72 pág.

Pré-visualização | Página 9 de 12
para mesial e no sentido vestíbulo lingual, perpendicular ao plano oclusal. Figura 15. Montagem dos caninos inferiores PRIMEIROS PRÉ-MOLARES a) em altura não deverá ultrapassar o canto da boca b) longo eixo na vertical c) deverá ser o ultimo dente a ser montado, permitindo assim um ajuste oclusal correto e evitando apinhamento dos dentes anteriores d) quando necessário, devemos desgastar sua face mesial. Figura 16. Montagem dos pré-molares inferiores. 50 OBSERVAÇÕES IMPORTA+TES PARA A MO+TAGEM DOS DE+TES A+TERIORES Os dentes anteriores mandibulares raramente se apresentam regularmente ou simetricamente. Variações gerais, somadas a desgaste dos bordos incisais melhoram sua aparência estética. OVERBITE (TRESPASSE VERTICAL): diz respeito ao espaço existente entre a superfície incisal do incisivo superior e a incisal do incisivo inferior, em oclusão. Para casos práticos de dentaduras não deve exceder um milímetro e, em muitos casos será reduzido além deste limite. No entanto este trespasse vai depender da altura das cúspides dos dentes posteriores que durante a movimentação protrusiva separa mais ou menos os dentes anteriores. Os dentes anteriores (superiores e inferiores) nunca devem estar em contato quando as dentaduras estão na boca, em oclusão central. É preferível articulá-los de modo que somente haja contato em lateralidade e protrusão. OVERJET (TRESPASSE HORIZO+TAL): diz respeito à relação horizontal que existe entre os dentes superiores e inferiores ou seja, a distância entre a superfície palatina do incisivo superior e a vestibular do inferior. Varia consideravelmente conforme a relação horizontal dos rebordos (Figura 17). Figura 17. trespasses vertical e horizontal DESGASTES DOS DE+TES: Às vezes há necessidade de desgastarmos os dentes para que possamos montá-los adequadamente, em especial os anteriores. Os desgastes feitos sem conhecimento ou com descuido podem determinar a perda da estética dos dentes. Colocar mais para trás ou mais para cima, sem diminuir o comprimento da superfície vestibular é o objetivo deste desgaste. A Figura 18 ilustra as áreas que podem ser desgastadas. Em A, uma quantidade média de desgaste; em B, grande quantidade (só pode ser realizada quando utilizamos dentes plásticos). Os dentes de porcelana não admitem este desgaste. 51 Figura 18. Desgastes que podem ser efetuados. Além da classe I, ou relação normal entre os rebordos, existem pacientes cuja relação entre os rebordos é classe II ou retrusão mandibular ou ainda classe III ou protrusão mandibular Na classe II, o trespasse horizontal entre os dentes anteriores é bastante aumentado dificultando assim o contato anterior na articulação (Figura 19) Na montagem dos dentes posteriores podemos suprimir o primeiro pré- molar inferior, isto porque na classe II, a extensão do maxilar é bem maior do que a extensão da mandibula, e consequentemente na mandíbula, haverá falta de espaço. Na classe III, o contato entre os dentes anteriores será topo a topo, isto é, não existe nem trespasse vertical e nem trespasse horizontal. Às vezes a classe III é tão acentuada que é necessário que o trespasse horizontal e vertical seja invertido (Figura 20). Figura 19. Classe II de oclusão Figura 20. Classe III de oclusão 52 A relação entre os dentes posteriores poderá ser normal ou cruzada, dependendo logicamente do tamanho da mandíbula em relação à maxila, principalmente de sua largura. Quando a mandíbula é bem mais larga que a maxila, nós precisamos montar em mordida cruzada, isto é, a cúspide vestibular do molar superior, se contata com o sulco principal do molar inferior (Figura 20). ESCULTURA DAS BASES DE DE+TADURAS 1- Material necessário: Lamparina à álcool Espátulas: 7, 31 e Le Cron Cera rosa nº 7 2- Enceramento Denomina-se enceramento o procedimento de laboratório, mediante o qual se da forma e volume às bases gengivais protéticas com o auxílio de cera rosa. Em primeiro lugar, as bases de prova são fixadas aos modelos usando cera fundida depositada ao longo das bordas das mesmas. Esta operação deve ser feita preferencialmente no articulador e os dentes de ambos os arcos devem estar em contato oclusal. A seguir, removem-se os modelos do articulador e completa-se o enceramento, por vestibular e por lingual. A cera, por vestibular, deverá recobrir em torno de 1/3 do dente (Figura 1). A forma das superfícies, vestibular superior e inferior e a lingual inferior deve favorecer a retenção dirigindo as forças dos músculos e dos tecidos (figuras 5a e 5b). Figura 1. Enceramento das bases das dentaduras. 53 3-Delimitação dos colos No primeiro recorte não devemos nos importar com precisão de detalhes. Fazemos apenas uma delimitação aproximada do colo de todos os dentes começando pelo último dente de um lado e terminando no último do outro lado. Com o auxílio de uma espátula Le Cron, bem afiada, formando um ângulo de 45º com a superfície do dente, recortamos os colos dos dentes (Figura 2). Figura 2. Delimitação dos colos. 4-Escultura Não existem regras definidas para a escultura das bases das dentaduras. Cada profissional segue a sua própria orientação colocando em prática o seu senso artístico e as suas idéias sobre estética. Para os que se iniciam nesta prática, algumas indicações podem servir de base para esta orientação. Após o endurecimento da cera faz-se, como já foi descrito, o recorte inicial dos colos dos dentes. As papilas interdentais são importantes na qualidades estéticas da dentadura terminada. Por ser área propícia à retenção de restos alimentares, deve ser recortada com muito cuidado. As papilas devem ser convexas, e preencher os espaços interdentais. O recorte na zona das papilas deve ser feito de tal forma a refletir a idade do paciente, já que as papilas mais longas e delgadas estão associadas com os jovens enquanto as mais curtas se associam com a idade mais avançada (Figura 2). Na sequência, com o auxílio da espátula nº 7 (sua parte mais estreita) ou do Le Cron, são feitas marcas triangulares na superfície da base de prova, para indicar o 54 comprimento e a largura das raízes, lembrando que o canino superior tem sua raiz mais comprida; o lateral mais curta e o central média. Os posteriores variam em altura entre si. Na base de prova inferior, a raiz do canino é mais longa, a do lateral média e a do central mais curta (Figura 3). Figura 3. Delimitações das raízes. A seguir, com a parte mais larga da espátula nº 7 escavamos a cera dos espaços entre os triângulos, dando forma às raízes (Figura 8). Figura 4. Colos e raízes delimitados Na superfície palatina os colos são delimitados e a cera é alisada (Figura 2). A superfície lingual inferior deve ser côncava, sem levar a concavidade abaixo do bordo lingual dos dentes. A concavidade permite um melhor assentamento da língua, melhorando a estabilidade da dentadura (Figura 5a e b). 55 Figura 5a e b. Concavidade da área lingual. Figura 5b. Delimitação dos colos e término da escultura. A delimitação final dos colos é executada e dependendo da idade do paciente estes variam em altura. Esculpidos todos os detalhes anatômicos, damos acabamento às bases de prova com o auxílio da chama da lâmpada à álcool ou algodão embebido em benzina. Podemos picotar a superfície vestibular com a ajuda de uma escova de dente, o que dá um aspecto mais natural à dentadura terminada (casca de laranja). Isto permite que a reflexão da luz seja pequena e o brilho do acrílico mais natural na