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100 8 800 - - - 100 8 800 100 4 400 - - - 50 4 200 50 4 200 Neste caso, quando ocorrem as vendas é descontado primeiramente o produto que se encontra a menos tempo no estoque, que no caso foram abatidas as 100 unidades e em seguida foram apuradas as 50 unidades necessárias para complementar as 150 unidades, referentes à primeira compra, portanto temos a seguinte fórmula: Estoque Inicial Quantidade Valor (+) Compras 200 R$ 1.200,00 (-) Estoque Final 50 R$ 200,00 (=) Custo de Vendas 150 R$ 1.000,00 FONTE: O autor FONTE: O autor TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 63 QUADRO 11 – MÉDIA PONDERADA Estoque Inicial Compras Vendas Estoque Final Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ - - - 100 4 400 - - - 100 4 400 100 4 400 100 8 800 - - - 200 6 1200 200 6 1200 - - - 150 6 900 50 6 300 Neste caso, quando ocorre a soma dos valores comprados, em seguida é realizada a média ponderada dos valores de compra, chegando ao custo do estoque, encontrando assim um novo valor para abatimento no momento da compra, para isso temos a seguinte operação: Estoque Inicial Quantidade Valor (+) Compras 200 R$ 1.200,00 (-) Estoque Final 50 R$ 300,00 (=) Custo de Vendas 150 R$ 900,00 QUADRO 12 – COMPARAÇÃO DO RESULTADO PEPS UEPS Média Ponderada Receita 3000 3000 3000 (-) Custo de Venda 800 1000 900 Lucro 2200 2000 2100 Conforme demonstrado na comparação entre os três métodos, o método de avaliação PEPS aumenta o lucro da empresa, o UEPS diminui o lucro, logo, não é aceito pelo fisco, e a Média Ponderada é intermediária entre os dois métodos. IMPORTANT E O método que NÃO é aceito pelo fisco é o UEPS, visto que, ao optar por este método, a empresa pagaria menos imposto em relação aos outros métodos que ela poderia adotar. FONTE: Disponível em: <http://www.unisa.br/conteudos/6348/f38250410/apostila/apostila. pdf>. Acesso em: 24 set. 2015. FONTE: O autor FONTE: O autor 64 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS Conforme Schier (2006), o PEPS e a Média Ponderada estão entre os aceitos pelo fisco em virtude de proporcionarem uma base de cálculo do imposto de renda julgada adequada para fins de arrecadação. O valor final do produto de uma empresa é composto por vários componentes, e um destes é a matéria-prima ou custo de materiais diretos, que estão diretamente ligados ao objeto de custo. A Contabilidade de Custos com Materiais diz respeito ao levantamento, registro e fornecimento de dados envolvendo a circulação de materiais na empresa. Conforme Horngren, Foster e Datar (1999), os custos de materiais são os custos de aquisição de todos os materiais que posteriormente se tornam parte do objeto de custo (ou seja, unidades acabadas ou em processo) e que podem ser identificados com o objeto de custo de maneira economicamente viável. Neste sentido, pode-se dizer que a Contabilidade de Custos envolvendo materiais, está diretamente ligada ao produto da empresa, podendo ser facilmente identificado o custo agregado ao produto. FONTE: Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. 3 CUSTOS INDIRETOS Os custos indiretos de fabricação são formados por aqueles custos que não se pode identificar ao portador final, ou seja, não se pode mensurar quanto deste custo realmente pertence a determinado produto ou serviço final. Por essa razão, para alocar esses custos são utilizados critérios de rateio. Porém, é necessário cuidado quando ocorrer a escolha da base do critério de rateio a ser usada pela empresa. Esta escolha poderá provocar um resultado equivocado não refletindo o valor real deste custo, afetando assim, a avaliação dos estoques, bem como para fins gerenciais (tomada de decisão) e de controle do sistema de custos. Segundo CRS-SP (1992), a evolução tecnológica na área e no desenvolvimento de produtos implicou redução significativa na quantidade de matéria-prima consumida por unidade de produto acabado, tornando esse custo direto muito menos importante. A capacidade tecnológica e a própria sofisticação crescente nos hábitos dos mercados consumidores têm resultado em maior diversidade de produtos e de suas características de desempenho. Um produto básico pode, hoje, apresentar diferentes versões e modelos em termos de desempenho e outras características. Cada vez mais são TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 65 desenvolvidos novos produtos e novas formas de desempenhar uma função ou de atender uma necessidade. Essa discussão demonstra, com clareza, a importância crescente dos processos de alocação de custos indiretos de fabricação, tanto no que se refere à demonstração dos resultados e da posição financeira das organizações quanto a outras dimensões importantes da gestão empresarial. FONTE: Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. UNI Os custos indiretos são valores que não são identificados de forma clara e objetiva nos produtos a serem fabricados. Exemplo: vamos supor que a conta de energia elétrica de uma panificadora foi de R$ 2.000,00: na produção de 100 bolos, sendo 40 de chocolate, 10 de morango, 10 de nozes e 40 de baunilha, devido à falta de um apontamento que mede a quantidade de horas que a batedeira trabalhou para cada bolo, temos um custo indireto, ou seja, não sabemos dizer com precisão se o bolo de chocolate gastou mais energia elétrica do que o bolo de baunilha. Assim, todas as vezes que houver mais de um produto e um item de custo comum a todos, não sendo possível mensuração em cada um, de forma direta, teremos os Custos Indiretos de Fabricação (CIFs) ou Custo Indireto de Serviço (CIS). Para isso utilizamos o método de rateio. 3.1 CRITÉRIOS DE RATEIO Existem inúmeros critérios de rateio que podem ser utilizados pela área de gestão de custos para alocar os custos indiretos de fabricação, porém, é necessário verificar quais critérios melhor se relacionam com os custos dos produtos. Portanto, é necessário o conhecimento detalhado do sistema de produção. O rateio é uma divisão proporcional através de informações conhecidas em cada uma das etapas que desejam calcular os custos. O rateio convencional é aquele que alocamos parcelas dos custos indiretos aos diversos produtos ou centro de custos. 66 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS De acordo com Bruni e Famá, o fluxo do rateio de custos pode ser visualizado da seguinte maneira: FIGURA 8 – FLUXOGRAMA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS FONTE: Bruni e Famá (2004, p. 34) Podemos transcrever o fluxo acima para um exemplo prático onde: FIGURA 9 – FLUXOGRAMA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS FONTE: O autor TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 67 Conforme Leone (1997), as bases de rateio (critérios de rateio ou de bases de volume) são estabelecidas pela Contabilidade de Custos, após um trabalho de análise das atividades de cada setor, que faz com os responsáveis técnicos pelas operações fabris. As bases de rateio de custos mais comuns são as unidades produzidas, horas de máquinas, horas de mão de obra direta, custos dos materiais, quantidades de materiais, custos da mão de obra e transações ou atividades. A escolha vai depender das características do ambiente de produção, pois