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Curso Instrumental Educacional Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa Créditos Presidente do Conselho Consultivo Bruno Breithaupt Diretor Regional Rudney Raulino Diretor da Divisão de Educação Profissional Ivan Luiz Ecco Diretor do Centro de Educação Profissional/ São José Anderson Redinha Malgueiro Coordenador do Núcleo de Produção Cristian Scheffel Biacchi Conteúdo Cleusa Ferracine Biazze Senac Paraná Conteudista Colaborador Ana Paula Budde Design Instrucional Ana Paula Netto Carneiro Revisão Textual Ana Paula Budde Projeto Gráfico Cassiana Pottmaier Diagramação Cheila Pinnow Zorzan Produção SENAC EAD – Santa Catarina © Senac | Todos os Direitos Reservados Sumário CONTEXTUALIZANDO ���������������������������������������������������������� 4 1 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ������������������������������������������� 5 1.1 PAÍSES QUE UTILIZAM O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA OFICIAL 7 1.2 A VERDADE SOBRE OS ACORDOS ������������������������������������ 7 2 MUDANÇAS ADVINDAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ������������� 8 2.1 O ALFABETO �������������������������������������������������������������� 8 2.2 O TREMA ������������������������������������������������������������������ 8 2.3 LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS ������������������������������ 9 2.3.1 Letras Maiúsculas e Minúsculas a partir do Novo Acordo Ortográfico ���������������������������������������������������������������� 9 2.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA ���������������������������������������������� 11 2.5 HÍFEN ��������������������������������������������������������������������� 16 CONSIDERAÇÕES ������������������������������������������������������������ 19 REFERÊNCIAS ���������������������������������������������������������������� 20 Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 4 CONTEXTUALIZANDO Olá! Seja bem�vindo(a) ao curso Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa! O mercado de trabalho e as práticas profissionais estão em constante mudança, assim como a língua, que vai mudando pelo uso que os falantes fazem dela e também por meio de leis que a regem. O Novo Acordo Ortográfico é um desses fatores de mudança: baseada no Decreto nº 7.875, de 27 de Dezembro de 2012, “a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.” Dessa forma, ao longo deste curso você recordará as antigas regras, que ainda podem ser usadas, e as novas, que já estão sendo utilizadas e serão obrigatórias a partir de 1º de janeiro de 2016. Ademais, você verá que esta não é a primeira vez que as regras mudam: já houve acordos anteriores a este, nos quais o uso do ph (na palavra pharmacia), por exemplo, caiu em desuso. Por fim, ao demonstrar a articulação e a mobilização desses novos conhecimentos, você estará apto a escrever em conformidade com as regras do Novo Acordo Ortográfico, o que é extremamente importante para sua vida profissional e pessoal. Iniciaremos os estudos abordando os momentos históricos que marcaram os acordos ortográficos da Língua Portuguesa. Bons estudos! Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 5 1 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO A padronização gráfica das palavras oficializada pelo poder público em janeiro de 2009 reflete uma imagem de unidade e uniformidade na Língua Portuguesa, mas essas alterações não significam mudanças na fala. Uma língua é mais que um meio de comunicação, ela é, sobretudo, um patrimônio histórico construído pelas sociedades que a falam. A carência de uma ortografia oficial comum à comunidade lusófona trazia�nos não apenas dificuldades de ordem linguística, mas também política. Nosso idioma era o único no Ocidente a ter duas grafias oficiais, uma europeia e outra brasileira. A partir deste Novo Acordo Ortográfico, há apenas uma ortografia, a de todos os países lusófonos. O ano de 1986 foi de grande importância para os falantes de Língua Portuguesa, pois foi a data em que foi idealizado o Novo Acordo Ortográfico dessa língua. Encontraram�se nesse ano, no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história da Língua Portuguesa, representantes de Portugal, do Brasil e dos cinco novos países africanos falantes do Português e emergidos da descolonização portuguesa. Os cinco países africanos falantes do português são: Angola Moçambique Cabo Verde Guiné-Bissau São Tomé e Príncipe Quanto à nomenclatura Novo Acordo Ortográfico, o uso do termo Novo se dá em razão de que o esboço da primeira proposta de unificação para a ortografia da Língua Portuguesa se deu em 1911. Isso quer dizer que faz tempo que se busca outra prática comum, sendo este mais um (novo) acordo. Em mais de cem anos, foram estabelecidos mais três outros acordos, cada qual trazendo novas especificidades à nossa língua. Já a expressão Acordo refere�se ao consentimento de ambos os países para que não sejam seguidos dois sistemas ortográficos oficiais, mas sim um sistema comum. No caso do Novo Acordo Ortográfico, a intenção é que todos os países que têm a Língua Portuguesa como oficial adotem esse novo sistema. A palavra Acordo ainda remete à necessidade de se avaliar questões ideológicas e históricas dos países lusófonos. Por último, a palavra Ortografia tem ligação com o sistema ortográfico que compõe uma língua natural. O dicionário Houaiss traz a seguinte acepção para o termo: “conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da Língua e motivados por tais funções, etc.”. Assim, o Novo Acordo Ortográfico refere�se à unificação da ortografia da Língua Portuguesa, para que os países lusófonos tenham mais facilidade em suas atividades diplomáticas, comerciais, políticas, etc. Conjunto de identidades culturais existentes em países falantes da Língua Portuguesa. Processo que dá fim ao regime colonial de um país. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 6 1 � novo acordo ortográfico Para melhor compreender como chegamos ao Novo Acordo Ortográfico, acompanhe a história dos acordos ortográficos, conhecendo as datas em que ocorreram os acordos para a unificação da ortografia da Língua Portuguesa. ACORDO DE 1911 As primeiras reformas ortográficas datam do início do século XX, mais precisamente do ano de 1907. Contudo, não podemos dizer que estes foram acordos luso�brasileiros. Brasil e Portugal propuseram textos diferentes em datas diferentes. Encabeçada pela Academia Brasileira de Letras*, em 1907, a reforma ortográfica de 1907 é o marco de uma série de propostas de unificação ortográfica da Língua Portuguesa. Com modificações em 1912, a proposta não obteve muito êxito porque sofreu muitas críticas, tanto de brasileiros quanto de portugueses. A reforma portuguesa, por sua vez, “propulsionada por personalidades como Carolina Michaëlis, Cândido de Figueiredo, Gonçalves Viana e Leite de Vasconcelos, que visava ‘sobretudo uma mais fácil aprendizagem da escrita’, foi puramente de caráter nacional”. Nos terrenos lusos, algumas mudanças significativas foram adotadas, como a extinção das consoantes dobradas, como ocorrem nos grupos ph, th e rh. Assim, o termo farmácia, como é conhecido atualmente, até a proposta de 1907 era composto com ph – pharmácia e, que a partir da proposta, foi caindo em desuso. ACORDO DE 1943/1945 Aprovado e criado em 1943 pela Academia Brasileira de Letras, o Formulário Ortográfico de 1943 foi uma das tentativas de oficializar um acordo para que, principalmente, Brasil e Portugal tivessem um sistema ortográfico comum. É deste documento, mais as alterações introduzidas pela Lei nº 5.765, que advém a regulamentação de nossa ortografia até a mudança do Novo Acordo Ortográfico. O texto trazia algumasmudanças importantes, como a exclusão do apóstrofo em casos consagrados, tal como d’oeste. Também regulamentou acentos, a grafia de hiatos e ditongos, acentuação gráfica, emprego de iniciais maiúsculas e minúsculas e outros usos. Um caso interessante que consta neste documento é a alteração das letras k por qu antes de e e i, e por c antes de a, o e u; a troca de w por v ou u; e a troca de y por i. Vale ressaltar também que Portugal tem como base, ainda hoje, enquanto ainda não se implementam as regras do Novo Acordo Ortográfico, o acordo de 1945. Isso se deve ao fato de Portugal só ter ratificado o Novo Acordo Ortográfico em 2008 e estabelecido o prazo de seis anos para que se regularizassem as novas regras no país. ACORDO DE 1990 (Novo Acordo da Língua Portuguesa) Segundo Cagliari, Para o Ministério da Educação brasileiro, a divergência de ortografias do Português prejudicaria sua divulgação e prática em eventos internacionais. As mudanças necessárias em livros escolares e arquivos de editoras seriam compensadas pela atenuação do alto custo da produção de diferentes versões de dicionários e livros. Mas a resistência é grande em alguns meios, principalmente em Portugal, onde haveria o maior impacto na língua – com o acordo, desaparecem o “c” e o “p” não pronunciados, como em “acção” e “baptismo”. Os portugueses precisarão também trocar a grafia de “húmido” por “úmido”. (Disponível em: http://www.agencia.fapesp.br/materia/7667/entrevistas/ruidos�ling� isticos�com�trema�por�enquanto�.htm). Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 7 1 � novo acordo ortográfico *A Academia Brasileira de Letras foi fundada em 1897 e objetiva o cultivo da língua e da literatura nacional. Para conhecer mais sobre a Academia Brasileira de Letras acesse o site: http://www.academia.org.br/. 1.1 PAÍSES QUE UTILIZAM O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA OFICIAL Além do Brasil e Portugal, são mais seis os países que utilizam o Português como língua oficial, os quais também são conhecidos, em se tratando dessa característica, como lusófonos. São eles: • Angola; • Cabo Verde; • Guiné�Bissau; • Moçambique; • São Tomé e Príncipe; • Timor Leste. 1.2 A VERDADE SOBRE OS ACORDOS A verdade é que nenhum desses acordos obteve êxito no que se refere à proposição deles. Quando não era Portugal que considerava impróprias as novas mudanças à sua ortografia, era o Brasil que assim o fazia. Até que o Novo Acordo Ortográfico de 1990 (objeto de nosso estudo neste curso) entrasse em vigor, o Brasil adotava o sistema ortográfico de 1943, enquanto Portugal seguia o de 1945. Mas vale alertar que o Novo Acordo Ortográfico de 1990 não interfere no modo como os indivíduos falam em suas nacionalidades. Isto é, é um acordo voltado para os aspectos ortográficos e que não interfere no modo de falar. Também não recai em questões de sintaxe, nem lexicais. Isso quer dizer que nós continuaremos falando ou escrevendo “Nós estamos conhecendo as novas regras ortográficas”; e os portugueses, “Nós estamos a conhecer as novas regras ortográficas”, pois não há interferência do acordo na sintaxe da língua. Também continuaremos falando ou escrevendo “O ônibus sai às onze”; e os portugueses, “O autocarro sai às onze”, porque não há influência no léxico da língua. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 8 2 MUDANÇAS ADVINDAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Alguns elementos ortográficos da língua implicam maiores mudanças que outros, mas, basicamente, passaremos a lidar com as alterações a seguir: • letras do alfabeto; • trema; • letras maiúsculas e minúsculas; • acentuação gráfica; • hífen. 2.1 O ALFABETO A questão mais básica da mudança é a inclusão no alfabeto de 3 letras: k, w e y. De 23 letras, o alfabeto passa a ter, então, 26, incluindo essas letras que já se encontravam dicionarizadas. Cabe relatar que em alguns países lusófonos havia um número razoável dessas três letras iniciando palavras. As principais situações em que estas letras podem ser utilizadas são: • Nomes de pessoas e derivados. Exemplo: Walter, Franklin, Darwin, Byron; frankliniano, darwiniano, byroniano. • Nomes de regiões e derivados. Exemplo: Kuwait, Washington; kuwaitiano. • Siglas, símbolos e unidades de medida. Exemplo: k, km, Watt, www. Considerando�se que tais letras já estavam incorporadas em nossos dicionários, pouco mudará nosso modo de escrever. Cabe lembrar que as palavras estrangeiras, devido ao uso corrente em nosso idioma, passam a ser incorporadas em nossos dicionários e continuarão sofrendo adaptações nas letras k, w e y, como já ocorreu anteriormente em casos como: • cyborg para ciborgue; • copy desk para copidesque. Analise a tabela abaixo para saber como fica o alfabeto com a inclusão das letras k, w e y em ordem. Nova Ordem Alfabética A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 2.2 O TREMA Na ortografia oficial do Português, o sinal de trema indicava que o u dos grupos gue, gui, que, qui era pronun� ciado. O uso do trema tinha como justificativa indicar ao falante a pronúncia do u nos grupos mencionados. Em outras palavras, isso quer dizer que o u marcado com o trema devia ser pronunciado, separadamente, da vogal que o precedia. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 9 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Por que somente nessas sequências? Porque eram esses grupos que variavam na pronúncia na hora da fala. Os grupos quo, qua, por exemplo, têm sempre o u pronunciado. Com a real vigência do Novo Acordo da Língua Portuguesa, o trema não deve mais sobrepor o u. Analise a tabela abaixo e veja como era a grafia de algumas palavras e como ficou depois do Novo Acordo Ortográfico. Antes do Acordo Depois do Acordo argüição arguição eqüestre equestre qüinqüênio quinquênio iniqüidade iniquidade eqüidade equidade freqüente frequente subseqüente subsequente lingüeta lingueta sagüi sagui seqüência sequência pingüim pinguim tranqüilo tranquilo lingüiças linguiças cinqüenta cinquenta conseqüências consequências sagüi�gari sagui-gari delinqüentes delinquentes Cabe observar que o trema ainda pode ser utilizado em casos de respeito aos estrangeirismos, nomes próprios e nomes registrados em cartório. 2.3 LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS Uma vez que as pessoas estejam alfabetizadas, julgamos não terem dificuldades em utilizar as letras maiús� culas ou minúsculas. No entanto, temos dúvidas frequentes sobre quando dar ou não destaque a determinadas palavras, visto que o Formulário Ortográfico de 1943, que regia a matéria, não foi suficientemente explícito quanto ao estabelecimento de normas. 2.3.1 Letras Maiúsculas e Minúsculas a partir do Novo Acordo Ortográfico A letra inicial maiúscula deve ser usada em nove casos, sendo que muitos deles já eram obrigatórios antes do Novo Acordo. Conheça os casos em que deve ser usada a letra inicial maiúscula. • Nos antropônimos, reais ou fictícios. Exemplo: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 10 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico • Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplo: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida, Hespéria. • Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos. Exemplo: Adamastor; Netuno. • Nos nomes que designam instituições. Exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social. • Nos nomes de festas e festividades. Exemplo: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos. • Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico. Exemplo: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo). • Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente. Exemplo: Nordeste, como em Nordeste do Brasil; Norte, como em Norte de Portugal; Meio�Dia; Sul da França ou de outros países; Ocidente, como em Ocidente europeu; Oriente, como em Oriente asiático. • Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiús- culas, iniciais ou mediais ou finais ou o todoem maiúsculas. Exemplo: FAO, NATO, ONU; H2O, Sr., V. Exª. • Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos. Exemplo: rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões; templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha). Leia um trecho do Hino Nacional apresentado abaixo e observe que há letras maiúsculas iniciando cada frase, embora haja vírgulas no final do verso anterior. Nesse caso o uso está correto, porque Duque Estrada fez uso da “licença poética”. Há poetas que preferem o emprego da inicial minúscula no início de cada verso para enfatizar a comunicação poética com seu leitor. Já a letra inicial minúscula, a partir do Novo Acordo Ortográfico, deve ser usada em seis casos, sendo que muitos deles já eram anteriores ao Novo Acordo. Os casos são: 1) Nos dias da semana, meses do ano e estações do ano. Exemplo: janeiro, fevereiro, segunda�feira, domingo, outono, inverno. 2) Nos nomes de festas populares. Exemplo: carnaval, folclore, junina. 3) Nos adjetivos pátrios (lugar de origem do ser). Exemplo: brasileiro, carioca, fluminense, paulista, paulistano. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante.” Autor: J. O. Duque Estrada Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 11 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico 4) Nos nomes comuns que acompanham acidentes geográficos. Exemplo: rio São Francisco, baía de Guanabara, canal da Mancha, ilha de Fernando de Noronha. 5) Nos monossílabos átonos no interior dos títulos e no interior de nomes próprios. Exemplo: O Caçador de Esmeraldas, José Carlos dos Reis. 6) Na citação dos pontos cardeais, sem passar ideia de região. Exemplo: Para chegar ao continente, você deve seguir a leste e não a oeste. Porém, quando se referir à região considerada em sua totalidade, deve�se grafar com maiúscula. Exemplo: O Sudeste do Brasil foi a região que mais cresceu, seguida de perto do Sul e do Norte. Antes do Novo Acordo Ortográfico, alguns manuais de redação recomendavam o uso de letra maiúscula quando se fazia referência à disciplina curricular. Com o Acordo, passa a viger a possibilidade de se adotar os dois modos, tanto o uso da letra maiúscula quanto da letra minúscula. Exemplos: • O professor de Educação Física/educação física adentrou em sala de aula. • O Congresso Multidisciplinar era voltado a professores de Química/química, Física/física e Matemática/matemática. 2.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA Antes de iniciarmos o estudo sobre as alterações de acentuação gráfica ocorridas a partir do Novo Acordo Ortográfico, vamos relembrar algumas regras básicas. Quando falamos em acentuação gráfica, o sinal gráfico faz a diferença. Observe essa diferença fazendo a leitura das frases a seguir: • O maior ensinamento universal é que “nos amássemos uns aos outros.” • O maior ensinamento universal é que “nos amassemos uns aos outros.” Percebeu o “pequeno grande” detalhe que faz a grande diferença? Na língua escrita, em alguns casos, há necessidade de indicar a sílaba tônica (sílaba forte) por meio de sinais gráficos. Tais sinais recebem o nome de acentos gráficos e são colocados sobre as vogais. Os acentos gráficos são os seguintes: • Acento agudo ( ´ ); • Acento grave ( ` ); • Acento circunflexo ( ^ ). Dentre as regras de acentuação gráfica que sofreram alteração com o Novo Acordo Ortográfico estão algumas que envolvem os ditongos, por exemplo. A seguir, vamos relembrar os conceitos de sílaba, ditongo, tritongo e hiato. O emprego destes sinais constitui a acentuação gráfica. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 12 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Sílaba Sílaba é o conjunto de sons de uma palavra, pronunciado num só impulso de voz. Para determinar o número de sílabas, basta verificar a quantidade de impulsos necessários para produzir a palavra, isto é, soletrar. Exemplos: • gra � má �t i – ca • ap – to • ex – ce – len –t e Sílaba tônica: é aquela que é produzida com mais intensidade do que as outras. Exemplos: • cá –li – ce • têx � til • I– gua – çu Sílaba átona é aquela produzida com menos intensidade e mais rapidez. Numa palavra existe apenas uma sílaba tônica. As demais são átonas. Ditongo Encontro de dois sons vocálicos (vogal e semivogal, ou vice�versa) em uma mesma sílaba. Exemplos: • rou – pa • his – tó – ria • ór – gão. Os ditongos são classificados em: • Ditongo aberto: produzido com maior abertura da cavidade bucal. Exemplo: chapéu, anzóis, herói. • Ditongo fechado: produzido com menor abertura da cavidade bucal. Exemplo: aldeia, seu, biscoito. • Ditongo oral: quando o ar expelido passa somente pela cavidade bucal. Exemplo: mosaico, foice, azuis. • Ditongo nasal: quando o ar expelido passa, ao mesmo tempo, pela cavidade bucal e pela nasal. Exemplo: cãozinho, vilões, órgão. Tritongo Tritongo é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal na mesma sílaba. Exemplos: • U – ru – guai • sa – guões • de � si – guais Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 13 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Hiato Hiato é o encontro de dois sons vocálicos (vogal e vogal), produzidos destacadamente, constituindo, portanto, duas sílabas. Exemplos: • Sa – a – ra • ra – í –zes • ga�ú�cho As palavras podem ser classificadas em oxítona, paroxítona ou proparoxítona, conforme a posição da sílaba tônica. • Oxítona: quando a última sílaba é tônica. Exemplos: Pe–lé, ju–ri–ti, tam–bém. • Paroxítona: quando a penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ví–rus, pri� ma–ve–ra, his–tó–ria. • Proparoxítona: quando a antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: trá – fi–co, fá–bri – ca, ge–né–ri–co. Monossílabos são palavras constituídas por apenas uma sílaba e são classificados em monossílabo tônico e monossílabo átono. • Monossílabo Tônico: aquele que possui acentuação própria, portanto, é pronunciado com mais intensidade e mais demora. Exemplos: Fique em paz, aproveitando o mel e recusando o fel. Lá pelo final do mês, a fila é tal que só se ouvem reclamações. • Monossílabo Átono: aquele que não possui acentuação própria, sendo produzido com menos intensidade e mais rapidez. Exemplos: Lá pelo final do mês, a fila é tal que só se ouvem reclamações. Fique em paz, aproveitando o mel e recusando o fel. Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, teremos poucas mudanças nas regras de acentuação, mas que devem ser observadas em processos de produção de texto, demonstrando uma real aprendizagem. Acompanhe as regras de acentuação a seguir, que já levam em consideração o Novo Acordo Ortográfico. Palavras proparoxítonas A regra de acentuação das proparoxítonas permanece a mesma, ou seja, todas as proparoxítonas são acentuadas. Exemplo: lâmpada, médico, último, pássaro, pêssego, rápido. Nos países que adotaram a Língua Portuguesa como oficial e nos quais a pronúncia da vogal tônica for aberta, palavras desse tipo continuarão com acento agudo e sendo pronunciadas com timbre aberto. Já nos países em que a pronúncia for fechada (como é no Brasil), estas palavras continuarão com acento circunflexo e sendo pronun� ciadas com timbre fechado. Veja exemplos de pronúncia de palavras proparoxítonas em Portugal e no Brasil. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 14 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Pronúncia de proparoxítonas em Portugal Pronúncia de proparoxítonas no Brasil académico acadêmico anatómico anatômico cómodo cômodo fenómeno fenômeno género gênero Palavras paroxítonas As regras de acentuação das palavras paroxítonas são as seguintes: • Você deve acentuar os termos terminados em i e u, seguidos ou não de s. Exemplos: lótus, vírus, bônus,júri, lápis. • Você deve acentuar os termos terminados em um ou uns. Exemplos: álbum, álbuns. • Você deve acentuar os termos terminados em ão, ãos, ã, ãs. Exemplos: ímã, órgão, sótãos. • Você deve acentuar os termos terminados em r, x, n, l. Exemplos: tórax, mártir, sensível, pólen. • Você deve acentuar os termos terminados em ditongo oral. Exemplos: jóquei, ministério, vácuo, fêmea. • Você não deve acentuar, a partir da real vigência do Novo Acordo Ortográfico, os termos terminados no hiato oo e ee, seguidos ou não de s. Antes do Novo Acordo, esses termos eram acentuados. Exemplos: abençoo, enjoo, veem (verbo ver), releem (verbo reler). • Você não deve acentuar, a partir da real vigência do Novo Acordo Ortográfico, os ditongos ei e oi das palavras paroxítonas. Anterior à real vigência do Novo Acordo Ortográfico, os termos asteroide e epopeia, por exemplo, eram acentuados. Com a intenção de unificação ortográfica, o acento nesses ditongos não é mais usado. Exemplos: azoico, paranoico, estoico, joia, epopeia, alcaloide, colmeia. Palavras oxítonas As oxítonas terminadas em a(s), e(s) o(s), em, ens devem ser acentuadas. Isso inclui os monossílabos tônicos, que, a partir do Novo Acordo Ortográfico, serão classificados como palavras oxítonas e não terão seção à parte dentro de manuais e gramáticas de Língua Portuguesa. Exemplos: sofá, pá, alguém, pés, cipó, bebê, parabéns, filé, neném, guaraná, dó, só. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 15 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Os ditongos eu, oi e ei das palavras oxítonas devem ser acentuados. Nesse caso, devemos tomar cuidado para não confundir essa regra com a mudança imposta pelo Novo Acordo Ortográfico, em que ei e oi não devem ser acentuados em paroxítonas. Exemplos: papéis, céu, véu, heróis. Hiatos Você deve acentuar os hiatos formados por i e o u quando forem tônicos, ou seja, quando o i e o u não compuserem a sílaba anterior. Exemplos: ba�í�a, vi�ú�va, su�í�no, ba�la�ús�tre, ru�í�do, ju�í�zes, sa�ú�de. Observação: você não deve acentuar o i e o u quando precederem nh. Exemplos: rainha, campainha, moinho. Com a real vigência do Novo Acordo Ortográfico, você não deve mais acentuar os hiatos i e u das palavras paroxítonas quando antecedidos de ditongo. Exemplos: baiuca, feiura. Acento Diferencial Há termos que possuem a mesma grafia e que eram diferenciados por um acento gráfico. Porém, a partir do Novo Acordo Ortográfico, não se usam mais os seguintes acentos diferenciais: o acento que diferenciava os pares pára (verbo)/para (preposição); pélo(s) (verbo)/ pêlo(s) (substantivo)/pelo(s) (preposição); pólo(s)/ polo(s); e pêra/pera. Analise a tabela e veja como era a grafia e como ficou o uso do acento diferencial em alguns casos. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao Pólo Norte. Ele foi ao Polo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera. Embora o Novo Acordo Ortográfico tenha abolido alguns acentos diferenciais, outros permaneceram. Analise, abaixo, as situações em que o acento diferencial deve ser mantido. » Pôr – verbo / por – preposição O acento diferencial ainda permanece no verbo “pôr”, para diferenciá�lo da preposição “por”. Exemplo: � Vou por aquele caminho para pôr as flores na estrada. (preposição e verbo, respectivamente). Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 16 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico » Poder – verbo O acento diferencial também permanece no verbo “poder”, na 3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo (pôde), para diferenciá�lo da 3ª pessoa do Presente do Indicativo (pode). Exemplos: � Você pode me ajudar nesta tarefa? (verbo poder na 3ª pessoa do Presente do Indicativo). � O ladrão não pôde fugir do local. (verbo poder na 3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo). Também deve ser mantido o acento diferencial nas seguintes sequências verbais: » Verbo ter (plural) Exemplos: � Ele tem dois carros. (singular) � Eles têm dois carros. (plural) Observação: em seus derivados (conter, deter, reter, entreter, obter, etc.), o acento também deve ser mantido. Exemplos: � Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. � Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. � Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. » Verbo vir (plural) Exemplos: � Ele vem do Norte do Paraná. (singular) � Eles vêm do Norte do Paraná. (plural) Observação: em seus derivados (convir, provir, intervir, etc.), o acento também deve ser mantido. Exemplos: � Seu depoimento convém ao advogado. (singular) � Seus depoimentos convêm ao advogado. (plural) É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 2.5 HÍFEN Houve mudanças fundamentais no emprego do hífen e que devem ser consideradas pelos usuários da língua. Como não poderia deixar de ser, em alguns casos o hífen é suprimido e os termos se juntam, com ou sem a perda de letras na junção. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 17 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico Conheça, a seguir, as 10 mudanças relacionadas ao uso do hífen. 1) O hífen não deve ser mais usado nos casos em que o sentido de composição não é tão evidente. Exemplos: • Os pilotos do exército não decolam o avião sem os paraquedas. • O jogador foi expulso depois de dar um pontapé no adversário. 2) Deve�se empregar o hífen nas composições por justaposição nas quais os termos que compõem a justaposição têm como características significados próprios e tonicidade própria. Cabe ressaltar que os compostos que representam espécies catalogadas pela Botânica ou pela Zoologia também devem ser grafados com hífen. Exemplos: • O governo norte-americano recebeu hoje o primeiro-ministro inglês. • O acordo luso-brasileiro foi cercado de resistências. Outros exemplos: ano�luz, azul�escuro, guarda�chuva, segunda�feira, beija�flor, couve�flor, erva� �doce, etc. 3) O hífen não deve mais ser usado nos casos em que compuser termos derivados por prefixação na qual o prefixo termina com uma vogal e o termo subsequente inicia�se por uma vogal diferente. Exemplos: • A autoescola está contratando novos instrutores. • O sistema aeroespacial está em colapso. Outros exemplos: anteontem, antiaéreo, autoaprendizagem, autoinstrução, infraestrutura, semia� berto, etc. 4) O hífen não deve mais ser usado quando o prefixo terminar em vogal e o termo subsequente iniciar com “r” ou “s”. Nesse caso, essas consoantes devem ser dobradas. Exemplos: • Acho que esse negócio antissemita é uma furada. • Isso é um contrassenso. • O que vemos aqui é o suprassumo da boa convivência instaurado na consciência coletiva. • João tirou um autorretrato. 5) O hífen deve ser usado nos casos em que o prefixo terminar com consoante igual à consoante que inicia o termo subsequente, ou quando o prefixo terminar por vogal igual à vogal que inicia o termo seguinte. Exemplos: • A auto-observação é fundamental. • O aparelho de micro-ondas quebrou. Outros exemplos: contra�almirante, semi�internato, anti�imperialista, hiper�rancoroso, inter�relação, inter�racional, sub�bibliotecário, super�receoso. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 18 2 � mudanças advindas do novo acordo ortográfico 6) O hífen não deve mais ser usado nos casos em que o prefixo terminar com consoante e o termo subsequente iniciar com vogal. Exemplos: • A escola que se denomina interamericana assume compromisso para com a cultura dos povos. • As normas interestaduais são confusas. Observação: a maioria dos termos deste caso já era assinalada sem hífen antes do Novo Acordo Ortográfico. 7) O hífen deve ser usado em palavras formadas pelos prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró. Exemplos:• A ex-mulher chegou. • A pós-graduação está mais difundida no Brasil. • A pré-escola está cheia de bebês. Observação: a maioria dos termos deste caso já era assinalada com hífen antes do Novo Acordo Ortográfico. 8) Expressões de base oracional: apesar de o Novo Acordo Ortográfico não mencionar expressões fraseológicas com valor de substantivo, elas devem ser grafadas sem hífen. Exemplos: • Deus nos acuda; faz de contas; um disse me disse; maria vai com as outras; tomara que caia. 9) O hífen nas sequências de palavras: emprega�se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: • A divisa Liberdade�Igualdade�Fraternidade, o percurso Lisboa�Coimbra�Porto, ligação Angola�Moçambique. 10) Hífen e translineação: havendo coincidência de fim de linha com o hífen, deve�se, por clareza gráfica, repeti�lo no início da linha seguinte. Exemplos: • guarda� �chuva • Por favor, diga� �nos logo o que aconteceu. “Dia-a-dia” ou “dia a dia”? “Dia a dia” é escrito sem hífen. Antes do Novo Acordo Ortográfico, havia uma diferença semântica entre os dois termos: dia�a�dia era um substantivo que significava rotina, sequência dos dias; já dia a dia era uma locução adverbial, com o sentido de diariamente, cotidianamente. O Novo Acordo Ortográfico aboliu essa diferenciação, de modo que as duas expressões devem ser grafadas sem hífen. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 19 CONSIDERAÇÕES Você chegou ao final do curso Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa, no qual recordou alguns conceitos e regras e entrou em contato com novos conhecimentos sobre a Língua Portuguesa. Neste curso, você viu que a língua está em constante transformação, seja pelo uso que os falantes fazem dela ou devido a acordos firmados entre os países cuja língua oficial é o Português. Considerando�se essas mudanças, você recordou regras antigas e conheceu regras novas, de modo que você possa empregá�las no seu dia a dia, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Você terá até o dia 1º de janeiro de 2016, data de início da vigência do Novo Acordo Ortográfico, para praticar as novas regras e não esquecê�las mais. Atenção Você finalizou seus estudos neste curso. Agora, realize a atividade Avaliativa, que está disponível no menu lateral esquerdo da Sala Virtual deste curso no Ambiente Virtual. Lembre�se que para ser aprovado e receber o certificado, você deverá atingir um aproveitamento superior ou igual a 70%. Acordo Ortográfico: a nova ortografia da Língua Portuguesa 20 REFERÊNCIAS ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Disponível em: <http:// www.academia.org.br>. Acesso em: 20 fev. 2015. BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo da Língua Portuguesa? São Paulo: Nova Fronteira, 2008. CAGLIARI, Luiz Carlos. Disponível em: <http://www.agencia.fapesp.br/ materia/7667/entrevistas/ruidos�ling�isticos�com�trema�por�enquanto�. htm)>. Acesso em: 20 fev. 2015. HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. SILVA, Maurício. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2008.
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