Buscar

GESTÃO_DA_SISTEMATIZAÇÃO_DA_ASSISTÊNCIA_DE_ENFERMAGEM

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

GESTÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Profa Bianca Vilhena
	
O trabalho de enfermagem direcionou-se da seguinte maneira:
No sentido de organizar o cuidado do paciente, o que se deu pela sistematização das técnicas de enfermagem;
No sentido de organizar o ambiente terapêutico, por meio de mecanismos de purificação do ar, limpeza, higiene e outros; 
No sentido de organizar os agentes de enfermagem, por meio de treinamentos, com a utilização de técnicas e mecanismos de gestão (GOMES et al., 1997).
	
	
	O enfermeiro é responsável por coordenar as atividades assistenciais e gerenciais, organizando o ambiente e liderando pessoas nele inseridas.
	
	Implantar a SAE realizando mudanças no modelo assistencial vigente requer habilidades gerenciais e assistenciais que devem ser implementadas gradualmente, uma vez que essa metodologia acaba representando uma revolução no modo de prestar os serviços de saúde, porque implica reorganização dos recursos físicos, humanos, administrativos, materiais, avaliação e acompanhamento dos recursos orçamentários e uma nova concepção de cuidado focado na integralidade das pessoas e prestado a partir de um marco conceitual (teoria de enfermagem) que favoreça esse novo direcionamento das ações pelos enfermeiros.
	
	Assim, para que a SAE seja implementada, além de adquirir habilidade para realizar as 5 etapas: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação – o enfermeiro deve conhecer também o ambiente de trabalho no qual a SAE será implantada e ficar ciente do motivo da existência do serviço de enfermagem na instituição e dos objetivos desse serviço.
	Além disso, para que tenha condições de realizar a assistência direta ao paciente, o enfermeiro deve gerenciar efetivamente os recursos da unidade por ele administrado, sendo esta uma etapa fundamental na sistematização da assistência.
ESTRATÉGIAS PARA IMPLANTAÇÃO DA SAE
1. Diagnóstico situacional
	
	O diagnóstico situacional é uma ferramenta que deve ser utilizada pelo enfermeiro por permitir a identificação da realidade do serviço em que ele está inserido, bem como o perfil da clientela assistida, a fim de garantir ações cada vez mais qualificadas e uma assistência humanizada e resolutiva (Kurcgant, 2005).
1. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
COLETA DE DADOS
ANÁLISE DOS DADOS
EMISSÃO DO DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES
Segmento Territorial (área de abrangência, número de pessoas cobertas, etc.)
Processo saúde-doença (doenças mais prevalentes, quantidades de gestantes acompanhadas, etc.)
Infraestrutura (identificação da unidade, recursos físicos, humanos, administrativos.)
Serviço de enfermagem (investigação da prática de consulta, identificação da implementação da SAE)
Avaliar os dados destacando os problemas. Sugere-se o uso de Bibliografia para embasar análise criteriosa e legalmente fundamentada.
Emitir um parecer acerca das condições de atendimento oferecidas pelo serviço. 
Determinar cuidadosamente as prioridades para o serviço
2. Planejamento estratégico
	O planejamento consiste em um método de ação, um processo de fixação do programa de desenvolvimento dos trabalhos que compõem uma entidade (PINA, 2007).
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Primeiro momento
(explicativo)
É onde se realiza a explicação dos problemas
Segundo momento
(normativo)
Levantamento das alternativas de intervenções
Ideias e sugestões
Terceiro momento
(estratégico)
Análise do que pode ser feito
Elaboração de planilhas de trabalho
Quarto momento
(tático operacional)
Instalação do plano de trabalho
3. Ferramenta de gestão pela qualidade
Diagrama em espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa
Possibilita a separação dos fins com os meios e a compreensão da relação causa-efeito.
O problema deverá estar representado na cabeça do peixe.
Existem 6 famílias: meio-ambiente, método, medição, mão de obra, material, máquinas e equipamentos.
Diagrama em espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa
Padronização das atividades
	Após conhecer o perfil do campo de trabalho e do usuário, os pontos positivos e negativos do cenário, o enfermeiro pode, juntamente com a equipe e embasado em conhecimento científico e na teoria de enfermagem selecionada para fundamentar as ações da equipe de enfermagem, formalizar rotinas a serem seguidas na unidade.
	
	Essa padronização das atividades tem como objetivo criar identidade, individualizar o serviço de enfermagem, com a aplicação de processos científicos à prática do serviço e sistematizar a execução das atividades por diferentes profissionais.
	
	O modelo de padronização (procedimento operacional padrão [POP]) a ser seguido deverá ser o mais prático possível, para possibilitar ao usuário uma busca prática e rápida das informações.
	Após a criação de POPs ou rotinas padronizadas (processos), é necessário o treinamento de toda a equipe. Nesse momento é fundamental e de extrema importância a participação do enfermeiro.
4. Avaliação contínua das atividades
	A avaliação cuidadosa, deliberada e detalhada dos vários aspectos do atendimento ao paciente é a chave para a excelência no fornecimento do atendimento de saúde (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
	Ao se avaliarem os resultados, devem-se buscar os indicadores de qualidade que precisam ser utilizados como instrumentos que permitam a avaliação da assistência de enfermagem, tais como: taxa de ocorrência de incidentes (iatrogenias); anotações de enfermagem quanto à frequência e à qualidade; taxa de absenteísmo; existência de normas e padrões da assistência de enfermagem, entre outros (BRASIL, 2004).
5. Trabalho em equipe
	O trabalho em equipe constrói conhecimentos, fazendo com que o grupo funcione de maneira cada vez mais eficiente, pois o conhecimento gerado é maior do que qualquer contribuição de um só indivíduo.
	A excelência é alcançada pela gestão de um equilíbrio de satisfações das partes interessadas. Incluem: os pacientes; os colaboradores ou empregados da organização; os fornecedores; a sociedade em geral ou a comunidade em que a organização está inserida; as entidades pagadoras e todos os que sustentam financeiramente a organização.
Referência
Tannure MC, Pinheiro AM. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia prático. 2.ed. Editora: Gen. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais