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Livro Uniasselvi Citologia

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Prévia do material em texto

2012
Citologia
Prof.ª Bianca Lindner
Prof.ª Daniela Viviani
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Bianca Lindner
Prof.ª Daniela Viviani
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 
574.87
L747c Lindner, Bianca
 Citologia / Bianca Lindner; Daniela Viviani. 2. Ed. Indaial : 
Uniasselvi, 2012.
 
 189 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-617-5
 1. Citologia.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
Impresso por:
III
apresentação
Prezado(a) acadêmico(a)!
 
A partir de agora iniciaremos nosso estudo sobre Citologia (do grego 
kytos, ‘célula’ e logos, ‘estudo’), que é o ramo da Biologia dedicado a desvendar 
os “mistérios” das unidades estruturais e funcionais dos seres vivos, a célula. 
Com o Caderno de Estudos em mãos, você perceberá que as unidades foram 
estruturadas em uma ordem histórica e de complexidade, de modo a facilitar 
a compreensão dos conteúdos apresentados nesta disciplina.
Assim, na primeira unidade, estudaremos os fundamentos desta 
disciplina a partir de uma introdução sobre a célula propriamente dita, a 
teoria celular, bem como a descoberta e/ou invenção do microscópio. Você 
perceberá que, a partir dessa descoberta, foi possível estudar a morfologia e 
o desenvolvimento das células no que tange à sua estrutura, suas funções e 
sua importância na complexidade dos seres vivos. O estudo dos componentes 
químicos das células, assim como as principais características das células 
procarióticas e eucarióticas, também serão nossos objetos de estudo nesta 
unidade. 
Na segunda unidade vamos “mergulhar” na célula, para estudar 
suas principais organelas e as funções de cada uma delas isoladamente. 
Após o estudo das organelas, atravessaremos as membranas celulares, 
compreendendo sua composição e estrutura.
Na terceira e última unidade deste Caderno de Estudos, vamos 
verificar como ocorrem os processos de divisão celular (mitose e meiose), 
diferenciação celular e, consequentemente, histogênese.
Vamos iniciar nossa viagem ao mundo complexo e fascinante da 
Citologia.
Bons estudos!
Prof.ª Bianca Lindner
Prof.ª Daniela Viviani
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1: CITOLOGIA – FUNDAMENTOS ............................................................................... 1
TÓPICO 1: A CÉLULA ............................................................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 TEORIA DA CÉLULA .......................................................................................................................... 5
3 MICROSCÓPIO .................................................................................................................................... 9
4 COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS ............................................................................. 13
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 21
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 24
TÓPICO 2: CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS ..................................................... 25
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 25
2 HISTÓRICO ........................................................................................................................................... 25
3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS ................................ 27
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EUCARIÓTICAS.................................... 30
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 34
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 37
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 38
PRÁTICA - CONHECENDO O MICROSCÓPIO ÓPTICO COMUM (M.O.C) ......................... 40
PRÁTICA - OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS VEGETAIS ................................................................. 49
UNIDADE 2: ESTRUTURA GERAL DAS CÉLULAS ..................................................................... 55
TÓPICO 1: ORGANELAS CELULARES E SUAS FUNÇÕES ........................................................ 57
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 57
2 ORGANELAS QUE PROCESSAM A INFORMAÇÃO ................................................................ 57
3 O SISTEMA DE MEMBRANAS INTERNAS ................................................................................ 61
4 ORGANELAS QUE PROCESSAM ENERGIA .............................................................................. 66
5 OUTRAS ORGANELAS ..................................................................................................................... 72
6 CITOESQUELETO ...............................................................................................................................76
7 PAREDE CELULAR ............................................................................................................................. 78
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ........................................................................................................... 81
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ........................................................................................................... 82
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 84
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 86
TÓPICO 2: MEMBRANAS BIOLÓGICAS ........................................................................................ 87
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 87
2 COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA ....................................................................................................... 87
3 TRANSPORTE PASSIVO .................................................................................................................. 92
4 TRANSPORTE ATIVO ....................................................................................................................... 94
5 ENDOCITOSE E EXOCITOSE .......................................................................................................... 96
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 100
sumário
VIII
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 104
UNIDADE 3: DIVISÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR ............................................................. 105
TÓPICO 1: MITOSE E MEIOSE .......................................................................................................... 107
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 107
2 CICLO CELULAR ................................................................................................................................ 108
 2.1 INTÉRFASE ...................................................................................................................................... 114
 2.2 MITOSE ............................................................................................................................................ 116
3 DURAÇÃO DO CICLO CELULAR .................................................................................................. 124
4 A RELAÇÃO ENTRE MEIOSE E REPRODUÇÃO SEXUADA .................................................. 127
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ........................................................................................................... 136
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ........................................................................................................... 137
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 139
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 140
TÓPICO 2: DIFERENCIAÇÃO CELULAR ........................................................................................ 143
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 143
2 CONCEITOS: DIFERENCIAÇÃO E POTENCIALIDADE ........................................................ 144
3 FATORES QUE CONTROLAM O PROCESSO DE DIFERENCIAÇÃO 
 CELULAR .............................................................................................................................................. 150
4 PROCESSO REVERSÍVEL ................................................................................................................. 155
5 CÉLULAS-TRONCO ........................................................................................................................... 159
6 APOPTOSE: MECANISMO DE AUTODESTRUIÇÃO ............................................................... 165
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ........................................................................................................... 170
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ........................................................................................................... 172
LEITURA COMPLEMENTAR 3 ........................................................................................................... 174
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 181
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 182
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 183
1
UNIDADE 1
CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
● entender os conceitos básicos da Citologia;
● conhecer os principais fatos relacionados à descoberta das células;
● compreender as diferenças básicas entre as células procarióticas e eucari-
óticas.
Esta primeira unidade está dividida em dois tópicos. Você encontrará, no 
final de cada um deles, atividades que irão contribuir para a compreensão 
dos conteúdos explorados.
TÓPICO 1 – A CÉLULA
TÓPICO 2 – CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
Assista ao vídeo 
desta unidade.
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
A CÉLULA
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), esta unidade tem como objetivo principal oferecer 
uma introdução ao estudo das estruturas e funções da célula. 
Sendo assim, iniciaremos nossos estudos com a definição de célula 
proposta por Robertis e Hib (2006, p. 1): “a célula é a unidade estrutural e funcional 
fundamental dos seres vivos, assim como o átomo é a unidade fundamental das 
estruturas químicas. Se, por algum meio, a organização celular for destruída, a 
função da célula também será alterada”. 
Todas as células desempenham certo número de atividades que se 
denominam funções vitais ou básicas, ou seja, atividades que servem para manter 
a vida das células. Em grande parte, são usados mecanismos semelhantes por 
células de vários tipos para realizar tais atividades. Portanto, as células utilizam 
mecanismos semelhantes para sintetizar proteínas, transformar energia e 
movimentar substâncias essenciais para o seu interior; utilizam os mesmos tipos de 
moléculas para realizar contrações; multiplicam seu material genético da mesma 
maneira.
A célula é a menor unidade capaz de manifestar as propriedades de um ser 
vivo. Todos os seres vivos são células ou associações de células, originando seres 
unicelulares (bactérias) e pluricelulares (a maioria dos seres vivos), com exceção 
do vírus, que, quando isolado, não manifesta nenhuma atividade vital. Entretanto, 
quando este organismo penetra em uma célula, seu material genético se replica e 
comanda a síntese de proteínas especificamente virais.
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
4
A célula é organizada, ela é delimitada por uma membrana contendo uma 
pequena massa de protoplasma (citoplasma e núcleo). O citoplasma e o núcleo não 
só apresentam funções distintas,como também trabalham juntos para manter a 
viabilidade da célula e contribuir para a sobrevivência do organismo.
Em um ser multicelular, a célula tem formas e estruturas variadas, 
condicionadas principalmente pela adaptação à função específica que desempenha 
em diferentes tecidos e órgãos. Devido a essa especialização funcional, as células 
adquirem características particulares em cada caso, muito embora existam 
caracteres comuns entre elas.
Existe sempre uma relação entre a forma e a função da célula, que é 
controlada pelos seus genes e influenciada por fatores externos, tais como: 
● tensão superficial; 
● viscosidade do protoplasma; 
● ação mecânica que exercem as células vizinhas; 
● rigidez da membrana e adaptação funcional.
Há células que apresentam formas variáveis, como os leucócitos e as 
amebas. Contudo, também existem outras, em que a forma é estável, como, por 
exemplo, células epiteliais, nervosas, espermatozoides e a maioria das células 
vegetais.
A maioria das células só é visível ao microscópio, sendo o seu tamanho 
compreendido entre 10 a 100 µm (micrômetro). Atualmente, os micoplasmas, um 
tipo de bactéria, são tidos como o de menor massa viva existente, geralmente com 
0,2 a 2 µm. Ao se reproduzirem, esses organismos podem ser menores que alguns 
vírus, depois crescem e ultrapassam o tamanho dos vírus.
Em geral, o volume da célula é constante para determinado tipo de célula, 
independente do tamanho do indivíduo. Existe uma relação entre a área da célula 
e o seu volume, o que limita o seu tamanho. Se ocorrer um aumento no tamanho 
da célula, também ocorre um aumento no seu volume, e numa proporção ainda 
NOTA
Organismos unicelulares são aqueles formados por uma única célula. Entretanto, 
muitos desses seres vivos vivem em colônias. Já os organismos multicelulares ou pluricelulares 
são formados por mais células.
TÓPICO 1 | A CÉLULA
5
maior. Consequentemente, para sustentação da estrutura, surgirá a necessidade de 
maior disponibilidade de alimento. 
No caso de a relação área/volume ser alta, o interior da célula é 
adequadamente abastecido pelas substâncias do seu exterior. Quando a relação 
área/volume diminui, começam as dificuldades para o suprimento de substâncias. 
Em células pequenas, o crescimento acontece mais rapidamente pela 
velocidade que acontecem os transportes de nutrientes para o interior da célula 
e também o transporte de produtos indesejáveis para o meio externo, ou seja, 
a rapidez no crescimento é devido a um metabolismo mais eficiente. Portanto, 
é o número de células e não o tamanho das mesmas que causam diferenças de 
tamanhos em indivíduos de uma mesma espécie.
2 TEORIA DA CÉLULA
Em 1639, o médico inglês Willian Harvey formulou uma teoria afirmando 
que o sangue circula continuamente pelo corpo, impulsionado pelo coração. 
Faltava descobrir a conexão entre as artérias e as veias.
Foi o italiano Marcello Malpighi, médico, anatomista, biólogo e ainda 
pioneiro na utilização do microscópio, que, em 1660, observou os vasos capilares 
presentes na cauda de peixes, confirmando a existência da conexão entre as artérias 
e veias.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), as discussões realizadas neste item têm como base as 
informações postadas no seguinte site: <http://www.invivo.fiocruz.br/celula/teoria_01.htm>. 
Acesso em: 12 maio 2010.
NOTA
Malpighi é considerado o precursor da embriologia e da histologia. Estruturas 
fisiológicas, como o corpúsculo de Malpighi (nos rins humanos) e os túbulos de Malpighi 
(sistema excretor de alguns invertebrados) receberam esse nome em sua homenagem.
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
6
O termo “célula” só surgiu em 1665, quando o cientista inglês Robert 
Hooke publicou a obra Micrographia. Contudo, foi em 1663 que Hooke iniciou 
suas pesquisas, com o intuito de descobrir o que fazia da cortiça um material tão 
leve e flutuante. Por meio de cortes bem finos da cortiça, foi possível visualizar, 
nas lentes de aumento do microscópio, que ela é formada por um grande número 
de cavidades preenchidas por ar. Ele chamou cada cavidade oca de cell, palavra 
de origem inglesa, que significa cela ou cavidade, surgindo assim o termo célula, 
diminutivo de cela.
FONTE: Raven, Evert e Eichhorn (2007, p. 39)
As pesquisas avançaram, principalmente sobre a estrutura dos vegetais, 
e percebeu-se que essas estruturas eram tão diferentes umas das outras, que os 
cientistas não esperavam constituírem uma estrutura básica única, partilhada por 
todos os vegetais. Porém, com o isolamento das células, que foi possível somente 
em 1805, foi confirmada sua individualidade.
Prezado(a) acadêmico(a)! Para enriquecer os seus estudos, no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA), no link material de apoio, estão disponibilizadas todas as imagens 
deste Caderno de Estudos na versão colorida. Caso você não conseguir visualizar, peça 
ajuda ao(à) seu(sua) Professor(a)-Tutor(a) Externo(a), para que faça a apresentação dessas 
imagens em um dos Encontros Presenciais da disciplina.
FIGURA 1 – (A) UM DOS MICROSCÓPIOS CONSTRUÍDOS POR 
HOOKE, POR VOLTA DE 1670. (B) DESENHO CONTENDO 
DUAS SEÇÕES DE CORTIÇA ESTAVA NO LIVRO DE HOOKE, 
MICROGRAPHIA, PUBLICADO EM 1665
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 | A CÉLULA
7
As primeiras células animais (glóbulos vermelhos de sangue) foram 
observadas em 1673 por Leeuwenhoeck. Em momento algum os cientistas 
esperavam encontrar estruturas básicas em comum para animais e vegetais. Por 
esse motivo, inicialmente, os glóbulos não foram considerados células. Ele também 
observou o núcleo em 1700, mas somente no final do século XVIII esta estrutura 
passou a ser considerada parte das células. Em 1836, a presença do núcleo só não 
foi reconhecida nas hemácias.
 
E, finalmente, em 1839, o zoólogo alemão, Theodor Schwann, publicou a 
obra Investigações Microscópicas sobre a Estrutura e o Crescimento dos Animais 
e das Plantas, que passou a ser conhecida como a Teoria Celular. A partir desse 
momento, a célula é vista como base das funções vitais dos organismos.
FONTE: Disponível em: <http://www.cbu.edu/~seisen/
SelectedEventsBiologicalSciences_files/image006.jpg>. Acesso em: 
12 maio 2010.
FIGURA 2 – THEODOR SCHWANN
TEORIA CELULAR VERSUS TEORIA ORGANISMAL
P. H. Raven
R. F. Evert
S. E. Eichhorn
Em sua forma clássica, a teoria celular propunha que os corpos dos animais 
e das plantas são agregados de células individualizadas e diferenciadas. Os 
proponentes dessa teoria acreditavam que as atividades de plantas ou animais 
como um todo devem ser encaradas como a soma das atividades das células 
individuais constituintes, sendo essas últimas de primordial importância. 
Esse conceito tem sido comparado à teoria da democracia de Jefferson, que 
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
8
considerava a nação como dependente e secundária, em direitos e privilégios, 
em relação aos estados individuais que a constituem.
Na última metade do século 19 foi formulada uma teoria alternativa à 
teoria celular. Conhecida como teoria organismal, ela substitui algumas das 
ideias defendidas pela teoria celular. Os proponentes da teoria organismal 
consideram o organismo inteiro como de primordial importância, invés de 
células individuais. 
A planta ou animal pluricelular é visto não meramente como um grupo 
de unidades independentes, mas como uma massa relativamente contínua de 
protoplasma, a qual, no curso da evolução, subdividiu-se em células. A teoria 
organismal originou-se em parte dos resultados de pesquisa fisiológica, que 
demonstrou a necessidade da coordenação das atividades dos vários órgãos, 
tecidos e células para o crescimento e desenvolvimento normal do organismo. 
A teoria organismal pode ser comparada à teoria do governo que admite que 
é de primordial importância a nação unificada e não os estados dos quais ela é 
formada.No século 19, o botânico alemão Julius von Sachs concisamente estabeleceu 
a teoria organismal quando escreveu “Die Pflanze bildet Zelle, nicht die Zelle 
Pflanzen”, que significa “ A planta forma células, as células não formam plantas”.
Na verdade, a teoria organismal é especialmente aplicada às plantas cujos 
protoplastos não são separados por constrição durante a divisão celular, como 
na divisão da célula animal, mas são separados inicialmente pela formação 
da placa celular. Além disso, a separação das células vegetais raramente se 
completa, os protoplastos das células contíguas permanecem conectados por 
cordões citoplasmáticos conhecidos como plasmodesmos. Os plasmodesmos 
atravessam as paredes e unem o corpo inteiro da planta em um todo orgânico 
conhecido como simplasto, o qual consiste nos protoplastos interligados e 
seus plasmodesmos. Como apropriadamente estabelecido por Donald Kaplan 
e Wolfgang Hagemann, “Ao invés das plantas superiores serem agregados 
confederados de células independentes, elas são organismos unificados, cujos 
protoplastos estão incompletamente subdivididos por paredes celulares”.
Em sua forma moderna, a teoria celular estabelece de um modo simples 
que: (1) todos os organismos vivos são compostos de uma ou mais células; (2) 
as reações químicas de um organismo vivo, incluindo as de biossíntese e as 
de seus processos de liberação de energia, ocorrem nas células; (3) as células 
originam-se de outras células; e (4) as células contêm a informação hereditária 
do organismo do qual elas são uma parte, e essa informação é passada da célula 
parental para a célula filha. As teorias celular e organismal não são mutuamente 
exclusivas. Juntas, elas fornecem uma significativa visão da estrutura e função 
em níveis celular e de organismo.
FONTE: RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. p. 40.
TÓPICO 1 | A CÉLULA
9
3 MICROSCÓPIO
A Citologia teve início com a invenção do microscópio, aparelho capaz 
de fazer objetos pequenos parecerem muito maiores. Por esse motivo, tornaram-
se imprescindíveis para a visualização das células. A maioria das células possui 
diâmetro que varia entre 1 a 100 µm e o ser humano tem a capacidade de visualizar 
a olho nu somente objetos de aproximadamente 200 µm de tamanho.
Existem dois tipos básicos de microscópios: ópticos e eletrônicos.
Prezado(a) acadêmico(a), vamos estudar o funcionamento e as diferenças entre os 
dois tipos de microscópios para entender o motivo pelo qual o microscópio eletrônico pode 
distinguir estruturas cerca de 1000 vezes menores do que é possível no microscópio óptico.
A qualidade de um microscópio depende da ampliação e também do poder 
de resolução, que é a capacidade de distinguir pontos situados muito próximos no 
objeto observado. Quanto maior essa capacidade, melhor a definição da imagem.
Um microscópio óptico apresenta um poder de resolução de 
aproximadamente 0,2 µm, tornando possível visualizar tamanho e formas celulares 
e também algumas estruturas celulares internas.
O microscópio óptico é formado basicamente por duas regiões, uma 
mecânica e uma região óptica. A mecânica exerce a função de suporte e controle 
do componente óptico, enquanto que essa é constituída por um sistema de lentes.
Na próxima figura, vamos visualizar todas as partes que formam o microscópio. 
A descrição dessas partes você encontrará no Manual de Práticas de Laboratório da disciplina 
de Citologia. A primeira atividade prática desta disciplina é “Teoria de Prática de Microscopia: 
utilização do microscópio de luz”.
UNI
ATENCAO
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
10
FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_SRxLSGVsNxA/SiA8CTsUR2I/AAAAAAAAAaU/
kV7mS4QgFKQ/s400/microscopio.jpg>. Acesso em: 27 jun. 2010.
O microscópio eletrônico de transmissão possui maior poder de resolução 
que o microscópio óptico. Dessa forma, é possível visualizar a ultraestrutura 
celular e a matriz extracelular.
Aparentemente, o microscópio eletrônico é parecido com o óptico, mas 
uma grande diferença entre os dois é o mecanismo de formação de imagem. 
No microscópio eletrônico esse mecanismo se baseia na dispersão dos 
elétrons que, ao chocar-se com os núcleos dos átomos do material, 
se dispersam de tal forma que caem por fora da abertura da lente da 
objetiva. Nesta dispersão, chamada elástica, a imagem observada na 
tela fluorescente reflete a ausência desses elétrons, já que caem fora da 
abertura da objetiva [...]. Além disso, a dispersão é devida a múltiplas 
colisões entre os elétrons, que diminuem a energia dos que conseguem 
passar (ROBERTIS; HIB, 2006, p. 362).
FIGURA 3 – O MICROSCÓPIO
TÓPICO 1 | A CÉLULA
11
FONTE: Robertis e Hib (2006, p. 358)
O poder de resolução de um sistema óptico é a sua capacidade de separar 
detalhes. Junqueira e Carneiro (2005) afirmam que, na prática, o poder de resolução é expresso 
pelo limite de resolução, que é o que determina a riqueza de detalhes da imagem, ou seja, é a 
menor distância existente entre dois pontos para que eles apareçam individualizados.
O microscópio eletrônico de varredura (MEV) permite a obtenção 
de imagens topográficas tridimensionais do objeto de estudo. Nesse tipo de 
microscópio, é utilizado um metal pesado para um possível aumento do poder 
dispersante das estruturas presentes na superfície da amostra.
O funcionamento desse tipo de microscópio é descrito por Robertis e Hib 
(2006, p. 365) da seguinte forma: “os elétrons excitam as moléculas da superfície 
do material, estes emitem um feixe de elétrons secundários que possuem certo 
movimento. Através desses elétrons são geradas imagens em televisão, e isso só é 
possível pela presença de um tubo fotomultiplicador”.
FIGURA 4 – TRAJETÓRIAS DOS RAIOS DE LUZ E DOS FEIXES DE ELÉTRONS NO MICROSCÓPIO 
ÓPTICO E NO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO, RESPECTIVAMENTE
NOTA
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
12
Prezado(a) acadêmico(a), as duas imagens a seguir são para comparar a 
visualização de esporos de uma espécie de Pteridófita em microscópio óptico e em 
microscópio eletrônico de varredura.
FONTE: As autoras
FONTE: As autoras
FIGURA 5 – VISTA GERAL DOS ESPOROS DE Pleopeltis lepidopteris 
(POLYPODIACEAE) NO MICROSCÓPIO ÓPTICO
FIGURA 6 – VISTA GERAL DOS ESPOROS DE Pleopeltis lepidopteris 
(POLYPODIACEAE) NO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA
UNI
TÓPICO 1 | A CÉLULA
13
4 COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS
Prezado(a) acadêmico(a), as discussões aqui realizadas são apenas uma 
introdução ao estudo dos componentes químicos das células. Você estudará detalhadamente 
esse conteúdo na disciplina de Bioquímica. 
Essa introdução é necessária, principalmente, pela importância das biomoléculas 
na estrutura das membranas biológicas, assunto que veremos no Tópico 2 da Unidade 2.
Os componentes químicos das células são classificados em: 
● Inorgânicos – água e minerais.
● Orgânicos – ácidos nucleicos, carboidratos, lipídios e proteínas.
As substâncias inorgânicas podem ser facilmente encontradas fora dos 
seres vivos, porque são substâncias simples e formadas por moléculas pequenas. 
Já as substâncias orgânicas encontram-se normalmente associadas aos seres vivos 
e são mais complexas, pela presença de cadeias de átomos de carbono.
 Água
Vários autores, entre esses, Campbell (2000), afirmam que a vida evolui em 
torno das propriedades gerais da água. Ela é o principal componente da maioria 
das células, por isso está envolvida em várias reações químicas. Um exemplo disso 
é a sua capacidade de controlar a acidez dentro da célula, por meio de tampões.
A água dissolve uma enorme quantidade de tipos de substâncias, sendo 
conhecida como um dos melhores solventes. Sua principal função é o transporte 
de substâncias e é pelo constante movimento das moléculas em soluçãoque a água 
auxilia na ocorrência de reações químicas, ou seja, no metabolismo da célula.
Além disso, através da transpiração, mantém-se a temperatura de animais 
e plantas terrestres, pois a evaporação de água na superfície do corpo retira o 
excesso de calor.
ATENCAO
ESTUDOS FU
TUROS
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
14
Caro(a) acadêmico(a), dentre tantas características da água, essas são apenas 
algumas funções que essa importante molécula é capaz de realizar.
 Sais minerais
Os sais minerais ocorrem como constituintes da estrutura esquelética dos 
seres vivos ou, ainda, dissolvidos em água. Não podem ser produzidos pelos seres 
vivos, por isso a importância de se manter uma dieta balanceada, pois, apesar 
de presentes em quantidades mínimas, são importantes como reguladores da 
atividade celular (reações enzimáticas).
No quadro a seguir estão os minerais mais importantes para os seres vivos 
e suas funções.
Minerais Funções
Cálcio
Formação estrutural de ossos e dentes; auxilia na condução de impulsos 
nervosos e contração muscular; auxilia na coagulação do sangue, juntamente 
com a vitamina K.
Ferro Assimilação e transporte de oxigênio no sangue, por meio da hemoglobina.
Flúor Formação dos dentes e ossos.
Fósforo Formação dos dentes e ossos; manutenção da integridade do esqueleto.
Iodo Composição de substâncias hormonais da glândula tireoide.
Magnésio Captação de luminosidade (presente na clorofila).
Potássio Participa da osmorregulação (manter pressão osmótica).
Sódio
Também atua na osmorregulação, na difusão dos impulsos nervosos e no 
processo de contração muscular.
FONTE: As autoras
Quando os sais minerais estão dissolvidos em água, eles formam os íons. 
Conforme Robertis e Hib (2006, p. 18), “a concentração de íons é diferente no 
interior da célula e no meio que a circunda. Assim, a célula tem alta concentração 
de cátions - potássio (K+) e magnésio (Mg2+), enquanto o sódio (Na+) e o cloreto (Cl-) 
estão localizados principalmente no líquido extracelular”.
O cálcio é um exemplo de mineral encontrado na forma não ionizada. 
Nos ossos e dentes, ele se encontra sob a forma de cristais, unido ao fosfato e ao 
carbonato.
QUADRO 1 – PRINCIPAIS MINERAIS E SUAS FUNÇÕES
ATENCAO
TÓPICO 1 | A CÉLULA
15
 Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos são definidos como polímeros (moléculas grandes com 
unidades que se repetem) de nucleotídeos. São os ácidos nucleicos que codificam 
e traduzem informações, que determinam as estruturas da enorme variedade de 
proteínas dos organismos.
Cada nucleotídeo contém resíduos de uma molécula de ácido fosfórico, 
uma de pentose e uma de base púrica ou pirimídica, sendo que as mesmas 
diferenciam-se pelo número de pontes de hidrogênio que cada uma apresenta 
(três pontes de hidrogênio, no caso da púrica e uma, na base pirimídica). As bases 
púricas mais encontradas nos ácidos nucleicos são a adenina e a guanina, em geral 
designadas pelas iniciais A e G, respectivamente. As principais bases pirimídicas 
são a timina, a citosina e a uracila, designadas pelas letras T, C e U. (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2005).
Dois tipos de ácidos nucleicos são encontrados nos organismos, ácido 
ribonucleico – RNA, que está relacionado com a síntese de proteínas. E o segundo 
é o ácido desoxirribonucleico – DNA, molécula portadora da mensagem genética.
FONTE: Disponível em: <http://static.hsw.com.br/gif/dna-nucleotide.gif>. Acesso 
em: 13 out. 2010.
A pentose é um açúcar composto por cinco carbonos.
FIGURA 7 – NUCLEOTÍDEOS
NOTA
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
16
DNA tRNA mRNA rRNA
COMPONENTES
Ácido fosfórico, 
desoxirribose, 
adenina, guanina, 
citosina e timina.
Ácido fosfórico, 
ribose, adenina, 
guanina, 
citosina, uracila, 
timina, ácido 
pseudouridílico, 
metilcitosina, 
dimetil-guanina.
Ácido fosfórico, 
ribose, adenina, 
guanina, 
citosina e 
uracila.
Ácido fosfórico, 
ribose, adenina, 
guanina, citosina 
e uracila.
FUNÇÕES
Comanda todo o 
funcionamento da 
célula; transmite 
a informação 
genética para as 
outras células.
Transporta os 
aminoácidos, 
unindo o seu 
anticódon 
do mRNA; 
determina a 
posição dos 
aminoácidos nas 
proteínas.
Através da 
sequência de 
suas bases, 
determina a 
posição dos 
aminoácidos 
nas proteínas.
Combina-se com 
o mensageiro, 
para formar os 
polirribossomos.
LOCALIZAÇÃO
Núcleo 
das células 
eucariontes; 
nucleoide das 
procariontes; 
mitocôndrias 
e cloroplastos; 
alguns vírus.
Principalmente 
no citoplasma; 
menor 
quantidade no 
núcleo.
Principalmente 
no citoplasma; 
menor 
quantidade no 
núcleo.
Principalmente 
no citoplasma; 
menor 
quantidade no 
núcleo.
TAMANHO DA 
MOLÉCULA
Muito grande: 
difícil de 
determinar.
25 a 30 kD 
(quilodáltons).
Depende 
do tamanho 
da proteína 
que codifica; 
variável entre 5 
X 104 a 5 X 1016 
dáltons.
5 S a 28 S
(S = Svedberg).
FORMA
Hélice filamento
dupla simples,
 em certos
 vírus.
“Folha de 
trevo”.
Filamento 
simples.
Ribossomo; 
tamanho: células 
eucariontes 2,3 
nm (80 S) células 
procariontes 1,8 
nm (70 S).
FONTE: Junqueira e Carneiro (2005, p. 53)
QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ÁCIDOS NUCLEICOS
 Carboidratos
Além de ser um dos constituintes estruturais importantes das membranas 
celulares, o carboidrato é uma das principais fontes de energia para a célula. Há 
três classes de carboidratos, que são divididos de acordo com os tamanhos. São os 
monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
TÓPICO 1 | A CÉLULA
17
Os monossacarídeos apresentam estrutura simples, são facilmente 
transportados para todas as partes do corpo e são utilizados como fonte de energia. 
A partir dos monossacarídeos são formadas as demais classes. Os quatro tipos de 
monossacarídeos diferem no número de átomos de carbono que cada molécula 
possui. Podem ser trioses (três átomos), tetroses (quatro átomos), pentoses (cinco 
átomos) e hexoses (seis átomos). Pentoses e hexoses são considerados os principais 
monossacarídeos para o organismo. 
Os dissacarídeos são constituídos por dois monossacarídeos. Os principais 
exemplos de dissacarídeos são: maltose, lactose e sacarose. A maltose é formada 
por duas moléculas de glicose. Ela é uma substância de reserva dos vegetais, tem 
função energética e é a matéria-prima da cerveja. A lactose é formada pela glicose 
e pela galactose e está presente no leite e seus derivados. A sacarose é formada por 
uma molécula de glicose e uma de frutose e se encontra na cana-de-açúcar e nas 
frutas.
Os polissacarídeos são importantes armazenadores de combustível. Além 
disso, pela insolubilidade em água, também atuam como elementos estruturais. 
A polimerização da glicose forma os polissacarídeos mais importantes, são eles: 
amido, glicogênio e celulose. O amido é uma substância de reserva energética dos 
vegetais e é formado por dois polissacarídeos. O glicogênio é a reserva energética 
das células animais. A celulose é o principal constituinte da parede celular vegetal.
Caro(a) acadêmico(a), é importante lembrar que polimerização é simplesmente 
uma reação química que origina os polímeros, também denominados macromoléculas.
 Lipídios
São bastante frequentes e podem ser encontrados em diversos locais, mas 
ocorrem com maior frequência nas membranas de plantas e animais. A mais 
importante característica dos lipídios é a sua baixa solubilidade em água. 
Outra característica é a presença de uma região hidrofílica e também a 
presença das caudas hidrofóbicas na sua estrutura, fazendo com que a molécula 
de lipídio forme uma bicamada estável na membrana, ou seja, as membranas 
celulares são elásticas e resistentes, devido às fortes interaçõeshidrofóbicas entre 
os grupos apolares dos fosfolipídios. 
Os lipídios são divididos em: simples, compostos e esteroides. Entre os 
simples estão ceras, óleos e gorduras (glicerídeos). As ceras ajudam a evitar a 
perda de água pela superfície da planta.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
18
Os fosfolipídios são um dos três tipos de lipídios mais abundantes presentes 
nas células e estão inclusos no grupo de lipídios compostos, que são abundantes 
no tecido nervoso e nas membranas plasmáticas. 
O colesterol é um dos esteroides mais importantes. Além de constituírem 
as membranas, podem ser encontrados em outras partes da célula e fora dela 
também. É muito comum nas células animais. Já, nas plantas, estão presentes em 
quantidades mínimas.
 Proteínas
 
As proteínas são combinações de 20 tipos de aminoácidos. Essa é a grande 
importância desse componente, pois esse número de aminoácidos permite várias 
combinações, ou seja, possibilita a formação de uma grande variedade de proteínas.
A sequência de aminoácidos especifica a estrutura tridimensional, que 
define a atividade biológica das moléculas proteicas. Campbell (2000) afirma que 
somente quando a proteína está na estrutura tridimensional correta é capaz de 
funcionar de modo eficiente. 
Para Robertis e Hib (2006, p. 30) “o termo proteína (do grego, proteîon, 
proeminente) sugere que todas as funções básicas das células dependem de 
proteínas específicas. Podemos dizer que, sem as proteínas, não existiria vida; elas 
estão presentes em cada célula e em cada organela”.
Purves et al. (2005) citam como sendo as principais funções das proteínas:
● suporte estrutural;
● proteção;
● catálise;
● transporte;
● defesa;
● regulação;
● movimento.
 
As proteínas podem ser classificadas em duas categorias: simples e 
conjugadas. As proteínas simples são formadas apenas por aminoácidos, enquanto 
que as proteínas conjugadas apresentam, na sua estrutura, um grupo prostético 
(componente não proteico).
 
As enzimas são as principais proteínas, constituem o grupo mais 
especializado e o maior grupo de proteínas do organismo. São capazes de acelerar 
uma reação química, por isso também são denominadas de catalisadores biológicos.
A sua eficiência e a velocidade das reações que catalisam dependem de 
alguns fatores externos, como o pH, a temperatura e a concentração do substrato. 
O substrato é chamado, também, de reagente, pois para que a enzima facilite uma 
determinada reação é necessário que ela se ligue ao substrato.
TÓPICO 1 | A CÉLULA
19
O nome das enzimas termina, geralmente, em “ase” e, normalmente, o seu 
nome indica a função que realiza, por exemplo, a protease é uma enzima que age 
na digestão de proteínas.
Prezado(a) acadêmico(a), concluindo o breve estudo dos componentes químicos 
da célula, visualize com atenção o seguinte quadro sobre os componentes orgânicos.
CLASSE DE 
MOLÉCULAS TIPOS SUBUNIDADES
FUNÇÕES 
PRINCIPAIS
OUTRAS 
CARACTERÍSTICAS
Carboidratos Monossacarídeos 
(por exemplo, 
glicose).
Monossacarídeos 
(açúcares simples).
Fonte de energia 
prontamente 
disponível.
Os carboidratos são 
açúcares e polímeros de 
açúcares.
Dissacarídeos 
(por exemplos, 
sacarose).
Polissacarídeos.
Dois 
monossacarídeos.
Muitos 
monossacarídeos.
Amido.
Glicogênio.
Celulose.
Quitina.
Forma de 
transporte nas 
plantas.
Energia 
armazenada ou 
componente 
estrutural.
Para identificar 
os carboidratos, 
procure compostos 
que consistam em 
monômeros com muitos 
grupos hidroxila (–OH) 
e normalmente um 
grupo carbonila (–C=O) 
ligados ao esqueleto 
carbônico. Entretanto, 
se os açúcares estiverem 
na forma de anel, o 
grupo carbonila não é 
evidente.
Principal forma 
de energia 
armazenada nas 
plantas.
Importante 
forma de energia 
armazenada 
em procariotos, 
fungos e animais.
Componente 
da parede 
das células de 
plantas.
Componentes 
da parede 
das células de 
fungos.
QUADRO 3 – MOLÉCULAS ORGÂNICAS BIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
ATENCAO
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
20
FONTE: Raven, Evert e Eichhorn (2007, p. 37)
Lipídios Triglicerídeos. 3 ácidos graxos + 1 
glicerol.
Óleos.
Gorduras.
Energia 
armazenada.
Os lipídios são 
moléculas apolares 
que não se dissolvem 
em solventes polares, 
como a água. Dessa 
forma, os lipídios são 
as moléculas ideais 
para o armazenamento 
de energia em longo 
prazo. Eles podem 
ser “guardados” ou 
compartimentalizados 
numa célula sem 
se dissolverem no 
ambiente aquoso e sem 
“escaparem” para o 
restante da célula.
Importante 
forma de energia 
armazenada 
nas sementes e 
frutos.
Importante 
forma de energia 
armazenada em 
animais.
Fosfolipídios 2 ácidos graxos + 1 
glicerol + 1 grupo 
fosfato.
Principal 
componente 
de todas as 
membranas 
celulares.
Os fosfolipídios 
e os glicolipídios 
são triglicerídios 
modificados com um 
grupo polar em uma 
das extremidades. 
A “cabeça” polar da 
molécula é hidrofílica e 
dessa maneira dissolve-
se em água; a “cauda” 
apolar é hidrofóbica 
e insolúvel em água. 
Essa é a base para seu 
papel nas membranas 
celulares, nas quais elas 
são arranjadas cauda a 
cauda em uma camada 
dupla de fosfolipídios.
Cutina, suberina e 
ceras.
Varia; estruturas 
lipídicas complexas.
Proteção. Agem como 
impermeabilizantes de 
caule, folhas e frutos.
Esteroides. Quatro anéis 
hidrocarbônicos 
interligados.
Componente 
das membranas 
celulares; 
hormônios.
Um esterol é um 
esteroide com um grupo 
hidroxila ligado ao 
átomo de carbono da 
posição 3.
Proteínas 
(polipeptídios)
Muitos tipos 
diferentes.
Aminoácidos. Numerosas; 
incluindo 
estrututural, 
catalítica 
(enzimas).
Estrutura primária, 
secundária, terciária e 
quaternária.
Ácidos nucleicos DNA
Nucleotídeos.
Portador da 
informação 
genética.
Cada nucleotídeo é 
composto de um açúcar, 
uma base nitrogenada e 
um grupo de fosfato. O 
ATP é um nucleotídeo 
que funciona como o 
principal transportador 
de energia nas células.
RNA E n v o l v i d o 
n a s í n t e s e d e 
proteína.
CLASSE DE 
MOLÉCULAS TIPOS SUBUNIDADES
FUNÇÕES 
PRINCIPAIS
OUTRAS 
CARACTERÍSTICAS
TÓPICO 1 | A CÉLULA
21
De forma geral, podemos concluir que cada uma das moléculas orgânicas 
citadas no quadro é de fundamental importância para o bom funcionamento do 
organismo e da célula, cada uma realizando suas respectivas funções. Na Leitura 
Complementar que segue, vocês conhecerão um pouco mais sobre as enzimas que 
são um dos tipos de proteínas.
LEITURA COMPLEMENTAR
ENZIMAS – PODEROSA FERRAMENTA NA INDÚSTRIA
Artigo discute a importância das enzimas em diferentes processos 
industriais essenciais para o homem
Solange Inês Mussatto
Marcela Fernandes 
Adriane Maria Ferreira Milagres
As enzimas, importantes componentes do metabolismo de todos os seres 
vivos, têm a capacidade de promover e acelerar reações químicas. Microrganismos 
ou substâncias com essa propriedade já eram usados por populações humanas 
muito antigas para modificar alimentos – fermentar uvas e fabricar o vinho, ou 
alterar o leite e produzir queijo, por exemplo. Depois que os cientistas desvendaram 
a atuação das enzimas, estas passaram a ser cada vez mais empregadas, com 
variadas finalidades. Hoje, essas proteínas especiais são úteis inclusive na indústria, 
não apenas na área de alimentos, mas em muitos outros setores.
Produtos naturais encontrados em abundância no corpo humano e na 
natureza, as enzimas são proteínas capazes de promover e acelerar reações 
químicas, que regulam grande número de processos biológicos. Presentes em 
microrganismos, animais e vegetais, elassão usadas direta ou indiretamente 
pela humanidade há milhares de anos, mas sua importância só foi reconhecida 
em meados do século 19, quando cientistas descobriram como atuam. A partir de 
então, e, sobretudo no século 20, aumentou rapidamente o conhecimento sobre 
tais substâncias, e foram determinados os mecanismos de ação e as estruturas de 
milhares delas.
Essa maior compreensão possibilitou o emprego dessas proteínas especiais 
em processos industriais de diferentes áreas: médica, alimentícia, têxtil, química, 
de papel e celulose e muitas outras. É vantajoso usar enzimas na indústria, 
porque elas são naturais, não tóxicas e específicas para determinadas ações. Além 
disso, são capazes de alterar as características de variados tipos de resíduos, 
contribuindo para reduzir a poluição ambiental. O mercado brasileiro de enzimas, 
embora pequeno diante do mundial, apresenta grande potencial, em função da 
enorme disponibilidade de resíduos agroindustriais e do dinamismo dos setores 
industriais citados acima.
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
22
Nas células, as enzimas estão envolvidas em todos os processos bioquímicos. 
Para atuar corretamente, porém, precisam de condições específicas, pois são 
ativas apenas em uma faixa estreita de acidez-alcalinidade (pH) e são sensíveis a 
mudanças nesse fator e na temperatura do meio.
Os microrganismos são a principal fonte de enzimas de aplicação industrial, 
mas diversas podem ser obtidas de animais (pancreatina, tripsina, quimotripsina, 
pepsina, renina e outras) ou vegetais (papaína, bromelina, ficina e outras). Hoje, 
porém, como é possível modificar geneticamente os microrganismos para que 
forneçam qualquer enzima, a tendência é substituir as produzidas por vegetais e 
animais pelas de origem microbiana.
O uso de enzimas em processos industriais é de grande interesse, em 
especial devido à facilidade de obtenção (por biotecnologia) e às vantagens 
em relação aos catalisadores (aceleradores de reações) químicos, como maior 
especificidade, menor consumo energético e maior velocidade de reação. Além 
disso, a catálise enzimática tem outros benefícios, como o aumento da qualidade 
dos produtos, em relação à catálise química; a redução dos custos de laboratório 
e de maquinário, graças à melhoria do processo; ou a fabricação controlada de 
pequenas quantidades.
FONTE: Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2007/242/enzimas-
poderosa-ferramenta-na-industria>. Acesso em: 14 maio 2010.
23
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou que:
● Todos os seres vivos são células (seres unicelulares) ou associações de células 
(seres pluricelulares), com exceção do vírus, que quando isolado, não manifesta 
nenhuma atividade vital, chamados de acelulares.
● As células utilizam mecanismos semelhantes para sintetizar proteínas, 
transformar energia e movimentar substâncias essenciais para o seu interior; 
utilizam os mesmos tipos de moléculas para realizar contrações; multiplicam 
seu material genético da mesma maneira.
● A célula é organizada, ela é delimitada por uma membrana contendo uma 
pequena massa de protoplasma (citoplasma e núcleo). O citoplasma e o núcleo 
não só apresentam funções distintas como também trabalham juntos, para 
manter a viabilidade da célula e contribuir para a sobrevivência do organismo.
● Os componentes químicos das células são classificados em: inorgânicos – água e 
minerais – e orgânicos – ácidos nucleicos, carboidratos, lipídios e proteínas.
● A água está envolvida em várias reações químicas da célula e dissolve uma 
enorme quantidade de tipos de substâncias, sendo conhecida como um dos 
melhores solventes.
● Sais minerais não são produzidos pelos seres vivos, por isso a importância de 
manter uma dieta balanceada.
● Existem dois tipos de ácidos nucleicos: ácido ribonucleico – RNA, que está 
relacionado com a síntese de proteínas –, e o ácido desoxirribonucleico – DNA, 
molécula portadora da mensagem genética.
● Existem três classes de carboidratos, que são divididos de acordo com os 
tamanhos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
● Os lipídios são divididos em: simples, compostos e esteroides. Entre os simples 
estão ceras, óleos e gorduras (glicerídeos). Sua principal função é a reserva 
energética, tanto em animais como nos vegetais também.
● A grande quantidade de aminoácidos permite várias combinações, ou seja, 
possibilita a formação de uma grande variedade de proteínas. As proteínas 
podem ser classificadas em duas categorias: simples e conjugadas.
24
AUTOATIVIDADE
1 Descreva como surgiu o termo “célula”.
2 Os lipídios, caracterizados pela baixa solubilidade em água, são divididos em 
simples, compostos e esteroides. Cite um exemplo de cada um desses tipos 
de lipídios.
3 As proteínas são combinações de aminoácidos e as enzimas são um exemplo 
de proteína. Descreva qual a função das enzimas.
25
TÓPICO 2
CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRICO
Caro(a) acadêmico(a), apresentaremos, neste tópico, um breve histórico de 
como surgiram os termos procarióticas e eucarióticas, bem como suas principais 
características.
Baseado no trabalho de Hebert Copeland, que classificou os organismos 
em quatro reinos (plantas, animais, protistas e bactérias), Robert Whittaker, em 
1959, postula a divisão em cinco reinos, são eles: Bacteria, Protoctista, Animalia, 
Fungi e Plantae.
Reinos Componentes
Bacteria Dois sub-reinos: Archaea e Eubacteria.
Protoctista Algas, protozoários e outros organismos aquáticos.
Animalia Animais com ou sem espinhas dorsais.
Fungi Cogumelos, fungos e leveduras.
Plantae Musgos e outras plantas com esporos ou sementes.
FONTE: As autoras
Entretanto, antes mesmo da divisão dos cinco reinos, em 1937, o biólogo 
marinho Edouard Chatton sugeriu que o termo procariotique (do grego pro, 
significando antes, e karyon, significando semente, núcleo) fosse utilizado para 
descrever as bactérias e algas azuis, e o termo eucariotique (do grego eu, que 
significa verdadeiro) fosse utilizado nas células animais e plantas (MARGULIS; 
SCHWARTZ, 2001).
QUADRO 4 – REINOS E COMPONENTES
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
26
FONTE: Disponível em: <http://www.pasteur.fr/infosci/archives/
cht0.html>. Acesso em: 23 jun. 2010.
Com a identificação feita por Chatton, simplifica-se a complexa divisão dos 
cinco reinos, pois desses, apenas o reino Monera, composto por bactérias e algas 
azuis (cianobactérias), é formado por células procarióticas. Todos os membros dos 
quatro reinos restantes são eucariotas.
FONTE: Campbell (2000, p. 54)
FIGURA 8 – EDOUARD CHATTON
FIGURA 9 – O ESQUEMA DE CLASSIFICAÇÃO EM CINCO REINOS
TÓPICO 2 | CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
27
3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS 
PROCARIÓTICAS
As células procarióticas são menores que as células eucarióticas e até mais 
simples em estrutura, mas são funcionalmente complexas.
Uma das características mais marcantes das células procarióticas é que 
elas não possuem o envoltório nuclear. Dessa forma, o cromossomo encontra-se 
disperso no nucleoide e fica em contato direto com o citosol.
Outra característica marcante é a ausência das organelas citoplasmáticas 
envolvidas por membranas, sendo assim, esses organismos possuem uma única 
membrana, chamada membrana plasmática. As mitocôndrias são um exemplo de 
organela ausente, mas enzimas associadas às suas membranas realizam funções 
parecidas às das mitocôndrias.
O citoesqueleto também não está presente nesses organismos, 
impossibilitando a realização da mitose. O citoesqueleto é constituído por proteínas 
que auxiliam no processo de mitose. Dessa forma, as células procariotas dividem-
se por fissão.
Fissão binária é o processo de reprodução assexuada, comum nos organismos 
unicelulares.É um processo simples de divisão de uma célula em duas, cada célula-filha com 
o mesmo genoma da célula-mãe.
Resumindo, “[...] as células procariontes não possuem envoltório nuclear, 
nem o elaborado sistema de membranas encontrado no citoplasma das células 
eucariontes, nem citoesqueleto”. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005, p. 267).
Prezado(a) acadêmico(a), até o momento vimos estruturas ausentes nos 
procariotos. Agora, estudaremos as principais estruturas que constituem bactérias e 
cianobactérias. Segue desenho da bactéria.
NOTA
UNI
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
28
FONTE: Junqueira e Carneiro (2005, p. 268)
No interior da célula procariótica, o citoplasma é formado pelo nucleoide, 
polirribossomos e por grânulos diversos. As bactérias são envolvidas pela 
membrana plasmática, que é coberta por uma parede espessa e rígida, a parede 
bacteriana. Além da membrana e da parede, ainda existe uma terceira camada, 
conhecida por cápsula.
O nucleoide é a região onde está inserido o cromossomo da bactéria. Ela 
pode se apresentar na forma arredondada ou alongada, e uma única bactéria pode 
apresentar mais de um nucleoide. É possível também encontrar cromossomos 
menores localizados fora do nucleoide, que são denominados plasmídios.
O cromossomo da célula bacteriana difere do das células eucarióticas por 
essas apresentarem uma estrutura mais elaborada, constituída de DNA e maior 
variedade de proteínas. 
A membrana plasmática das bactérias apresenta estrutura semelhante à 
da membrana plasmática das células eucarióticas. Moléculas receptoras, proteínas 
relacionadas com o transporte transmembrana e as moléculas da cadeia respiratória 
constituem essa membrana. 
É através de invaginações na membrana que se formam os mesossomos. 
Junqueira e Carneiro (2005) afirmam que essas estruturas atuam no aumento de 
moléculas que participam de processos funcionais, como a respiração; participando, 
ainda, da formação dos septos e da parede.
A parede fica responsável por determinar a forma da célula e proteger 
contra a ruptura, possibilitando sua sobrevivência e multiplicação em meio 
hipotônico; protegendo contra a penetração de bacteriófagos (vírus que atacam as 
bactérias). Além disso, tem grande importância na divisão celular, originando o 
septo que separa as duas novas células durante a divisão celular.
FIGURA 10 – DESENHO TRIDIMENSIONAL MOSTRANDO AS ESTRUTURAS 
PRINCIPAIS DA BACTÉRIA
TÓPICO 2 | CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
29
Os micoplasmas, citados no tópico anterior, que são bactérias consideradas 
como as menores células, diferem pela ausência de parede.
A cápsula de proteção atua, por exemplo, contra o dessecamento. Muitos 
procariotos não produzem essa cápsula e pode acontecer de alguns perderem a 
mesma, o que não interfere, pois não é essencial para a vida da célula. Junqueira 
e Carneiro (2005) afirmam que a cápsula é mais comum em bactérias patogênicas 
(pathos, doença, e genos, gerar), por essas apresentarem maior risco de fagocitose.
Mycobacterium tuberculosis e Víbrio cholerae são exemplos de bactérias 
patogênicas, que causam a tuberculose e a cólera, respectivamente. 
Na superfície da bactéria estão os flagelos e as fímbrias, o primeiro 
é responsável pelo movimento das bactérias. Não são todas as bactérias que 
possuem os flagelos, mas quando presentes, o comprimento geralmente é maior 
que o da célula. Já as fímbrias participam da transferência unidirecional de DNA 
entre células bacterianas. 
As fímbrias são mais curtas e mais numerosas que os flagelos e, apesar de 
estarem associadas à realização de várias funções, não têm relação nenhuma com 
a mobilidade das bactérias. 
Assim como as bactérias, as cianobactérias possuem cápsula, parede 
celular, nucleoide e ribossomos. Uma diferença é o sistema fotossintético, que é 
composto por sacos achatados e grânulos, que contêm os pigmentos fotossintéticos. 
Os grânulos são denominados cianossomos. Além da clorofila, seus principais 
pigmentos são: as ficocianinas (azul) e ficoeritrinas (vermelho).
Muitas cianobactérias possuem vacúolos gasosos. Esses vacúolos são 
estruturas presentes somente em organismos procariotos que vivem em mares 
ou lagos, flutuando. São muito importantes, pois o gás presente na membrana 
dessa organela permite que a célula se posicione na profundidade ideal, em que a 
concentração de oxigênio e intensidade luminosa, por exemplo, sejam adequadas. 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
ATENCAO
NOTA
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
30
As cianobactérias não possuem cílios e flagelos, elas se movimentam por 
deslizamento, pois apresentam uma camada viscosa na superfície.
FONTE: Junqueira e Carneiro (2005, p. 280)
4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EUCARIÓTICAS
A palavra eucarioto significa núcleo verdadeiro. As células eucarióticas 
possuem um núcleo verdadeiro, com um envoltório nuclear, permitindo que 
o material genético permaneça aglomerado no interior do núcleo. Essas células 
possuem uma variedade de estruturas especializadas, que são as organelas, 
rodeadas pelo citosol.
Campbell (2000, p. 45) define organela como sendo “[...] uma parte da célula que 
exerce uma função distinta; ela é envolvida por sua própria membrana no interior celular”.
FIGURA 11 – DESENHO ESQUEMÁTICO DA ESTRUTURA DE UMA CIANOBACTÉRIA
As células eucarióticas são usualmente maiores e estruturalmente mais 
complexas do que as células procarióticas. Embora algumas possam ser vistas a 
olho nu, geralmente seu tamanho varia entre 5 – 100 µm.
A compartimentalização é a principal característica das células eucarióticas 
NOTA
TÓPICO 2 | CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
31
e ocorre por meio de membranas. Junqueira e Carneiro (2005, p. 3) fazem a seguinte 
comparação: “a célula eucarionte é como uma fábrica organizada em seções de 
montagem, pintura, embalagens etc. Além de aumentar a eficiência, a separação 
das atividades permite que as células eucariontes atinjam maior tamanho, sem 
prejuízo das suas funções”.
A partir do que Purves et al. (2005) descrevem e do quadro 5, ficará mais 
evidente a importância dessa característica das células eucarióticas, pois é da 
compartimentalização celular que as organelas derivam. No quadro a seguir você 
fará um breve estudo sobre as funções de algumas organelas.
ORGANELAS FUNÇÕES
Núcleo
Contém a maioria do material genético 
da célula (DNA). Determina a expressão 
desse material em razão do funcionamento 
celular e de sua duplicação quando a célula 
é reproduzida.
Mitocôndria
É a usina energética e o parque industrial, 
onde a energia armazenada na ligação de 
carboidratos é convertida em uma forma 
mais útil para a célula e onde ocorrem 
certas conversões bioquímicas essenciais 
de aminoácidos e ácidos graxos.
Retículo endoplasmático e 
complexo de Golgi
São compartimentos onde proteínas 
são empacotadas e enviadas aos locais 
apropriados na célula.
Lisossomo e vacúolo
São sistemas digestivos celulares, onde 
grandes moléculas são hidrolisadas em 
monômeros utilizáveis.
Cloroplasto Realiza a fotossíntese.
FONTE: Adaptado de: Purves et al. (2005, p. 63)
A seguir, Junqueira e Carneiro (2005, p. 10) listam as cinco principais 
diferenças entre as células eucarióticas vegetais e as células eucarióticas animais. 
Acompanhe!
QUADRO 5 – ORGANELAS E SUAS FUNÇÕES
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
32
Características que distinguem as células eucariontes vegetais das animais
Presença de paredes
Além da membrana plasmática, as células das plantas contêm 
uma ou mais paredes rígidas que lhes conferem forma 
constante e protegem o citoplasma principalmente contra 
agressões mecânicas e a ação de parasitas.
Presença de plastídeos
Uma das principais características das células das plantas 
é a presença de plastídeos, também chamados plastos,que 
são organelas maiores que as mitocôndrias e, como elas, 
delimitadas por duas unidades de membrana. 
Vacúolos 
citoplasmáticos
As células das plantas contêm, com frequência, vacúolos 
citoplasmáticos muito maiores dos que os que existem no 
citoplasma das células animais. Os vacúolos das células vegetais 
podem ocupar a maior parte do volume celular, reduzindo-se o 
citoplasma funcional a uma delgada faixa na periferia da célula.
Presença de amido
Ao contrário das células eucariontes animais, que utilizam o 
polissacarídeo glicogênio como reserva energética, nas células 
das plantas o polissacarídeo de reserva é o amido.
Presença de 
plasmodesmos
As células vegetais possuem tubos com 20-40 nm de diâmetro 
ligando células vizinhas. Essas conexões são chamadas 
plasmodesmos e estabelecem canais para o trânsito de moléculas. 
As células animais não apresentam plasmodesmos; porém, 
muitas se comunicam por meio das junções comunicantes, 
que são morfologicamente muito diferentes, mas apresentam 
semelhanças funcionais com os plasmodesmos.
FONTE: Adaptado de: Junqueira e Carneiro (2005, p. 10)
Prezado(a) acadêmico(a), na próxima Unidade você estudará as organelas 
celulares e ficará mais claro cada uma dessas diferenças entre as células animais e vegetais.
QUADRO 6 – CARACTERÍSTICAS QUE DISTINGUEM AS CÉLULAS EUCARIONTES VEGETAIS DAS 
ANIMAIS
ESTUDOS FU
TUROS
TÓPICO 2 | CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
33
Para finalizar este tópico e relembrar o conteúdo estudado, visualize com 
atenção a figura que segue:
FONTE: Campbell (2000, p. 47)
O núcleo presente tanto nas células animais (a) como nas vegetais (b) pode 
ser considerado a organela mais importante das células eucarióticas, dada as 
funções que ela realiza. A célula procariótica (c), apesar de não possuir o envoltório 
nuclear, apresenta o material genético, que se encontra disperso no interior da 
célula. 
Caro(a) acadêmico(a), você observou alguma semelhança entre esses três 
tipos celulares? 
É possível observar duas semelhanças, a primeira é a presença da membrana 
celular que separa a célula da região exterior. Inclusive, vale ressaltar que é a 
única membrana presente nas células procarióticas (c). A segunda semelhança 
é a presença dos ribossomos. Campbell (2000, p. 46) afirma que “a localização 
dessa organela difere de uma célula para outra, pois nos organismos procariotos 
os ribossomos encontram-se livres no citosol. Já nos organismos eucariotos, estão 
frequentemente ligados ao retículo endoplasmático”.
FIGURA 12 – COMPARAÇÃO ENTRE (A) UMA CÉLULA ANIMAL TÍPICA, (B) UMA CÉLULA VEGETAL 
TÍPICA E (C) UMA CÉLULA PROCARIÓTICA
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
34
Conforme Campbell (2000, p. 46) afirma, “o citoplasma refere-se à porção da 
célula fora do núcleo e o citosol é a porção solúvel da célula que fica do lado externo das 
organelas envoltas por membrana”. O citosol também é conhecido por matriz citoplasmática 
e é nessa matriz que várias estruturas e os sistemas de membranas estão imersos.
BACTÉRIAS DESPONTAM NA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Duas pesquisas independentes, que acabam de ser divulgadas nos Estados 
Unidos, mostram que as bactérias geneticamente modificadas logo poderão ser 
mais importantes do que as plantas usadas para a produção de biocombustíveis. 
Pesquisadores da Universidade da Califórnia modificaram geneticamente 
uma cianobactéria para fazê-la consumir dióxido de carbono e produzir o 
combustível líquido isobutanol, que tem grande potencial como alternativa à 
gasolina.
Para completar esse quadro, que até parece bom demais para ser verdade, 
a reação química para produção do combustível é alimentada diretamente por 
energia solar, através da fotossíntese.
O processo tem duas vantagens para a meta global de longo prazo de 
se alcançar uma economia sustentável, que utilize energia mais limpa e menos 
danosa ao meio ambiente. 
Em primeiro lugar, ele recicla o dióxido de carbono, reduzindo as emissões 
de gases de efeito estufa resultantes da queima dos combustíveis fósseis.
Em segundo lugar, ele usa energia solar para converter o dióxido de carbono 
em um combustível líquido que pode ser usado na infraestrutura de energia já 
existente, inclusive na maioria dos automóveis.
Desconstrução da biomassa – As atuais alternativas à gasolina, o que 
inclui os biocombustíveis derivados de plantas ou de algas, exigem várias etapas 
intermediárias antes de gerar os combustíveis utilizáveis.
“Esta nova abordagem evita a necessidade de desconstrução da biomassa, 
quer no caso da biomassa celulósica, quer na biomassa de algas, algo que representa 
uma grande barreira econômica para a produção de biocombustíveis hoje”, disse 
o líder da equipa James C. Liao. “Portanto, [nossa biotecnologia] é potencialmente 
muito mais eficiente e menos dispendiosa do que as abordagens atuais.”
LEITURA COMPLEMENTAR
NOTA
TÓPICO 2 | CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS
35
Transformando CO2 em combustível – Usando a cianobactéria Synechoccus 
elongatus, os pesquisadores primeiro aumentaram geneticamente a quantidade da 
enzima RuBisCo, uma fixadora de dióxido de carbono. A seguir, eles juntaram 
genes de outros microrganismos para gerar uma cepa de bactérias que usa dióxido 
de carbono e luz solar para produzir o gás isobutiraldeído.
O baixo ponto de ebulição e a alta pressão de vapor do gás permitem que 
ele seja facilmente recolhido do sistema.
As bactérias geneticamente modificadas podem produzir isobutanol 
diretamente, mas os pesquisadores afirmam que atualmente é mais fácil usar 
um processo de catálise já existente e relativamente barato para converter o gás 
isobutiraldeído para isobutanol, assim como para vários outros produtos úteis à 
base de petróleo.
Segundo os pesquisadores, uma futura usina produtora de biocombustível 
baseada em suas bactérias geneticamente modificadas poderia ser instalada 
próxima a usinas que emitem dióxido de carbono – as termelétricas, por exemplo. 
Isto permitiria que o gás de efeito estufa fosse capturado e reciclado diretamente em 
combustível líquido. Para que isso se torne uma realidade prática, os pesquisadores 
precisam aumentar a produtividade das bactérias e diminuir o custo do biorreator.
Bactérias autodestrutivas 
A equipe da Universidade do Estado do Arizona também usou a genética e 
as cianobactérias fotossintéticas, mas em uma abordagem diferente.
O grupo do professor Roy Curtiss usou os genes de um bacteriófago – um 
microrganismo que ataca bactérias – para programar as cianobactérias para se 
autodestruírem, permitindo a recuperação das gorduras ricas em energia – e dos 
seus subprodutos, os biocombustíveis.
Segundo Curtiss, as cianobactérias são fáceis de manipular geneticamente 
e têm um rendimento potencialmente maior do que qualquer planta atualmente 
utilizada como fonte para os biocombustíveis capazes de substituir a gasolina ou 
o diesel.
Mas, para realizar esse potencial, é necessário colher as gorduras dos 
micróbios, o que atualmente exige uma série de reações químicas muito caras.
Otimização – Para fazer as cianobactérias liberarem mais facilmente sua 
preciosa carga de gorduras, Curtiss e seu colega Xinyao Liu inseriram nelas os 
genes dos bacteriófagos, que são controlados pela simples adição de quantidades-
traço de níquel no seu meio de cultura.
Os genes dos invasores dissolvem as membranas protetoras das 
cianobactérias, fazendo-as explodir como um balão, liberando as gorduras.
UNIDADE 1 | CITOLOGIA – FUNDAMENTOS
36
A solução também não é definitiva, mas os pesquisadores já contam com 
um financiamento de US$ 5,2 milhões nos próximos dois anos, para otimizar a 
reação e aumentar seu rendimento. (Fonte: Site Inovação Tecnológica) 
FONTE: Disponível em: <http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/01/26/51446-
bacterias-despontam-na-producao-de-biocombustiveis.html>.Acesso em: 27 jun. 2010.
37
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou que:
● Com a identificação feita pelo biólogo Chatton, simplifica-se a complexa divisão 
dos cinco reinos, pois desses, apenas o reino Monera, composto por bactérias 
e algas azuis (cianobactérias), é formado por células procarióticas. Todos os 
membros dos quatro reinos restantes são eucariotas.
● Uma das características mais marcantes das células procarióticas é que elas 
não possuem o envoltório nuclear. Dessa forma, o cromossomo encontra-se 
disperso no nucleoide e fica em contato direto com o citosol.
● “As células procariontes não possuem envoltório nuclear, nem o elaborado 
sistema de membranas encontrado no citoplasma das células eucariontes, nem 
citoesqueleto”. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005, p. 267).
● Na superfície da bactéria estão os flagelos (responsáveis pelo movimento das 
bactérias) e as fímbrias. Não são todas as bactérias que possuem os flagelos, 
mas quando presentes, o comprimento geralmente é maior que o da célula. 
Já as fímbrias participam da transferência unidirecional de DNA entre células 
bacterianas. 
● As células eucarióticas possuem um núcleo verdadeiro, com um envoltório 
nuclear, permitindo que o material genético permaneça aglomerado no interior 
do núcleo. Essas células possuem uma variedade de estruturas especializadas 
que são as organelas, rodeadas pelo citosol.
● A compartimentalização é a principal característica das células eucarióticas.
38
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com o estudo das células procarióticas, classifique as seguintes 
sentenças em V verdadeiras ou F falsas:
( ) O cromossomo da célula procariótica, normalmente, encontra-se inserido 
no nucleoide.
( ) As mitocôndrias são consideradas essenciais para as células pela sua 
importância na respiração, por isso, encontram-se em células procarióticas e 
eucarióticas.
( ) Na superfície da bactéria estão os flagelos e as fímbrias, estruturas 
responsáveis pela mobilidade.
( ) A ausência do citoesqueleto nas bactérias impossibilita a realização da mitose.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) A sequência correta é: V - F - V - V.
b) A sequência correta é: V - V - F - F.
c) A sequência correta é: F - V - F - V.
d) A sequência correta é: V - F - F - V.
2 Com relação ao transporte ativo, leia e complete a seguinte sentença:
“As células procariontes não possuem ___________________, nem o elaborado 
__________________ encontrado no citoplasma das células eucariontes, nem 
____________________”.
Agora, assinale a alternativa que apresenta as palavras que completam as 
lacunas corretamente:
a) envoltório nuclear - sistema de membranas - citoesqueleto.
b) cromossomo - sistema de membranas - parede celular.
c) envoltório nuclear - conteúdo citoplasmático - parede celular.
d) cromossomo - sistema de membranas - citoesqueleto.
3 Referente às principais diferenças das células eucarióticas animais e vegetais, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Presença de plasmodesmos e plastídios nas células animais.
b) ( ) Presença da parede celular nas células vegetais, mas ausência da 
membrana plasmática.
c) ( ) Presença de vacúolos citoplasmáticos e plasmodesmos nas células vegetais.
d) ( ) Presença de vacúolos e amido tanto nas células animais como vegetais.
4 Discorra a respeito do sistema fotossintético das cianobactérias.
39
Agora você desenvolverá duas atividades laboratoriais da disciplina de Citologia, 
retiradas do Manual de Atividades Laboratoriais e didático-pedagógicas de Ciências 
Biológicas.
ATENCAO
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
40
PRÁTICA - CONHECENDO O MICROSCÓPIO ÓPTICO COMUM (M.O.C)
1 INTRODUÇÃO
Esta prática pode ser utilizada para familiarizar o(a) acadêmico(a) com o uso do 
microscópio! 
Sabemos que o conhecimento das células evolui paralelamente ao 
aperfeiçoamento dos métodos de investigação, que estão aliados às descobertas 
cada vez mais aprofundadas sobre o assunto. Os métodos para visualização e 
estudo das células tem como principal constituinte o microscópio: através dele 
você será capaz de ampliar e regular as imagens de células e tecidos colocadas em 
uma lâmina para microscopia.
O microscópio óptico (M.O.), também chamado de microscópio de luz, 
possibilitou o descobrimento das células e a elaboração da teoria de que todos os 
seres vivos são constituídos por células. Inicialmente era formado por uma simples 
lente de aumento. Posteriormente, via associação de lentes, tornaram-se possíveis 
ampliações dos objetos observados, possibilitando ao homem pesquisar um novo 
mundo até então invisível (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2011). 
Hoje, não só usamos os microscópios comuns com lentes e luz, mas também 
microscópios eletrônicos, que se utilizam de campos magnéticos, feixes de elétrons, 
entre outros elementos, isto se deve ao fato da descoberta de técnicas citoquímicas 
para a identificação e localização de diversas moléculas constituintes das células.
Em se tratando de um instrumento de extrema importância para as pesqui-
sas biológicas, necessitamos estar familiarizados com o seu uso e compreender o 
seu funcionamento, para que somente depois possamos manuseá-lo com cuidado 
e precisão. Como ele é um equipamento de elevado custo e altamente sensível (as 
lentes e as oculares principalmente), todo cuidado é pouco na hora de trabalhar 
com o aparelho. Antes de qualquer ação, certifique-se de que entendeu bem como 
manuseá-lo. Leia com atenção todos os itens tratados a seguir.
O microscópio possui duas finalidades básicas:
1º- ampliação de imagem;
2º- permitir a distinção de objetos por distâncias tão pequenas que não podem ser 
percebidas a olho nu.
IMPORTANT
E
41
O M.O. compõe-se de uma parte mecânica, que serve de suporte, e uma 
parte óptica, constituída por três sistemas de lentes: o condensador, a objetiva e 
a ocular.
Na Figura 1, encontra-se descrita cada uma das partes desses sistemas, 
além da localização das estruturas do Microscópio Óptico.
FIGURA 1 – MICROSCÓPIO OPTICO
FONTE: DESSEN, Eliana Beluzzo; OYAKAWA, Jorge. Microscopia. Centro de Estudos do Genoma 
Humano. Disponível em: <http://genoma.ib.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/04/
Microscopia_2.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2013.
42
Agora, vamos analisar as estruturas presentes no Microscópio Óptico no 
laboratório de Ciências Biológicas do Polo de Apoio Presencial. Caso for necessário, 
acrescente flechas de identificação nas estruturas. 
Após esse preenchimento, compare com as funções já relatadas da Figura 1 
e faça uma busca na internet ou livros didáticos a respeito das estruturas que não 
foram citadas anteriormente.
FIGURA 1 – MICROSCÓPIO OPTICO
FONTE: DESSEN, Eliana Beluzzo; OYAKAWA, Jorge. Microscopia. Centro 
de Estudos do Genoma Humano. Disponível em: <http://genoma.ib.usp.br/
wordpress/wp-content/uploads/2011/04/Microscopia_2.pdf>. Acesso em: 20 ago. 
2013.
1.1 MANUTENÇÃO E CUIDADOS COM O USO DO MICROSCÓPIO 
ÓPTICO 
1.1.1 Limpeza da parte óptica: oculares
Para auxiliar na manutenção e no cuidado com o microscópio é necessário 
realizar a limpeza e lubrificação das diferentes partes do M.O. para aumentar a 
durabilidade das peças e a nitidez das imagens.
43
De acordo com Macedo et al. (1996), antes de realizar a limpeza da parte 
óptica, deve-se observar se as lentes possuem fungos e se a camada de filme fino 
antirreflexivo não está deteriorada. Isto pode ser observado através da diferença 
de coloração entre o vidro e o filme. 
Além desta verificação, deve-se tomar cuidado com o uso de materiais 
que agridem as partes do M.O. como esponjas, palhas de aço, papéis impróprios, 
objetos pontiagudos, entre outros (MACEDO et al., 1996).
Depois

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