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metálicos. MO+TAGEM DO MODELO I+FERIOR +O ARTICULADOR Com o modelo superior já montado no articulador com o auxílio do arco facial, monta-se agora o modelo inferior. O modelo inferior é convenientemente tratado fazendo-se as indexações e isolando a base do mesmo com vaselina sólida e a seguir realiza-se sua montagem com uma quantidade suficiente de gesso pedra (em geral 100g X 30cc de H20). É recomendável colocar um elástico passando pelos ramos superior e inferior do articulador para evitar alteração devido à expansão de presa do gesso (Figura 10). Figura 10. Vazamento de gesso para fixação do modelo inferior no articulador. 33 MOVIME+TOS MA+DIBULARES E AJUSTES DO ARTICULADOR 1- Oclusão: É o contato entre os dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula está numa posição estática. 2- Oclusão central: É quando ocorre o maior número de pontos de contato entre os dentes superiores e inferiores, estando a mandíbula numa posição estática. Todas as oclusões que não sejam a Central, são denominadas de Oclusão Excêntrica. 3- Oclusão Balanceada ou Equilibrada: Vem a ser qualquer posição estática da mandíbula, em que ocorrem pelo menos três pontos de contato entre os dentes superiores e inferiores. 4- Articulação: É qualquer contato entre os dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula está em movimento. 5- Articulação Balanceada: É quando ocorre em qualquer movimentação da mandíbula (protrusão ou lateralidade), pelo menos três pontos de contato, sendo um anterior e dois posteriores, um de cada lado. 6- Articulador: É a representação mecânica da articulação têmporomandibular. Quando ajustado de acordo com os movimentos mandibulares do paciente, ele aproxima-se muito mais da realidade. 7- Curva de Compensação: Como o próprio nome diz, é uma curva que será impressa durante a montagem dos dentes artificiais para compensar o descenso da mandíbula, decorrente da inclinação da vertente anterior do osso temporal, nos movimentos protrusivos (Ver o capítulo montagem dos dentes). 7.1- Curva Ântero-posterior ou de Spee: É a curva ântero-posterior bem definida, descrita na face oclusal dos dentes do arco inferior natural (cúspide do canino a cúspide vestibular dos pré-molares e molares) cujo prolongamento coincide com a inclinação da vertente posterior da eminência do osso temporal (Figura 1) 34 Figura 1. Curva de Spee, que ocorre em bocas dentadas. 7.2- Curva Látero-lateral ou de Monson: Curva de Monson: é a curva de oclusão na qual as cúspides e bordas incisais dos dentes inferiores tocam ou se conformam a um Segmento de uma esfera, com 8 polegadas de diâmetro, cujo centro se localiza na glabela (Figura 2). Figura 2. Curva de Monson 7.3- Curva de Wilson: Linha imaginária, no plano frontal, que toca os vértices das cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores inferiores e superiores de um lado até os vértices das cúspides linguais e vestibulares do lado oposto (Figura 3) Figura 3. Curva de Wilson 35 8- Trajetória Sagital da cabeça da mandíbula: É a trajetória percorrida pela cabeça da mandíbula, no interior da fossa mandibular, de cima para baixo e de traz para frente, iniciando-se na posição de relação central, até mais ou menos 4 mm de protrusão (Figura 4). Figura 4. Trajetória Condílica Sagital. 9- Ângulo de Bennett: É formado quando a mandíbula executa um movimento lateral. Um dos côndilos sofre rotação em torno de um eixo virtual (lado de trabalho) chamado de “Movimento de Bennett” enquanto que o outro sai da fossa mandibular, dirigindo-se para baixo, para frente e para dentro (lado de balanceio). O ângulo formado no lado de balanceio, em relação ao plano horizontal é denominado de “Ângulo de Bennett” (Figura 5) Figura 5. Movimento de lateralidade: Côndilo de balanceio = Â Bennett. 36 10- Trajetória Incisiva: É a trajetória percorrida pela borda incisal do incisivo central inferior na face palatina do incisivo central superior, durante o movimento de protrusão da mandíbula (Figura 6). Figura 6. Trajetória Incisiva. Na construção de dentaduras, um dos objetivos do profissional é estabelecer uma oclusão e articulação balanceadas. Vamos inicialmente ajustar a guia condilar do articulador, que representa a trajetória sagital da cabeça da mandíbula, também chamada de Trajetória Condílica do paciente. Sua média é de 33º, mas através de movimento de protrusão do paciente, podemos graduar o articulador de acordo com a inclinação da fossa mandibular do mesmo (Figura 7). Nesse movimento de protrusão, se os planos de orientação estiverem paralelos ao plano protético (como devem estar), eles perderão o contato na parte posterior, ocorrendo então o que chamamos de “Fenômeno de Christensen”, que vem a ser o espaço formado entre os planos superior e inferior nessa região. Esse espaço é proporcional à inclinação da trajetória condílica do paciente. Para que o fenômeno de Christensen não ocorra, é necessário o estabelecimento da “Curva de Compensação”. Se a trajetória condílica fosse reta (1 e 2) esse fenômeno não ocorreria. Figura 7. Ajuste da Trajetória Condílica Sagital 37 O mesmo fenômeno ocorre no movimento de lateralidade da mandíbula, na ocasião em que registramos o ângulo de Bennett. Se essa trajetória no sentido látero-lateral fosse reta, este fenômeno também não ocorreria (1 e 2). No laboratório, fixamos esse ângulo em 15º no articulador, que representa a sua média (Figura 8). Figuras 8. Ajuste da trajetória Condílica Lateral (Bennett). Precisamos ainda determinar, no articulador, a inclinação ântero-posterior da mesa incisal, a qual depende da reabsorção do rebordo mandibular do paciente. Um rebordo muito reabsorvido torna a prótese instável durante a movimentação possibilitando seu deslocamento. Portanto necessitamos de dentes com cúspides baixas para evitar o toque de ponta de cúspides. Assim, a mesa incisal do articulador deve receber uma graduação baixa ou zero. Numa reabsorção média, caso do nosso modelo de laboratório, graduamos a mesa incisal em 10º. Observamos no exemplo acima que se tivermos uma inclinação da trajetória condílica sagital em 30 graus, e a inclinação das cúspides dos dentes em 30 graus (Figura A), a mesa incisal deverá ser graduada em 30 graus. Mas, se tivermos uma inclinação da trajetória condílica em 30 graus e a inclinação das cúspides dos dentes em 20 graus, a inclinação da mesa incisal será a média ou seja, 20 graus (Figura B). Figura A Figura B 38 Na Figura C observamos que para cúspides em zero grau, mesmo com trajetória condilar em 30 graus, a inclinação da mesa incisal será sempre zero grau acentuando a curva de compensação. Quanto menor a reabsorção do rebordo ósseo alveolar, maior poderá ser a inclinação da mesa incisal (Figura 9). Ainda temos que determinar a inclinação latero-lateral da mesa incisal que dependerá da altura das cúspides dos dentes que serão utilizados. Da mesma forma que a inclinação ântero-posterior, quando se utiliza dentes com cúspides zero grau, a inclinação lateral da mesa será também zero e assim por diante (Figura 10). MO+TAGEM DOS DE+TES ARTIFICIAIS Os dentes anteriores assumem uma importância muito grande no que se refere a estética, a fonética, e a parte mecânica (oclusão). Nestas condições, para Figura 9. Ajuste da inclinação ântero-posterior da mesa incisal