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1/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Medição de Energia Atualmente, o principal instrumento regulatório que estabelece e consolida as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica é a Resolução ANEEL no. 414, de 9 de setembro de 2010. As empresas distribuidoras de energia elétrica prestam o serviço de fornecimento de energia elétrica por delegação da União na sua área de concessão, ou seja, na área que lhes foi dada autorização para prestar o serviço público de distribuição. A Resolução estabelece direitos e deveres dos consumidores e das distribuidoras de energia elétrica. Apresenta a definição de todos os termos e parâmetros envolvidos nas faturas de energia, as modalidades de faturamento, a divisão dos consumidores em classes e faixas em função da tensão de fornecimento, instruções para a solicitação de novas ligações, para o levantamento dos dados e emissão de faturas de energia. Ao longo da história do setor elétrico brasileiro as questões tarifárias, por um motivo ou outro, sempre estiveram presentes, quer seja do lado do consumidor, preocupado com os pagamentos de suas contas mensais, quer seja do lado das empresas concessionárias de energia elétrica, preocupadas com o fluxo de caixa, equilíbrio econômico-financeiro e rentabilidade dos seus negócios. Para os consumidores a tarifa pode servir como um sinal econômico, motivando-o a economizar energia. Tensão de Fornecimento Competirá à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos critérios estabelecidos na Apresentação Situação Prática Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Medição de Energia 2/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas legislação. Assim, por exemplo, para tensão secundária em rede aérea, a carga instalada na unidade consumidora deve ser igual ou inferior a 75 kW. Para fins de faturamento, as unidades consumidoras são agrupadas em dois grupos tarifários, definidos, principalmente, em função da tensão de fornecimento e da demanda. Se a concessionária fornece energia em tensão inferior a 2300 Volts, o consumidor é classificado como sendo do “Grupo B” (baixa tensão); se a tensão de fornecimento for maior ou igual a 2300 Volts, será o consumidor do “Grupo A” (alta tensão). Estes grupos foram assim definidos: Grupo A - grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia e subdividido nos subgrupos A1, A2, A3, A3a, A4 e AS. A tabela seguinte apresenta estes subgrupos: Subgrupo Tensão de Fornecimento A1 > 230 kV A2 88 kV a 138 kV A3 69 kV A3a 30 kV a 44 kV A4 2,3 kV a 25 kV AS Subterrâneo 3/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Grupo B - Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, ou, ainda, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido nos seguintes subgrupos: a. Subgrupo B1 - residencial; b. Subgrupo B2 - rural; c. Subgrupo B3 - demais classes; e d. Subgrupo B4 - Iluminação Pública. Para efeito de aplicação de tarifas, a Resolução ANEEL no 414 apresenta a classificação das unidades consumidoras com as respectivas classes e subclasses, como por exemplo, unidade consumidora classe Residencial e, por exemplo, a subclasse Residencial Baixa Renda. Estrutura Tarifária Energia Elétrica Ativa É o uso da potência ativa durante qualquer intervalo de tempo, sua unidade usual é o quilowatt-hora (kWh). Uma outra definição é “energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia” ou ainda, conforme visto anteriormente, é aquilo que permite uma mudança na configuração de um sistema, em oposição a uma força que resiste à esta mudança. 4/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Energia Elétrica Reativa É a energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh). Demanda É a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. Assim, esta potência média, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kvar), respectivamente. Pode ser calculada, por exemplo, dividindo-se a energia elétrica absorvida pela carga em um certo intervalo de tempo Δt, por este intervalo de tempo Δt. Os medidores instalados no Brasil operam com intervalo de tempo Δt = 15 minutos (Decreto n° 62724 de 17 de maio de 1968). Demanda Máxima É a demanda de maior valor verificado durante um certo período (diário, mensal e anual). Demanda Média É a relação entre a quantidade de energia elétrica (kWh) consumida durante certo período de tempo e o número de horas desse período. Veja na figura abaixo, as demandas máxima e média em um dado período de tempo: Apresentação Situação Prática Características Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas 5/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Apresentação Situação Prática Características Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Figura 18 - Demanda Máxima e Média Demanda Medida É a maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). Considerando um ciclo de faturamento de 30 dias, tem-se 720 horas e 2880 intervalos de 15 min. Demanda Contratada É a demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em 6/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas contrato e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada, durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). A figura a seguir exemplifica a demanda contratada: Figura 19 - Demanda contratada Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Estrutura Tarifária. Horários Fora de Ponta e de Ponta O horário de ponta (P) é o período definido pela distribuidora e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, “Corpus Christi”, e oito dias de feriados conforme descrito na resolução ANEEL 414, considerando a curva de carga do seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão. O horário fora de 7/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas ponta (F) é o período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta. A figura a seguir representa estes horários: Horário de Ponta Horário Fora de Ponta Figura 20 - Horário Fora de Ponta e de Ponta. Veja a seguir o horário de ponta definido por algumas distribuidoras: » Eletropaulo: 17h30 às 20h30 » Bandeirante: 18h00 às 21h00 » Light: 17:30 às 20h30 » CPFL: 18h00 às 21h00 » Copel: 18h00 às 21h00 8/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Períodos Seco e Úmido Estes períodos guardam, normalmente, uma relação direta com os períodos onde ocorrem as variações de cheias dos reservatórios de água utilizados para a geração de energia elétrica. O período Seco (S) correspondeao período de 07 (sete) ciclos de faturamento consecutivos iniciando-se em maio e finalizando-se em novembro de cada ano; é, geralmente, o período com pouca chuva. O período Úmido (U) corresponde ao período de 05 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano seguinte; é, geralmente, o período com mais chuva. Tarifa Convencional Esta modalidade é caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. Tarifa Horosazonal Esta modalidade se caracteriza pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com os postos horários, horas de utilização do dia, e os períodos do ano, conforme especificação a seguir: » Tarifa Azul: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia; » Tarifa Verde: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência; 9/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas » Horário de ponta (P); » Horário fora de ponta (F); » Período úmido (U); » Período seco (S). Critérios de Enquadramento Os critérios de enquadramento na modalidade de tarifa convencional ou horosazonal aplicam-se às unidades consumidoras atendidas pelo Sistema Interligado Nacional – SIN conforme as condições apresentadas a seguir, estabelecidas na Resolução ANEEL no 414: I – na modalidade tarifária horossazonal azul, aquelas com tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kV; II - na modalidade tarifária horossazonal azul ou verde, de acordo com a opção do consumidor, aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada igual ou superior a 300 kW; e III - na modalidade tarifária convencional, ou horossazonal azul ou verde, de acordo com a opção do consumidor, aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada inferior a 300 kW. Faturamento A Fatura de energia elétrica é a nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser paga pela prestação do serviço público de energia elétrica, referente a um período especificado, discriminando as parcelas correspondentes. O valor líquido da fatura é o valor em moeda corrente, resultante da aplicação das respectivas tarifas de 10/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas fornecimento, sem incidência de imposto, sobre os componentes de consumo de energia elétrica ativa, de demanda de potência ativa, de uso do sistema, de consumo de energia elétrica e demanda de potência reativas excedentes. Para as unidades consumidoras do Grupo B, tem-se um valor mínimo faturável referente ao custo de disponibilidade do sistema elétrico, de acordo com os limites fixados por tipo de ligação. Segundo a Resolução ANEEL no 414, a distribuidora deve efetuar as leituras em intervalos de aproximadamente 30 (trinta) dias, observados o mínimo de 27 (vinte e sete) e o máximo de 33 (trinta e três) dias, de acordo com o calendário de leitura. A distribuidora é obrigada a instalar equipamentos de medição nas unidades consumidoras, exceto em casos especiais, definidos na legislação, como por exemplo, para fornecimento destinado para iluminação pública. O fator de potência da unidade consumidora, para efeito de faturamento, deverá ser verificado pela distribuidora por meio de medição permanente, de forma obrigatória para o grupo A e facultativa para o Grupo B. Faturamento de Unidade Consumidora do Grupo B O faturamento de unidade consumidora do Grupo B realiza-se com base no consumo de energia elétrica ativa, e, quando aplicável, no consumo de energia elétrica reativa excedente. Os valores mínimos faturáveis, referentes ao custo de disponibilidade do sistema elétrico, aplicáveis ao faturamento mensal de unidades consumidoras do Grupo B, serão os seguintes: » Monofásico e bifásico a 02 (dois) condutores: valor em moeda corrente equivalente a 30 kWh; » Bifásico a 03 (três) condutores: valor em moeda corrente equivalente a 50 kWh; » Trifásico: valor em moeda corrente equivalente a 100 kWh. 11/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Os valores mínimos serão aplicados sempre que o consumo, medido ou estimado, for inferior aos referidos acima, não sendo a diferença resultante não será objeto de futura compensação. Faturamento de Unidade Consumidora do Grupo A O faturamento de unidade consumidora do grupo A, observadas as respectivas modalidades quando da aplicação de tarifa horossazonal, deve ser realizado com base nos valores identificados por meio dos critérios descritos a seguir: I – Demanda faturável: um único valor, correspondente ao maior valor dentre os definidos a seguir: a. demanda contratada ou demanda medida, exceto para unidade consumidora da classe rural ou reconhecida como sazonal; b. demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% (dez por cento) da maior demanda medida em qualquer dos 11 (onze) ciclos completos de faturamento anteriores, no caso de unidade consumidora incluída na tarifa convencional, da classe rural ou reconhecida como sazonal; ou c. demanda medida no ciclo de faturamento ou 10% (dez por cento) da maior demanda contratada, no caso de unidade consumidora incluída na tarifa horossazonal da classe rural ou reconhecida como sazonal. Quando os montantes de demanda de potência ativa ou de uso do sistema de distribuição – MUSD medidos excederem em mais de 5% (cinco por cento) aos valores contratados aplica-se a cobrança de uma “ultrapassagem” conforme a legislação vigente. 12/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas II – Consumo de energia elétrica ativa: - Quando houver Contrato de Compra de Energia Regulada - CCER celebrado deve ser utilizado um dos seguintes critérios: - Para consumidores especiais ou livres, quando o montante de energia elétrica ativa medida no ciclo de faturamento, em megawatt-hora, for maior que o produto do número de horas do ciclo pelo limite estabelecido para a energia elétrica ativa contratada, fixado em MWmédio para cada ciclo de faturamento, o faturamento da energia elétrica ativa será: FEA(p) = MWmédio (contratado) x Horas (ciclo) x TE (comp)(p) 1. Para consumidores especiais ou livres, quando o montante de energia elétrica ativa medida no ciclo de faturamento, em megawatt-hora, for menor ou igual ao produto do número de horas do ciclo pelo limite estabelecido para a energia elétrica ativa contratada, fixado em MWmédio para cada ciclo de faturamento, o faturamento da energia elétrica ativa será: FEA(p) = EEAM(p) x TE (comp)(p) 2. Para demais consumidores que celebrem o CCER, o faturamento da energia elétrica ativa será: FEA(p) = EEAM (p) x TE(comp)(p) Onde: FEA(p) = faturamento da energia elétrica ativa, por posto horário “p”, em Reais (R$); EEAM(p) = montante de energia elétrica ativa medido em cada posto horário “p” do ciclo de faturamento, em megawatt-hora (MWh); 13/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas TE(comp)(p) = tarifa de energia “TE” das tarifas de fornecimento, por posto horário “p”, aplicáveis aos subgrupos do grupo A para a modalidade tarifária horossazonal azul, em Reais por megawatt-hora (R$/MWh); MWmédio (contratado) = limite estabelecido para a energia elétrica ativa contratada, fixadoem MWmédio para cada ciclo de faturamento; HORAS(ciclo) = indica a quantidade total de horas do ciclo de faturamento; e p = indica posto horário, ponta ou fora de ponta, para as tarifas horossazonais. Para demais unidades consumidoras, deve ser obtido pela aplicação da tarifa final de energia elétrica ativa homologada ao montante total medido no período de faturamento, conforme a modalidade tarifária correspondente, limitando-se ao intervalo máximo de tempo permitido à leitura. A cada 12 (doze) ciclos de faturamento, contados da celebração do Contrato de Fornecimento ou do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD, a distribuidora deve: I – Verificar se as unidades consumidoras da classe rural e as reconhecidas como sazonal, registraram, no período referido no caput, o mínimo de 3 (três) valores de demanda ou MUSD (Montante de Uso do Sistema de Distribuição) iguais ou superiores aos contratados, excetuando-se aqueles ocorridos durante o período de testes; e II – Faturar, considerando o período referido no caput, os maiores valores obtidos pela diferença entre as demandas ou MUSD contratados e os montantes medidos correspondentes, pelo número de ciclos em que não tenha sido verificado o mínimo referido no item I acima. 14/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Modalidades Tarifárias A tarifa convencional é aplicada considerando-se o seguinte: I – Para o grupo A: a) tarifa única de demanda de potência (kW); e b) tarifa única de consumo de energia (kWh). II – Para o grupo B, tarifa única aplicável ao consumo de energia (kWh). A tarifa horosazonal azul é aplicada considerando-se o seguinte: I – Para a demanda de potência (kW): a. uma tarifa para horário de ponta (P); e b. uma tarifa para horário fora de ponta (F). II – Para o consumo de energia (kWh): a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU); b. uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU); c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS). A tarifa horossazonal verde é aplicada considerando-se o seguinte: I – Para a demanda de potência (kW), uma tarifa única; e 15/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas II – Para o consumo de energia (kWh): a. uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU); b. uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU); c. uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS); e d. uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS). ICMS: Cobrança e sua Aplicação O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS incidente sobre o fornecimento de energia elétrica é um imposto onde as suas alíquotas são definidas em lei estadual. Cabe à distribuidora, na qualidade de contribuinte legal e substituto tributário do referido imposto, dentro de sua área de concessão, apenas a tarefa de recolher ao Erário Estadual as quantias cobradas nas Faturas de Energia Elétrica. O ICMS é devido por todos os consumidores. O cálculo do ICMS é efetuado de forma onde o montante do imposto integra a sua própria base de cálculo (cálculo por dentro). Para operacionalizar o cálculo é adotada a fórmula abaixo, definida pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz): ICMS = F . 1 - 1 1 - X Onde: F = Fornecimento X = Alíquota / 100 16/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Tributos Federais O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são tributos cobrados pela União, voltados para o trabalhador e para atender a programas sociais do Governo Federal. As alíquotas são de 1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS), apuradas de forma não-cumulativa. Assim, a alíquota média desses tributos varia com o volume de créditos apurados mensalmente pelas concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmo período, tais como a energia adquirida para revenda ao consumidor. TUST – Tarifa do Uso de Sistema de Transmissão Tem a finalidade de remunerar o serviço de transmissão de energia desde a fonte geradora até a interligação das concessionárias responsáveis pela distribuição. TUSD – Tarifa do Uso de Sistema de Distribuição Tem a finalidade de remunerar o serviço de distribuição de energia desde o ponto de entrega pelas transmissoras até o ponto de entrega do consumidor final. Veja na figura abaixo a porcentagem da composição da tarifa de energia: 17/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas 2,72% Impostos (PIS, COFINS, ICMS, COSIP - Iluminação Pública) Encargos Setoriais Transmissão da Energia (TUST) Distribuição da Energia (TUSD) Energia 3,29% 20,60% 30,37% 43,02% Figura 21 - Composição da Tarifa de energia Interpretação da Fatura de Energia O artigo 119 da Resolução 414 da ANEEL define os itens obrigatórios que devem constar nas faturas de energia elétrica: » Nome do consumidor » Número de inscrição no CNPJ, ou CPF 18/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas » Código de identificação da unidade consumidora » Classificação da unidade consumidora » Endereço » Número de identificação dos medidores de energia » Datas e registros das leituras anterior e atual » Data de apresentação e de vencimento » Grandezas e respectivos valores relativos aos produtos e serviços prestados » Valor total a pagar » Avisos sobre as condições gerais de fornecimento, tarifas, produtos e serviços, bem como os tributos. » Valor correspondente a energia » Número da central de telefone para tele atendimento, ouvidoria quando houver. » Número da ANEEL Quando for pertinente: » Multa por atraso e os acréscimos » Indicação de desconto » Data e hora da ultrapassagem de demanda » Indicação de cada fatura vencida e não paga » Percentual de ajuste tarifário » Valor do Custeio de Serviço de Iluminação Pública (CIP) 19/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Concessionária Localidade Histórico do Consume Mensal Preço Médio Figura 22 - Exemplo de Fatura de Energia Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Faturamento. 20/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Medição A ANEEL obriga as concessionárias a instalarem o medidor de energia elétrica nas instalações elétricas de seus consumidores, com o objetivo de registrar o consumo de energia e posteriormente realizar as cobranças por fatura. Os medidores podem ser eletrônicos, ou eletromecânicos. Figura 23 - Medidor Eletrônico de Energia Figura 24 - Medidor Eletromecânico de Energia Padrão de Entrada O padrão de ligação, ou padrão de entrada é o conjunto de materiais e técnicas a ser utilizadas nas ligações elétricas. Sua instalação deve ser configurada de acordo com a energia a ser utilizada pelo cliente final. Os itens que compõem o Padrão de Entrada são: » Poste » Caixa para Medidor 21/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas » Sistema de Aterramento » Eletrodutos » Fios e Condutores » Disjuntor Importante: Para ligações bifásicas até 100A podem ser utilizadas as caixas tipo “P” ou “E”. Para ligações trifásicas apenas tipo “E” Existem casos específicos onde é preparado um padrão de entrega de energia elétrica de forma temporária. Isso ocorre comumente em eventos passageiros ou canteiro de obras. Modelos de Padrão de Entrada Além de observar todos esses itens é fundamental que a Equipe de Serviços Elétricos que vá realizaresse trabalho tenha conhecimento técnico e siga, além das normas técnicas da distribuidora, as normas de segurança e proteção da ABNT, observando as necessidades específicas do imóvel e o layout arquitetônico de cada ambiente. Se você precisa de Eletricista em São Paulo, por exemplo, para instalação de Padrão de Entrada é importante que, antes de contratar uma empresa, conheça os tipos exigidos pela concessionária: » Entrada de Serviço para medição em poste – saída subterrânea, com tubulação para telefone. » Entrada de Serviço para medição em poste – saída aérea. » Entrada de Serviço para duas medições em poste – saída aérea / subterrânea. » Entrada de Serviço para três medições em poste – saída aérea / subterrânea. 22/24 Apresentação Situação Prática Medição de Energia Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Vista Lateral Poste Ramal de Ligação aéreo Ponto de entrega Eletroduto PVC Porta Ornamental com visor Recuo Técnico Caixa para medição Caixa para disjuntor Caixa de aterramento Saída para carga 70 0 (m ín ) MURO Rua 10 00 Figura 23 - Padrão de entrada com caixa na lateral do muro Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Padrão de Entrada. 23/24 Situação Prática para Exercitar Uma empresa deseja mudar o tipo de cobrança de sua fatura de energia. Deseja-se que a cobrança seja realizada de acordo com a sua produção. A empresa começa a operar às 8hs da manhã, com turnos que chegam até às 21hs da noite. Porém as máquinas que consomem maior energia são desligadas no horário de ponta. O gerente da empresa, após alguns estudos, achou melhor pagar uma tarifa única. A distribuidora de energia elétrica é a Eletropaulo, então a empresa deve optar pela tarifa: ( ) a) Convencional. ( ) b) Horosazonal azul para demanda de potência. ( ) c) Horosazonal azul para consumo de energia. ( ) d) Horosazonal verde para demanda de potência. ( ) e) Horosazonal verde para consumo de energia. Assista agora a vídeo aula sobre Medição de Energia – Situação Prática. 24/24 Referências Bibliográficas Se você desejar saber mais sobre Medição de Energia, consulte: BARROS, Benjamim F. et al.; Geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. 1.ed. São Paulo: Érica, 2014 SENRA, Renato; Energia Elétrica: Medição, Qualidade e Eficiência. 1. Ed. São Paulo: Baraúna, 2017. - Como calcular o consumo elétrico em R$: https://www.youtube.com/watch?v=Zqn0OpAsVE4 Se você ficou com alguma dúvida, acesse o Fale Conosco e pergunte a um especialista, mencionando o assunto: Medição de Energia.
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