupos podem estar 
em marcha (com a velocidade de rotação de regime), ou parados. 
 
• Ir a Parada/ligar  Inicial  Em Marcha / desligadas 
 
 
3.5.1 Bombas com curvas características universais 
Neste caso as curvas características das bombas se obtêm das curvas universais tabeladas 
para um total de 14 valores da rotação específica, de acordo com as variáveis propostas 
por Marchal, Flesch y Suter. Estas curvas permitem caracterizar o comportamento das 
bombas em quaisquer condições de operação, isto é, para valores positivos, negativos ou 
nulos de vazão, altura e rotação. 
 
Os dados necessários para caracterizar a bomba correspondem aos valores do ponto 
ótimo de operação (o ponto de rendimento máximo) na rotação nominal, isto é: 
 
- Vazão Qb0. É a vazão da bomba. 
 
- Altura Hb0. É a altura gerada pela bomba. 
 
- Potencia de acionamento Pacc0. É a potência de acionamento da bomba no ponto 
ótimo de operação. 
 
Com estes três valores, o programa mostrará, para a verificação do usuário, o rendimento 
da bomba no ponto ótimo de operação com o seguinte procedimento. 
 
• Abrindo (clicar ) a tabela de Dados Gerais  Rendimento Ótimo Q (l/s) 
  Rendimento Ótimo  H (m) 
  Rendimento Ótimo  P (Kw) 
 
 
 
 
36 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.5.2 Bombas com curvas características por pontos 
Os dados das curvas características ajustadas são fornecidos por pontos, para a rotação 
nominal, a partir das informações do catálogo fornecido pelo fabricante das bombas. 
Com esta informação o programa não poderá caracterizar o comportamento das bombas 
para valores negativos de vazão, altura ou rotação. Por isto esta forma de proporcionar as 
curvas características somente será útil nos casos em que o funcionamento das bombas 
for limitado ao primeiro quadrante, com rotação positiva. 
 
Para este caso, os dados necessários para obter as curvas características ajustadas deverão 
ser introduzidos de acordo com o seguinte procedimento: 
 
- Vazão Qbi. Vazão bombeada no ponto de funcionamento i. 
- Altura Hbi. Altura associada ao ponto de funcionamento i. 
- Potencia de acionamento Pacci. Potencia de acionamento no ponto de 
funcionamento i. 
 
Com estes três valores, para cada ponto de funcionamento i, o programa mostra a curva 
de rendimento da bomba para a verificação do usuário. 
 
 
Para entrar com os dados que definem as curvas características da bomba, ALLIEVI conta 
com um assistente que indica o seguinte procedimento: 
 
Abrindo (clicar ) na tabela de Dados Gerais Curvas por pontos Tabela, 
 
IMPORTANTE: Os pontos de funcionamento da bomba que definem as curvas 
ajustadas por pontos devem cobrir todo o primeiro quadrante, desde Qb = 0 até 
Hb = 0, com potencias de acionamento que, em nenhum caso, poderá ser nula 
ou negativa. Por isto recomenda-se que o usuário proporcione suficientes pontos 
para definir adequadamente as curvas de funcionamento, extrapolando por sua 
conta a informação que o fabricante proporciona no catálogo. Este procedimento 
se justifica, pois, ao longo da simulação do transiente, a bomba poderá operar 
em qualquer ponto de sua curva característica dentro do primeiro quadrante, 
com o que, o programa deverá dispor de informações suficientes das 
características da bomba neste quadrante. 
 
 
 
37 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
3.5.3 Válvulas de grupo: Válvula de retenção 
Os grupos de bombeamento com curvas ajustadas dispõem em todos os casos, de válvula 
de retenção. Os grupos com curvas universais poderão ou não dispor desta válvula de 
retenção na descarga. 
 
Os dados necessários para a simulação são os seguintes: 
 
- Coeficiente de perdas KVRt da válvula de retenção. É o coeficiente de perdas na 
válvula de retenção totalmente aberta, com unidades em m/(m3/s)2, para o cálculo 
das perdas em função da vazão da bomba. Neste coeficiente de perdas deverão ser 
incluídas as perdas nos acessórios instalados na descarga atravessados pela vazão da 
bomba excluindo-se as perdas na válvula de regulação, se instalada. 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados Gerais  V retenção  K 
 
 
 
38 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
3.5.4 Válvulas de grupo: Válvula de regulação 
A válvula de regulação se instala na descarga de cada grupo, geralmente após a válvula 
de retenção, se existe. Sua função é regular a vazão bombeada pelo grupo com o 
fechamento parcial ou isolar o grupo do sistema ao ser totalmente fechada. 
 
As características destas válvulas são: 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal da válvula de regulação. 
 
- Tipo de válvula de regulação. É o tipo de válvula de regulação a instalar, 
selecionada entre os seguintes tipos: 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados  V Regulação D (mm) 
 V Regulação  Tipo: Borboleta 
 V Regulação  Tipo:Comporta (gaveta) 
 V Regulação  Tipo: Globo 
 VRegulaçãoTipo:Diafragma 
 V Regulação  Tipo: Comercial 
 
 
Para todos estes tipos, exceto para o caso de válvula comercial, o programa dispõe de 
curvas características típicas que proporcionam os valores dos coeficientes de perdas 
adimensionais em função do grau de abertura da válvula. 
 
Para o caso da válvula comercial, a curva característica da válvula se obterá da base de 
dados de válvulas, a partir de informações de catálogo, e poderá ser adicionada ao 
programa do seguinte modo: 
 
- Válvula comercial a instalar (Modelo). É a denominação da válvula comercial a 
instalar, com dados obtidos das válvulas comerciais disponíveis. 
 
 
39 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados Gerais  V Regulação Modelo 
 
 
 
As válvulas de regulação instaladas nos grupos das Estações de Bombeamento poderão se 
submeter a manobras de fechamento e/ou abertura durante a simulação do transitório. 
Para definir estas manobras de forma tabular deverão ser fornecidos os seguintes dados: 
 
- Instante ti. É o instante de tempo correspondente ao ponto i. 
 
- Grau de abertura Ari. É a abertura relativa da válvula, em % relativa à abertura 
máxima (100%), no instante ti. 
 
Para introduzir a manobra da válvula, oprocedimento é o seguinte: 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados Gerais  V Regulação Manobra 
 
 
3.5.5 Válvulas de grupo: By-pass na Estação de bombeamento 
O by-pass se existe, se instala entre os barriletes de entrada e de saída da Estação de 
Bombeamento e em paralelo com os grupos. O by-pass dispõe de uma válvula de 
retenção com os seguintes dados: 
 
 
 
40 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
- Coeficiente de perdas KVRbp da válvula de retenção. É o coeficiente de perdas da 
válvula de retenção aberta, com unidades em m/(m3/s)2, para o cálculo das perdas 
em função da vazão circulante no by-pass. Neste coeficiente de perdas se deverá 
adicionar as perdas dos outros acessórios que compõem o by-pass. 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados Gerais  By-Pass  K 
 
 
3.5.6 Estações de Bombeamento com grupos inicialmente em marcha 
As Estações de bombeamento que se encontram inicialmente em marcha podem ser 
desligadas em um momento determinado e, posteriormente, voltar a operar. Nestes casos 
teremos que completar os seguintes dados: 
 
- Instante de parada (Inst. par.). É o instante em que se desconectam simultaneamente 
todos os grupos da Estação de Bombeamento. 
 
- Voltar-se-á a ligar? (Sim – Não). Indica se os grupos serão ligados novamente, ou 
não, após o desligamento. 
 
- Instante de religar. Em caso de ser religados, este é o instante que se produzirá o 
ligar simultâneo dos grupos (instante posterior ao do desligamento). 
 
- Tempo de aceleração. Em caso de religar é a duração para se atingir, em evolução 
linear com o tempo, a rotação de regime dos grupos. 
 
Deverão ser completados os dados de acordo com o seguinte procedimento: 
 
• Ir a Parada/Religar  Inicial  Em Marcha 
  Inst Parada. 
 Novo ligar  Sim / Não 
  Inst. de religar 
  Duração 
 
 
 
 
41 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.5.7 Estações de Bombeamento com grupos inicialmente desligados 
As Estações de bombeamento que se encontram inicialmente desligadas podem ser 
ligadas em um determinado momento e, posteriormente, voltar a desligar. Nestes casos 
teremos que completar os seguintes dados: 
 
- Instante no qual se ligam os grupos. É o instante em que se ligam simultaneamente 
todos os grupos da Estação de Bombeamento. 
 
- Duração da aceleração. É o intervalo de tempo utilizado em evolução linear para 
que os grupos atinjam a rotação de regime. 
 
- Se desligarão os grupos? (Sim – Não). Indica se os grupos irão ser desligados ou não 
depois de ligados. 
 
- Instante de parada. Em caso de desligar este é o instante no qual se produzirá o 
desligamento simultâneo dos grupos (instante posterior ao de ligar). 
 
Seguir os procedimentos: 
 
• Ir a Parada/religar  Inicial  Paradas 
  Inst. ligar 
  Duração 
  Novo desligamento Sim / Não 
 Inst. Parada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.6 Estruturas de controle de vazão 
As Estruturas de controle de vazão são constituídas basicamente por válvulas e outros 
componentes que intervêm na vazão circulante. Os elementos que se consideram nas 
Estruturas de controle de vazão são os seguintes: 
 
Tipos de Elemento Representação Gráfica no ALLIEVI 
1. Válvulas de regulação 
 
 
2. Válvulas de retenção 
 
3. Válvulas de alivio 
 
4. Válvulas de sobrevelocidade 
 
5. Perdas de carga localizadas 
 
6. Válvulas compostas (vários ramais 
em paralelo) 
 
7. Válvulas automáticas 
 
 
As características de todos estes elementos são as seguintes: 
3.6.1 Válvulas de regulação 
São válvulas cujo acionamento permite modificar a vazão circulante na instalação. 
Usualmente estarão inicialmente abertas, mas poderão fechar para isolar uma parte do 
sistema hidráulico. Suas características são: 
 
- Cota (Z). É a cota em que se situa a válvula, é a mesma dos seus nós extremos. 
 
- Diâmetro nominal (DN). É o diâmetro nominal da válvula. 
 
- Coeficiente de perdas (k) do ramal. É o coeficiente de perdas adimensional do ramal 
no qual a válvula está instalada. 
 
Estes dados se introduzem da seguinte maneira: 
 
• Ir a Válvula de regulação – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula de regulação – Dados básicos  Diâmetro nominal (DN) 
 
 
43 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
• Ir a Válvula de regulação – Dados básicos  Coeficiente de Perdas (k) 
 
 
 
- Tipo de válvula. É o tipo de válvula a instalar, escolhida entre os seguintes tipos: 
 
 Borboleta 
 Esférica 
 Comporta (Gaveta) 
 Globo 
 Diafragma 
 Comercial 
 
Para definir o tipo de válvula se deve: 
 
• Ir a Válvula de regulação – Dados básicos  Tipo  Borboleta 
 Esférica 
 Comporta 
 Globo 
 Diafragma 
 Comercial 
 
 
 
Para todos estes tipos, exceto no caso de válvula comercial, o programa dispõe de curvas 
características típicas que proporcionam os coeficientes de perdas adimensionais em 
função do grau de abertura da válvula. 
 
Para o caso de válvula comercial, a curva característica da válvula se obtém da base de 
dados de válvulas à partir de informações de catálogos. Para estas válvulas se deve dispor 
do coeficiente de perdas adimensional em função do grau de abertura, entre 0 % e 100 
% em intervalos de 5 % do grau de abertura. 
 
 
 
44 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
Ao introduzir uma válvula comercial, o usuário deverá decidir que tipo de válvula deseja 
introduzir. A maneira de preencher os dados é a seguinte: 
 
• Ir a Válvula de regulação – Dados básicos  Tipo  Comercial Modelo: 
Se apresentará uma tabela com todas as válvulas comerciais disponíveis. 
 
 
 
 
 
As válvulas de regulação poderão se submeter a manobras de fechamento e/ou de 
abertura durante a simulação do transitório. Estas manobras poderão ser definidas como: 
 Tabeladas 
 Senoidais 
 
Para definir as manobras de forma tabelada deverão ser introduzidos os seguintes dados: 
 
- Instante ti. É o instante de tempo correspondente ao ponto i. 
 
- Grau de abertura Ari. É a abertura reativa da válvula, em % relativa à abertura 
máxima (100%), no instante ti. 
 
O usuário deve introduzir os dados da manobra da válvula da seguinte maneira: 
 
• Ir a Manobra  Tipo  Tabelada 
 
 
45 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
• Ir a Tabelada  Tabela 
 
 
 
 
 
A manobra senoidal é periódica e obedece a seguinte expressão 
 
 ( ) )2(0 BtTsenAAptAp +⋅+=
π
 (21) 
 
Donde a abertura relativa, em % da abertura máxima, depende dos seguintes parâmetros: 
 
- Abertura inicial Ap0. É a abertura da válvula no instante inicial, em % da abertura 
máxima. 
 
- Amplitude A. É a amplitude da oscilação em % da abertura máxima. 
 
- Período T. É o período de oscilação da abertura da válvula, em s. 
 
- Fase B. É o angulo de fase da oscilação da abertura da válvula, em graus. 
 
A manobra senoidal se introduz da seguinte forma: 
 
• Ir a Manobra  Tipo  Senoidal 
• Ir a Senoidal  Abertura inicial Apo (%) 
 
 
46 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
• Ir a Senoidal  Amplitude A (%) 
• Ir a Senoidal  Período T (s) 
• Ir a Senoidal  Angulo de fase B (s) 
 
 
3.6.2 Válvulas de retenção 
Estas válvulas abrem quando a vazão circula no sentido direto, e fecham quando a vazão 
se estabelece no sentido inverso. São consideradas elementos ideais, fechando 
instantaneamente no mesmo momento que a vazão na saída da válvula se inverte.Suas características são: 
 
- Cota. É a cota que se instala a válvula, a mesma dos nós extremos. 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal da válvula. 
 
• Ir a Válvula de retenção – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula de retenção – Dados básicos Diâmetro Nominal (DN) 
 
 
 
- Coeficiente de perdas k do ramal. É o coeficiente adimensional de perdas do ramal 
onde a válvula está instalada. 
 
- Coeficiente de perdas k da válvula fechada. É o coeficiente de perdas adimensional 
da válvula fechada. Se com a válvula fechada o fluxo inverso é impedido este 
coeficiente é assumido com um valor da ordem de 1·1032. 
 
- Coeficiente de perdas k de a válvula aberta. É o coeficiente adimensional de perdas 
da válvula totalmente aberta. 
 
• Ir a Perdas de carga  Coeficiente de perda do ramal (k Ramal) 
• Ir a Perdas de carga  Coeficiente de perda na válvula fechada (k 0%) 
• Ir a Perdas de carga Coeficiente de perda na válvula aberta (k 100%) 
 
 
 
 
47 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
3.6.3 Válvulas de alivio 
São válvulas que se abrem quando a pressão em seu ponto de conexão supera um 
determinado valor, descarregando ao exterior toda ou parte da vazão circulante enquanto 
a pressão se mantém acima deste valor. Uma vez abertas, o grau de abertura é função da 
pressão de entrada até a abertura completa. E com a pressão mais baixa a válvula 
permanecerá fechada. 
 
Suas características são: 
 
- Cota. É a cota na qual se instala a válvula, é a mesma de seus nós extremos. 
 
- Número de ramais em paralelo. É o número de válvulas de alivio, instaladas em 
paralelo, que constituem a “estrutura de alívio”. O programa admite um determinado 
número de válvulas em paralelo, não necessariamente iguais. 
 
• Ir a Válvula de Alivio – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula de Alivio – Dados básicos  Número de ramais (NR) 
 
 
Para cada uma de as válvulas de alivio instaladas em paralelo, os dados necessários são: 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal da válvula. 
 
- Coeficiente de perdas k do ramal. É o coeficiente adimensional de perdas do ramal 
no qual se instala a válvula. 
 
- Tipo de válvula. É o tipo de válvula de alívio a instalar no ramal, selecionada entre os 
seguintes tipos: 
 Borboleta 
 Esférica 
 Comporta (Gaveta) 
 Globo 
 Diafragma 
 Comercial 
 
Uma vez definido o número de ramais, se apresenta a tabela na qual deverão ser 
introduzidos os dados correspondentes a cada um dos ramais. 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados básicosDiâmetro Nominal (DN) 
 Coeficiente Perda (k) 
 Tipo 
 
 
48 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
 
Para todos estes tipos, exceto para o caso da válvula comercial, o programa dispõe de 
uma curva característica típica que proporciona o coeficiente adimensional de perdas em 
função do grau de abertura da válvula de alívio. 
 
No caso da válvula comercial, a curva característica da válvula se obtém da base de 
dados de válvulas apresentadas nos catálogos dos fabricantes. Para estas válvulas dever-
se-a dispor do coeficiente adimensional de perdas em função do grau de abertura, entre 
os valores de 0 % e 100 % em intervalos de 5 % do grau de abertura. 
 
O processo proposto é igual ao mostrado para a válvula de regulação de tipo comercial. 
 
- Manobra da válvula. Relaciona o grau de abertura da válvula com a pressão nos nós 
de entrada. Para definir esta manobra de forma tabelada são necessários os seguintes 
dados: 
 
- Pressão pi. É a pressão na entrada da válvula correspondente ao ponto i. 
 
- Grau de abertura Ari. É a abertura relativa da válvula, em % da abertura máxima, 
para a pressão pi. Evidentemente a pressão mínima da tabela corresponderá o grau 
de abertura zero, para a pressão que provocará o início da abertura. Obviamente a 
pressão inicial da tabela deverá ser maior do que a pressão do ponto de conexão 
no regime permanente. 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados básicos ( ) Tabela 
 
 
 
 
 
49 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
3.6.4 Válvulas de sobrevelocidade 
São válvulas que se fecham automaticamente quando se detecta uma variação 
considerável da vazão circulante, como pode ser o caso de uma ruptura. Sua função é 
evitar a ocorrência de inundações quando ocorrem rupturas. As características destas 
válvulas são: 
 
- Cota. É a cota de instalação da válvula, é a mesma de seus nós extremos. 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal da válvula. 
 
- Coeficiente de perdas k do ramal. É o coeficiente adimensional de perdas do ramal 
da válvula. 
 
- Tipo de válvula. É o tipo de válvula a instalar, dentre os seguintes tipos: 
 
 Borboleta 
 Esférica 
 Comporta (Gaveta) 
 Globo 
 Diafragma 
 
 
50 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 Comercial 
 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Diâmetro Nominal (DN) 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Coeficiente de perdas do 
ramal (k) 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Tipo 
 
 
 
Para todos estes tipos, exceto no caso de válvula comercial, o programa dispõe de curvas 
características típicas que proporcionam os coeficientes de perdas adimensionais em 
função do grau de abertura da válvula. 
 
Para o caso de válvula comercial, a curva característica da válvula se obtém da base de 
dados de válvulas a partir de informações de catálogos. Para estas válvulas dever-se-a 
dispor do coeficiente de perdas adimensional em função do grau de abertura, entre 0 % e 
100 % em intervalos de 5 % do grau de abertura. 
 
As válvulas de sobrevelocidade se fecham mediante uma manobra tabelada definida por 
pontos. Assim, para o ponto i teremos: 
 
- Instante ti. É o instante de tempo correspondente ao ponto i. Este instante se contará 
a partir do instante de disparo (abertura) da válvula, é o instante em que se inicia o 
processo de fechamento. 
 
- Grau de abertura Ari. É a abertura relativa da válvula, em % da abertura máxima, no 
instante ti. Para o instante inicial o grau de abertura da válvula será o máximo (100 
%). 
 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Tabela 
 
 
 
 
 
51 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
Em uma válvula de sobrevelocidade, o disparo (abertura plena) poderá ocorrer: 
 
- Por velocidade mínima. A válvula dispara quando a velocidade na mesma é menor 
do que um valor determinado. 
 
- Por velocidade máxima. A válvula dispara quando a velocidade na mesma é maior 
do que um valor determinado. 
 
- Por diferencia de vazões. A válvula dispara quando a diferença de vazões entre dois 
valores definidos em tubulações do sistema é maior do que um valor determinado. 
 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Disparo 
 
 
Para as válvulas que disparam por velocidade mínima ou máxima, a velocidade de 
disparo será: 
 
- Velocidade de disparo (V). É a velocidade, mínima ou máxima, que provoca o 
disparo da válvula. 
 
• Ir a Válvula de Sobrevelocidade – Dados básicos  Velocidade de disparo (V) 
 
 
52 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
Para as válvulas que disparam por diferença de vazões com o objetivo de detecção de 
fugas nas tubulações, deverão ser instalados medidores de vazão no inicio e no final da 
tubulação para detectar a diferença de vazões que provocará o disparo da válvula. Os 
dados necessários são: 
 
- Tubulação onde se instalam os medidores de vazão (caudalimetros). Denominação 
das tubulações onde se encontram instalados o medidor inicial e final. Em geral 
ambos os medidores estão instalados numa mesma tubulação, muito embora 
possam ser instalados em tubulações diferentes. 
 
- Distancia da origem na tubulação. Distância da origem, na correspondente 
tubulação, onde se encontram instalados cada um dos medidores. 
 
- Coeficiente de vazão do medidor (+1, -1). É o parâmetro que indica o sentido da 
vazão para o cálculo da diferença de vazões que provocará o disparo. Se o 
coeficiente vale +1, a vazão se considerapositiva no sentido da tubulação, e se o 
coeficiente vale -1 a vazão se considerará positiva no sentido contrário ao da 
tubulação. Se os dois medidores estão na mesma tubulação, os dois coeficientes de 
vazão deveriam ser iguais. 
 
- O procedimento para entrada dos dados é o seguinte: 
 
• Ir a Disparo por diferença de vazão  Caudalimetros  Acionar a janela no 
campo Caudalimetros se mostrará uma tabela para que o usuário introduza os 
dados dos caudalimetros. 
 
 
 
 
 
53 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
 
 
 
 
Em cada instante de cálculo, o programa calculará a diferença entre as vazões obtidas nos 
pontos de instalação dos medidores inicial e final, ambas afetadas pelo correspondente 
coeficiente de vazão. O valor absoluto desta diferença se compara com um valor de 
referência para decidir ou não pelo disparo da válvula de sobrevelocidade. 
 
O dado necessário será: 
 
- Diferencia de vazões. Valor de referência da diferença de vazões para o disparo da 
válvula de sobrevelocidade. 
NOTA: No caso de não constarem as tubulações indicadas o programa emite o 
seguinte aviso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
• Ir a Disparo por diferencial de vazão  Caudalimetros 
 
 
3.6.5 Perda de carga localizada 
Corresponde a uma perda de carga localizada em uma posição determinada do sistema. 
Por exemplo, um acessório que provoca uma perda localizada entre dois tramos de uma 
tubulação. Os dados necessários são: 
 
- Cota. É a cota que se situa a perda localizada, e a mesma dos nós extremos. 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal do acessório que provoca a perda 
localizada. 
 
- Coeficiente de perdas k. É o coeficiente adimensional de perdas do acessório. 
 
• Ir a Válvula de Perda localizada – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula de Perda localizada – Dados básicos  Diâmetro Nominal (DN) 
• Ir a Válvula de Perda localizada – Dados básicos  Coeficiente de perdas (k). 
 
 
3.6.6 Válvula composta (ECQ) 
É um elemento composto de um determinado número de válvulas instaladas em paralelo, 
as quais podem ser de regulação, de retenção, e acessórios que provoquem perdas 
localizadas. Para as válvulas compostas, os dados necessários são: 
 
- Cota. É a cota na qual se situa a (ECQ), é a mesma de seus nós extremos. 
 
• Ir a Válvula composta (ECQ) – Dados básicos  Cota (Z) 
 
 
 
- Número de válvulas de regulação. É o número de ramais com válvulas de regulação 
que formam parte da (ECQ). 
 
 
55 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
- Número de válvulas de retenção. É o número de ramais com válvulas de retenção 
que formam parte da (ECQ). 
 
- Número de perdas localizadas. É o número de ramais com acessórios, que provocam 
perdas localizadas, e formam parte da (ECQ). 
 
• Ir a Válvulas  Regulação: Se deve indicar o número de ramais com válvula de 
regulação. 
• Ir a Válvulas  Retenção: Se deve indicar o número de ramais com válvulas de 
retenção. 
• Ir a Válvulas Perda: Se deve indicar o número de ramais com acessórios que 
provocam perda de carga localizada. 
 
 
 
Os dados de cada um dos componentes que formam parte da válvula composta são os 
mesmos que se apresentam em 3.6.1 (válvulas de regulação), em 3.6.2 (válvulas de 
retenção) e em 3.6.5 (perdas localizadas). 
 
• Abrindo (clicar ) na tabela de Dados básicos de Válvula composta- ECQ ( ) 
se deve introduzir os dados de cada uma das válvulas(ramais) declaradas. 
 
 
3.6.7 Válvulas automáticas 
Estas válvulas têm funcionamento automático, modificando seu grau de abertura para 
manter constante o valor de um determinado parâmetro de operação. Os dados destas 
válvulas são: 
 
- Cota. É a cota na qual se instala a válvula automática, é a mesma dos seus nós 
extremos. 
 
- Diâmetro nominal. É o diâmetro nominal da válvula. 
 
 
 
56 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
- Coeficiente de perdas k do ramal. É o coeficiente adimensional de perdas no ramal 
de conexão da válvula. 
 
Para introduzir estes dados da válvula automática observar o seguinte procedimento: 
 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Cota (Z) 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Diâmetro Nominal (DN) 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Coeficiente perdas (k Ramal) 
 
 
 
- Classe de válvula. É a classe da válvula a instalar, segundo a seguinte classificação: 
 
 Redutora de pressão 
 Sustentadora de pressão 
 Limitadora de vazão 
 
Para declarar o tipo de válvula automática, o procedimento é o seguinte: 
 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Classe  Redutora de pressão 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Classe Sustentadora de pressão 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Classe Limitadora de Vazão 
 
 
- Tipo de válvula. É o tipo de válvula a instalar, dentre os seguintes tipos: 
 
 Borboleta 
 Esférica 
 Comporta (Gaveta) 
 Globo 
 Diafragma 
 Comercial 
 
• Ir a Válvula automática – Dados básicos  Tipo 
 
 
 
57 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
Para todos estes tipos, exceto no caso de válvula comercial, o programa dispõe de 
curvas características típicas que proporcionam os coeficientes de perdas 
adimensionais em função do grau de abertura da válvula. 
 
Para o caso de válvula comercial, a curva característica da válvula se obtém da 
base de dados de válvulas a partir de informações de catálogos. Para estas válvulas 
dever-se-a dispor do coeficiente de perdas adimensional em função do grau de 
abertura, entre 0 % e 100 % em intervalos de 5 % do grau de abertura. 
 
O funcionamento das válvulas automáticas está concebido como um controlador 
proporcional que, atuando sobre o grau de abertura da válvula, objetiva manter constante 
o valor da variável a ser controlada (set-point). Em geral, a expressão que define o 
funcionamento do controlador é dada pela seguinte equação: 
 
( ) ( )teKtu p±= (22) 
Sendo em cada caso: 
 
e = Erro entre o valor desejado e o valor instantâneo obtido na operação 
u = Resposta da válvula para a correção do erro detectado. 
 
Na expressão (22) se toma o sinal positivo para as válvulas sustentadoras de pressão, 
enquanto que se toma o sinal negativo para as redutoras de pressão e para as reguladoras 
de vazão. 
 
Os dados correspondentes para a regulação das válvulas automáticas são: 
 
- Pressão de controle: É a pressão assumida (set-point) na entrada das válvulas 
sustentadoras de pressão, ou de saída nas válvulas redutoras de pressão. 
 
Esta opção se habilita somente quando se declaram os parâmetros do regulador das 
válvulas sustentadoras e redutoras de pressão 
 
• Ir a Regulação PID  Pressão de controle (P) 
 
 
 
58 MANUAL TÉCNICO DO ALLIEVI 
 
 
- Vazão de controle. É a vazão assumida (set-point) nas válvulas reguladoras de vazão. 
 
Esta opção se habilita somente quando se declaram os parâmetros do regulador para as 
válvulas limitadoras de vazão. 
 
 
 
- Coeficiente Kp. É o coeficiente proporcional do regulador PID. 
 
A maneira de introduzir os parâmetros do regulador é a seguinte: 
 
• Ir a Regulação PID  Coeficiente de proporcionalidade (Kp) 
 
 
 
 
3.7 ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO 
As Estruturas de proteção são utilizadas para reduzir as oscilações de pressão no 
escoamento transitório. Em geral elas armazenam um determinado volume de água, e 
funcionam contribuindo com vazão para o sistema, no momento em que se reduz a 
vazão circulante. Posteriormente, ao se alterar o sentido do fluxo, vazão é introduzida na 
Estrutura de proteção provocando a desaceleração lenta do fluxo. Desta maneira as 
mudanças de vazão na tubulação são amortecidas, reduzindo a amplitude das oscilações 
de pressão. 
 
IMPORTANTE: Em cada caso o coeficiente Kp deverá ser obtido por tentativas 
até que as variáveis a serem reguladas se adaptem ao valor desejado sem 
oscilações apreciáveis. Para que os resultados da simulação representem 
adequadamente o comportamento do sistema real, as válvulas automáticas a 
instalar deveriam ter como dado o valor do coeficiente proporcional obtido 
mediante

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