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AOL 1 Desafio Colaborativo Comunicação e Expressão

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AOL 1 - DESAFIO COLABORATIVO – COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Leia o enunciado a seguir:
Entre 1964 e 1984, o Brasil passou por um período de governo militar que ficou conhecido como um regime ditatorial, que impunha censura sob diversos aspectos dentro da sociedade. Entre eles, estavam os meios de comunicação, restringindo o que era dito e como era dito. Somente após um exame prévio, que considerava critérios morais ou políticos, estabelecia-se a conveniência ou não da liberação de trabalhos de caráter artístico ou informativo para o público em geral. Músicas, novelas, textos e programas de diversos gêneros foram, então, censurados, havendo a necessidade de que seus produtores tomassem cuidados inúmeros para que isso não acontecesse, sendo tolhidos em suas manifestações. Hoje, diversamente, observamos que temos grande liberdade de expressão. Temos, por exemplo, em letras de músicas e programas veiculados nos meios de comunicação, o uso de diferentes níveis de linguagem e de variantes linguísticas. Até mesmo termos grosseiros ou obscenos são aceitos por pessoas que influem em comportamentos da sociedade. No entanto, segue firme a aceitação de que a norma de prestígio em sociedade é a variedade culta da norma padrão, colocando o falante que não a domina sob o estigma do preconceito linguístico.
Dessa forma, para nosso desafio colaborativo:
Observando a contradição que se estabelece em nossa sociedade sobre o uso da língua nos meios de comunicação e o preconceito linguístico ainda vigente, busquem analisar as consequências para o falante da língua que tem em sua formação grande contato com os veículos que apresentam essa liberdade em termos de comunicação. Poderão apresentar exemplos conhecidos que contribuam para a exposição de suas ideias. Ainda em suas respostas, não façam uso de subjetividade. Elaborem respostas objetivas e que explorem os termos estudados e seus conceitos. Caso façam uso de expressões de caráter conotativo, explicitem a denotação, esclarecendo suas ideias e evitando juízos de valor, pois o objetivo é analisar os fatos da língua e as diferentes oportunidades que os integrantes da nossa comunidade linguística encontram na sociedade.   
A língua é mutável, e essa mudança linguística acontece de maneira global, ininterrupta, gradativamente e com dinamismo. Através da língua praticamos nossa cidadania e colocamos em prática nossas ideias, sentimentos e emoções. Em tempos modernos, é dito que os indivíduos têm sua liberdade de manifestar suas ideias e opiniões com respeito, verdade e sem medo de retaliação. Mas, na realidade, lamentavelmente, discriminar alguém pela linguagem que usa para se expressar, ainda é natural e aceitável em nosso país. Os meios de comunicação de uma forma velada tentam padronizar a linguagem de um país tão diversificado como o Brasil manipulando mentes e ações. Apresentadores e jornalistas nordestinos, por exemplo, são treinados para falar sem o sotaque de seu estado de origem.
Para Terra (2008, p. 15), “[...] a língua é nosso principal veículo de comunicação e não conseguimos viver em sociedade sem nos comunicar”.
Atualmente a língua falada é sobreposta à língua escrita, a exemplo disso, observando a nossa população, é nítido que a escrita atinge poucos dentre os brasileiros, já que a grande maioria são analfabetos, semi-analfabetos ou iletrados, pois, faz pouco uso da escrita mesmo tendo tido acesso á escola. A língua falada é mais utilizada, alveja diversas situações e é obtida de forma natural. 
Apesar de existir um molde nos sistemas linguísticos demarcado pela norma culta, há, também, uma inomogeneidade nos usos práticos da língua por parte dos indivíduos, fato designado como variação linguística. As diferenças lingüísticas acontecem e podem ser notadas em qualquer língua mundial. Uma mesma palavra ou frase pode ser pronunciada de distintas formas, por exemplo, homem pode ser falado “homi”, voltar pode ser expressa “vôrta”, loira pode ser falada lora, mulher pode ser dita “muié”, a frase “Alcides terminou de apanhar o café” pode ser dita “Arcidi terminô de panhá café”. 
Essa transmutação lingüística é influenciada por vários fatores (históricos, sociais, culturais, políticos, sexo, idade, escolaridade, momentos formais ou informais, regionalidade, entre outros...) e não pode ser considerada errada. Outro fator que tem impactado na forma como as pessoas falam, escrevem e se comunicam é o avanço tecnológico, que gerou uma linguagem própria, adequada à realidade virtual, ou seja, mais rápida, simples, ágil,cheia de emojis, memes e gifs que se torna um problema quando se transforma em um vício de linguagem.
Assim como o preconceito racial, nacional, religioso, social, etc., também existem o preconceito em relação ao modo que se fala, pois, se leva em conta a norma culta (considerada a ideal) desconsiderando as variações lingüísticas que ocorrem. Segundo Bagno (s./d, s./p., grifos do autor):
O termo “preconceito designa uma atitude prévia que assumimos diante de uma pessoa (ou de um grupo social), antes de interagirmos com ela ou de conhecê-la, uma atitude que,embora individual, reflete as ideias que circulam na sociedade e na cultura em que vivemos. Assim como uma pessoa pode sofrer preconceito por ser mulher, pobre, negra,indígena, homossexual, nordestina, deficiente física, estrangeira etc., também pode receber avaliações negativas por causa da língua que fala ou do modo como fala sua língua.
Por certo, é fundamental e imprescindível conhecer a norma culta da língua, uma vez que ela é usada em momentos formais, como em uma entrevista de emprego. Todavia, as outras variáveis não devem ser perdidas e/ou vistas como ínfero.
A saída, para Bagno (2008), é “ensinar as crianças a valorizarem todas as modalidades de registro, mostrando que nenhuma é melhor ou pior do que as outras” e em tempos em que nossa língua padrão se desconstrói aprender mais, aprofundar e reciclar conhecimentos é de fundamental importância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Adriana Paula da S. Comunicação. Cap. 1- Preconceito lingüístico e gêneros textuais: entraves ou desimpedimentos na comunicação? Disponível em <https://www.passeidireto.com/arquivo/49521232/comunicacao-eboounidade-1>. Acesso em 04/08/2020. 
BAGNO, M. Preconceito linguístico. O que é, como se faz. 50. ed. São Paulo: Loyola,2008.
COSTA, Vera Lúcia Anunciação. A importância do conhecimento da variação lingüística. Educ. rev. N°.12 Curitiba Jan./Dec. 1996. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010440601996000100005> Acesso em 04/08/2020.

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