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Aula 04 – Metabolismo do Glicogênio e Regulação Nome: Victor Bruno Borges da Silva · Glicose x Ácidos Graxos · Glicose · Vantagens Glicose: · É a única fonte de energia de algumas células (eritrócitos) e órgãos: Encéfalo; · Tem mobilização rápida para atividades extremas e repentinas · Fornece energia na ausência de oxigênio · Desvantagens ácidos graxo: · Não podem ser convertidos em glicose · Não podem ser mobilizados rapidamente · Só podem ser usados como fonte de energia na presença de oxigênio · É um homopolímero de glicose altamente ramificada · Possibilita a liberação de vários resíduos de glicose ao mesmo tempo · Rápido aumento do aporte da glicose = mantém a glicemia · Cadeia ramificada (a cada 8 a 12 unidades) · Ligações α(1→4) · Pontos de ramificação α(1→6) · Onde é armazenado o glicogênio · Fígado -> cerca de 10% do peso do órgão · Mantém a glicemia durante o jejum · Suprimento +- 12 horas de energia · Músculo -> cerca de 1 a 2% do peso do órgão. · 75% do glicogênio corporal · Armazena para consumo próprio (contração muscular) · Glicogenólise · 1º reação: Glicogênio fosforilase · · Essa reação vai utilizar um fosfato inorgânico, e vai pegar uma molécula de glicose, dai se dá o nome fosforólise. · Ela já sair da reação ligada ao fosfato, faz com que não consiga sair da membrana da célula, para o músculo isso é importantíssimo · Possui como grupo prostético o piridoxal fosfato (PLP) vitB6 · Catalisa reações α (1↔4), até que alcance a ligação α (1 ↔ 6) · 2º reação: fosfoglucomutase · · O fosfato se solta do carbono 1 e se liga ao carbono 6 da molécula · Daqui já podemos ir para o músculo, onde poderemos realizar a glicólise · Também para a via das pentoses fosfato. · 3º reação: glicose 6-fosfatase · · É retirado o fosfato da molécula e é gerado glicose · Essa enzima está presente no fígado · Vai apenas para o fígado para ser mandado a corrente sanguínea · Glicogenólise · A glicólise gera 2ATPS, a glicogenólise gera 3ATPS. Porque já entra na via glicolítica fosforilado (glicose 1-p ↔ glicose 6p), o que economiza o gasto de 1ATP para essa fosforilação, como ocorre na glicólise. · · As reações que de cima podem quebrar apenas ligações α(1,4); com isso através da enzima fosforilase, vai tirando moléculas de glicose utilizando um fosfato, gerando uma molécula glicose 1-fosfato. Retirando um total de 3 glicose, chegando a destrina limite · A enzima transferase entra em ação, ela pega 3 glicoses e junta elas ao cerne do glicogênio, colocando as na ponta. · A última glicose que restou a enzima α-1,6-glicosidase (amilo 1,6 glicosidase), hidrolisando e retirando a glicose de maneira livre. · Logo após restará apenas ligações α(1,4), ai voltamos o processo e vamos retirando · A glicogênio fosforilase muscular sofre ativação parcial pelos hormônios EPINEFRINA porque o músculo não tem receptor pra glucagon (cascata que ativa PKA) e parcial de impulsos nervosos (cálcio- contração muscular), com a junção das duas formas de ativação ela fica completa. · A glicogênio fosforilase hepática é regulada de acordo com a quantidade de glicose, se tem pouca glicose a fosforilase (a)é ativada · ↓ [glicose] o glucagon (fígado) epinefrina (músculo), ligam-se ao receptor de membrana e iniciam a cascata de biossinalização ↓ · Ativa a proteína G que ativa a Adeniliato ciclase que sintetiza AMPc ↓ · AMPc ativa a proteína cinase A (PKA) ↓ · Ativa a Fosforilase cinase que fosforila a glicogênio fosforilase (b) convertendo-a na forma ativa glicogênio fosforilase (a), iniciando a degradação do glicogênio Baixa [glicose] a enzima fica em seu estado R (ATIVA), ou seja, há necessidade de degradar glicogênio. Alta [glicose] a enzima fica em seu estado T (inativa), ou seja, não há necessidade de degradar glicogênio. Obs: No fígado, o próprio excesso de glicose pode inativar a glicogênio fosforilase, expondo os fosfatos para que a enzima seja desfosforilada e fique na sua forma inativa. · Gliconeogênese · 1 º reação: glicoquinase · · É glicoquinase porque está no fígado, lembrar que na glicogenólise quando vira glicose é porque está indo para o fígado · No fim desse processo o fosfato vai ser passado para o carbono 1 · 2º reação: UDP-glicose pirofosforilase · · UTP (uracila tri-fosfato), no fim da reação vai virar UDP · Vão ficar dois fosfatos na molécula UDP-glicose · São liberados dois fosfatos inorgânicos · 3º reação: glicogênio sintase · A molécula já tem energia suficiente para se transformar em glicogênio · Apenas a saída de UDP · Só pode adicionar glicose a uma cadeia que já contenha um primer (cadeia com + de 8 oses) · Enzima principal da síntese do glicogênio · Glicogenina · Tem o papel de iniciador, algumas glicoses são unidas a ela, a partir dai a glicogênio sintase começa adicionar glicoses · atua como glicosiltransferase (autoglicosilação) · forma os primers (polímeros curtos de glicose a 1-4) para a Glicogênio sintase ampliar a molécula de glicogênio. (ele se torna mais solúvel em água e facilita a síntese e degradação do glicogênio) · · A insulina se liga ao receptor, ativa a proteína fosfatase 1(PP1), a PP1 desfosforila a glicogênio sintase b (forma inativa) a deixa na forma de glicogênio sintase a (forma ativa); · Ao mesmo tempo essa desfosforilação deixa a glicogênio fosforilase inativa; · Obs: Glicogênio sintase fica ativa quando DESFOSFORILADA (insulina), Glicogênio fosforilase fica ativa quando fosforilada (glucagon). · Lembrar: INSULINA → DESFOSFORILA GLUCAGON → FOSFORILA · Essa imagem mostra a diferença entre os hepatócitos e os miócitos, no fígado ocorre toda a cascata de biossinalização (já vista) até liberação de glicose livre para a corrente sanguínea · No músculo. Essa cascata também é estimulada alostericamente de forma positiva pelo cálcio e AMP, e entra na via glicolítica para fornecer energia na contração muscular · Doença de Von Gierke · Visão geral e análise na glicogenólise · Doença de armazenamento de glicogênio, cujo as complicações metabólicas da doença incluem hipoglicemia, acidemia láctica, hiperuricemia, hipofosfatemia e adenoma hepático. · A enzima envolvida é a glicose -6- fosfatase, que libera glicose na corrente sanguínea, a partir da glicose -6- fosfato proveniente tanto do glicogênio como da gliconeogênese. · Responsável por desfosforilar a glicose-6-fosfato · Manifestação · Com essa enzima deficiente, o fígado deixa de participar da regulação da concentração da glicose sanguínea, passando a acumular grandes quantidades de glicogênio hepático. · Os primeiros sinais e sintomas são: quadro neurológico grave com manifestação precoce de convulsão e aumento de ácido láctico no sangue, hipoglicemia, convulsão, acidose metabólica, hiperuricemia e hepatomegalia · Tratamento · Feito principalmente através da dieta · Deve consumir a quantidade necessária de glicose antes de dormir. O corpo só usa a glicose que tem disponível no sangue · Doença de McArdle · Visão geral e análise na glicogenólise · Acúmulo de glicogênio em fibras musculares esqueléticas. · É autossômica recessiva e acarreta a falta da enzima fosforilase muscular (primeira enzima da cadeia de quebra do glicogênio, a glicogenólise) · A glicogênio-fosforilase catalisa a adição de fosfato em uma ligação glicosídica (α1→4) na extremidade não redutora de uma molécula de glicogênio, resultando em uma glicose-1-fosfato · Nesta síndrome a enzima não faz a quebra do glicogênio da maneira correta e sua deficiência provoca a limitação de ATP. · Manifestação · Se manifesta na idade adulta como intolerância ao exercício físico intenso, causando câimbras · Tratamento · Feito principalmente através da dieta, como o aumento de proteínas. · Sacarose antes do exercício também ajudará a fazer exercícios longos. · Doença de Cori · Visão geral e análise na glicogenólise · É um distúrbio autossômico recessivo · Pode ser considerada com uma das mais comuns deficiências do armazenamento do glicogênio. · Deficiência na enzima amilo – 1,6 – glicosidase · Enzima desrmamificação · Manifestação · Hipoglicemia,hepatomegalia e retardo do crescimento · Tratamento · O paciente deve ingerir galactose, frutose ou proteínas para ajudar a manter a glicemia. · A dieta deve incluir uma quantidade alta de calorias sob a forma de proteínas, mas é importante ingerir carboidratos, correspondente a 40 a 50% do total. Às vezes uma simples refeição é suficiente para evitar a hipoglicemia. · Não tem haver com ciclo de Cori · Doença de Pompe · Visão geral e glicogênese · Deficiência inata da enzima lisossômica · Generalizada (principalmente fígado, coração, músculos) · Concentrações elevadas de glicogênio presentes em vacúolos anormais no citosol · Níveis normais de glicose sangüínea · Manifestação · Cardiomegalia grave · Morte precoce devida, geralmente, à falha do coração · Glicogênio com estrutura normal
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