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Procuração com poderes especiais para queixa-crime

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AULA - 1 
O artigo 44 do código de processo penal exige procuração com poderes especiais 
para a propositura da queixa crime. 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar 
do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo 
quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente 
requeridas no juízo criminal. 
 
PROCURAÇÃO 
FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), 
portadora da Cédula de Identidade (RG), inscrita no CPF sob nºXXX, residente e 
domiciliada no endereço (DESCREVER O ENDEREÇO), (ENDEREÇO 
ELETRÔNICO DA PESSOA OUTORGANTE), nomeia e constitui como seu procurador 
o advogado (NOME DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob 
nº (OAB), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL), com 
SOCIEDADE DE ADVOGADOS DEVIDAMENTE INSCRITA NA SECCIONAL DO 
RIO DE JANEIRO SOB O Nº 123456, (ENDEREÇO ELETRÔNICO DO 
ADVOGADO), a quem concede, com fulcro no art. 44 do Código de Processo Penal, 
PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME 
em face de TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há menos de seis meses, precisamente 
no dia (DATA DO FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL DO FATO), na 
presença de terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com 
palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de vagabunda, dizendo que ela não valia 
nada e que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família 
de gente vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo 
e que seria o laranja da família de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo 
evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e 
ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo 
assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, §2º, 
c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente representação, 
conferindo ainda, os poderes os constantes da cláusula “AD JUDICIA” para o foro em geral, 
em qualquer Juízo ou grau de jurisdição, podendo propor e variar ações e recursos, desistir, 
transigir, concordar, assinar termos processuais de qualquer natureza; requerendo certidão 
de qualquer natureza, preenchendo formulários, fazendo declarações e assinando tudo o que 
necessário for; substabelecer, com ou sem reservas, e praticar TODOS OS DEMAIS ATOS 
PESSOAIS em direito permitido para o fiel cumprimento deste mandato. 
LOCAL E DATA 
_____________________________ 
FULANA DE TAL 
 
OBS: Restou claro que a procuração para queixa-crime exige a descrição dos fatos, é uma 
exigência, ou seja, é INDISPENSÁVEL. 
 
JURISPRUDÊNCIAS: 
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal no RHC 105920, julgado em 
08/05/2012: 
E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM “HABEAS CORPUS” – CRIME CONTRA 
A HONRA – QUEIXA-CRIME – INSTRUMENTO DE MANDATO JUDICIAL 
QUE NÃO PREENCHE OS REQUISITOS DO ART. 44 DO CPP – OMISSÃO 
SOBRE A NECESSÁRIA REFERÊNCIA INDIVIDUALIZADORA DO FATO 
CRIMINOSO – IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO – CONSUMAÇÃO DO 
PRAZO DECADENCIAL (CPP, ART. 38) – RECONHECIMENTO DA EXTINÇÃO 
DA PUNIBILIDADE DO ORA RECORRENTE E CONSEQUENTE 
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL – RECURSO PROVIDO. (RHC 105920, 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 08/05/2012, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014) 
Na realidade, a ação penal privada, para ser validamente ajuizada , depende, entre outros 
requisitos essenciais, da estrita observância, por parte do querelante, da formalidade imposta 
pelo art. 44 do CPP, que exige constem da procuração a indicação do nome do 
querelado e a menção expressa ao fato criminoso, bastando, para tanto, quanto a esta 
determinação, que o instrumento de mandato judicial contenha, ao menos , 
referência individualizadora do evento delituoso (RT 729/463), mostrando-se 
dispensável, em consequência – consoante diretriz prevalecente na jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal (RT 605/384 – RT 631/384) –, a descrição minuciosa ou 
a menção pormenorizada do fato. 
“(…) CRIME CONTRA A HONRA. QUEIXA-CRIME . INSTRUMENTO DE 
MANDATO JUDICIAL . INOBSERVÂNCIA DO ART. 44 DO CPP. 
IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO. CONSUMAÇÃO DO PRAZO 
DECADENCIAL. EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO PENAL. – A ação penal privada, 
para ser validamente ajuizada, depende, entre outros requisitos essenciais, da estrita 
observância, por parte do querelante, da formalidade imposta pelo art. 44 do CPP, que exige 
constem da procuração a indicação do nome do querelado e a menção expressa ao fato 
criminoso, bastando, para tanto, quanto a esta exigência, que o instrumento de mandato 
judicial contenha, ao menos, referência individualizadora do evento delituoso (RT 729/463), 
mostrando-se dispensável, em conseqüência – consoante diretriz prevalecente na 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RT 605/384 – RT 631/384) –, a descrição 
http://portal.stf.jus.br/
minuciosa ou a menção pormenorizada do fato. Doutrina. Precedentes. – A mera outorga 
de mandato com a cláusula ‘ad judicia’ – tendo-se presente o que dispõe o art. 44 do CPP 
(que exige poderes especiais) – desatende as finalidades impostas por essa norma legal. 
Embora supríveis as omissões (CPP, art. 568), a regularização do instrumento de mandato 
judicial somente poderá ocorrer se ainda não consumada a decadência do direito de queixa 
(RT 609/444), pois, decorrido, ‘in albis’, o prazo decadencial sem a correção do vício 
apontado, impor-se-á o reconhecimento da extinção da punibilidade do querelado. 
Precedentes . ” (Inq 1.418/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO) 
 
 
Outros exemplos de crime que se procedem mediante queixa crime: Art. 163, parágrafo 
único, inciso IV CP e Art. 164 CP

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