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Concórdia 2017 SUSANE SAVOLDI SIEGA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAOGIA TECNOLOGIAS DA INFORMAÇAO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇAO A INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO Concórdia 2017 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇAO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇAO A INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de: Pedagogo em Nome do Curso Pedagogia. Orientador: Prof. Okçana Battini SUSANE SAVOLDI SIEGA SIEGA, Susane Savoldi. Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. A influência das novas tecnologias na educação .2017.número total de folhas. projeto de ensino (graduação em pedagogia e Licenciatura)- Universidade Norte do Paraná, Concórdia, 2017. RESUMO Sabe-se que muitas transformações estão ocorrendo na sociedade atual, geradas pela influencia dos meios tecnológicos indispensáveis na vida humana. As pessoas bem como os alunos estão permanentemente em contato com um numero cada vez maior de informações e conhecimentos, que são transmitidos pelas tecnologias da informação e comunicação( TV, radio, vídeos, computador, entre outros). Conhecer as contribuições e influencias das tecnologias da informação e comunicação para o processo educativo, identificando como elas estão sendo trabalhadas nos espaços da educação. O projeto subdivide-se em quatro momentos: Explanação dos conteúdos a serem trabalhados, incluindo alguns teóricos, relatos e trocas de experiências (mesa redonda) aplicação das vivencias, técnicas praticas, do dia - a dia em sala de aula. Motivação, uma proposta articuladora moldando suas necessidades sem modificar a sua essência. As tecnologias da informação e comunicação estão presentes em todas as esferas da sociedade, onde as instituições de ensino não podem mais nega-las, pelo contrario, além de introduzi-las nos seus espaços, necessitam explora-las de maneira criativa, critica e reflexiva quanto às informações por elas repassadas. Palavras chave: Educação, tecnologia da informação e comunicação, prática pedagógica e processo Educativo. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 8 2.1 A HISTÓRIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO ...... Erro! Indicador não definido. 2.2 OS PRIMEIROS REGISTROS LÚDICOS ......... Erro! Indicador não definido. 3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................. Erro! Indicador não definido. 3.1 FAIXAS ETÁRIAS PARA OS JOGOS COM AS CRIANÇASErro! Indicador não definido. 4 JOGOS .................................................................. Erro! Indicador não definido. 5 BRINCADEIRAS ................................................... Erro! Indicador não definido. 6 O LÚDICO: JOGOS E BRINCADEIRAS EM BUSCA DE UM ESPAÇO ESCOLAR MAIS AGRADÁVEL E PRAZEROSO ......... Erro! Indicador não definido. 6.1 O BRINCAR DE DIVERSAS FORMAS ............. Erro! Indicador não definido. 7 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO ...... Erro! Indicador não definido. 8 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO ............... 24 8.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA...................................................................... 24 8.2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 28 8.3 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................... 29 8.4 OBJETIVOS ....................................................................................................... 30 8.5 CONTEÚDOS ................................................................................................. 30 8.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ......................................................... 31 8.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO ............................................. 39 8.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ........................................................ 40 8.9 AVALIAÇÃO ................................................................................................... 41 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 41 10 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 45 11 ANEXOS ........................................................................................................... 2 1 INTRODUÇÃO Vivemos atualmente num mundo em peno desenvolvimento evolutivo, onde a utilização de novas tecnologias se tornou o centro da sociedade do século XXI. O desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação, vem quebrando paradigmas nas formas de relacionamento e comportamento das pessoas. Nesse contexto, a Educação - base da formação de toda sociedade - tem passado por uma crise, vivendo uma alteração em seu significado social e, seus sujeitos (professor e aluno), que possuíam papeis bem delimitados, agora se confundem. A grande revolução da tecnologia da informação na educação que vivenciamos, em relação ao atual paradigma do sistema educacional, é colocado em discussão, vivenciada e argumentada à mudança institucional que vivenciamos, são analisados os impactos da tecnologia da informação nas metodologias de ensino e suas influências sociais e econômicas, a influência e o uso da tecnologia na educação. Com a disponibilidade de novas tecnologias no ambiente escolar, a relação de ensino aprendizagem vem se alterando, o acesso quase instantâneo da informação fez com que o aluno de hoje se tornasse um gerador de conhecimentos, papel antes exercido unicamente pelo professor, e o professor, nesse momento, se viu com uma ausência momentânea de significado, tendo que se adaptar à nova realidade na qual deve, além de transmitir conteúdos específicos, desenvolver no aluno a capacidade de gerir criticamente o emaranhado de informações as quais ele tem acesso. A tecnologia representa imensa importância junto a todos os seres humanos, mais um dos caminhos que ainda precisamos percorrer é o de revisar o nosso entendimento acerca do papel das tecnologias da informação e comunicação, sendo um desafio na área da educação. Optei pesquisar este tema, justamente por acreditar que a educação de modo geral, não pode ficar à margem das mudanças e transformações da sociedade atual, pois se entende que é um ser social quem procura desenvolver-se e adquirir conhecimentos através das interações com o seu meio, que vai se carregando de significados que constrói historicamente. Portanto, o objetivo maior é conhecer as contribuições das tecnologias da informação e comunicação para o processo educativo, valorizando assim de modo fundamental a busca do conhecimento, a escola, bem como os educadores necessitam estarem repensando suas práticas pedagógicas, pois fora da escola, os alunos têm acesso a vários mecanismos de informação e comunicação que nem sempre trazem conhecimentos verdadeiros ou adequados, competindo fortemente com a escola. Porém, especificamente objetivou-se contextualizar o que se entende por tecnologias da informação e comunicação e como se construíram ao longo da história humana, descrevendo o processo educativo segundo a concepção histórico-cultural pretende-se identificar quais as contribuições e influências das tecnologias da informação e comunicação no processo educativo, compreendendo o papel dos educadores no ensino do processo educativofrente às tecnologias da informação e comunicação. A incorporação acelerada das tecnologias ao cotidiano de nossas vidas e o fato da sociedade absorvê-las com rapidez faz com que o processo de ensinar e aprender também se modifiquem. Fora da escola os alunos têm acesso a um mundo de informações muito atrativo, já que estas são transmitidas através de sons, imagens e cores, integrando diferentes linguagens. O processo educativo escolar nem sempre apresenta estas características, pois na maioria das vezes apresenta-se como um espaço desestimulante e sem desafios. Entende-se que este processo, também necessita despertar nos alunos o interesse de aprender, sendo que as tecnologias podem ser um instrumento pedagógico, capaz de obter resultados positivos ou negativos, dependendo da forma metodológica como for trabalhado. Com a evolução tecnológica as relações de trabalho estão exigindo outro perfil de profissionais, onde estes devam ser capazes de atender as novas exigências do mercado, necessitando estarem constantemente atualizando-se para manterem-se empregáveis. Neste sentido, pode-se afirmar que o ser humano passou a vivenciar as tecnologias, modificando o seu meio e alterando seu modo de pensar e agir. O mundo passa por transformações, onde para viver-se de maneira digna o homem precisa conhecer dominar e refletir sobre as tecnologias da informação e comunicação; pois muitos são os aspectos a serem questionados em relação as influências geradas pelas tecnologias. Este trabalho é uma proposta de reflexão sobre a utilização da tecnologia como prática pedagógica nas escolas, onde o professor precisa se adaptar às mudanças atuais onde a educação atual se transforma a cada dia, devido às novas tecnologias. “Educação gera conhecimento, conhecimento gera Sabedoria, e, só um povo sábio pode mudar seu Destino”. Samuel Lima 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HISTÓRIAS DA TECNOLOGIA INFORMATIZADA, INFORMÁTICA EDUCATIVA E A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÂO. Segundo Andrade e Albuquerque Lima (1993), o inicio da informatização na educação no Brasil teve início no ano de 1971. Foi neste ano, que alguém teve a ideia de refletir sobre o uso de / dos computadores no ensino da disciplina de Física. Porém, só ano de 1973 é que, outras universidades começaram as suas primeiras experiências com relação ao uso do computador como ferramenta pedagógica. Neste mesmo ano segundo Valente (online), o “Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) usou software de simulação no ensino de Química”. Nessa década (anos 70), as experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia - LEC, da UFRGS, apoiadas nas teorias de PIAGET e PAPERT, ganham atenção, cujo objetivo, trabalhar com crianças portadoras de dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita e em cálculos. Também a UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas / SP, um pouco mais tarde, no ano de 1975, deu inicio a um trabalho (projeto ou coisa assim parecida), criando um grupo interdisciplinar para pesquisar o uso de computadores na educação de crianças. No ano de 1980, surge pra valer, a cultura nacional de informática na educação quando é reconhecido o uso do computador como ferramenta auxiliar no / do processo do ensino aprendizagem. Em 1984 surge o Projeto EDUCOM uma iniciativa conjunta do MEC – Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq, Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e Secretaria Especial de Informática da Presidência da República – SEI / PR, voltada para a criação de núcleos interdisciplinares de pesquisa e formação de recursos humanos nas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Rio de Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mesmo com muitas dificuldades financeiras, este projeto foi um passo determinante no que se refere ao uso da informática como recurso pedagógico. A partir daí, houve até formulação da política nacional de informática educativa. Com base nos resultados satisfatórios do Projeto EDUCOM, em 1986 o MEC cria, um Programa de Ação Imediata em Informática na Educação de 1º. e 2º. Graus, o qual é denominado de Projeto Formar, e se destina a capacitação de professores e a implantação de infraestruturas de suporte nas secretarias estaduais de educação (Centros de Informática Aplicada à Educação de 1º. e 2º. graus - CIED), escolas técnicas federais (Centros de Informática na Educação Tecnológica - CIET) e universidades (Centro de Informática na Educação Superior - CIES). Cuja proposta ficou por conta de cada secretaria de educação e a cada instituição de ensino técnico e / ou superior. Em muitos estados brasileiros, foram implantados CIEDs entre os anos de 1988-89, nos quais educadores, técnicos e especialistas trabalhavam com programas computacionais de uso ou / e aplicação de informática educativa. Desde 1989 edificou-se a base teórica sobre informática educativa no Brasil, a qual contribui para que o MEC pudesse criar através da Portaria Ministerial nº. 549/89, o Programa Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, cujo objetivo era / foi de desenvolver a informática educativa no país, através de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos. A meta do PRONINFE era / foi o de suscitar o desenvolvimento da informática educativa, enfatizando o seu uso nos sistemas públicos de ensino entre os quais estava a educação especial. O PRONINFE foi um programa significativo. Levando em consideração que num período de apenas quinze anos (1980 a 1995) conseguiu apresentar vários frutos. A saber: 44 centros de informática na educação, quase todos interligado na Internet; 400 subcentros, sendo a maioria por iniciativas de governos estaduais e municipais; 400 laboratórios de informática educativa em escolas públicas; preparou em todo o país, mais de 10.000 profissionais para trabalhar em informática educativa, entre estes pesquisadores com cursos de mestrado e doutorado. O PRONINFE, em poucos anos, conseguiu dar origem a uma cultura nacional de informática educativa centrada na realidade da escola pública. Embora, não teve muito o apoio dos governantes. Em seguida, surge o PROINFO um novo programa, bem semelhante ao PRONINFE, diferente em alguns aspectos somente. Hoje, muitos projetos, inclusive estaduais existem graças ao PROINFO, Duzentos e quarenta e quatro Núcleos de Tecnologia Educacional estão a todo vapor, mais de trinta mil e duzentos computadores estão instalados em várias escolas públicas. Com base neste breve histórico, procuraremos dar sequencia a está pesquisa conhecendo um pouco sobre a informática educativa, como um dos recursos mais comum e de extrema relevância no contexto escolar nos dias de hoje. 2.2. O desenvolvimento humano associado às tecnologias Desde os tempos mais remotos, a capacidade de dominar “tecnologias foi diferenciando o desenvolvimento das espécies. A medida em que o ser humano se desenvolve nota-se que uma mudança social se torna possível em detrimento de uma “nova” tecnologia que surge: o fogo permitiu o cozimento de alimentos e a proteção do frio, a roda facilitou a locomoção de objetos e pessoas e assim por diante. Nota-se, portanto, que a tecnologia desde os primórdios vem alterando as sociedades nas quais ela coexiste. Segundo os especialistas da área, a ampliação do potencial humano pode ser melhorado, a partir da utilização da tecnologia, a qual favorece a aprendizagem conforme se pode conferir nesta citação. Existe um novo relacionamento entre o homem e a informaçãodisponível no mundo hoje – e a tecnologia tem um papel a desempenhar neste contexto. A educação pode ser beneficiária deste novo momento da história humana, se puder se valer das tecnologias de informação e comunicação, já disponíveis, para a concepção e implementação de um novo modelo pedagógico, que privilegia a conversão de informação em conhecimento, além de suportar o desenvolvimento de competências e de potencial humano. Entendidas assim, as tecnologias da inteligência (ou de apoio ao desenvolvimento cognitivo) são, na verdade, tecnologias da aprendizagem. (SOFFNER e CHAVES, online) Segundo Vygotsky (1996) no processo de evolução, além de criar instrumentos, o homem acabou modificando o próprio homem, desenvolvendo formas culturais complexas de comportamento, que tomaram lugar das formas primitivas, sendo assim, através do seu trabalho o homem criou o mundo da cultura, de conhecimentos e valores humanos: Os instrumentos permitem atuar sobre o ambiente. Ampliam o alcance dos sentidos e da ação. Ao mesmo tempo o próprio uso das ferramentas que vai desenvolvendo influi nos modos de raciocinar, atuar, perceber e pensar o mundo e a si mesmo (VYGOTSKY apud LITWIN, 1997, p. 40). Com a descoberta de novas técnicas e de novos instrumentos de trabalho possibilitou um grande aumento na produção de modo que os homens passaram a produzir mais do que precisavam para viver, mais do que consumiam. As pessoas hoje necessitam ter muitas outras habilidades além de ler e escrever. Segundo Coelho (2001), elas precisam ser criativas, participativas, atuantes, preparadas para enfrentar as mudanças que ocorrem na sociedade. Segundo Frigotto (apud SAMPAIO; LEITE, 1999), em nossa sociedade, as relações sociais são relações entre classes sociais com diferentes interesses, poderes e direitos, onde as tecnologias devem ser entendidas no contexto destas relações. “As tecnologias são, portanto, fruto do conhecimento científico avançado aplicado à produção e à cultura, de maneira a atender aos interesses das classes dominantes” (p. 28). Não se pode mais negar as tecnologias, pois elas são presença forte em nossa sociedade e fazem parte do acervo cultural, servindo na maioria das vezes como elemento de controle social, de dominação e de poder, como vimos até aqui neste breve resgate histórico da evolução do homem e das relações deste com os diferentes usos de instrumentos para satisfazer suas necessidades de sobrevivência. Sem dúvida que tais tecnologias nos ajudam, nos ampliam, às vezes nos facilitam ações, outras vezes nos substituem, e nos assustam. Esta forma de interferência da tecnologia em nosso cotidiano, caracteriza uma contribuição que ocorre naturalmente, sem nos darmos conta disso (FROÉS, 2002). As pessoas precisam desenvolver o senso crítico, habilidade que possibilitará uma melhor compreensão sobre as informações repassadas pelos meios de comunicação e informação, pois sabe-se que tais instrumentos tecnológicos são eficazes na transmissão das ideologias dominantes. É importante, tanto no campo escolar como extraescolar, que se estimule o desenvolvimento de uma atitude que possibilite a recepção, reflexiva e autônoma, da mensagem emitida pela mídia, não aceitando passivamente as informações como sendo a única verdade (LITWIN, 19967, p. 51). Sendo assim não se pode mais ficar a margem de um processo que influi direta ou indiretamente na vida de toda a sociedade. Acredita-se que a educação possa ser um meio eficaz de conscientização e de esclarecimento sobre a influência das tecnologias da informação e comunicação, já que elas podem conduzir o indivíduo a uma prática altamente alienante ou, pelo contrário, a uma prática devidamente crítica e participante. Segundo Dowbor (2001), qualquer pessoa pode constatar que as transformações que estão ocorrendo através dos meios de comunicação e informação, constitui uma revolução tecnológica. Para ele, essas mudanças poderão reforçar a condição dos grupos privilegiados ou servir de alavanca para o resgate da cidadania da grande massa de marginalizados, criando no país uma base ampla de conhecimento, ou seja, uma autêntica revolução científica e cultural, possibilitando o acesso de mais pessoas aos conhecimentos que sempre fizeram parte da vida da minoria da população. 3 UMA REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Paulo Freire Na atualidade, a escola se vê diante das mudanças nos hábitos leitura e escrita de seus alunos provocados pela utilização cada vez maior dos recursos digitais. De acordo com Mamede-Neve & Duarte: Deixando de professar a primazia do texto impresso como fonte exclusiva de conhecimentos válidos, os jovens de hoje vêm migrando do livro, jornal e revistas impressos para a internet, onde acreditam poder encontrar tudo de que necessitam para se manter informados e vinculados ao seu grupo, assim como para aprender. (p.778) Portanto, os itens tecnológicos vêm fazendo parte da vida das pessoas, modificando seus costumes e a tendência é que esse fenômeno venha a aumentar de maneira progressiva nos tornando cada vez mais dependentes do uso desses elementos. As tecnologias trazem a ideia de facilidade, conforto, praticidade e as inovações o nesse campo são rápidas e obriga os sujeitos a viver em uma constante aquisição de habilidades para o uso. A expansão da rede mundial de computadores concede um novo sentido na organização do tempo do espaço. Através dela, por exemplo, podemos fazer inúmeras atividades, que antes exigiam o deslocamento, sem sair do lugar. Hoje, muitos serviços essenciais só podem ser acessados pela internet e isso revela que o uso das TIC tem se tornado um divisor de águas entre velhos e novos hábitos, ao mesmo tempo em que produz um tipo de exclusão para aqueles que não dominam o seu uso. A distância hoje não é principalmente a geográfica, mas a econômica (ricos e pobres), a cultural (acesso efetivo pela educação continuada), a ideológica (diferentes formas de pensar e sentir) e a tecnológica(acesso e domínio ou não das tecnologias de comunicação). Uma das expressões claras de democratização digital se manifesta na possibilidade de acesso à 15 Internet e em dominar o instrumental teórico para explorar todas as suas potencialidades. (MORAN, 1997, p. 146) Mediante ao fato de que todo esse movimento tecnológico tem modificado as formas do homem comunicar, adquirir/transmitir informações e consequentemente suas relações sociais, devemos pensar como a escola tem incorporado essas transformações? As tecnologias na escola podem tornar mais atraente para os jovens a relação de ensino-aprendizagem, mas este é um novo desafio para a educação justamente porque essas tendências obrigam a escola reorganizar seu modelo de ensino. Ela tem dificuldade em se adaptar aos novos meios tecnológicos porque estes permitem que os alunos interajam mais, fugindo aos padrões tradicionais de educação que entende o aluno apenas como sujeito passivo da sua própria formação. A escola precisa buscar maneiras de fazer com que processo educativo seja mais prazeroso e principalmente contextualizado. De modo que a sua prática de ensino permita que o aluno se reconheça como sujeito fazedor da sua história e da sua cultura. Cabe a ela despertar o desejo pelo saber e oportunizar experiências com o novo. 4. Contribuições e influências das tecnologias da informação e comunicação na educação Com todo o avanço tecnológico na nossa sociedade, a escola bem como o processo educativo das crianças não podem ficar alheio à estas mudanças. De toda forma, é importante ter presente que se as novas tecnologias de comunicação e informação estão reorganizando a indústria, os bancos, a agricultura etantas outras áreas, é natural que o edifício educacional, para quem o conhecimento é sua própria matéria-prima, tem de abrir o seu horizonte de análise, aproveitando o manancial de possibilidades que se abrem, batalhando por espaços mais amplos e renovados, com tecnologias e soluções institucionais novas (DOWBOR, 2001, p. 58). Estamos diante de inúmeros desafios, sendo que um deles é em relação ao ensino, já que este, não pode mais ser baseado num modelo de décadas atrás, pois os interesses dos educandos e as relações culturais de que elas têm acesso são completamente diferentes e novas para todos nós. Ao considerarmos que vivemos em contextos culturais e históricos em permanente transformação, podemos incluir aí também a idéia de que os educandos participam igualmente desta transformação e, neste processo, acabam também transformados pelas experiências que vivem neste mundo extremamente dinâmico (CRAIDY et al., 1998, p. 21). Segundo Kenski (1997), a educação nos dias atuais precisa passar por um processo de renovação de espaços, de ressignificação de conteúdos e de valores, tendo como ponto de partida todas as transformações ocorridas na sociedade. Sabemos que fora da escola, os alunos estão em permanente contato com as tecnologias, onde através dos meios de comunicação e informação elas têm acesso a inúmeras informações que nem sempre são verdadeiras e apropriadas para sua idade. Em relação a isso Moran et al. (2000), afirma que, antes do sujeito chegar à escola, já passou por processos de educação importantes: pelo familiar e pela mídia eletrônica, onde estes mecanismos socioculturais influenciam na construção da personalidade, na vida e no desenvolvimento infantil. Os sujeitos [...] interagem cotidianamente com os novos sistemas de comunicação (televisão, rádio, jogos eletrônicos etc...), vivendo como se fossem naturais e se socializam em seus códigos, formas cognitivas e valores. Chegam à escola com um abundante capital de conhecimento, concepções e pré-concepções sobre diferentes âmbitos da realidade (LITWIN, 1997, p. 85). Nesse sentido, muitas vezes a escola não se torna um local muito atrativo, tendo que competir com as imagens e conhecimentos transmitidos pelos meios de comunicação e informação. Ainda de acordo com Moran et al. (2000), estes meios operam imediatamente com o sensível, com o concreto, principalmente a televisão que trabalha com imagem em movimento, som, integrando e articulando diferentes linguagens. Litwin (1997), afirma de que as escolas, além de incorporar tais tecnologias no ambiente escolar enfrentam um desafio ainda maior que é o de promover o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos. Segundo Oliveira (1999), o sujeito constrói conhecimentos conforme estabelece relações que organizam e explicam o mundo. Isso envolve assimilar aspectos dessa realidade, apropriando-se de significados sobre a mesma, através de processos ativos de interação com outras pessoas e objetos, modificando ao mesmo tempo sua forma de agir e pensar. Deste modo, é inevitável que as tecnologias presentes em nossos dias, influenciam na construção de novos valores e conhecimentos culturais. Nesta sociedade povoada de homens e de máquinas a técnica mediatizada (e, por consequência, modela, “dá forma”) as relações humanas. Não só no mundo do trabalho o homem, produz através da máquina, mas também no campo das interações sociais ou da transmissão cultural, os objetos técnicos são os intermediários entre os homens (BELLONI, 2001, p. 53). Atualmente fala-se tanto, de que para se ensinar deva-se partir da realidade concreta do sujeito, e neste sentido Kinski (1997), afirma que realmente o ponto de partida de qualquer aprendizagem é o conhecimento anteriormente adquirido pelo sujeito. Sendo assim, é possível constatar que hoje em dia, os educandos não se apropriam somente do sentido concreto das coisas, mas também, através do sentido virtual, da imagem, do som, do movimento expresso nas telas televisivas. Se as tecnologias fazem parte da vida do aluno fora da escola (e isto acontece cada vez mais e das mais diversas formas), elas devem fazer parte também da sua vida dentro da escola. Um dos motivos para que assim seja esta na constatação de que o sucesso do aluno na escola, no trabalho e na vida depende entre outras coisas, da capacidade do professor de incorporar as experiências e conhecimento dos alunos utilizando-os como ponto de partida e como referência para sistematização de conteúdos, para o desenvolvimento de uma visão crítica sobre a realidade, enfim, para a superação da visão empírica trazida pelo aluno e para a aquisição de uma visão elaborada sobre o mundo de modo geral, visando permitir-lhe uma participação social mais efetiva (SAMPAIO; LEITE, 1999, p. 73-74). Neste sentido, muitos autoras ressaltam que muito antes da escola se utilizar das tecnologias como recursos pedagógicos, precisam aprender a dialogar, a partir do que cada um aprendeu em suas vivências fora da escola, sejam elas virtuais ou não. Segundo o entendimento de Silva Filho (2000), o processo ensino- aprendizagem, deve sempre partir dos interesses, valores, conhecimentos, crenças que cada um traz consigo, é preciso levar em consideração a diversidade de referências, explicitando limites e contradições da convivência com os outros e a construção histórica da realidade, para que assim cresçam as possibilidades de se trabalhar e utilizar as tecnologias como ferramentas em sala de aula. Sabe-se que a maioria dos educandos de baixa renda ainda não têm acesso às novas tecnologias, como o computador, por exemplo, mas nem por isso deva-se ignorar e deixar de lutar pela implantação de tais tecnologias nas escolas públicas, tornando a escola um ambiente inovador e desafiador. Segundo Freire (apud ALMEIDA, 2000), a educação não deve se reduzir à técnica, mas não se faz educação sem ela. Nas palavras de Freire (apud ALMEIDA, 2000, p. 7) Utilizar computadores na educação, “em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. Depende de quem usa, a favor de que e de quem e para quê”. O homem concreto deve se instrumentar com os recursos da ciência e da tecnologia para melhor lutar “pela causa de sua humanização e de libertação”. De acordo com Almeida (2000), com o uso das tecnologias da comunicação e informação de maneira crítica e criativa, os educandos têm possibilidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola, participando de atividades diferentes e estimuladoras. O computador pode tornar-se um brinquedo, aparelho-jogo, máquina lúdica. Para Nogueira (1998), através deste instrumento o educando pode brincar de faz-de-conta, desenvolvendo sua imaginação, podendo ser uma arquiteta, escritora, desenhista, independente de sua idade. Segundo Vygotsky (apud REGO, 1995), através da imitação o sujeito internaliza o conhecimento externo, ampliando a capacidade cognitiva individual. Brincar através do computador pode ser uma possibilidade lúdica, mas não deve de forma alguma ser a única, já que os educandos devem ter acesso a outros mecanismos de aprendizagem e de inúmeras possibilidades de brincadeiras. O computador e todas as tecnologias se forem utilizadas de maneira crítica, com consciência e responsabilidade por parte dos educadores poderão se tornar um importante instrumento de socialização de apropriação da cultura e do conhecimento sistematizado. Segundo Sampaio e Leite (1999, p. 74), não só o computador mas as outras tecnologias devem estar presentes na escola para: a) diversificar as formas de atingir o conhecimento; b) ser estudadas, como objetos e como meio de se chegar ao conhecimento já que trazem embutidas em si mensagem e um papel social importante; c) permitir ao aluno, através da utilização da diversidade demeios, familiarizar-se com a gama de tecnologias existentes na sociedade; d) serem desmistificadas e democratizadas. Para isso o professor deve ter clareza do papel delas enquanto instrumentos que ajudam a construir a forma de o aluno pensar, encarar o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho. Mas através dos estudos realizados por Silva Filho (2000), o uso das tecnologias, deve respeitar rigorosamente as especificidades de cada idade da vida, buscando a formação de sujeitos criativos, curiosos e críticos, valorizando a afetividade e a interação num ambiente prazeroso e de inúmeras descobertas. 5. O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO As reflexões em torno do assunto tecnologia e educação tomou conta da sociedade há várias décadas, na realidade desde que se notou sua influência na formação do sujeito contemporâneo, e da necessidade de explorar o assunto diante do rápido desenvolvimento nos meios de informação e comunicação. O mundo atual esta passando por inúmeras e cada vez mais aceleradas transformações em torno de todos os campos da sociedade, desde o princípio da civilização o homem esta sempre em busca de adaptações, mudanças, novos conhecimentos, aliás, fato este implícito em sua constante busca do saber e aprender. A preocupação com o impacto que as mudanças tecnológicas podem causar no processo de ensino-aprendizagem impõe a área da educação a tomada de posição entre tentar compreender as transformações do mundo, produzir o conhecimento pedagógico sobre ele auxiliar o homem a ser sujeito da tecnologia, ou simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa sociedade baseada na informação (SAMPAIO e LEITE, 2000, op cit SANTOS, 2012, p. 9). Desde a década de 1940, quando se deu inicio as grandes transformações tecnológicas a sociedade atribuiu a escola e as instituições de ensino a responsabilidade de formação da personalidade do individuo, tendo em vista a transmissão cultural do conhecimento acumulado historicamente. No que se referem à escola as tecnologias sempre estiveram presentes na educação formal, o que faz necessário é o fato de que as instituições de ensino tem o papel de formar cidadãos críticos e criativos em relação ao uso dessas tecnologias. Para tanto é preciso que as mesmas abandonem a prática instrumental das tecnologias, e faça avaliações sobre o trabalho com a inserção das novas tecnologias educativas, visto que: Dessa forma, temos de avaliar o papel das novas tecnologias aplicadas à educação e pensar que educar utilizando as TICs (e principalmente a internet) é um grande desafio que, até o momento, ainda tem sido encarado de forma superficial, apenas com adaptações e mudanças não muito significativas. Atualmente as tecnologias da informação e comunicação estão provocando inúmeras transformações no mundo contemporâneo. Lévi (1993), denomina estas tecnologias de “tecnologias inteligentes”, pois possibilitam um outro modo de pensar, uma outra forma de construção do conhecimento pautada numa lógica não mais linear, mas hipertextual. Em todas as épocas o homem vem criando ferramentas e utensílios para viver melhor tanto em sociedade quanto com a natureza. Conforme citado no capítulo I, as tecnologias como um todo, vêm sendo elaboradas, criadas e reinventadas de acordo com as necessidades de cada momento histórico. Hoje todos nós temos presentes que as tecnologias já invadiram empresas, instituições públicas, privadas, casas particulares, bancos, hospitais, universidades e escolas. Essa expansão tem contribuído para aumentar nosso acesso a informação, e tem se tornado um recurso básico para o desenvolvimento social, provocando profundas mudanças na cultura e na área educacional. As vertiginosas evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo atual geram incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano e revelam um novo universo no cotidiano das pessoas. Isso exige independência, criatividade e autocrítica na obtenção e na seleção de informações, assim como na construção do conhecimento (ALMEIDA, 2000, p. 12). Nesse sentido, a escola na busca pela qualidade de ensino, precisa estar em sintonia com as transformações sociais. Ela precisa analisar, discutir, selecionar e fazer uso do que venha contribuir para que a mesma possa ser um espaço dedicado à formação ampla do sujeito. Alguns pesquisadores, como Papert (1994), defende que os sujeitos podem ser preparados com sucesso para a Era do Conhecimento, modo como se refere ao século XXI. Para ele, as possibilidades de interações oferecidas pelo computador instigam o sujeito a alcançar níveis mais complexos num ritmo mais acelerado de estímulos-respostas fazendo com que ela concentre-se por mais tempo em uma atividade na tentativa de dominar a máquina. Com isso, a presença massiva das tecnologias da informação e comunicação em nossas vidas, vêm alertando os educadores para sua importância na transmissão de conhecimentos, valores, conceitos e culturas. Não se podem ignorar os impactos que o avanço tecnológico no campo da informação e comunicação tem trazido para a sociedade e, principalmente, para a educação, pois segundo Belloni (2001, p. 19): Neste futuro que já chegou, invadindo o presente, negar a noção de impacto das tecnologias sobre os processos sociais parece mais um artifício retórico para eludir o dilema com o qual a humanidade se defronta: o risco de se conformar com uma evolução simbiótica em que a máquina se confunde com o homem, e na qual o ser humano, sujeito criador se (con)funde com o artefato que ele criou e que, de certa forma, o conduz à guerra. Com isso, os novos procedimentos para o processo e acesso à informação e o aumento da velocidade da comunicação, trazem a um só tempo novas possibilidades e desafios para a educação, tornando de fundamental importância a construção coletiva de uma reflexão sobre os critérios de utilização das tecnologias na prática docente. Segundo Almeida (2000), para que o professor tenha condições de criar ambientes de aprendizagem que possam garantir esse movimento é preciso reestruturar o processo de formação, o qual assume a característica de continuidade. Há necessidade de que o professor seja preparado para desenvolver competências, tais como: estar aberto a aprender, atuar a partir de temas emergentes no contexto e de interesse dos alunos, promover o desenvolvimento de projetos cooperativos, assumir atitude de investigador do conhecimento e da aprendizagem do seu aluno, propiciar a reflexão, dominar recursos computacionais, identificar as potencialidades de aplicação desses recursos na prática pedagógica, desenvolver um processo de reflexão na prática e sobre a prática, reelaborando continuamente teorias que orientem sua atitude de mediação. Para as autoras Sampaio e Leite (1999), as quais defendem a idéia que o professor precisa ser “alfabetizado tecnologicamente”, para entender e dominar as novas técnicas para participar desta sociedade tecnológica – o papel da educação deve ser voltado para a democratização do acesso ao conhecimento, utilizando pedagogicamente as tecnologias da informação e comunicação, formando sujeitos com consciência dos impactos do mundo atual e do futuro. Entende-se a alfabetização tecnológica do professor como um conceito que envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e porque são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo (SAMPAIO; LEITE, 1999, p. 75).Apesar das novas gerações serem criadas em ambientes comunicacionais, interagindo com tecnologias e recursos de várias espécies, em situações escolares o conhecimento chega-lhes através de um discurso vazio pelos professores, dos livros e dos meios impressos. Nessas situações, as escolas e os educadores, em seus papéis tradicionais, continuam omissas para integrar em seu contexto as tecnologias, reproduzindo situações de inquietude e de perplexidade frente às mudanças da sociedade. A sociedade moderna está exigindo comportamentos que nem sempre são encarados como prioridades pelos professores; o rompimento da divisão artificial entre os conteúdos criados pela escola; a multiplicidade de fontes de informação; a mudança no papel do professor, que se torna um facilitador, permitindo que o aluno assuma seu papel de sujeito da própria aprendizagem e desenvolva habilidades cognitivas de nível superior. De qualquer forma, os conflitos que certamente surgirão vão colocar em questão as práticas tradicionais e propiciar a oportunidade de repensar a própria educação (STAHL, 1999, p. 302). Diante disso, Almeida (2000), comenta que a formação do professor não pode ser dissociada da atuação, nem limitar-se à dimensão pedagógica ou a uma reunião de teorias e técnicas. Não há como definir o currículo de formação ou da atuação como um conjunto fechado de objetivos e unidades de conteúdo. A formação e a atuação de professores é um processo que inter-relaciona o domínio dos recursos tecnológicos com a ação pedagógica e com os conhecimentos teóricos necessários para refletir, compreender e transformar essa ação. É por isso que Moran et al. (2000, p. 29) afirma que: Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados, temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas para nós e em conseguir integrá-la dentro da nossa mente e da nossa vida. Desta forma, a formação dos educadores na ação deve ser contextualizada nas suas experiências, conhecimentos e práticas, fazendo com que as tecnologias da informação e comunicação tornem-se grandes ferramentas para o seu trabalho, quando estas por sua vez, sejam bem empregadas. De acordo com Stahl (1999, p. 304): É evidente que os professores precisam romper com práticas arcaicas, que só se mantêm pelo comodismo de muitos, e repensar o fazer pedagógico, como um profissional crítico, questionador de sua própria prática. Ir além da problemática escolar, considerando o contexto em que se insere a educação na sociedade atual, com sua diversidade econômica e cultural, de modo a atuar de modo consciente e coerente com a realidade, é uma exigência básica. [...] A teoria só ganha sentido quando se origina da prática. É o uso da informação e do conhecimento, para chegar à sabedoria, que faz com que o professor aprenda com seu próprio trabalho, na relação com seus alunos. Assim, é necessário algumas reflexões sobre a prática pedagógica nas instituições de ensino, favorecendo a representação do pensamento dos educandos, levando o professor a criar situações de aprendizagem que exigem investigação, reflexão crítica e transformação de sua prática. Essa situação começa a se desprender do livro didático, que deixa de ser o guia da prática do professor e passa a ser mais uma, entre outras fontes de informações, rompendo a barreira do medo de enfrentar o uso das tecnologias na sala de aula, pois segundo Moran et al. (2000, p. 17): Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. São um poço inesgotável de descobertas. Com isso, cabe ao professor contemplar uma diversidade de fontes de informação na sala de aula, trabalhando com os alunos formas de acessar as tecnologias existentes na sociedade, para chegar a novos conhecimentos. É necessário que o uso das tecnologias da informação e comunicação na educação básica deva ser considerado como meio e ampliação das funções do professor, favorecendo mudanças nas condições e no processo educativo. E deve ser realizado em um ambiente interativo, através de atividades que possibilitem o desenvolvimento das habilidades dos sujeitos, criando condições para eles expressarem sua criatividade e potencialidades, e também contribuindo para a construção e socialização do conhecimento. As potencialidades das tecnologias na educação básica deve ser sempre considerada em relação à sua aplicação a um campo específico de atividade. No caso do computador, verificar onde é possível utilizá-lo e como usá-lo, elaborar programas didáticos, utilizar jogos didáticos, divertir-se em atividades criativas, explorar a composição da máquina ou utilizar o computador para criar desenhos, manipular imagens, gerar sons etc., certamente tudo isso contribui para aumentar a criatividade nas aulas. Mesmo com muitos limites, aprender ou simplesmente trabalhar com computador pode ser uma experiência muito agradável, tanto para professores quanto para os alunos. Portanto, o problema que se apresenta para a maioria dos professores, que durante o curso de formação não teve nenhuma experiência com computador e tampouco o utiliza nas atividades que desenvolve, é entender como o computador pode ser útil no desenvolvimento de seu trabalho e saber orientar-se na escolha de seu uso. Com isso, a presença de computadores em sala de aula pode proporcionar grandes avanços no processo de ensino e aprendizagem através de diversas formas de utilização, tanto na realização de trabalhos individuais como de grupo. Utilizando programas didáticos que exploram ao máximo os recursos da informática envolvendo sons, vídeos, desenhos, cores, animação, ocorrerá na educação básica um processo pedagógico lúdico, criativo e interativo. De acordo com Nogueira (1998, p. 114): Com o computador não é diferente: o sujeito apropria-se da tecnologia pertencente ao mundo profissional adulto, transforma-a em brinquedo, aparelho-jogo, máquina lúdica, decretando a renovação de sua existência. [...]. Na brincadeira com o computador, o uso infantil é praticamente o mesmo que o uso adulto: escrevem histórias, desenham, calculam, jogam. Juntos, adultos e crianças, companheiros de computador, trocam experiências, ensinam uns aos outros. Segundo Silva Filho (2000) a educação depara-se com desafios que dizem respeito à orientação da aprendizagem e do desenvolvimento dos educandos, como também às finalidades e compromisso que o trabalho educativo deve ter com vistas a um projeto sociocultural que realize aquelas promessas de emancipação e realização humanas presentes no projeto da modernidade e ainda não cumpridas inteiramente. Isso significa que a tarefa proposta para a educação revela-se plena de problemas, exigindo dos educadores um domínio de instrumentos teórico- metodológicos que os habilite a lidar com situações complexas quanto mais complexo for se tornando o corpo social. Torna-se urgente que a escola incorpore ao seu fazer pedagógico as diferentes linguagens que estão postas no mundo, pois quanto mais abre para o aluno a possibilidade do acesso a essas linguagens, mais o seu universo cultural se ampliará. Quanto mais amplo for o seu entendimento da realidade, menos ameaçado ficará diante dos desafios provocados pelas novas formas de comunicação. Com isso, Sampaio e Leite (1999, p. 66) afirmam que: As tecnologias e sua linguagem, ao mesmo tempo, requerem e propiciam um modelo didático diferente,de caráter participativo, ativo, contextualizado, interativo, interdisciplinar, em que seja permitido e necessário construir. Em resumo: as novas linguagens “geram novos modos de pensar e sentir, e por consequência de aprender” (BELLONI, 1991, p. 43). Portanto, requerem novas formas de ensinar. Desta forma, a prática pedagógica do educador, deve ser realizado de acordo com essas “novas formas de ensinar e de aprender”, incorporando as tecnologias na sala de aula, sempre com o cuidado de desenvolver nos educandos a consciência crítica e reflexiva à utilização das mesmas, no sentido de “superar a oposição entre o universo apresentado por esses meios e aquele vivido pelos alunos na escola” (DEMARTINI, 1993, p. 73 apud SAMPAIO; LEITE, 1999, p. 67). De acordo com Belloni (1998, p. 5): O campo da educação enfrenta, pois, mais este desafio: o de constituir-se em espaço de mediação entre o educando e esse meio ambiente tecnificado e povoado de máquinas que lidam com a mente e o imaginário. Cabe à escola não só assegurar a democratização do acesso aos meios técnicos de comunicação os mais sofisticados, mas ir além e estimular, dar condições, preparar as novas gerações para a apropriação ativa e crítica dessas novas tecnologias. É função da educação formar cidadãos livres e autônomos, sujeitos do processo educacional: professores e estudantes identificados com seu novo papel de pesquisadores, num mundo cada vez mais informacional e informatizado. Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda, porque Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Paulo freire 6. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 6.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA 7. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA O papel do professor nesta construção é de fundamental importância, deve-se então criar um ambiente que reúna os elementos de motivação dos educandos e utilizá-los em atividades onde possa se desenvolver suas habilidades, coordenação e criatividade. neste sentido, cabe ao professor realizar escolhas e intervenções, ele deve atuar como mediador entre o sujeito e o mundo sociocultural, precisa organizar a sua ação tendo como base as finalidades da educação, os conhecimentos a serem socializados e o processo de desenvolvimento dos educandos, pois, segundo Arroyo (2000, p. 41): A formação do ser humano possível sempre nos interrogará em nosso próprio percurso humano. Estaremos obrigados a ser mais do que competentes, a manter-nos em uma constante autoformarão formadora. Quando educamos um ser, ou interrogamos a formação do espírito possível, estaremos interrogandos essa questão em nós. A função pedagógica, educativa não apenas é um dever para os educandos, mas para os mestres. É um ofício que nos interroga, nos confronta com nosso próprio dever ser o protótipo de ser humano possível em nós. Assim, na medida em que o professor estiver organizando a sua própria ação e o processo vivido pelo educando, torna concreta as suas intenções na proposta pedagógica, que leva em consideração a formação crítica e o exercício de cidadania destes sujeitos.De acordo com Moran et al. (2000, p. 9): É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação. Nesse sentido, Vygotsky (1991) destaca que, a educação escolarizada e o professor têm papel singular no desenvolvimento dos indivíduos. Fazendo junto, demonstrando, fornecendo pistas, instruindo, dando assistência, o professor interfere no desenvolvimento proximal de seus alunos, contribuindo para a construção de processos de elaboração e de desenvolvimento que não ocorreriam espontaneamente. A escola e os educadores, possibilitando o contato dos meios tecnológicos aos educandos, fornecendo à eles instrumentos para elaborar e desenvolver seus conhecimentos, mediatizando seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, além de propiciar uma educação participativa que prepara os educandos à interagir e se familiarizar com as tecnologias, tornando-os cada vez mais críticos em relação à estas linguagens. No mundo de hoje, a globalização e as propostas político-econômicas e sociais são intermediadas pelos meios de comunicação de massa e, em geral, utilizam a tecnologia para se concretizar. Tudo isso, para não constituir objeto de discussão e decisão apenas das elites, exige uma participação ainda maior da população, que poderá ocorrer na medida em que ela estiver familiarizada com a linguagem tecnológica e a encarar com olhar crítico (SAMPAIO; LEITE, 1999, p. 61). Assim, quando o professor estabelece relações de aprendizagem com os alunos, eles vão desenvolvendo seus processos mentais superiores. E uma das formas de promover esses processos, é o uso das tecnologias da informação e comunicação. Através delas, além de renovar o processo de ensino-aprendizagem, vai propiciar o desenvolvimento integral do educando, valorizando o seu lado social, emocional, crítico, imaginário e afetivo. De acordo com Papert (1994, p. 6): A mesma revolução tecnológica que foi responsável pela forte necessidade de aprender melhor oferece também os meios para adotar ações eficazes. As tecnologias de informação, desde a televisão até os computadores e todas as suas combinações, abrem oportunidades sem precedentes para a ação a fim de melhorar a qualidade do ambiente de aprendizagem, pelo que me refiro ao conjunto de condições que contribuem para moldar a aprendizagem no trabalho, na escola e no brinquedo. Neste sentido, a aprendizagem é um processo de construção do sujeito, mas nesse processo o professor, além de criar ambientes que favoreçam a comunicação, a interação e o confronto de ideias dos alunos, também tem sua participação. Cabe ao professor promover o desenvolvimento de atividades que provoquem o envolvimento e a livre participação do educando, assim como a interação das informações e conhecimentos, com vistas a construir novos conhecimentos que levem à compreensão do mundo e à atuação crítica no contexto, sempre de uma forma lúdica e de prazer. O papel do professor ao lado de seus alunos torna-se extremamente rico e necessário, estimulando o pensamento crítico, relacionando os fatos com o cotidiano da sala de aula, resgatando a experiência vivida e buscando a veracidade desses fatos e os seus reflexos no cotidiano. D’Ambrósio (1997, p. 13) destaca com muita propriedade uma das qualidades de professor: “uma das grandes características, uma das grandes virtudes do professor é ele se expor perante seus alunos. Se expor quer dizer mostrar as dúvidas que ele tem, as incertezas, e convidar os alunos a juntos procurarem direções novas” (grifos do autor) (CARNEIRO, 2002, p. 46-47). Mas para que o professor consiga desenvolver estes aspectos e habilidades nos educandos, ele deverá ter mudado a sua prática, incorporando as tecnologias da informação e comunicação nas aulas. O professor tem que desenvolver a sensibilidade em perceber qual o momento que ele deve utilizar estes recursos, desta forma, os próprios alunos mudarão também a forma de se relacionar com as tecnologias, enxergando-as mais do que instrumentos de diversão, mas como instrumentos que elas construam seu conhecimento e desenvolvam sua reflexão crítica. Pois a mídia está fazendo com que os educandos usem a tecnologia para brincar, aprender, comunicar-se, como Tapscott (1999, p. 7) comenta: A mídia digital está criando um ambiente no qual essas atividades próprias da primeira idadeestão mudando radicalmente e poderão acelerar, para melhor ou para pior, o desenvolvimento do sujeito. O desenvolvimento do sujeito inclui a evolução das habilidades motoras, habilidades de linguagem e habilidades sociais. Inclui também o desenvolvimento de cognição, inteligência, raciocínio, personalidade e, durante a adolescência, a criação da autonomia, um sentido de individualidade e valores. [...] tudo isso é intensificado num mundo interativo. Quando controlam seu meio, em vez de observá-lo passivamente, os sujeitos se desenvolvem mais rapidamente. Assim, salientando as palavras de Tapscott (1999), os educandos sentem-se fascinadas com esse universo de ferramentas, imagens e sons. Por isso, através de um ensino baseado nas tecnologias podemos explorar o máximo da criatividade. É importante deixar claro que os bons resultados do uso das tecnologias da informação e comunicação, dependem do uso que se faz dela, de como e com que finalidade ela está sendo usada. Não se pode esperar que elas façam tudo sozinha. Elas trazem informações e recursos, mas cabe ao professor planejar a aplicação delas na sala de aula. Segundo Moran et al. (2000, p. 12): Sem dúvida as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, de comunicação audiovisual, e estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o estamos conectados a distância. Mas se ensinar dependesse só de tecnologias já teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas não resolvem as questões de fundo. Ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento. Frente a esta situação, segundo Litwin (1997), a educação deveria cumprir uma função crítica, provocando e facilitando a reconstrução do conhecimento que o educando adquire fora da escola, que lhe chega através dos meios, e não apenas de incorporar as tecnologias da informação e comunicação, como conteúdos do ensino, mas também reconhecer a partir das concepções que elas têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos. Deste modo, um dos grandes desafios do educador é ajudar a tornar a informação das tecnologias significativas, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda, buscando sempre desenvolver nos educandos suas habilidades intelectuais, promovendo ambiente de cooperação entre elas. Com toda essa disponibilidades é preciso formar cidadãos capazes de selecionar o que há de essencial nos milhões de informações contidas na rede, de forma a enriquecer o conhecimento e as habilidades humanas. Para que os recursos tecnológicos façam parte da vida escolar é preciso que alunos e professores o utilizem de forma correta, e um componente fundamental é a formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. A incorporação das TICs deve ajudar gestores, professores, alunos, pais e funcionários a transformar a escola em um lugar democrático e promotor de ações educativas que ultrapassem os limites da sala de aula, instigando o educando a enxergar o mundo muito além dos muros da escola, respeitando sempre os pensamentos e ideais do outro. O professor deve ser capaz de reconhecer os diferentes modos de pensar e as curiosidades do aluno sem que aja a imposição do seu ponto de vista, pois com lembra Freire: Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se poderia falar em respeito do educador ao pensamento diferente do educando se a educação fosse neutra – vale dizer, se não houvesse ideologias, política, classes sociais. Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações, de “obstáculos epistemológicos” no processo de conhecimento, que envolve ensinar e aprender. A dimensão ética se restringiria apenas à competência do educador ou da educadora, à sua formação, ao cumprimento de seus deveres docentes, que se estenderia ao respeito à pessoa humana dos educandos (2001, p. 38-39). O presente tema, com certeza irá trazer uma valiosa bagagem de conhecimento, pois a tecnologia vem favorecer a autoestima do professor e dos alunos, onde podem interagir juntos numa troca de experiências, desenvolvendo as capacidades cognitivas, investigativas e de curiosidade em temas que levam a grandes descobertas na evolução tecnológica do ensino aprendizagem. 6,1 JUSTIFICATIVA Estudos realizados no mundo todo comprovam que, aprender brincando é muito gostoso e prazeroso. Atualmente as tecnologias da informação e comunicação fazem parte do cotidiano das pessoas, já que são produtos da cultura humana e transmissoras de informações capazes de influenciar na maneira das pessoas agirem, se vestirem entre outros. A evolução tecnológica transformou as sociedades e consequentemente interferir na educação de maneira em geral, que não existem meios de fugir desta realidade. Educar na atualidade significativamente faz-se necessário incluir atividades que envolvam as tecnologias de informação e comunicação, visando enriquecer as metodologias e buscar atualização do ensino diante desta nova realidade de sociedade. Este projeto será aplicado em curso técnico para professores e alunos e/ou possíveis professor e com atividades direcionadas as tecnologias de informações e comunicações. Portanto, ao pensar no tema, imaginei algo que estaria presente no nosso cotidiano e que de alguma forma enriqueceria os conhecimentos de quem pudesse aplicar. Percebendo a importância da valorização da tecnologia em sala de aula e em casa, busco demonstrar e identificar varias formas de utilizar esse estudo para a técnica da aprendizagem, para esse fim construí um plano de ação dentro das normas que rege a educação e que devera ser efetivado dentro do planejado, em um primeiro momento para professores e num segundo momento para alunos da rede municipal de ensino de nosso município, sendo que o mesmo será readaptado para os alunos conforme idade e faixa etária de Pré a nono ano da educação básica.. 6,2 PROBLEMATIZAÇÃO Durante toda a caminhada que tivemos desde o início até aqui, foi pensando com detalhes, em algo que fosse abrangente, realizando estudos onde o conhecimento fosse realizado com prazer e alegria e algo que vivencio em meu dia- a-dia. Para Valente (2010), O termo "Informática na Educação" significa a inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina curricular deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador.” Diante disso, sem dúvida, a aplicação da informática educativa possibilita uma nova forma de promover e viabilizar diferentes mediações pedagógicas, pois é um instrumento de trabalho fundamental na sociedade da informação e comunicação. Ela tem a função de desenvolver novas formas de geração, tratamento e distribuição da informação, apoiando professor e alunos no processo educativo como um facilitador para que os educandos pensem, criem, comuniquem-se sobre diversas situações e problemas. Nesse argumento percebi que precisamos revelar o prazer de sedesafiar na educação proporcionando ferramentas que venham possibilitar as descobertas, e demonstrar o diferencial e as inúmeras possibilidades, oportunidades para uma aprendizagem com alegria, emoção, prazer e vivencia em grupo, onde seja estimulado a querer sempre mais sentir e buscar esse prazer em aprendere ensinar nos dias atuais. 6,3 OBJETIVOS Objetivo Geral: Compreender a importância das tecnologias da educação na formação integral do Professor e alunos, delineando indicadores, métodos e formas de medição e utilização da informática como apoio na gestão do conhecimento. Objetivos Específicos: • Desenvolver e propiciar momentos de prazer e aprendizagem; • Levantamento teórico inicial sobre a temática proposta, envolvendo pesquisa bibliográfica sobre Tecnologia da Informação e Comunicação, em especial a informática como apoio pedagógico. • Pesquisas sobre como a informática vem sendo utilizada nas Escolas do Município • Explicitar os métodos e técnicas que podem ser utilizados a partir da aplicação da informática na educação, através de projetos desenvolvidos nas aulas de informática; • Mostrar de que forma a informática pode auxiliar o processo de gestão do conhecimento; • Preparar os alunos para uma educação globalizada com a utilização de recursos humanos e tecnológicos dinamizados pela informática; • Análise dos Resultados Obtidos. 6.4 CONTEÚDOS O presente projeto nos apresenta uma diversidade de atividades que podem ser direcionadas a educação desde a Pré Escola até os anos finais do ensino fundamental onde busca compreender e relacionar atividades de rotina com momentos de estimulação visando à aprendizagem e o prazer nos professores e alunos Sendo assim podemos utilizar a tecnologias em todos os conteúdos pertinentes ao conhecimento, conteúdos estes que façam um efeito absoluto em todas as pessoas envolvidas como: música, arte, linguagem oral e escrita, brincadeiras na educação física, cantigas, movimentos, matemática cálculos, tabuada etc... Em ciências estudos da natureza e sociedade, buscando resgatar objetos etilizados no inicio e na evolução da sociedade humana, bem como pode ser trabalhado com tecnologia todas as disciplinas disponibilizadas em nosso currículo escolar. 6,5 PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO O projeto acontecerá durante um trimestre onde será dividido em dois momentos um com os profissionais docentes (professores) e o outro com os discentes (alunos) com duração de carga horária de 30h aula, ou seja, 06 aulas com duração de 4h, onde serão registradas com debates registros escritos e fotos com todas as atividades realizadas. Com os alunos os próprios professores que estarão participando deste projeto auxiliarão no desenvolvimento do projeto com os alunos em suas unidades escolares. • Primeiramente iniciaremos com os Docentes,(Professores) PRIMEIRA AULA Dar as boas vindas entregar alguns materiais de apoio e apresentação dos formadores. Organizar os participantes em grupo conforme a quantidade de professores presentes. No primeiro momento! Iniciar com umas questões para que eles reflitam. • Para você o que é Tecnologia na Educação? • Você já utilizou o computador como apoio no processo ensino-aprendizagem? • Em seu planejamento você costuma inserir a informática como apoio pedagógico? • O que você acha de utilizar a informática no seu planejamento? • Você acredita que o aluno aprende utilizando a informática no processo ensino-aprendizagem? • Você acha que a utilização da informática no apóio a educação, contribui para compreensão, a socialização, autonomia e fixação do conteúdo, ou seja, contribui para formar um cidadão mais crítico e criativo inserido na sociedade da informação? • Como você avalia o uso da informática para prática pedagógica? • Você tem conhecimento dos softwares disponíveis no laboratório de informática? • Você gostaria conhecer e utilizar os softwares do laboratório com os alunos em suas aulas? • Você tem interesse em participar de uma formação em Informática como apoio ao processo ensino-aprendizagem? Você tem interesse em participar de uma formação em Informática como apoio ao processo ensino- aprendizagem? Em segundo momento Após a discussão em grupo, cada grupo ira expor a discussão para o grande grupo numa troca de ideias, fazer um gráfico de comparações. Em terceiro momento colocar um breve resumo a evolução das tecnologias no decorrer dos tempos e que materiais eram utilizados até então nas escolas. Quarto e ultimo momento da aula. Pedir para que cada professor fale um pouco de sua experiência em sala de aula com a implantação das tecnologias, como se sentem, se estão preparados para os novos desafios, se já utilizam a mesma em seus planejamentos pedagógicos. SEGUNDA AULA Nesta aula falar sobre a profissão de ser professor, algum aspecto sobre a escolha que cada um faz como fazer parte de todo esse avanço tecnológico que a modernidade esta trazendo nos dias atuais. Deixar alguns minutos para que seja feito perguntas e esclarecimentos de duvidas. Disponibilizar computadores para que os professores possam interagir com um técnico de informática, onde ele apresentará as funções básicas do computador com internet e como utiliza-lo inicialmente e em seguida como proporcionar aos seus alunos alguns temas de pesquisa. Deixar que cada professor manipule o computador conforme sua necessidade do momento. TERCEIRA AULA Relembrar os assuntos abordados na aula anterior e disponibilizar alguns temas de pesquisas proporcionando a eles conteúdos de disciplinas diversas para que pesquisem e realizem uma proposta pedagógica, para ser aplicada em sala de aula conforme aprendizado até o momento. Temas como: Ciências em nossa vida, corpo humano, Pré-história, evolução humana, história da matemática, tabuada, história da arte, Pontuação, uso dos porquês, enfim outros assuntos de interesse dos professores. Terrão a aula toda para realizarem a atividade em duplas, e na aula seguinte apresentação como irão trabalhar o conteúdo com os seus alunos. QUARTA AULA Vamos relembrar alguns temas proposto e em seguida cada grupo apresenta seu projeto e as estratégias que utilizarão com seus alunos. Seguindo fazer uma pequena explanação da evolução das ferramentas de uso na internet. Num segundo momento um profissional de informática ira apresentar algumas ferramentas de estudos que cada professor pode utilizar com seus alunos para ampliar seus conhecimentos em sala de aula ou no laboratório de informática. . Após pedir para que os professores explorem essas ferramentas e em casa preparem algumas informações aos seus alunos sobre essas ferramentas educativas. QUARTA AULA Em primeiro Momento Vamos retomar uns eixos importantes da aula passada, depois preparamos uma reflexão sobre as mudanças que ocorrem em nossas vidas, e como devemos assimilá-la. Trabalhar a metáfora do Milho e da Pipoca, entregar uma cópia para cada participante. Realizar a leitura e fazer uma pequena explanação sobre o texto lido. Segundo Momento Apresentar na data show a pergunta de reflexão: “Como motivar meu aluno dentro da sala de aula?” Em seguida apresentar a história de Benita Pietro, “As Armas Penadas” e fazer comentários sobre essa técnica (sem o uso da tecnologia) Depois fazendo o uso de data show apresentar o poema “Um Livro” fazer a leitura todos juntos, Com slides reproduzir a história “A Boca do Sapo”. Assim promover uma discussão sobre a importância das tecnologias fazendo um paralelo com as nossas vivências nas escolas. Terceiro Momento Fazer uso dos computadores e explanar sobre o programa de diários online, como fazer, como alimentar aspresenças as avaliações, qual da importância desse mecanismo na evolução da vida escolar de nossos alunos e da nossa enquanto educadores. QUINTA AULA Primeiro Momento Nesta aula vamos retomar os tópicos trabalhados até agora, rever dúvidas, e esclarecer perguntas. Como está sendo a aplicação em sala de aula, como os alunos estão adquirindo as mudanças nas aulas? Está a vendo progresso ou rejeição? As aulas se tornaram mais atraentes? Segundo momento Em data show apresentar a frase para reflexão: “... Em todas as escolas (lugares) que passamos encontramos um lugar, um papel, uma forma de estar, que por sua vez constitui nossa maneira de ser. Nesse espaço desempenhamos nosso papel, segunda nossa história e as marcas que trazemos conosco” (Mandela Freire) “O individuo é um ser geneticamente social” (Wallon) “Tecnologias: o grande nó da Educação” (Francisco Cavalcante) Entender as tecnologias na educação e a apropriação delas é fator primordial no processo de fundamentação da educação, até porque uma se prende a outra e, historicamente a escola nasceu ancorada na necessidade do homem de aprender. Pois já diz o ditado popular. “a medida que se vive se aprende”. Não é de fato verdadeiro, pois, embora a vida seja rica em experiências, a sala de aula ainda é importante no processo de aprendizagem. Até porque fora das salas de aula não acontece toda a elaboração mental que a escola propicia através das relações professor/aluno, aluno/sociedade. Pois se a vida é rica em experiências, maior ainda é o potencial humano para compreendê-las, recriá-las, interpretar seus significados e considerar as suas relações em processos de elaboração mental que nos diferentes, arranjos pedagógicos tendem a se beneficiar com as relações tecnológicas.. É por isso que, despeito de tantas criticas dirigidas as escolas, poucos são os que advogam a sua supressão. Assim temos como evidencias o caos de quase todas as experiências de desescolarização, sejam elas vivenciadas individual ou coletivamente. Abrir espaço para comentários dos participantes. Terceiro Momento Dialogar sobre desanimo, espera, desafios de aperfeiçoamento, busca pelo melhor em sala de aula.. SEXTA AULA. Neste último dia realizar uma revisão do que foi trabalhado em todas as aulas anteriores, rever se restaram dúvidas. Realizar uma avaliação de todo trabalho realizado se valeu a pena se apresentou algum aprendizado condizente com a função na qual cada um exerce dentro e fora das escolas. Paulo Freire nos diz: “TECNOLOGIA”! É “uma das condições necessárias a pensar certo e não estamos demasiadamente certos de nossas certezas” Antes de finalizar com uma palestra sobre as tecnologias da educação vamos fazer uma pequena reflexão sobre o nosso papel de pedagogos, professores multiplicadores de conhecimentos. Perfil de sermos pedagogos! Que aluno quer formar para o futuro?. Estamos abertos para as mudanças que a vida e o avanço tecnológico estão nos proporcionando? Estamos prontos para formar cidadãos críticos, partipativos e atuantes na sociedade atual? Estamos prontos para criar desenvolver e promover ações e condições, para que a pratica pedagogica atinja no otidiano os objetivos aqui propostos? Também faremos uma breve avaliação do projeto, se os objetivos propostos foram atingidos, se a experiencia valeu a pena e rendeu conhecimentos extras. Para finalizar nosso projeto teremos uma palestra com o Professor Irineu Vieira JR especialista em tecnologias da Educação, Professor/Coordenador da UNC faculdade de concórdia sc. Irineu nos diz: “Não podemos parar de aprender”. Não é minha área é nossa área”!. “A sala de aula pode ser o espaço de múltiplas formas de aprender. Espaço para informar, pesquisar e divulgar atividades de aprendizagem. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD, projetor multimídia e principalmente a Internet.” (JOSE MANOEL MORAN (2005)) Sabemos também que ao aplicar este onde proporcionaremos a eles momentos de aprendizado sobre as tecnologias, vamos encontrar alunos que já dominam a tecnologia e alunos que nunca tiveram contato com com algum instrumento tecnologico. Sendo assim queremos dar oportunidade e mostrar que indiferente de condiçoes de vida ou financeira todos podem ter acesso aos avanços tecnologicos e com força de vontade todos podem chegar a ser grandes mestres da sabedoria. 6.6 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO Este acontecerá conforme organização do calendário escolar da secretaria municipal de educação do Município o projeto terá duração de um trimestre - setembro á dezembro de 2017. Aula para os professores Aulas para os alunos de 6 a 8 anos Aulas para os alunos de 9 a 11 anos Aulas para os alunos de 12 a 15 anos SETEMBRO DOMINGO SEGUNDA- FEIRA TERÇA- FEIRA QUARTA- FEIRA QUINTA- FEIRA SEXTA- FEIRA SÁBADO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 OUTUBRO DOMINGO SEGUNDA- FEIRA TERÇA- FEIRA QUARTA- FEIRA QUINTA- FEIRA SEXTA- FEIRA SÁBADO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 NOVEMBRO DOMINGO SEGUNDA- FEIRA TERÇA- FEIRA QUARTA- FEIRA QUINTA- FEIRA SEXTA- FEIRA SÁBADO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 DEZEMBRO DOMINGO SEGUNDA- FEIRA TERÇA- FEIRA QUARTA- FEIRA QUINTA- FEIRA SEXTA- FEIRA SÁBADO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 272 28 29 30 31 6.7 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS O projeto será desenvolvido com todos os docentes do município de concórdia aproximadamente 1200 profissionais. E com todos os alunos de Pré a Nono Ano mais ou menos 7000 alunos. Estarão desenvolvendo este projeto mais ou menos 18 profissionais da tecnologia da Educação, onde será feita a divisão das 29 escolas em 6 grupos. Cada grupo além de ter três técnicos em informática, terão o acompanhamento dos profissionais regentes das salas de aula para melhor organizar e manter o foco no projeto, pois os técnicos de informática estarão visitando as 29 unidades escolares e desenvolvendo o projeto para que todos tenham a oportunidade de aprender. Os materiais utilizados durante o projeto são diversos como: cantigas, jogos educativos, história, maquina fotográfica, fantoches computadores, data show, histórias, notebooks, palestrantes, filmagens palestrantes Precisaremos contar com apoio, participação e colaboração dos pais, professores, alunos, equipe pedagógica durante a realização do projeto, e para que sejam atingidos os objetivos, onde todos possam assimilar um pouquinho sobre avanços tecnológicos. 6.8 AVALIAÇÃO Todas as experiências relacionadas ao projeto irão promover alegria e desenvolvimento das habilidades educacionais, afinal esta é a finalidade do projeto, quando conseguirmos atingir aquilo que esperamos, avaliação ocorrerá em, em todos os momentos através de observação, participação dos alunos nas atividades propostas, tanto nas livres quanto nas direcionadas, o interesse, grau de motivação e entusiasmo que ocorre no momento da realização do projeto bem como de registros escritos através de um portfólio por unidade escolar, e registros fotográficos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma inovação é como ver algo novo nas coisas às vezes conhecidas, deve-se pensar em ações que promovam novos papéis para a escola, ações em que a utilização das TICs no contexto educacional estabeleça uma rede dialógica de interação com o intuito de promover a ruptura do distanciamento entre sujeito-sociedade. Se por um lado a informatização
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