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Figura 10. Ajuste da inclinação lateral da mesa mesa incisal Figura C 39 uma montagem adequada, alguns princípios básicos deverão ser levados em consideração: 1- Linha mediana: Corresponde ao plano sagital do paciente e ela é demarcada no plano de cera no momento da seleção dos dentes artificiais. Divide a face em duas metades iguais, desde que sejam proporcionais. 2- Suporte para os lábios: A fim de que o suporte para os lábios seja satisfatório, os dentes artificiais devem ser montados “exatamente” nos locais que eram ocupados pelos dentes naturais. Ponto importante que deve ser considerado é que o suporte para o lábio é dado não pelo bordo incisal mas pela parte média da face vestibular do dente (A,B,C eD). A Papila incisiva é uma referência bastante significativa para a montagem do incisivo central superior. Quando os dentes naturais anteriores superiores estão presentes, a papila incisiva é localizada ligeiramente atrás dos mesmos. Após as extrações dos dentes anteriores, em consequência do processo de reabsorção óssea, a papila incisiva passa a ocupar uma posição sobre o rebordo, evidenciando dessa maneira, maior reabsorção da parte vestibular do alvéolo dental. Desde que a reabsorção não tenha sido muito grande ela passa a ser referência para o posicionamento dos incisivos centrais A) Dente natural em posição. B) Dente extraído. C) Dente artificial. E) Raiz imaginária POSIÇÃO, ALI+HAME+TO E DISPOSIÇÃO DOS DE+TES ARTIFICIAIS Segundo SAIZAR, é possível distinguir sob a denominação genérica de alinhamento, três elementos que definem a situação dos dentes ao formarem o arco; elementos que podem variar independentemente uns dos outros e que são chamados de: Posição- É a situação do conjunto de órgãos dentais no espaço, em relação com os lábios, nariz, comissuras e dentes antagonistas. Em outras palavras, é a posição do arco dental relacionado com a fisionomia. Assim, cada dente tem seu lugar reservado (figura 1). 40 Figura 1. Posição do incisivo central. Alinhamento- Refere-se à forma do arco dental que se obtêm após a montagem dos dentes. Ao dispor os dentes, observar o alinhamento, que deve acompanhar a forma do rebordo alveolar. Assim, em um rebordo triangular, por exemplo, os dentes deverão dispor-se de tal forma que resulte em um arco dental triangular quando observar o arco dental superior pela face oclusal (Figura 2). Figura 2. Alinhamento observado pela face oclusal Disposição- Refere-se à situação individual de cada dente na arcada. No estudo da disposição dos dentes devemos analisar inicialmente a questão da sequência de colocação dos dentes para depois estudarmos os problemas de disposição propriamente dita. Assim, observamos na figura 3 que a disposição do canino apresenta seu eixo cervico-oclusal mais inclinado que os demais dentes. Figura 3. Disposição do canino. Existem várias maneiras de iniciarmos a montagem dos dentes artificiais de uma dentadura. Alguns autores recomendam a montagem dos dentes do hemiarco superior e depois do hemiarco inferior do lado correspondente. Posteriormente do 41 hemiarco antagonista desse lado. Outros autores recomendam inicialmente a montagem dos seis dentes superiores e inferiores, estabelecendo o trespasse horizontal e vertical para o caso. Após a prova, na boca do paciente, completa-se a montagem dos dentes posteriores. A técnica a ser descrita aqui, para a montagem dos dentes anteriores superiores, proporciona um arranjo padronizado para as dentaduras. Conhecendo-se a posição, alinhamento e disposição dos dentes, é possível com o tempo e a experiência, tentar estabelecer uma individualização na montagem, fugindo dessa forma de padronização. MO+TAGEM DOS DE+TES A+TERIORES SUPERIORES I+CISIVO CE+TRAL SUPERIOR 1- Retira-se do plano superior uma porção de cera correspondente ao tamanho do incisivo central superior, tendo-se como referência a linha mediana inscrita no mesmo. 2- Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente, de tal modo que a face mesial do mesmo tangencie a linha mediana (Figura 4). - O incisivo central será colocado de modo a ficar: a) Ligeiramente inclinado para vestibular (vista lateral) b) Bordo incisal descansando exatamente sobre a superfície do plano de orientação inferior. c) Com seu longo eixo na posição vertical (vista frontal). Figura 4. Montagem do Incisivo Central. I+CISIVO LATERAL SUPERIOR 1- Retira-se do plano superior uma porção de cera correspondente ao tamanho do dente, tendo-se como referência a face distal do incisivo central superior. 2- Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente (Figura 5). - O incisivo lateral será colocado de modo a ficar: a) Colo ligeiramente mais deprimido que o central (+ p/ dentro) 42 b) Bordo incisal ligeiramente mais elevado que o central (ñ toca o plano) c) Seu longo eixo ligeiramente inclinado para mesial. Figura 5. Montagem do Incisivo Lateral CA+I+O 1- Retira-se do plano superior etc... 2- Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente (Figura 6). - O canino será colocado de modo a ficar: a) Vértice da cúspide deverá situar-se ao nível do plano de orientação inferior (tocando-o ou ligeiramente a baixo) b) Visto pela face vestibular, seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado para mesial c) Visto pela face mesial, o seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado para a região palatina de tal forma que a porção cervical apareça mais volumosa. Isto caracteriza a bossa canina. d) Olhando-se a prótese pela frente, somente será visível a metade mesial de sua face vestibular. Figura 6. Vista frontal e lateral da montagem do canino. Após a montagem dos seis dentes anteriores teremos a seguinte configuração: 43 MO+TAGEM DOS DE+TES POSTERIORES SUPERIORES Tal como os dentes anteriores superiores, para a montagem dos dentes posteriores superiores há necessidade de referências para que os dentes possam ser montados no plano de cera convenientemente, para executarem seu trabalho funcionalmente. Assim, dois fatores devem ser considerados, ou sejam: a) Linha principal do esforço mastigatório b) Curva de compensação LI+HA PRI+CIPAL DO ESFORÇO MASTIGATÓRIO A montagem dos dentes posteriores superiores, deve ser feita de maneira tal que os mesmos fiquem sobre a crista do rebordo alveolar. Para que isto aconteça precisamos traçar uma linha, no modelo inferior, sobre a crista do rebordo ósseo alveolar. Esta linha deve iniciar-se do centro da papila retromolar em direção anterior, abrangendo a maior extensão em linha reta (Figura 7). Figura 7. Traçado para a Linha Principal do esforço Mastigatório. Esta linha traçada no modelo é agora transportada para o plano de cera inferior, com o auxílio de uma régua flexível. Os dentes serão então montados de maneira tal que as cúspides palatinas fiquem exatamente sobre esta linha. Com este artifício, as forças transmitidas pelos dentes posteriores superiores incidirão exatamente sobre a crista do rebordo ósseo alveolar inferior, fazendo com que elas sejam absorvidas sem prejuízo ao osso dando maior estabilidade às próteses quando em função. 44 CURVA DE COMPE+SAÇÃO Como o plano de orientação superior foi construído paralelo ao plano Protético, quando o paciente executa o movimento de protrusão os planos perdem contato na região posterior, formando um espaço entre os planos que é chamado de “Fenômeno de Christensen”. Isto ocorre em virtude da inclinação da cavidade articular no sentido de trás pra frente e de cima para baixo. Na construção das dentaduras artificiais devemos sempre evitar que haja formação deste