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Padrão de hipotransparência - 06/04/2020 - Radiologia Vamos tentar diferenciar os achados do pulmão em 2 grandes gavetas: 1. Alterações brancas - impedem passagem adequada do radio X - hipotransparência 2. Alterações pretas - hipertransparência Quando visualizamos uma radiografia de tórax devemos observar se ela tá bem feita. Nesse caso tá bem posicionada, processos espinhosos equidistantes da clavícula, conseguimos ver bem as vértebras posteriores ao coração. A inspiração bem adequada (costelas anteriores e posterior). Avaliando o parênquima é importante ver as suturas ósseas, partes moles, mediastino, hilos. Focar hoje no parênquima. Parênquima com alteração branca pode ser: consolidação (preenchimento do espaço aéreo), atelectasia, infiltrado intersticial (ao invés de vermos estruturas brancas, veremos varias linhas que não são os vasos) e derrame pleural. Sendo que avaliar imagens brancas tem que chegar na semiologia disso. Primeira alteração: consolidação Essas acontecem quando os alvéolos (estruturas que contem ar dentro do pulmão) estarão totalmente preenchidos. Quando vemos esses preenchimentos em radiografias achamos quase sempre que é uma pneumonia. Porém nem toda consolidação é pneumonia, mesmo esta sendo uma grande parte da causa delas. Por exemplo: o que pode ser uma consolidação? - Alvéolos podem estar preenchidos por células cancerígenas (como em um linfoma) - Alvéolos podem estar preenchidos por sangue (em um paciente vitima de trauma) - Alvéolos podem estar preenchidos por exsudato (pneumonias) - Alvéolos podem estar preenchidos por transudato (ocorre no edema agudo de pulmão -> consolidações mais centrais com aspecto em asa de borboleta) - Preenchidos por estruturas proteináceas, que ocorrem em uma doença mais rara chamada proteinose alveolar - Preenchidos por material gorduroso (pacientes psiquiátricos/idosos que ingerem grande quantidade de óleo mineral pra constipação crônica), podendo causar um quadro chamado de pneumonia lipolítica onde se vê áreas de consolidações que pelo raio-x são totalmente indistintas de uma pneumonia, mas quando faz a TC que tem uma capacidade de definir melhor a densidade percebe que tem densidade de gordura. Como posso falar que é uma consolidação na imagem? Vamos pensar quando vemos áreas de hipotransparência. Essa área não pode ser bem definida. A única situação que ela será bem definida é quando ela é delimitada pela pleura, seja a costal, mediastinal ou na cisura. Nessa imagem por exemplo podemos ver que talvez a cisura horizontal esteja delimitando melhor essa consolidação. Essa consolidação também é heterogênea, a gente percebe que tem brônquios de permeio. Esses brônquios as vezes conseguimos definir bem e chamamos de broncograma aéreo, as vezes a gente só vê que tem mais áreas de hipertransparência de permeio, essas áreas heterogêneas podem ser regiões de escavação pequenas em uma pneumonia necrotizante por exemplo. Sempre que formos avaliar áreas de hipotransparência e chegarmos a conclusão que é uma consolidação, o próximo passo não é falar que o paciente tem uma pneumonia ou qualquer outra doença. Precisamos definir a localização. Quando tem perfil fica mais fácil, mas nem sempre tem. Então teremos que ver o PA, e ai vem o famoso sinal da silhueta. Esse sinal acontece quando a gente perde o contorno de determinadas estruturas (local que estava preto fica branco, com densidade próxima a do coração), por exemplo: Nesse caso (RAIO X SLIDE 1), eu tenho a dificuldade de desenhar o contorno cardíaco direito porque a densidade do pulmão ficou muito parecida com a do coração. Ai falamos que o sinal da silhueta foi perdido em tal lugar. Lembrando que o contorno cardíaco direito é o átrio direito. O segmento pulmonar que tá mais próximo do átrio direito é o lobo médio. Pensaríamos em acometimento de lobo inferior do pulmão se tivesse perdendo o contorno do diafragma. SLIDE 2 Percebemos que o padrão predominante é de doença branca. Assim, podemos pensar que pode ser: consolidação, atelectasia, derrame pleural, nódulo ou massa. Nesse caso é uma consolidação, onde se tem uma hipotransparência mal definida; não vemos o contorno, exceto nessa parte inferior que tá desenhada pela cisura horizontal do pulmão. A cisura obliqua não da pra ver na radiografia em PA, a gente tenta achar ela no perfil. Essa área de hipotransparência nessa radiografia então é mal delimitada na maior parte da lesão, não conseguimos desenhar ela bem. Isso é importante porque se vc tá vendo uma hipotransparência bem definida, isso não é uma consolidação, você vai caminhar pensando em um diagnostico diferencial de massa ou nódulo. Lembrando que nódulo é < 3cm e massa > 3cm. Então se é visto um contorno bacana da lesão, em pelo menos 50% dela você vai chamar ela de massa ou nódulo, dependendo do tamanho. Voltando pra imagem de radio-x. Estamos vendo uma área de hipotransparência, mal delimitada , com áreas hipertransparentes de permeio, que são os broncogramas aéreos. Sei que tá no lobo superior porque tá acima da cisura horizontal ou pequena cisura. No pulmão esquerdo não tem cisura acessória, então fica mais difícil delimitar lobo superior do inferior. Lembrando que a maior parte do parênquima pulmonar no PA é dada pelo lobo inferior. Quando coloca no perfil percebe que também tem área de hipotransparência, que esta projetada mais posteriormente. Então estamos vendo uma lesão no segmento posterior do lobo superior direito desenhada pela cisura. Relembrando: quando vemos perfil, este é uma incidência complementar, então não precisamos ficar entendendo no hilo o que é o bronquiofonte direito ou esquerdo, artéria pulmonar direita/ esquerda pois isso tem uma imensa variação dependendo por exemplo da posição do paciente. O que é importante ver no perfil (principalmente)? Avaliar área retroesternal, essa tem que estar hipertransparente (preta), se ela tá obliterada pode ser uma lesão de parênquima ou de mediastino. Observar se as vértebras dorsais estão ficando cada vez mais escuras. Em cima tá branco e embaixo mais escuro. Não pode acontecer de estar branco, branco, branco, ir escurecendo e depois voltar a ficar mais branco. Isso significa que tem lesão. isso não conseguimos ver em PA por exemplo, porque fica escondido atrás do coração. Muito importante observar a área cardíaca do paciente no perfil, essa área tem que fazer contato com 1/3 ou no máximo metade do esterno, mais do que isso vamos achar que tem uma cardiomegalia. Outra coisa muito importante é procurar ver a silhueta cardíaca, tanto do lado esquerdo quanto direito. Além disso, observar se o seio costofrênico posterior tanto do lado direito quanto esquerdo tá ou não obliterado. SLIDE 3 Nessa radiografia vemos perda do contorno cardíaco do lado esquerdo. Apresenta então sinal da silhueta no lado esquerdo; ou seja, vemos uma hipotransparência no parênquima pulmonar esquerdo que tá obliterando um pouco o contorno do coração do lado esquerdo (ventrículo esquerdo mais especificamente). Pacientes que fizeram mastectomia por exemplo tendem a ter o pulmão desse lado mais escuro do que o lado “normal”, mas nunca ao ponto de perder o contorno do coração. Se perdeu o contorno do coração, mas não perdeu o contorno do diafragma, tem sinal da silhueta no coração mas não no diafragma, essa lesão então esta localizada provavelmente no lobo superior. Se não tem alteração no diafragma então provavelmente não esta no lobo inferior. Lembrando que o pulmão direito tem 3 lobos: superior, médio e inferior. O lobo superior tem o seguimento apical, anterior e posterior. No lobo inferior tem o seguimento superior e os seguimentos basais (anterior, posterior, medial e lateral). No pulmão esquerdo tem-se no lobo superior o seguimento ápico-posterior (??) e o seguimento anterior. Tem a língula que é dividida em superior e inferior. E o lobo inferior é dividido emseguimento superior (alterações nessa região não borram o contorno do diafragma) e seguimentos basais (alterações nessa região borram o contorno do diafragma. Nesse caso da imagem vemos um borramento do contorno do ventrículo esquerdo, essa lesão está então na língula. Existe então, um equivalente do lobo médio no pulmão esquerdo, que é a língula. Perda do contorno cardiaco SLIDE 4 (COM L NO CANTO SUPERIOR DIREITO) Essa imagem já conseguimos encaixar de cara nas lesões brancas. São áreas de hipotransparência onde a maior parte delas são mal delimitadas. Algumas pessoas pensaram em nódulo nessa imagem (lesão arredonda em cima da costela no pulmão esquerdo, lobo superior). Pra afastar que a lesão principal nessa imagem é nodular vemos que estas não são bem definidas. Esse padrão é predominante então é de (ao lado do VE) uma consolidação extensa. Porem se vê também outros diversos focos de consolidação esparsos pelo pulmão esquerdo. Ou seja, esse padrão é uma consolidação multilobar. Qual caso que vocês acham que tá mais grave? (SLIDE 4 x SLIDE 3) O caso 4 esta mais grave pois vemos um padrão de consolidação multicêntrico/multilobar, que é o aspecto típico de broncopneumonia. Quando vemos uma consolidação lobar (pega só um segmento) como vimos em outros casos, é mais provável que seja uma pneumonia de comunidade. Quando vemos vários pontos pulmonares comprometidos (padrão de consolidação as vezes esboçando nódulos, com aspecto algodãonoso ???? Kkk não entendi direito acho que é isso) pensamos em broncopneumonia. Se esta vem de comunidade já pensamos em uma atípica pois é um paciente que vai chegar com queixa típica de pneumonia mas ele não vai sair só com amoxicilina (que pegaria um pneumococo/haemophilus); a gente vai entrar de repente com um clavulin junto, algum macrolídeo associado, ou quinolona respiratória (aumentar espectro antibiótico). Se tiver internado já vai ser um germe bem mais agressivo, como a pseudomonas por exemplo. Olhando o pulmão direito, tem maximização da trama vascular? Não… Raio-x de tórax é igual a vaso. Esses vasos não podem ser visto na periferia dos pulmões, se tiver linha branca tocando na periferia isso é infiltrado intersticial, onde se tem espessamento de septo, vamos ver mais pra frente. Os vasos tem que ficar cada vez mais gordinhos indo em direção ao centro (hilo). Quando tem mais vasos no ápices do que nas bases, isso significa que teve uma inversão do padrão de vascularização pulmonar. Nesse caso ate tem um pouco mas não é tão característico, a gente valoriza mais isso quando é bilateral. Por exemplo quando tem um paciente que tem consolidações bilaterais e simétricas, principalmente nas regiões peri- hilares, e tem esses vasos bem mais ingurgitados nos ápices pulmonares, isso é um pulmão congesto. Foto mais de perto com setas apontando pro aspecto nodular ——> Algumas características: - Nódulo: lesão bem delimitada (pelo menos mais de 50% da lesão). - Atelectasia: a característica principal é a perda de volume. - Derrame pleural: velamento de seio costofrênico Aspecto “nodular” - caso 4 SLIDE 5 Esse outro caso é interessante. É obviamente uma lesão branca, então já afastamos outras como enfisema, cisto, pneumatocele…. Vemos então lesões brancas bilaterais mal delimitadas. Chegamos a conclusão então que é uma consolidação bilateral. A localização das consolidações também ajudam a gente a pensar em diagnósticos diferenciais. Disse pra vocês que consolidação bilateral pode ser causada por broncopneumonia. Nesse caso estamos vendo uma consolidação principalmente central, não tem tanta consolidação na periferia, bases ou ápices. Quando vamos uma consolidação dessa maneira (central e bilateral) temos que pensar em 2 diagnósticos de cara: o primeiro é um paciente jovem, dispneico, com historia de febre e tem leucocitose; esse caso pode ser uma pneumocistose, com essa aspecto radiológico de “asa de borboleta”. Esse paciente pode ter SIDA e não tá fazendo tratamento adequado e evolui dessa maneira. O segundo é um paciente com SARA ou SIRS, apresenta uma pneumonia grave evoluindo com resposta inflamatória exacerbada e fica com esse pulmão branco desse jeito. Obs.: uma pneumonia bacteriana apresentaria um aspecto de consolidação mais salteado e não tão confluente que nem vemos na imagem (padrão de asa de borboleta). Professor disse também que pacientes com edema agudo de pulmão pode apresentar esse padrão em asa de borboleta. Obs2.: as consolidações também podem ser vistas devido a preenchimento por transudato nos alvéolos. SLIDE 6 Padrão branco predominando. A alteração esta no ápice direito. Essa alteração esta bem delimitada. Essa boa delimitação acontece na porção inferior da lesão, além disso é bem homogênea. Se a lesão tá bem delimitada e bem homogênea a gente consegue afastar a hipótese de ser uma consolidação (mal delimitada e heterogênea). Essa imagem também não tem aspecto de massa/nódulo (não tem área mais convexa desenhada e também não apresenta efeito expansivo). Esse quadro trata-se de uma atelectasia de lobo superior. Conseguimos ver que o pulmão direito todo tem menor volume se comparado ao esquerdo. Além disso conseguimos ver a cisura horizontal do pulmão e o diafragma fracionados superiormente. Vemos também um desvio da traquéia pro lado direito. Importante! Ao ver qualquer atelectasia, o primeiro sinal de alerta que devemos ter é tumor. A atelectasia acontece porque o pulmão fechou. Esse brônquio pode estar fechado por alguma coisa que cresceu dentro dele, e essa coisa pode ser um bronquíolo-alveolar, epidermóide ou até catarro/muco pós pneumonia; ou por alguma coisa que cresceu fora do brônquio. Não pode deixar um caso de atelectasia passar, nesses casos tem que fazer TC preferencialmente com contraste. **S de golden: acontece quando tem uma atelectasia do lobo superior provavelmente causada por tumor. Quando tem cisura tracionada, mas tem uma massa no pulmão que faz com que em algum momento essa cisura faça um abaulamento. No perfil nesse caso ajuda pouco. O diagnostico sai nesse caso principalmente pelo PA. SLIDE 7 Predomínio de hipertransparência (lado direito) -> problema do lado direito (pulmão direito preto). Doenças que cursam com hipertransparência: enfisema, cistos, escavações, pneumotórax. Nesse caso parece ser um pneumotórax; vê-se área de hipertransparência 99% das vezes no ápice e vai empurrar o pulmão pra baixo/lado. Isso não é visto nesse caso. É visto também uma quantidade razoável de vasos. Então essa imagem não é de pneumotórax. No pneumotórax vai ter uma linhazinha delimitando um local preto, sem vaso nenhum, e logo em baixo um pouco mais branco com vasos um pouco mais visíveis. Enfisema não pode ser porque pegaria 2 pulmões. Cistos também não são pois teriam varias bolinhas pretas (hipertransparentes) Escavação também não seria pois nesse caso veríamos uma área de hipotransparência com focos de hipertransparência dentro (ele deu o exemplo da bolha gástrica nessa imagem, a escavação seria algo parecido, só que no parênquima pulmonar). Assim, vemos que esse caso não se trata de hipertransparência no pulmão direito. E sim de hipotransparência em pulmão esquerdo. Deve-se atentar sempre pra esses casos. Nesse caso poderia acontecer de uma obstrução em um brônquio, unilateral (broncoaspiração de corpo estranho por exemplo) , dessa forma teríamos um aprisionamento aéreo no pulmão direito, fazendo-o ficar hipertransparente. Porém, não é o caso. A lesão nessa imagem esta no pulmão esquerdo. Pensando então na doença no pulmão esquerdo, onde se observa perda de volume acentuada se comparado com o pulmão direito. Observa-se também o diafragma esquerdo tracionado pra cima, além do desvio da traqueia pro lado esquerdo. Vemos uma massa bem delimitada - seta vermelha imagem (que parece ser o botão aórtico aumentado) que esta cursando comuma atelectasia. É difícil desenhar a atelectasia, provavelmente ela esta no lobo superior esquerdo. Aqui não temos a cisura horizontal (lobo esquerdo) pra formarmos aquela linhazinha (de limitação acredito eu); mas provavelmente é uma massa hilar que tá cursando com uma obstrução desse brônquio. Pode ser um carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma, ou até mesmo uma linfonodomegalia decorrente de um linfoma. O que não da pra passar nesses exames é a duvida se a lesão é hiper ou hipotransparente. Se tá na duvida trabalha nas duas e vai excluindo diagnostico. Perguntaram se a área cardíaca direita não tá mal vista. Professor disse que pode ser porque o coração tá sendo tracionado pro lado esquerdo devido a atelectasia. SLIDE 8 Nesse caso vemos predomínio de doença branca. Não tem padrão de consolidação. Não tem aspecto de nódulo/massa. Pode ter derrame pleural que tá obliterando o seio costofrênico direito, mas isso não é o mais relevante no caso. Vemos perda de volume acentuada de pulmão direito. Vemos a traqueia totalmente tracionada pro lado direito. Há perda do contorno do coração do lado direito e do diafragma desse mesmo lado. Esse caso então trata-se de uma atelectasia de lobo inferior direito. Foto com seta laranja (pulmao atelectasiado) e contorno azul (sobre o mesmo caso). Outra imagem do mesmo caso em perfil. Fica muito mais difícil diagnosticar atelectasia no perfil. Conseguimos ver um pouco a perda da silhueta do diafragma. Esse caso tem que mandar pra TC. O obliteração vista no seio costofrênico direito pode ser devido a uma distorção da arquitetura pulmonar mas também pode ser por um derrame pleural. SLIDE 9 As 2 radiografias estão alteradas (esquerda e direita). Ambas tem lesão branca. obs.: diafragma direito esta mais alto freqüentemente; isso pois o esquerdo geralmente fica mais baixo por causa do peso do coração sobre ele. PA Vemos consolidação no lobo esquerdo. O que tá sendo borrado é o contorno cardíaco, portanto esta localizada provavelmente no lobo médio do pulmão. Nao há perda de volume Parece ter um desvio de traqueia mas o professor não consideraria pois o desvio acontece no momento que ela encontra a crossa da aorta, que empurra a traqueia um pouco pra direita. Há varias imagens hipertransparentes de permeio (fala contra a atelectasia) Perfil Fala a favor de consolidação, a lesão não tem tanta perda de volume. SLIDE 10 Padrão predominante branco. Seio costofrênico direito obliterado. Isso ocorreu devido a um derrame pleural no lado direito, o que também leva a uma diminuição do volume do pulmão direito. Isso da um aspecto em parábola que é bastante típico de derrame pleural. PA Consolidação no lobo médio do pulmão esquerdo, borrando o contorno cardíaco. Nao há perda de volume Nao há desvio de traqueia Perfil Imagem fala a favor de atelectasia, aspecto colabado. Isso é típico de atelectasia de lobo médio. A imagem encontra-se homogênea, bem definido por conta da cisura que esta tracionada. Professor disse que se nesse caso não tivesse visto a imagem de perfil ia tratar pelo PA como se fosse uma pneumonia (consolidação). SLIDE 11 Não é atelectasia, não é consolidação. Essa imagem tem contorno bem definido, isso é uma massa. Essa massa tem origem pleural ou pulmonar? Pleural! Pois quando essa base de implantação é bem mais proeminente na pleura e formam esses ângulos mais obtusos (seta em vermelho), isso fala a favor de uma lesão de origem pleural. Isso pode ser tanto uma massa na pleural, quanto um derrame pleural loculado (?). Se isso for um derrame pleural loculado, e é ate mais provável que seja, olha como tá a cisura horizontal bem definida, isso significa que ela tá com liquido intercisural, ou seja, isso mais provavelmente é um derrame pleural. Porém, pelo raio-x, não da pra definir isso tão claramente. Pode ser varias coisas vendo essa imagem, massa de origem pleural, mesotelioma por exemplo, pode ser um implante secundário decorrente de um câncer de mama por exemplo… Fato é que como essa base de implantação tá muito mais proeminente, isso é de origem pleural. Nesse caso trata-se de um empiema. Mas nesse caso teria que ser fazer uma TC pra confirmar qualquer coisa. Essas imagens que vocês estão vendo são devido a calcificações (cartilagens costais, articulações do ombro…). SLIDE 12 Padrão branco predominando. Seio costofrênico obliterado -> derrame pleural? não conseguimos ver os vasos direito. Linhas brancas encostam na pleural/periferia. Quando isso ocorre é porque há um espessamento septal/infiltrado intersticial. Nesse caso é um infiltrado reticular, tem muito mais septos espesso, do que nódulos. Existem algumas doenças que cursam mais com nódulos e outros mais lisos. Por exemplo, infiltrado reticular liso, pensar em pneumonias virais/micoplasma/ derrame pleural, que daria os septos mais ingurgitados. Quando tem aspecto mais nodular, entra nas doenças granulomatosas como sarcoidose, tuberculose miliar, histoplasmose. O fato é que já é um raciocínio diferente de atelectasias/ consolidações. Pensaríamos mais aqui em doenças do colágeno, fibroses pulmonares, doenças que pegam o interstício. SLIDE 13 Vemos um monte de linha na periferia, que não são vasos, pois vasos nunca chegam na periferia. Não conseguimos seguir essas linhas, elas são meio irregulares. Isso é um espessamento septal, é um espessamento do interstício, é um espessamento liso. Vemos também nesse caso umas áreas mais brancas peri-pulmonares, que lembram um pouco o aspecto em asa de borboleta. Vemos também os vasos mais ingurgitados nos ápices. Isso é um aspecto extremamente típico de edema agudo de pulmão. Nesse caso, além do infiltrado intersticial, tem-se também umas consolidações peri-hilares. Quando vemos um padrão misto, tanto de infiltrado intersticial (que são as linhas b de kernig- linhas mais subpleurais ) e consolidação peri-brônquica, isso é típico de infiltrado intersticial por edema agudo de pulmão. O pulmão vai ficando cada vez mais congesto; a primeira coisa a ficar congesta são os septos pulmonares (onde estão as veias e linfáticos). Esses septos pulmonares vão ficando cada vez mais espessos e a primeira coisa que vai acontecer é esse padrão intersticial. Depois quando esses septos não aguentam mais reter liquido, aquele transudato vai indo pros alvéolos e da esse aspecto em asa de borboleta. SLIDE 14 Vemos predomínio branco. Essa predomínio esta principalmente nos ápices pulmonares. Será uma consolidação? Ta mal delimitado, branco…mas tem umas imagens hipertransparentes de permeio. Será que é uma consolidação com áreas de escavação? Esse caso tem perda de volume no pulmão esquerdo. Não é atelectasia também (seria mais homogêneo) Pode ser uma tuberculose, mas não daria pra falar se ele esta com a doença atividade. Pois tem muita perda de volume. Professor acha que o paciente teve uma tuberculose em ambos os pulmões, teve áreas de fibrose (retrai o hilo/traqueia pro lado esquerdo) em lobo superior esquerdo. Se esse paciente chega na emergencia e tá tossindo e com febre, você interpreta como uma possível tuberculose em um paciente bacilífero. Pode-se fazer uma radiografia de tórax admissional em um paciente que tá assintomatico, então você não poderia olhar pra isso e não falar que tem fibrose, porque tem. Tem-se então uma área irregular, com distorção arquitetural e perda de volume no lobo superior esquerdo. Então esse caso é provavelmente fibrose resultante de uma tuberculose. Não tem calcificação. Linha mais branca no pulmão direito (lobo inferior). Quando vemos um quadro assim pensamos em uma atelectasia laminar. Obs.: linhas B de Kernig são mais vistas na periferia. Obs2.: definição de broncogramas aéreos. Ele explicou mas não deu pra entender nada :(
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