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Apostila de Artes Música 1 – Conceito básico de música É provável que você diga que a música é um som, o som do rádio, da televisão, do computador, da natureza, dos objetos e dos instrumentos musicais. Se você pensa assim já está com meio caminho andado. Na Grécia Antiga, a música era a própria musa da inspiração e companhia dos homens em todos os lugares. Podemos dizer que “a música é a arte de combinar os sons dentro das leis do gosto e do grau do conhecimento musical de cada um, seguindo regras básicas para entender e agradar com um toque de intenção”. Isto significa que todos nós temos acesso à música, pois ela está perto de nós e dentro de nós. Sabemos que o fundamento da música baseia-se nas sete notas musicais, a saber: dó, ré, mi, fá, sol, lá si, e é com as sete notas que podemos brincar de fazer música. Agora, você já parou para ouvir a natureza? Os cantos dos pássaros, o mover das águas, as folhas das árvores, os sons do seu corpo, como por exemplo, a barriga roncando e, principalmente, o som do seu coração batendo? Quando paramos para ouvir, com atenção, percebemos os sons em movimento, e, em determinado momento, podemos sentir o equilíbrio dessa movimentação sonora presente na natureza. Assim, também, muitas vezes, o som que provocamos e produzimos, com intenção de fazer barulho, traz, evidentemente, a desagradável sensação de incômodo e perturbação aos nossos ouvidos. Se resolvermos organizar os sons, de uma maneira geral, estamos construindo uma produção e compondo uma seqüência sonora organizada. Certamente, você vai compor algo que agrade seus ouvidos. Então, esse é o objetivo maior da música: o de agradar. Hoje, o conceito de música vem se modificando e se desenvolvendo rapidamente, por que o homem busca, na sociedade, maneiras diferentes de escuta musical como em fitas, CDs, rádios, televisão, jogos eletrônicos, computador, cinema publicidade e instrumentos musicais. Com isso você tem uma visão global da música. Se na antiguidade, a música era caracterizada pela cultura do lazer, do canto, da dança como motivo de diversão e descontração, podemos observar que atualmente, a música, além dessas manifestações, ganha espaço nas relações sociais e convence o homem a comprar, trocar, vender e se relacionar comercialmente. Então, a música virou comércio? Não... É que a música desenvolveu-se tanto, que o homem encontrou outras relações que não são só as do lazer. A música moderna constrói relações de comunicação com outras linguagens da arte. Referimo-nos às maneiras pelas quais o homem moderno se comunica, por exemplo: através de jingles, raps, vinhetas, propagandas de publicidade, teatro, cinema, televisão, literatura e outros. São essas formas de se comunicar que provocam as diferentes escutas musicais, assim como desenvolvem a escolha dos valores que permitem as mudanças de posturas promovidas pela arte da música. Definições sobre a música POÉTICA: “Música é a parte de manifestar os diversos afetos da alma por meio de sons e sinais.” TÉCNICA: “Música é a composição de sons e silêncios, sem caráter verbal, com intenção estética.” ATIVIDADES: 1) Você gosta de ouvir música? Que sensações uma boa música provoca em você? 2) Que tipo de música gosta de ouvir? 3) Tem alguma banda, cantor ou música preferida? 4) Que tipo de música não gosta de ouvir? Por quê? TRABALHO DE ARTES – PESQUISA E APRESENTAÇÃO ( VALOR: PONTOS ) A pesquisa irá abordar estilos musicais populares contemporâneos (ver pág. 14). O grupo deverá fazer uma pesquisa manuscrita e terá entre 15 a 20 minutos para fazer uma apresentação sobre o tema escolhido. Grupos: Tema: Alunos: Data: Grupos: Tema: Alunos: Data: Grupo I Grupo V Grupo II Grupo VI Grupo III Grupo VII Grupo IV Grupo VIII Música - Página 1 2 – Os elementos da Música A música é uma linguagem da arte. Ela se divide em três elementos básicos: MELODIA, RITMO e HARMONIA. / Melodia: É o sentido direto da música Harmonia: É a combinação simultânea de diversos sons. Ritmo: É a combinação sucessiva de sons ou movimentos da música. MELODIA É a linha principal de uma música, porque os sons são tocados um após o outro, É o vocalista ou o instrumento principal de uma música. É a melodia que determina, através das seqüências sonoras, os sons graves, os sons médios e os sons agudos. Geralmente, é através da melodia que uma música se inicia. Existem milhares de melodias diferentes. Algumas ficam marcadas muito tempo em nossa memória, basta gostarmos ou ouvi-las diversas vezes. Entende-se por melodia, também, os sons tocados uns após o outro, não necessariamente na mesma seqüência. Como exemplo a melodia da canção “Parabéns pra você”. Existem melodias fáceis e difíceis. As melodias fáceis são aquelas que nós dominamos com facilidade, ou porque gostamos ou porque, de um modo ou de outro, marcaram a nossa vida. Quantas vezes, na escola primária, a professora repetia canções folclóricas ou as cantigas de roda e até mesmo os hinos pátrios. Você certamente, se lembra de algum momento desses, não é mesmo? As melodias difíceis geralmente não fazem parte do nosso dia-a-dia, pois as escutamos pouco e algumas delas não são do nosso agrado. Essas melodias ficam pouco tempo registradas em nosso pensamento. Talvez, por estarmos acostumados a ouvir melodias que possuem sempre as mesmas seqüências melódicas, nossos ouvidos ficam sem estímulo para ouvir canções mais elaboradas e bem produzidas. Por essa razão, certas músicas tornam-se de difícil compreensão. As melodias cantadas ou tocadas podem ser compostas pela voz ou por instrumentos musicais. Sem a melodia, a música fica incompleta. Enfim a melodia é a base das canções, sejam as populares ou as mais elaboradas. Canções Folclóricas As canções folclóricas ou músicas do folclore popular são melodias simples e fáceis que foram transmitidas oralmente, de pessoa para pessoa, e aceitas como tradição em determinadas regiões do Brasil, ficando, normalmente, as melodias e as letras das músicas sem a identificação de quem as escreveu ou de as produziu. Ex. as canções: “Atirei o pau no gato”, “Marcha soldado”, “Roda cutia”, “Pirulito que bate-bate”, etc. ATIVIDADES: 1) Com base no texto, estabeleça, em seu caderno a diferença entre músicas fáceis e difíceis. 2) Entende-se por melodia sons tocados: a) Um após o outro. b) De uma só vez. c) Retos e contínuos. 3) Você conhece outras canções folclóricas que não foram citadas no exemplo acima? Quais? RITMO O ritmo é um elemento bastante acentuado na música e dá vida à composição musical. Podemos observar este elemento mais presente na cultura africana, na qual os murmúrios vocais das tribos baseiam-se, essencialmente, nos elementos rítmicos de sua música, ou seja, no toque dos tambores com batidas continuadas e aceleradas. Podemos dizer que ritmo é um movimento organizado, que ouvimos, sentimos e executamos. Os africanos usam as mãos e os pés para se expressar ritmicamente. Também a música dos povos primitivos era baseada especialmente no ritmo. No Brasil, a base dessas batidas rítmicas é observada nos movimentos dos pés de algumas tribos indígenas. O ritmo é um elemento da música que acompanha a cadência e a pulsação, ou seja, está sempre presente dentro da música. Música - Página 2 Cadência rítmica é o movimento harmonioso que segue uma ordem dentro de um andamento que pode ser rápido ou lento. O ritmo não é movimento estático, parado, mas é um movimento alegre, cheio de energia, dinâmico e organizado. Pulsação Rítmica é a organização rítmica de várias batidas. Tudo que é percutido, batido numa certa ordem, produz um ritmo. A pulsação é um movimento organizado.O homem pode criar muitas possibilidades rítmicas, pode transformar uma mesma música em várias formas de ritmo. Exemplo: uma valsa pode ser transformada em samba, o samba em rock, o rock em reggae, o reggae em um blues e assim por diante. Compasso é a marcação do pulso musical. O compasso determina o ritmo da música. Os compassos são classificados em: Sinal Gráfico: Binário – marcação de dois tempos 2/4. Ternário – marcação de três tempos. 3/4. Quaternário – marcação de quatro tempos. 4/4 ou pela letra C. ATIVIDADES: 1) A atividade consiste no seguinte: Primeiramente você vai bater palmas, como se estivesse cantando normalmente para alguém. Depois, observe que a música sugerida está dividida em sílabas que estão sublinhadas. Cada palavra sublinhada corresponde a uma palma. Também para as linhas que estão sem as sílabas, você deve bater devagar e dentro do mesmo ritmo que começou. Nas sílabas não sublinhadas, não pare, continue batendo normalmente até o fim da música. Pa ra béns pra vo cê ____ ____ nes ta da ta que ri da ____ ____ Mui tas fe li ci da des ____ ____ Mui tos a nos de vi da ____ ____ Acredito que você percebeu a pulsação das palavras cantadas com acompanhamento das palmas. Podemos perceber a pulsação rítmica não só nas palmas cadenciais, mas também na natureza e nos objetos que nos cercam. 2) Vamos analisar algumas músicas em classe e vamos classificar sua marcação, ou seja, o compasso musical ou cadência rítmica, dizendo se é Binária, Ternária ou Quaternária. HARMONIA A Harmonia, dentro da música, é a combinação de todos os sons vocais ou instrumentos tocados ao mesmo tempo, dentro de uma ordem musical. Geralmente a harmonia aparece em todas as composições. Alguns compositores preferem ficar com uma simples melodia. Outros se excedem na valorização harmônica. Mas não se pode negar a participação da harmonia como característica importante presente na música. Podemos notar a harmonia na composição vocal. Esta prática de harmonia acontece em todos os estilos musicais, mas aparece com mais freqüência na música cantada em duplas. Exemplo: duplas sertanejas como Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Rio Negro e Solimões, Rick e Rener e outros. Observe também, que a harmonia está presente na composição instrumental tanto de uma orquestra sinfônica como de um conjunto instrumental popular. Orquestra sinfônica é um conjunto de instrumentos diferentes separados por suas características próprias. Exemplo: instrumentos de cordas, instrumentos de sopro e instrumentos de percussão. Todos esses instrumentos compõem uma orquestra e são tocados em tempos iguais e diferentes, produzindo uma harmonia. Na harmonia não existe feio ou bonito, pois a beleza é bastante individual, varia de pessoa para pessoa. Podemos compartilhar uma música com alguém, mas não podemos exigir que este alguém passe a gostar da mesma música que gostamos. Todos os instrumentos e todas as vozes podem participar harmonicamente de uma música, a partir de uma melodia tocada ou cantada. Isto se dá através da união dos instrumentos ou do encontro das vozes. Música - Página 3 Muitos compositores modernos dizem que a harmonia é uma roupa nova dada à melodia. Harmonizar também é arranjar, dar vida aos sons musicais, é ver a beleza da música vestida com trajes de passeio. E é na composição harmônica que o compositor une todos os elementos musicais para a sua composição, é a melhor maneira de combinar os sons e fazer uma música completa, isto é, com a melodia, com o ritmo e com a harmonia necessária. A palavra composição quer dizer junção, isto é, unir coisas ou objetos, colocando-os e distribuindo-os conforme o gosto e a vontade de cada um. Por exemplo: o artista plástico pinta um quadro e utiliza em suas composições, além de variedades de tintas e pincéis, vários elementos básicos das Artes Plásticas, como o ponto, a linha, o volume, a cor, a forma, a textura, a luz, a sombra e, certamente, muita criatividade. Na música não é diferente. E é na composição musical que o músico compositor combina os sons para fazer a sua música, aproveitando todos os elementos da música e do som para ver realizada sua obra-prima, na execução instrumental ou vocal. A harmonia pode ser classificada em: Consonante - As notas concordam umas com as outras; Produzindo sons belos e harmoniosos. Dissonante - As notas dissonam em maior ou menor grau. Produzindo sons estranhos, confusos e estridentes. ATIVIDADES: 1) Escolha uma única alternativa. É melhor afirmar que: a) Um instrumento, seguindo uma ordem produz harmonia musical. b) Vários instrumentos musicais, seguindo uma ordem, produzem uma harmonia musical. 2) Vamos analisar algumas músicas em classe e vamos classificar sua harmonia, dizendo se ela é Consonante ou Dissonante. 3 – O som O som é o fenômeno mais fascinante da música. E a música nada mais é do que a combinação agradável e prazerosa dos sons. Para falarmos de música não podemos deixar de falar sobre a importância do som em nossas vidas. O som está presente em todos os momentos da nossa vida e mesmo quando estamos dormindo, o som está presente em nosso silêncio. É quase impossível buscarmos o isolamento sonoro, pois mesmo estando em uma sala isolada, sem janela, e com uma porta especial, assim mesmo escutamos e percebemos o ar que circula dentro da sala. E é o no silêncio que a nossa percepção auditiva torna-se mais atenta, pois, sem as ondas sonoras, o som não chega aos nossos ouvidos, portanto, não se propaga. A nossa audição é bastante sensível e, por isso, sons fortes podem causar problemas. Se ficarmos durante muito tempo ouvindo sons que ferem e agridem nossa audição, poderão surgir deficiências auditivas que, às vezes, evoluem para a surdez total. Nas grandes cidades, as pessoas são levadas ao estresse devido à exposição excessiva a sons muito intensos e ruídos desagradáveis à audição. Todos estão interessados em resolver o problema da poluição sonora dos grandes centros, criando sugestões e mecanismos para diminuí-la ou ameniza-la. Há várias formas de abrandar o problema: o rodízio de carros, a colocação de filtros sonoros nos escapamentos desses veículos, a troca de sirenes estridentes das fábricas por sons que não prejudicam a audição, entre outras providências. Conscientizar e reeducar a população através de campanhas nos meios de comunicação, rádios, televisões, jornais, revistas, panfletos, outdoors, palestras, talvez seja a melhor solução para o grande problema que é a poluição sonora. Outra medida adotada para conscientizar a população das grandes cidades foi a criação da lei do silêncio, já em vigor, principalmente perto de hospitais, escolas, centros de pesquisas científicas, bibliotecas, igrejas, com ênfase maior nos horários noturnos, das 22h às 7h da manhã. Podemos entender que o som é uma vibração que se dá através de um atrito entre dois objetos que se chocam independentemente da velocidade, do tamanho e da forma em que se encontram. Não podemos ver ou até mesmo tocar o som, só podemos produzi-lo. Este é o único fenômeno que estimula o ouvido. O som pode ser provocado acidentalmente ou pode ser produzido com a intenção de agradar ou desagradar alguém. Música - Página 4 A formação do som Se tomarmos um corpo elástico qualquer, uma corda, por exemplo, se esticarmos e a deixarmos subitamente, ela fará movimento para cada lado e voltará à sua posição primitiva. È a este movimento que se dá o nome de vibração. O movimento compreendido entre a posição de repouso e a 1º volta a essa posição é uma vibração simples. Quando a corda faz dois desses movimentos consecutivos temos uma vibração dupla. Em tempo determinado, um certo número de vibrações originaa formação de um som. O som é, pois, um fenômeno vibratório; é a impressão auditiva que resulta das vibrações isócronas* dos corpos elásticos. O movimento compreendido entre a posição de repouso e a 1º volta a essa posição é uma vibração simples. Quando a corda faz dois desses movimentos consecutivos temos uma vibração dupla. O som propriamente dito, ou seja, o som musical, é produzido por vibrações Posição de repouso Vibração Simples Vibração Dupla * Isócrono : Que se realiza em tempos iguais. O som propriamente dito, ou seja, o som musical, é produzido por vibrações periodicamente regulares. As vibrações irregulares produzem o ruído. Quando uma corda é posta em vibração, cada terço, cada parte da corda produz vibrações parciais ao mesmo tempo em que vibra a corda inteira. Cada fragmento vibrante da corda produz, por sua vez, sons parciais que acompanham o som principal (ou som gerador), ou seja, o som que nós ouvimos. Esses sons parciais são chamados sons harmônicos ou sons concomitantes e quase que imperceptíveis na sua maioria. 3 – Os elementos do som O som se manifesta de várias formas. Os elementos formadores do som são: ALTURA, DURAÇÃO, INTENSIDADE, TIMBRE e DENSIDADE. ALTURA A Harmonia, dentro da música, é a combinação de todos os sons vocais ou instrumentos tocados ao mesmo tempo, dentro de uma ordem musical. A altura do som está relacionada aos sons graves, médios e agudos. Podemos ainda observar, dentro da musica, os sons musicais que começam do grave, passam pelo médio indo para o agudo. Veja o exemplo ao lado: A altura do som também pode ser representada graficamente com se observa no exemplo que segue. Música - Página 5 A altura do som está relacionada à tonalidade de uma música. Dependendo do tom que se dá para o cantor, esse tom poderá ser grave médio ou agudo. A altura consiste na maior ou menor elevação do som, e depende do maior ou menor o seu número de vibrações executadas num tempo dado. Quanto mais rápidas forem as vibrações, isto é, quanto maior o número de vibrações existirem em determinado tempo, mais agudo será o som; inversamente, quanto mais lentas forem as vibrações, menor o seu número e, portanto, mais grave será o som. Curiosidade Você sabia que o morcego é capaz de ouvir até 50.000 vibrações por segundo enquanto nós, seres humanos, podemos perceber aproximadamente 16.000 vibrações por segundo? DURAÇÃO Este elemento está relacionado à freqüência sonora. A duração do som é caracterizada pelos sons longos e curtos. Podemos, por exemplo, perceber este tipo de sensação no apito prolongado de uma fábrica e no toque contínuo do telefone desocupado: a duração longa desses sons citados significa que a sua representação deve ser contínua. Já a duração da linha ocupada do telefone e do apito pausado do guarda de trânsito pode ser representada por linhas contínuas e linhas interrompidas. Então, duração é o quanto o som dura, ou seja, o som longo e curto. Observe este exemplo: ______________________ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Fone desocupado Fone ocupado INTENSIDADE A intensidade é o elemento sonoro relacionado ao som forte, moderado e fraco. Para melhor entender o que é a intensidade, experimente bater uma palma forte e outra fraca. Observe que, quanto mais forte você bater, mais forte será o som; o contrário acontece com palmas fracas. Então, a intensidade do som depende da força exercida sobre qualquer objeto. Geralmente no dia-a-dia, usamos a nossa voz com bastante intensidade quando queremos ser ouvidos ou quando precisamos chamar a atenção de alguém. Acontece o contrário quando entramos em lugares em que o silêncio prevalece: falamos em tons suaves, baixos e fracos bem perto da pessoa com quem estamos conversando e, às vezes a conversa é tão fraca que torna difícil a compreensão. A intensidade consiste no grau de força com que se apresenta o som e depende da amplitude das vibrações. Quanto mais amplas forem as vibrações, mais forte será o som. Observe este gráfico sobre intensidade, marcando-a com palmas: F (bola grande) para palmas fortes e f (bola pequena) para palmas fracas. F f f f F F f F f F f f f F f TIMBRE O timbre é a diferença sonora de tudo aquilo que emite ou provoca sons diferentes. Através do timbre podemos diferenciar os sons. O ouvido humano tem essa brilhante capacidade de distinguir, por exemplo, o som de um violão, o de uma buzina de carro, o latido de um cão ou o relincho de um cavalo. Música - Página 6 O timbre depende do número de harmônicos que acompanham o som gerador e da sua ordem mais ou menos regular. O timbre é a personalidade do som. Se ouvirmos um mesmo som produzido por vozes ou instrumentos diferentes, é por meio do timbre que reconhecemos esta ou aquela voz, ou ainda qual o instrumento que o produziu. O timbre é uma característica importante do som. Se todas as vozes fossem iguais, nossa capacidade de ouvir e perceber os sons estaria limitada. O que nos faz ouvir e distinguir os sons são as diferenças sonoras existentes na natureza, possibilitando-nos a percepção dos timbres de todos os sons e, principalmente, os da voz humana. Então podemos entender que o timbre é a qualidade específica da voz de cada um ou a qualidade específica do som de cada instrumento. E cada vez que o identificamos, desenvolvemos a nossa percepção auditiva. DENSIDADE A densidade do som caracteriza-se pelo seu volume, ou seja, quanto mais som houver em um ambiente fechado, mais denso ele vai se tornar. È o caso, por exemplo, de uma só pessoa batendo palmas em um grande teatro vazio, em comparação a um mesmo teatro lotado e com todas as pessoas batendo palmas juntas ou em tempos diferentes. Então podemos dizer que a densidade do som fica mais pesada dependendo do lugar que o som ocupa? Sim! Como já dissemos, este elemento sonoro, a densidade, está relacionada ao volume do som, num ambiente, que se pode ser de muitos sons ou de poucos sons. Alguns ambientes apresentam uma grande densidade sonora, por exemplo: o pátio de uma na hora do recreio, uma igreja repleta no momento da oração, um bar no fim de semana, à noite. Todos estes lugares apresentam muitos sons diferentes e de alturas irregulares. Logo, se você imaginar um professor falando para uma classe em silêncio, este ambiente possui pouca densidade sonora. Veja este exemplo de representação gráfica de densidade sonora: muito som pouco som ATIVIDADES (Unidades 3 e 4): 1) O fenômeno que estimula o ouvido é: a) a temperatura. b) a pressão. c) o som. d) o ar. 2) Que males a poluição sonora pode causar? 3) Defina: O que é o som? 4) Qual a diferença de um som grave de um som agudo? 5) Estabeleça a diferença entre altura e duração do som. 6) Qual a alternativa que melhor representa a intensidade? a) Sons agudos e graves. b) Sons fortes e graves. c) Sons fortes e fracos. d) Sons iguais e diferentes. 7) Complete: Intensidade é .................................................. relacionado ao som .............................., .................................... e ................................... . 8) Complete: O Timbre é a .......................................... de tudo aquilo que ............................... ou provoca sons diferentes. 9) Responda: Todos os timbres são iguais? Justifique. 10) A densidade está relacionada? a) aos sons longos ou curtos. b) aos sons agudos e graves. c) ao volume sonoro. d) à qualidade do som. Música - Página 75 – A voz Cantar e falar são dons que nem todos possuem. As cordas ou pregas vocais fazem parte de um dos aparelhos mais fantásticos do corpo humano, o aparelho fonador. Com as cordas vocais podemos comunicar nossos pensamentos, expressando nossos impulsos e nossas emoções. As cordas vocais são fibras elásticas. Quando sopradas vibram conforme o som emitido, podendo esticar-se ou retrair-se. Geralmente, nos sons mais agudos, as cordas vocais esticam e, nos sons mais graves, contraem-se. O ar é o principal elemento na emissão do som vocal. Sem a participação do ar não existe voz. A voz falada é comum em todos, exceto àqueles que sofrem de algum distúrbio que a põem em risco. Por exemplo: ingerir bebida muito quente ou muito gelada, falar alto constantemente, fumar, gritar ou estar doente (gripado), são fortes fatores que prejudicam as cordas vocais. As condições climáticas também interferem na produção da voz. É possível que alguém, tomando um banho quente e saindo no vento frio, fique completamente afônico, ou seja, sem voz. Isto se dá por causa do encontro do ar quente com o frio vindo de fora, ocasionando o “choque térmico”. A voz cantada é regulada pelos sons musicais, dentro de uma medida que vai do grave, passando pelo agudo e indo até o médio. Isto é possível através de exercícios vocais como impostação vocal ou tessitura. Impostação: significa emitir corretamente os sons vocais, com base no controle da respiração. Tessitura: é o conjunto de sons da escala musical convém a uma determinada voz. Ou extensão média de uma voz ou instrumento. Como se dá a emissão da voz A voz nasce de um sopro. A voz, essa onda sonora que agrada e desafina ou confunde, nasce de um sopro. Dos pulmões o ar vai para a traquéia, na laringe, fazendo vibrar as cordas vocais: assim o som é produzido. As cordas vocais ficam na parte de traz da laringe, atrás do pomo de Adão, o conhecido gogó. Elas são mais sensíveis do que a corda de um violino e, por isso, precisam estar sempre úmidas e aquecidas. O som vocal é produzido pela velocidade do ar que é a força que move as pregas vocais. O som, articulado na boca, forma palavras faladas e cantadas com auxílio da língua, da lubrificação da boca através da saliva, lábios, dentes e da movimentação do maxilar. A voz humana, quando vibra ressoa por toda a cabeça; portanto a caixa de ressonância da voz é na cabeça e, principalmente na região do nariz e da boca. A movimentação da boca para a articulação de um som adequado e uma pronúncia correta, chama-se dicção. A voz é a identidade pessoal. È como se fosse a impressão digital do som humano, um registro individual, imitável, e intransferível. A voz é o principal veículo da emoção e do pensamento. As cordas vocais precisam de cuidados e quando ficam irritadas prejudicam a formação do som. Para falar ou cantar, usamos um conjunto de órgãos do aparelho fonador. A base do som vocal é a respiração. E ela se dá em duas fases: na inspiração e expiração. A classificação das vozes: Nos adultos as vozes dividem-se em masculinas e femininas e, quando educadas, são classificadas conforme a sua textura e, principalmente, conforme o seu timbre. A textura da voz consiste no conjunto de sons que ela pode emitir naturalmente, isto é, sem esforço. O timbre é a principal qualidade da voz. È pelo timbre que distinguimos a voz de cada um em um grupo de pessoas. De acordo, pois, com a textura e o timbre assim se classificam as vozes: Vozes Adultas: Altura Vozes Masculinas Vozes Femininas Agudíssima Contratenor 1º Soprano Agudo Tenor 2º Soprano Médio Barítono Meio Soprano Grave Baixo Contralto Vozes infantis: Observe o esquema de classificação: Sopranino é a voz aguda tanto do menino quanto da menina. Contraltino é a voz grave tanto do menino quanto da menina. Música - Página 8 Vozes mistas: São vozes integradas em alturas diferentes, podendo ser formada por vozes masculinas, femininas adultas, vozes infantis e juniores. Todas as vozes possuem sua estrutura, como já dissemos, começando pelo grave, passando pelo médio e indo para o agudo. A música cantada em vozes é mais intensa, densa, volumosa e harmônica. Existem também as formações vocais, e geralmente estes grupos cantam em harmonia. Os grupos de formações vocais recebem nome de acordo com o número de participantes: duplas, trios, quartetos, quintetos, sextetos, etc. Existem muitos quartetos famosos como o MPB4, Garganta Profunda e Roupa Nova. Quando as formações vocais ultrapassam o número de quatro vozes diferentes, por exemplo, contratenor, tenor, barítono e baixo, a formação passa a ser coral. Esse tipo de organização vocal é bastante comum, pois temos a formação de corais só de vozes masculinas, só de vozes femininas e corais mistos. A formação de coral tradicionalmente conhecido é a seguinte: soprano, contralto, tenor, baixo. ATIVIDADES: 1) Qual é o principal elemento de emissão da voz? 2) O que prejudica as cordas vocais? Comente. 3) O que é um coral? 6 – Os instrumentos musicais O homem começou a construir instrumentos para tentar imitar os sons da natureza, como o som dos animais que caçava e dos fenômenos naturais. Classificação e divisão dos instrumentos musicais: Forma antiga Instrumentos de Corda: faz-se referência à parte do instrumento que vibra (de que forma a corda é posta em vibração). Instrumentos de Sopro: o ar é a força ativadora da vibração. Instrumentos de Percussão: faz-se referência ao modo de execução. Forma atual (da forma como os instrumentos produzem som) Aerofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma coluna de ar. Ex: flauta, clarinete, saxofone, oboé, trompete, tuba, apito, sanfona, órgão (instrumento híbrido, composto por tubos com palhetas e tubos com aresta de bisel), etc. Cordofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma corda. Ex: piano, cravo, guitarra, violão, liras, harpas, bandolins, banjos, cavaquinhos, berimbau, cítaras, etc. Idiofones – instrumentos que produzem som a partir do seu próprio corpo, quando posto em vibração. Ex: xilofones, marimbas, sinos tubulares, gongos, pratos, maracas, reco-reco, harmônica de vidros, etc. Membranofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração de uma membrana. Ex: tambores, tamborim, tarol, pandeiro, bumbo, bateria, etc. Electrofones – instrumentos que produzem som a partir da variação de intensidade de um campo electromagnético. Ex: computador, aparelho celular, teclado eletrônico, etc. ATIVIDADES: A - Você já toca ou tocou algum instrumento? B - Se não toca, gostaria de aprender algum? Qual? Música - Página 9 7 – Noções básicas de notação musical A música é uma arte universal. Em todos os continentes as pessoas produzem, escrevem e se comunicam através da música. A música para ser compreendida não vale só das emoções, mas também de símbolos e sinais gráficos que representam sons quando tocados. Hoje, com a velocidade da tecnologia, tudo fica bem mais rápido e fácil do que antes. Com o desenvolvimento acelerado da comunicação, a música pode ser composta, produzida e programada por computador. E além do computador, a música pode ser grafada e gravada em disquetes, CD’s (Compact Disc), MD’s (Mini Disc), DVD’s (Disco Digital Versátil), fitas cassetes, rolos magnéticos e o antigo disco de vinil. O sistema de notação musical foi inventado na idade média. Os símbolos criados passaram de mão em mão, de geração a geração, e são usados até hoje, com muitas e ricas transformações. Vejamos alguns desses símbolos: O PENTAGRAMA São cinco linhas horizontais contadas de baixo para cima, contendo quatroespaços, onde são colocados símbolos e notas musicais. Observe as linhas abaixo. A música se utiliza de andamento podendo ser rápido ou lento. E dentro desse andamento podemos destacar o compasso. O compasso é uma divisão exata de uma música. Quando vamos tocar uma música precisamos ver em que compasso ela será executada. O compasso é registrado junto ao pentagrama logo depois da clave. ( Binário - 2/4, Ternário – 3/4, Quaternário – 4/4 ou a letra C.) A CLAVE É um símbolo musical colocado na parte esquerda do pentagrama, responsável pelo nome das notas. E no caso da clave de sol seu ponto de partida começa na segunda linha de cima como se observa a seguir. Curiosidade Existem três tipos de claves. Elas servem para cada realidade da execução musical. A clave de Sol, a clave Fá e a clave de Dó foram criadas para resolver os problemas dos sons graves dos instrumentos e das vozes humanas. AS FIGURAS MUSICAIS São símbolos colocados nas linhas e nos espaços que indicam a altura e a duração do som. Cada figura possui seu valor correspondente. Veja as principais figuras musicais: Música - Página 10 Além do próprio nome, cada figura, ao ser colocada no pentagrama, recebe o nome de uma nota musical, que é dado com base na segunda linha do pentagrama que se chama sol, por causa da clave de sol. Basta saber, então, o nome dos sete símbolos musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, representados como nas figuras a seguir. A figura musical é composta de: TRAVESSÃO É uma linha vertical da 1º a 5º linha e serve para separar os espaços. Musicalização básica: . TONS E SEMITONS Os sons das notas musicais são definidos em TONS e SEMITONS. Os TONS são representados pelas notas (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si). Os SEMITONS são intervalos de meio tom e são representados pelos sustenidos (#) e pelos bemóis (b). ESCALA MUSICAL É a seqüência doa harmônicos de uma nota base, dos mais graves as mais agudas, ou vice-versa. Das graves para as agudas: Ascendente. Das agudas para as graves: Descendente. São três as escalas musicais: Escala DIATÔNICA – formada apenas pelos intervalos dos tons. (teclas brancas do teclado musical.) Escala CROMÁTICA – formada pelos intervalos dos tons e semi-tons. (teclas brancas e pretas do teclado.) Escala PENTATÔNICA – formadas apenas pelos intervalos de semi-tons. (teclas pretas do teclado musical.) Música - Página 11 ACORDES Dá-se o nome de acorde ao conjunto de sons ouvidos simultaneamente, e cujas relações de altura são determinadas pelas leis da natureza. Os acordes são formados por grupos de 3, 4 e 5 sons. A FUNDAMENTAL é, pois, a nota básica, a nota que dá origem ao acorde; assim sendo, a fundamental é a nota mais importante do acorde. DIAPASÃO NORMAL Chama-se diapasão normal a nota Lá que se escreve no 2º espaço da pauta (lida com a clave de sol), e que funciona como de afinação para os instrumentos da orquestra. ESCALA GERAL Chama-se escala geral o conjunto de todos os sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar. Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5° Dó abaixo do diapasão normal e o mais agudo, o 4° Dó acima do mesmo diapasão. Para acharmos a posição de uma nota na pauta musical, basta contarmos as linhas e os espaços sempre partindo de baixo para cima. Exemplo: Sabendo a posição do “Dó 3” e do “Dó 4”, facilmente achamos as notas “Lá 3” e “Fá 4”. ATIVIDADES: 1) Vamos exercitar os tipos de clave no pentagrama (Clave de Sol – Clave de Fá – Clave de Dó): __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ Música - Página 12 2) Vamos 2) Responda, o que é um acorde? 3) Quais são as escalas musicais? 4) Escreva o nome e o tempo de cada nota: 5) Escreva o nome e o tempo de cada nota abaixo: 1ª - 2ª - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - 8ª 1ª) _______ ; 2ª) _______ ; 3ª) _______ ; 4ª) _______ ; 5ª) _______ ; 6ª) _______ ; 7ª) _______ ; 8ª) _______ ; 6) Conhecendo a posição das notas “Dó” (Principais da região central da escala geral), identifique as demais notas na pauta abaixo: 8 - História e estilos musicais Música na Antiguidade Muitas obras de arte da Antigüidade mostram músicos e seus instrumentos, entretanto não existem conhecimentos sobre como os antigos faziam seus instrumentos. Apenas umas poucas peças completas de música da Antigüidade ainda existem, quase todas do povo grego. Egito - Por volta de 4.000 a.C., as pessoas batiam discos e paus uns contra os outros, utilizavam bastões de metal e cantavam. Posteriormente, nos grandes templos dos deuses, os sacerdotes treinavam coros para cantos de música ritual. Os músicos da corte cantavam e tocavam vários tipos de harpa e instrumentos de sopro e percussão. As bandas militares usavam trompetes e tambores. Palestina - O povo palestino provavelmente não criou tanta música quanto os egípcios. A Bíblia contém a letra de muitas canções e cânticos hebraicos, como os Salmos, onde são mencionados harpas, pratos e outros instrumentos. A música no templo de Salomão, em Jerusalém, no século X a.C., provavelmente incluía trompetes e canto coral no acompanhamento de instrumentos de corda. China - Os antigos chineses acreditavam que a música possuía poderes mágicos, achavam que ela refletia a ordem do universo. A música chinesa usava uma escala pentatônica (de cinco sons), e soava mais ou menos como as cinco teclas pretas do piano. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flauta e instrumentos de percussão. Índia - As tradições musicais da Índia remontam ao século XIII a.C.. O povo acreditava que a música estava diretamente ligada ao processo fundamental da vida humana. Na Antigüidade, criaram música religiosa e por volta do século IV a.C. elaboraram teorias musicais. Os músicos tocavam instrumentos de sopro, cordas e percussão. A música indiana era baseada num sistema de tons e semitons; em vez de empregar notas, os compositores seguiam uma complicada série de fórmulas chamadas ragas. As ragas permitiam a escolha entre certas notas, mas exigiam a omissão de outras. Grécia - Os gregos usavam as letras do alfabeto para representar notas musicais. Agrupavam essas notas em tetracordes (sucessão de quatro sons). Combinando esses tetracordes de várias maneiras, os gregos criaram grupos de notas chamados modos. Os modos foram os predecessores das escalas diatônicas maiores e menores. Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que qualquer outro povo da Antigüidade. Pitágoras, um grego que viveu no século VI a.C., achava que a Música e a Matemática poderiam fornecer a chave para os segredos do mundo. Acreditava que os planetas produziam diferentes tonalidades harmônicas e que o próprio universo cantava. Essa crença demonstra a importância da música no culto grego, assim como na dança e nas tragédias. Roma - Os romanos copiaram teorias musicais e técnicas de execução dos gregos, mas também inventaram instrumentos novos como o trompete reto, a que chamavam de tuba. Usavam freqüentemente o hydraulis,o primeiro órgão de tubos; o fluxo constante de ar nos tubos era mantido por meio de pressão de água. Música - Página 13 Música na Idade Média Os cânticos faziam parte do culto cristão desde os primórdios do cristianismo. Desenvolveram-se até tomar a forma de uma espécie de melodia chamada cantochão. Santo Ambrósio ajudou a elaborar uma série de regras para manter um estilo adequado ao canto de hinos sacros. A música que obedece a essas regras é chamada canto ambrosiano. Foi a primeira forma sistematizada do cantochão. Com o Papa Gregório, o Grande, os eclesiásticos criaram o canto gregoriano, que é o mais conhecido hoje em dia. A música da Antigüidade e dos primórdios da Era Medieval tem apenas uma linha melódica cantada e tocada por todos os executantes e é freqüentemente chamada monofonia. No início da Idade Média, todos cantavam tanto a música sacra como a profana ou secular (não religiosa) na forma monofônica. Depois desejaram cantar e tocar uma música mais interessante e mais complexa do que a monofônica. Reuniram duas ou mais melodias, criando um tipo de música chamada polifonia, que significa muitos sons. A polifonia apareceu na Europa mais ou menos no século IX.. O contraponto (escrita polifônica) desenvolveu-se nos 800 anos seguintes. Música Renascentista No renascimento os compositores sentiam-se atraídos pelas possibilidades da escrita polifônica, passando a compor músicas sem ter necessariamente o compromisso religioso. Foi também nesta época que surgiu a primeira forma de ópera (Teatro cantado acompanhado de orquestra). Música Barroca A música barroca substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou a música européia até cerca 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical, seguida de perto pelo oratório. A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antônio Vivaldi. O início do século XVIII foi marcado por dois grandes compositores: Bach e Haëndel. Música Clássica Os compositores clássicos acreditavam que a música deveria ter uma forma polida e galante, só desejavam expressar emoções de uma maneira refinada e educada. Suas obras são cheias de brilhantismo e vivacidade. Entre os compositores que dominaram a época estão: Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart, ambos com uma obra vastíssima. Haydn compôs mais de 100 sinfonias, enquanto Mozart compôs mais de 600 peças. Romantismo Os compositores românticos achavam o estilo de música do Classicismo artificial. Sentiam que a música poderia ser fantasiosa e emocional, com a imaginação fornecendo os meios e o sentimento expressando o estado de espírito. A força da expressão substituía o refinamento que faltava em suas obras. Muitos compositores importantes surgiram nesta época: Beethoven, que apesar de ser um mestre das formas clássicas, afastava-se delas sempre que isso lhe parecia necessário para atingir suas metas artísticas. Era fundamentalmente um classicista, mas escreveu obras de espírito romântico. Outros compositores desta época foram: Schubert, Weber, Mendelssohn e Chopin. Nacionalismo O estilo nacionalista é uma variação do romantismo, onde os compositores da época enfatizavam demasiadamente os seus respectivos países de origem, através de músicas e óperas inspiradas em temas folclóricos e histórias nacionalistas. Entre os Nacionalistas destacam-se: França: Georges Bizet, Franz Liszt (húngaro de nascimento) Alemanha: Richard Wagner, Johannes Brahms, Johann Strauss. Itália: Rossini, Puccini e Verdi. Rússia: Tchaikovsky, Rachmaninoff e Igor Stravinsky. América Latina: Carlos Chávez (México), Heitor Vila Lobos (Brasil) Música erudita no século XX A música erudita no século XX é marcada pela inovação harmônica e experimentação de novas possibilidades tecnológicas. No início do século surgiu o Impressionismo, criado na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. Em meados do século XX, Stockhausen e John Cage tornaram-se figuras importantes na criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Estilos de Músicas Populares atuais As músicas populares são marcantes por serem compostas por canções de fácil memorização juntamente com uma melodia musical. A cada década vão surgindo novos estilos e variações que vão tornando cada vez maior o número de estilos musicais populares. Os estilos mais conhecidos são: Blues, Ragtime, Soul, Jazz, Swing, Bebop, Fusion, Country, Rock’n Roll, Pagode-Samba, Hip-Hop e Raps, New Age, Bossa Nova, Reggae, Dance, Tecno, Trance, Axé, Funk, Forró ... Entre outros. FONTES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Artes: artes visuais, música, teatro/ Jussara M. de O. Magrin, Jair Santana, Severo Brudzinski. Curitiba: Educarte, 2002. Princípios Básicos de Música para a juventude – Maria Luíza de Mattos Priolli. Rio de Janeiro: Editora Casa Oliveira, 1985. Música - Página 14 javascript:AbreJanela('vivaldi.htm','vivaldi','450','320') javascript:AbreJanela('bach.htm','bach','450','300') javascript:AbreJanela('mozart.htm','mozart','450','300') javascript:AbreJanela('beethoven.htm','Beethoven','450','350') javascript:AbreJanela('mendelssohn.htm','mendelssohn','400','350') javascript:AbreJanela('listz.htm','Liszt','450','350') javascript:AbreJanela('ravel.htm','ravel','400','210') javascript:AbreJanela('ravel.htm','ravel','400','210') javascript:AbreJanela('stockhausen.htm','Stockhausen','450','350') javascript:AbreJanela('cage.htm','cage','450','350') EXERCÍCIO DE REVISÃO – MÚSICA – Data: ____ /____ /____ Nome:________________________________________ Nº ____ Série: __________ Nota: Questões: 1 O instrumento musical natural do ser humano é: A – ( ) Os membros. B – ( ) Os pulmões. C – ( ) As orelhas. D – ( ) As cordas vocais. 2 As três escalas musicais são: A – ( ) Clave de Sol, Clave de Dó e Clave de Fá. B – ( ) Primária, Secundária e Terciária. C – ( ) Binário, Ternário e Quaternário. D – ( ) Diatônica, Cromática e Pentatônica. 3 Relacione as figuras com a coluna. Assinale a sequência de cima para baixo resultante. ( ) – Semínima ( 1 tempo ). ( ) – Mínima. ( 2 tempos ). ( ) – Semicolcheia. (1/4 tempo ). ( ) – Colcheia (1/2 tempo ). ( ) – Semibreve ( 4 tempos ). ( ) – Clave de Sol. A seqüência correta de classificação de cima para baixo é: A – ( ) 5, 2, 3, 4, 6, 1. B – ( ) 2, 3, 6, 5, 4, 1. C – ( ) 4, 3, 6, 5, 2, 1. D – ( ) 4, 6, 3, 2, 5, 1. 4 Os três elementos do SOM são: A – ( ) Ar, Ruído e Silêncio. B – ( ) Altura, Intensidade e Timbre. C – ( ) Altura, Largura e Profundidade. D – ( ) Ritmo, Melodia e Harmonia. 5 Os compositores BEETHOVEN e MOZART foram compositores de música: A – ( ) Folclórica. B – ( ) Popular. C – ( ) Erudita. D – ( ) Tradicional. 6 É um gênero de teatro musical cantado: A – ( ) Sinfonia. B – ( ) Soneto. C – ( ) Coreografia. D – ( ) Ópera. 7 Identifique as notas musicais na pauta abaixo: A seqüência correta de classificação é: A – ( ) Fá4, Si3, Dó3, Sol3, Mi4, Lá3, Fá3. B – ( ) Fá3, Si3, Dó3, Si2, Fá3, Dó3, Mi3. C – ( ) Fá3, Si3, Dó3, Dó4, Sol3, Lá3, Ré4. D – ( ) Fá3, Si3, Dó3, Sol3, Dó4, Lá3, Mi4. 8 Relacione as colunas segundo os tipos de instrumentos musicais. Marque a sequência resultante. 1 – Instrumentos Aerofones 2 – Instrumentos Cordofones 3 – Instrumentos Idiofones 4 – Instrumentos Membranofones ( ) – Sino, Xilofone, Triângulo. ( ) – Violão, Violino, Berimbau. ( ) – Tambor, Bateria, Zabumba. ( ) – Flauta, Saxofone, Trompete. A seqüência correta é: A – ( ) 1, 2, 3, 4. B – ( ) 3, 2, 4, 1. C – ( ) 4, 2, 3, 1. D – ( ) 3, 2, 1, 4. 9 Segundoa classificação das vozes, podemos afirmar que são vozes agudas: A – ( ) Baixo (Masculino), Contralto (Feminino). B – ( ) Barítono (Masculino), Meio soprano (Feminino). C – ( ) Soprano (Masculino), Baixo (Feminino). C – ( ) Tenor (Masculino), Soprano (Feminino). 10 Numere: (1) para música Erudita, (2) para música Popular. Marque a sequência resultante. Coluna 1 Coluna 2 A seqüência correta de classificação de cima para baixo é: ( ) – Clássica. ( ) – Rock’n Roll. A – ( ) Coluna 1: 2, 1, 2, 1. Coluna 2: 2, 2, 1, 2. ( ) – Sertanejo. ( ) – Romantismo. B – ( ) Coluna 1: 1, 2, 1, 2. Coluna 2: 2, 1, 2, 1. ( ) – Barroca. ( ) – Bossa Nova. C – ( ) Coluna 1: 1, 2, 1, 2. Coluna 2: 1, 2, 1, 2. ( ) – Funk. ( ) – Ópera. D – ( ) Coluna 1: 2, 2, 1, 1. Coluna 2: 2, 2, 1, 1. Música - Página 15
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