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uma cúspide de posição, palatina superior ou vestibular inferior, após analise, invertendo-se o movimento. A cúspide que permanecer com contato prematuro em balanceio e em trabalho, será desgastada. Correção do contato cêntrico e excêntrico prematuros com desgaste de uma só cúspide. A mesma cúspide interferindo em três posições. Os locais de desgaste até aqui estudados referem-se às classe I e II de oclusão. Na classe III de oclusão, quando inverte-se a articulação, para se rebaixar os dentes e OCLUSÃO LATERALIDADE ESQUERDA LATERALIDADE DIREITA EM OCLUSÃO APÓS O DESGASTE 69 corrigir a oclusão nas posições central e excêntrica, aplicam-se os mesmos princípios fundamentais já explicados, lembrando que temos de reduzir a cúspide do lado de trabalho que não faz contato em posição central. No lado de balanceio é necessário corrigir as cúspides linguais inferiores e as vestibulares superiores, em vez da lingual superior e da vestibular inferior. No movimento de protrusão, os contatos prematuros ocorrem nas vertentes distais dos dentes superiores e nas vertentes mesiais nas cúspides inferiores. Terminado o desgaste seletivo o pino guia incisal deve deslizar sobre a mesa incisal livremente, sem interferência. Podemos ainda, para um refinamento de acabamento, interpor entre as cúspides dos dentes superiores e inferiores uma pasta abrasiva fina (pasta dental + pó de carborundum) e movimentar o ramo superior do articulador em todos os sentidos. Esta manobra tem por objetivo conseguir um melhor deslizamento entre os dentes promovendo um alisamento nas cúspides que foram desgastadas com brocas (Figura 5). Figura 5. Refinamento das superfícies oclusais. 70 ACABAME+TO E POLIME+TO DAS PRÓTESES Materiais e instrumentais necessários: - Porta mandril - Broca Maxi-Cut - Mandril para tira de lixa - Lixa nº 00 - Cone de feltro - Escova de pelo para polimento com pedra pomes - Escova de pano para polimento com branco de Espanha - Pedra pomes - Branco de Espanha (carbonato de cálcio) - Gral de borracha ACABAME+TO Separação base-modelo- Após o desgaste seletivo, removemos o gesso correspondente aos modelos funcionais das dentaduras. Se o modelo funcional ficar aderido na prótese, a sua remoção muitas vezes é bastante trabalhosa, pois deve ser realizada em pequenos pedaços, cuidadosamente com o auxílio da serra para gesso e tesoura (Figura 6). Figura 6. Separação das próteses dos modelos. Eliminação das rebarbas- Após a separação dentadura/modelo, removemos o excesso de resina junto às suas bordas, tomando-se o cuidado de preservar a espessura das mesmas, acompanhando a sua delimitação deixada pelo sulco do modelo funcional. Essa remoção é feita utilizando-se o micromotor e as brocas apropriadas. As regiões correspondentes aos frênulos e inserções musculares podem ser aliviadas com broca de fissura. 71 Figura 7. Desgaste, limpeza dos espaços interdentais e alisamento. Com instrumentos manuais faz-se a remoção de resíduos de gesso junto aos colos e nos espaços interdentais. O passo seguinte consiste em remover irregularidades maiores da base, através da utilização da broca Maxi-Cut e lixas, tomando-se o cuidado para não remover os pontilhados na face vestibular, e que corresponde à gengiva inserida. Após esta fase, não deverá permanecer nenhum risco deixado pela broca. A tira de lixa é colocada no mandril de modo que fique em forma de cone, afunilada, para poder penetrar nos sulcos. Polimento. Polimento com escova de pelo e pedra pomes – A mistura não deverá ficar grossa. Motor em baixa rotação, para não queimar a resina. Molha-se toda a dentadura com a mistura e leva-se de encontro à escova executando ligeira pressão. Esta operação deve ser repetida até que se observe o alisamento total da resina acrílica. Não deverá permanecer riscos deixados pela broca. Atenção deve ser dada à superfície vestibular, na região do “picotamento,” pois o excesso de pressão poderá removê-lo. 72 Polimento final com escova de pano e branco de Espanha- O polimento final ou o brilho é dado com escova de pano macia e mistura de branco de Espanha e água. O motor é ligado em alta rotação e a dentadura com a mistura é apenas encostada na escova, portanto sem fazer pressão. Na face vestibular que recebeu o “picotamento” será dado ligeiro polimento, sendo que as demais partes, o polimento será realizado com esmero, pois a superfície lisa e polida favorece a higiene, preservando a prótese por mais tempo. Concluído o polimento, lavamos a prótese com água e sabão neutro com o auxilio de uma escova dental. REFERÊ+CIAS BIBLIOGRÁFICAS Sugestões para estudo 1. Dentaduras completas – Tadachi Tamaki 2. Prostodoncia Total – Pedro Saizar 3. Protesis para el desdentado total – Carl O. Boucher 4. Fundamentos de Prótese Total – José Ceratti Turano Luiz Martins Turano