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R$ 30,55 (-) Custo financeiro de pagamento a prazo R$ (2,05) Preço de compra à vista R$ 28,50 (-) Frete e despesas de recebimento R$ (1,50) Preço-padrão do Material A R$ 27,00 Mão de Obra Padrão de quantidade Horas necessárias de mão de obra para montagem completa de uma unidade do produto final R$ 60,00 Paradas para manutenção e necessidades pessoais R$ 6,00 Horas estimadas de retrabalhos de qualidade R$ 2,00 Horas-padrão por unidade de produto R$ 68,00 Padrão de valor Salário horário médio do setor de montagem R$ 3,20 Encargos sociais legais R$1,92 Benefícios espontâneos R$ 0,30 Custo horário de mão de obra direta R$ 5,42 FONTE: Disponível em: <http://www.ceap.br/material/MAT01102012162939.pdf>. Acesso em: 29 set. 2015. TÓPICO 2 | MÉTODOS DE CUSTEIO 113 Além das características acima mencionadas o custo padrão possui três tipos de classificação: • Ideal: é determinado através de métodos científicos determinados pela engenharia de produção da empresa, estabelecido através de um mínimo de desperdício de matéria-prima, condições favoráveis de produção e eficiência da mão de obra. • Estimado: é determinado pela estimativa para o futuro, através de uma média de custos em seu histórico, não avaliando o desempenho na produção, seja pelo desperdício da matéria-prima, eficiência da mão de obra etc. • Corrente: situado entre o custo ideal e o estimado, estabelecendo metas para todos os setores da empresa levando em conta as deficiências conhecidas. É um valor difícil, mas não impossível de ser alcançado. 6 CUSTO REAL O custo real é aquele que efetivamente ocorre no processo produtivo, levando em conta o desempenho da mão de obra, desperdício e custos de matéria- prima e todas as características envolvidas no processo produtivo. 7 CUSTO PADRÃO X CUSTO REAL Para os gestores é importante realizar a comparação entre o custo padrão e o custo real, pois através destes dados podem controlar a eficiência dos elementos que compõe o processo de produção e poder corrigir os possíveis desvios identificados no processo. Caso durante a comparação o custo real for inferior ao custo padrão, podemos considerar que essa variação é favorável, porém se o custo real foi superior ao custo padrão a variação é desfavorável, sendo necessário identificar possíveis soluções para reverter tal quadro. 8 CUSTO DE CAPITAL Conforme Gitman (2010, p. 432), “o custo de Capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus investimentos para manter o valor da ação inalterado”, ou seja, o percentual que os investidores desejam obter sobre o capital investido na organização. O custo de capital é o rendimento esperado sobre os diversos tipos de financiamentos. A determinação desse custo leva em consideração o risco do investimento. São diversas formas que podem ser utilizadas para definir o custo de capital, que depende das variáveis utilizadas pelos analistas. UNIDADE 2 | SISTEMAS DE CUSTEIO E FORMAÇÃO DE PREÇOS 114 LEITURA COMPLEMENTAR CONTABILIDADE DE CUSTOS – CUSTEIO POR ABSORÇÃO Marlene Zanghelini Altini RESUMO Devido à grande necessidade das empresas de reduzirem e controlarem seus custos, a contabilidade de custos vem ganhando forças no mercado, auxiliando assim as empresas nas tomadas de decisões. Dentro de um controle de custos é necessário que o contador saiba exatamente o produto a ser fabricado pela empresa, suas características etc., ou seja, é necessário que o contador esteja intimamente ligado diretamente dentro da empresa para conhecer os processos produtivos, e após realizar a coleta e levantamento de informações a serem repassadas aos gestores das empresas. Assim, este artigo busca descrever alguns pontos relevantes sobre a contabilidade de custos e também sobre o método de custeio por absorção. 1 INTRODUÇÃO Atualmente as organizações buscam cada vez mais ferramentas de controles de seus custos, de processos, enfim, com objetivo de tornarem-se mais competitivas perante seus concorrentes. Em meio a tantas mudanças tecnológicas, as empresas estão enxergando cada vez mais a contabilidade de custos como uma ferramenta no auxílio às tomadas de decisões, de uma vez que as empresas necessitam controlar e reduzir constantemente seus custos de fabricação/produção ou serviços. A contabilidade de custos visa obter informações, processá-las e apresentá-las às organizações, identificando ao final os custos de seus produtos. Com isto, as empresas conseguem verificar a contribuição de cada produto no resultado/lucro, e também conseguem identificar aquele produto que não está sendo rentável, e que pode até ser substituído por outro, ou incrementado, se assim a empresa considerar relevante. Porém, dentro da contabilidade de custos, existem diversos métodos de custeios a serem adotados pelas organizações no momento da aplicação efetiva de custos, observando sempre que nem todos os métodos disponíveis para aplicação prática são aceitos pelo fisco. Dentre os mais conhecidos métodos de custos, pode-se citar o método de custeio por absorção, o método ABC, o método de custeio variável, entre outros. TÓPICO 2 | MÉTODOS DE CUSTEIO 115 Portanto, este artigo tem o objetivo de abordar alguns pontos relevantes ao conceito de custos e também ao método de custeio por absorção. 2 CONTABILIDADE DE CUSTOS A contabilidade, atualmente, não é mais uma mera geradora de guia de tributos a serem pagos, mas sim, uma grande ferramenta de gestão para a tomada de decisão das empresas, que buscam informações precisas para direcionarem o seu caminho. Com isto, as empresas estão se tornando cada vez mais competitivas, e necessitam que além de uma contabilidade que guie seu caminho, ela também apure seus custos, e verifique o que cada produto está gerando de custo efetivo e de resultado. Assim, surge a contabilidade de custos para auxiliar especificamente as empresas nas questões de custos de seus produtos, que através de dados fornecidos pelas empresas na contabilidade é possível apurar os custos de seus produtos precisamente. Neves e Viceconti (2003, p. 6-7) comentam um pouco da história da contabilidade de custos: Com o advento da Revolução Industrial e a consequente proliferação das empresas industriais, a Contabilidade viu-se às voltas com o problema de adaptar os procedimentos de apuração do resultado em empresas comerciais (que apenas revendiam mercadorias compradas de outrem) para as empresas industriais, que adquiriam matérias-primas e utilizavam fatores de produção para transformá-las em produtos destinados à venda. A solução natural para o problema foi usar o mesmo esquema das empresas comerciais para apuração do resultado, substituindo o item Compras pelo pagamento dos fatores que entraram na produção: matéria-prima consumida, salário dos trabalhadores da produção, energia elétrica e combustíveis utilizados, enfim, todos os gastos que foram efetuados na atividade industrial e que foram denominados de Custos de Produção. O ramo da Contabilidade que controlava estes gastos passou a chamar-se Contabilidade de Custos. A Contabilidade de Custos nos seus primórdios, teve como principal função a avaliação de estoques em empresas industriais, que é um procedimento muito mais complexo do que nas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a simples compra e revenda de mercadorias, são feitos pagamentos a fatores de produção