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UNIDADE 4 - Fundamentos de Controle de Ruído Industrial - AVALIAÇÃO DE RUÍDOS OCUPACIONAL E AMBIENTAL

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Fundamentos do Controle 
de Ruído Industrial
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Fernanda Anraki Vieira
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01).
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Capacitar o aluno para realizar o monitoramento do ruído ocupacional e ambiental;
• Instruir o aluno quanto à elaboração do relatório da medição.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Contextualização
Para que as avaliações de ruído sejam realizadas adequadamente, é fundamental ter 
conhecimento das normas aplicáveis a cada caso. Na avaliação dos níveis de ruído de 
uma exposição ocupacional, utiliza-se os parâmetros estabelecidos na Norma Regula-
mentadora 15 (NR-15) e a na Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01), ambas do 
Ministério do Trabalho.
Quando se trata de uma avaliação ambiental para fins de conforto e incômodo, 
utiliza-se a NBR 10152. Já para a avaliação do conforto da comunidade e pertur-
bação do sossego público, utiliza-se a NBR 10151 ou legislações municipais mais 
rigorosas específicas.
Além da compreensão das normas, é necessário determinar os ciclos de exposição 
que se deseja avaliar e saber como atuar em campo durante a avaliação. Ou seja, 
como abordar e orientar as pessoas avaliadas, como acompanhar o monitoramento 
ambiental, entre outros cuidados que também influenciam diretamente no resultado 
da medição. 
Assistiremos a mais um vídeo do Napo antes de darmos continuidade ao conteúdo.
Assista ao vídeo e reflita com Napo. Disponível em: https://youtu.be/7iwLEgOaOOU.
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Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01)
A Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01) é uma norma técnica, elaborada 
pela Fundacentro, órgão de pesquisas do Ministério do Trabalho, com o objetivo de 
estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacio-
nal ao ruído, que implique risco potencial de surdez ocupacional (BRASIL, 2001).
Tal norma se aplica a qualquer exposição ocupacional aos ruídos contínuos, in-
termitentes ou de impactos, porém não se aplica à caracterização de condições de 
conforto acústico. A seguir, serão estudados os procedimentos de avaliação do ruído 
(BRASIL, 2001).
Sobre os procedimentos de medição na Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01). 
Disponível em: https://goo.gl/03CTpQ.
Abordagem dos Locais e das Condições de Trabalho
A NHO-01 diz que a avaliação de ruído deverá ser feita de forma a caracterizar a 
exposição de todos os trabalhadores considerados no estudo (BRASIL, 2001). Isto sig-
nifica definir uma estratégia de medição que contemple todas as situações de exposição 
no ambiente de trabalho. 
Para que não seja necessário avaliar todos os trabalhadores, pode-se verificar se 
existem grupos homogêneos de trabalhadores, ou seja, grupos de trabalhadores que 
estão expostos às mesmas condições de trabalho, de forma que o resultado de uma 
avaliação seja representativo para todos os trabalhadores que compõem tal grupo 
(BRASIL, 2001). Assim, avaliando uma exposição típica do grupo homogêneo, está 
se avaliando todo grupo.
Se houver dúvidas quanto à possibilidade de redução do número de trabalhado-
res a serem avaliados, a abordagem deverá avaliar todos os trabalhadores expostos 
(BRASIL, 2001).
As medições devem ser representativas das condições reais de exposição, ou seja, 
devem contemplar todas as condições, operacionais e ambientais habituais, que envol-
vem o trabalhador no exercício de suas funções (BRASIL, 2001). 
O período de amostragem deverá ser escolhido de forma que este seja represen-
tativo da jornada de trabalho. Se forem identificados ciclos repetitivos, eles deverão 
ser suficientes para caracterizar a jornada. Se forem identificados ciclos irregulares ou 
grande variação de ruído, deverão ser medidos números maiores de ciclos para carac-
terizar a exposição (BRASIL, 2001). 
Se no decorrer da jornada o trabalhador executar duas ou mais rotinas indepen-
dentes de trabalho, a avaliação poderá ser feita separadamente em cada uma das 
rotinas e posteriormente calcular a exposição diária (BRASIL, 2001). 
7
UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Igualmente, se houver dúvidas quanto à possibilidade de redução do tempo de amos-
tragem, esta deverá envolver toda a jornada de trabalho (BRASIL, 2001). 
Os procedimentos de avaliação não devem interferir na medição. Condições não 
rotineiras, ou seja, eventuais, devem ser avaliadas e interpretadas isoladamente. Ainda, 
deve-se obter informações administrativas que comprovem as condições verificadas em 
campo (BRASIL, 2001).
Exemplo:
1) Uma fábrica possui 02 galpões, cada um com 05 prensas. Em cada prensa 
operam 03 trabalhadores com função de prensista. Quantas medições de 
ruído são necessárias? Como seriam feitas as avaliações?
A estratégia de avaliação de ruído é definida pela equipe responsável e varia 
conforme diversos aspectos que serão abordados a seguir.
a) O quê ou qual função desejo avaliar?
Neste item será definido o objeto da avaliação. Por exemplo, se é um equi-
pamento ou uma função. Lembrando que este objeto pode ser fixo ou móvel. 
Para o exemplo dado, é necessário saber se as prensas são iguais ou diferen-
tes. Se as prensas forem iguais em um mesmo ambiente, é possível avaliar a 
função de prensista que será válida para todos os prensistas que operarem este 
modelo de equipamento naquele local. Já se as prensas forem diferentes, é 
possível medir o nível de ruído emitido pelas prensas. Seria avaliado qualquer 
trabalhador que executasse atividades na referida prensa e o resultado obtido 
seria válido para os respectivos equipamentos. 
b) Quantos locais de trabalho serão avaliados?
Uma vez definido o objeto da avaliação, caso este trate de um objeto fixo 
(Ex.: equipamento estacionário ou função executada em um único ambiente de 
trabalho), será realizada apenas uma avaliação no local desejado. No exemplo 
dado, cada galpão deverá ser avaliado separadamente, a não ser que se garanta 
que as condições de ambos os galpões são idênticas, neste caso, podendo-se 
avaliar somente um galpão.
Caso o objeto seja móvel, a abordagem poderá ser feita por local de traba-
lho ou por função. Por exemplo, um trabalhador que transita em mais de uma 
área poderá ter posicionado o equipamento nele e já se obter o resultado para 
aquela função, ou poderá avaliar cada ambiente de trabalho, estimar o tempo 
despendido em cada local e calcular a exposição do trabalhador. A escolha da 
estratégia de avaliação dependerá do que for mais adequado à situação.
c) Quantos trabalhadores serão avaliados?
Conforme já mencionado,a existência do grupo homogêneo reduz o núme-
ro de avaliações. No exemplo citado existem 30 trabalhadores, sendo 03 por 
prensa. Caso as prensas sejam iguais e os galpões apresentem uma mesma 
condição de trabalho, poderá ser feita a medição em 01 trabalhador, que re-
presentará todo o grupo. Caso os galpões possuam condições diferentes, mas 
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a mesma condição dentro do respectivo galpão, poderão ser realizadas 02 me-
dições, sendo 01 em cada galpão, e cada grupo homogêneo composto por 15 
trabalhadores. Já se as prensas forem diferentes, poderá ser feita a medição 
por prensa, sendo o grupo homogêneo composto por 03 trabalhadores.
d) Qual(is) trabalhador(es) serão avaliados?
Qualquer trabalhador pode ser avaliado, desde que esteja executando atividades 
habituais. Sugere-se acompanhar a avaliação para garantir que não estão ocorren-
do atividades não habituais que possam interferir nos resultados das medições. 
e) Qual o período de medição?
No exemplo citado, a condição de trabalho é a mesma durante toda a jor-
nada. Ainda que se possa avaliar um ciclo de exposição, vez que o mesmo não 
varia significativamente durante a jornada, sugere-se a avaliação mínima de 
80% da jornada de trabalho.
Logo, são possibilidades de avaliação para o exemplo citado:
 » se os dois galpões são idênticos: pode ser feita 01 medição para a 
função de prensista (grupo homogêneo de 30 trabalhadores);
 » se os dois galpões são diferentes, mas as prensas são de mesmo modelo, 
podem ser feitas 02 medições, sendo uma medição para cada galpão 
(grupo homogêneo de 15 trabalhadores);
 » se os dois galpões são diferentes e as prensas também são diferen-
tes: podem ser feitas 10 medições, sendo uma por prensa (grupo homo-
gêneo de 03 trabalhadores);
 » se os dois galpões são diferentes, as prensas são diferentes e as posi-
ções/atividades dos trabalhadores também são diferentes, podem ser 
feitas 30 medições, uma por trabalhador para avaliar cada posto de 
trabalho (não haverá grupo homogêneo).
As estratégias de amostragem variam conforme cada ambiente de trabalho, que deve 
ser avaliado seguindo o mesmo raciocínio do exemplo citado. 
Procedimentos Gerais de Medição
Conforme a NHO-01, são procedimentos gerais de medição:
• Preparação do instrumento:
 » escolher equipamento adequado à medição devidamente certificado;
 » verificar a integridade do equipamento (microfones, cabos, etc.);
 » verificar a carga da bateria;
 » ajustar os parâmetros de medição conforme critério de avaliação;
 » proceder à calibração inicial.
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UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
• Abordagem do trabalhador:
 » escolher o trabalhador a ser avaliado;
 » explicar ao trabalhador sobre o objetivo da medição, que a medição não deve 
interferir em suas atividades habituais, que as medições não efetuam gravações 
de conversas, que o equipamento ou microfone nele fixado só pode ser removido 
pelo avaliador, que o microfone não pode ser avaliado ou obstruído, entre outros 
aspectos pertinentes;
 » posicionar o equipamento no trabalhador, sendo que o microfone deve estar 
dentro da zona auditiva. O equipamento e o cabo (quando houver) devem ser 
fixados para que não ocorra interferência na medição. Se forem identificadas 
diferenças significativas entre os níveis de pressão sonora dos dois ouvidos, as 
medições deverão ser realizadas no lado exposto ao maior nível.
 » dar início à medição.
• Acompanhamento da medição:
 » Durante a medição, o avaliador não deve interferir no campo acústico ou nas 
condições de trabalho;
 » O avaliador deve verificar, de tempos em tempos, se o equipamento está operan-
do normalmente e se o trabalhador está executando atividades habituais.
• Finalização da medição:
 » decorrido o tempo de amostragem, retirar o equipamento do trabalhador;
 » obter o relatório da medição, seja via software ou impressão;
 » proceder a calibração final. Caso a aferição da calibração apresentar variação 
maior que ±1dB, esta deve ser desprezada;
 » ainda, caso o nível de tensão da bateria esteja abaixo do mínimo aceitável ou o 
equipamento tenha sofrido qualquer prejuízo à sua integridade, a medição tam-
bém deverá ser descartada.
A NHO-01 possui procedimentos específicos de medição para os ruídos contínuo e inter-
mitente e para o ruído de impacto.
• Posicionamento errado do microfone: https://goo.gl/TqKCJY;
• Posicionamento correto do microfone (próximo à zona auditiva do trabalhador): 
https://goo.gl/qwhpzx.
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Interpretação dos Resultados
Conforme visto anteriormente, cada equipamento fornece os resultados em um rela-
tório da medição com histograma. O relatório e histograma obtidos da avaliação realizada 
fornecerão os dados para cálculo no nível equivalente de ruído e da dose de exposição. 
Com base nos resultados obtidos, a atuação recomendada pela NHO-01 é a seguinte:
Tabela 1 – Tomada de decisão em função da dose de exposição 
Dose Diária (%) Consideração Técnica Atuação Recomendada
0 a 50 Aceitável No mínimo, manutenção da condição existente.
50 a 80 Acima do nível de ação Adoção de medidas preventivas.
80 a 100 Região de incerteza
Adoção de medidas preventivas 
e corretivas visando a redução 
da dose diária.
Acima de 100 Acima do limite de exposição (ou limite de tolerância) Adoção imediata de medidas corretivas.
De quanto em quanto tempo deve-se realizar a avaliação de ruído?
Relatório de Medição
A NHO-01 recomenda que no relatório técnico sejam abordados no mínimo:
• Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que 
foram desenvolvidas as avaliações;
• Critério de avaliação adotado;
• Instrumental utilizado;
• Descrição das condições de exposição avaliadas;
• Dados obtidos;
• Interpretação dos resultados.
O relatório de medição deve possibilitar a compreensão, por leitor qualificado, do 
trabalho desenvolvido, além de documentar a avaliação (BRASIL, 2001).
Não há um modelo de relatório padrão. Estes podem ser desenvolvidos em forma de 
texto corrido ou em formato de tabela. Segue um modelo para ilustrar o exposto:
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UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Tabela 2 – Relatório de avaliação de Ruído
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RUÍDO
Empresa:
Endereço: (Importante para determinar a localização na época da avaliação)
Objetivo: (ex.: monitoramento de ruído para elaboração do PPRA etc.)
Justificativa: (ex.: cumprimento de requisito legal disposto na NR-9 etc.)
Metodologia de avaliação: (ex.: conforme NR-15, NHO-01 etc.) 
Setor avaliado: Fontes geradoras de ruído:
Função avaliada: Descrição das atividades:
Trabalhador avaliado: (nome completo) Horário de trabalho: (do trab. avaliado)
Data: / / Horário inicial: Horário final:
Instrumento/modelo/fabricante:
Número de série: Certificação:
Curva de ponderação: Circuito de resposta:
Critério de referência: Nível limiar de integração:
Faixa de medição: Fator de duplicação de dose:
Calibração inicial Horário: Resultado da calibração:
Calibração final Horário: Resultado da calibração:
Nível equivalente de ruído: Ruído para 08 horas:
Dose: Limite de tolerância:
Medidas de controle existentes e/ou propostas:
Interpretação do resultado/conclusão:
Responsabilidade técnica: (nome completo, registro e assinatura do responsável)
ANEXOS: Relatório e histograma de medição
Certificação do equipamento, Registros fotográficos da medição
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Avaliação de Ruído para Caracterização da Insalubridade
A insalubridade por exposição ao agente físico ruído está normatizada nos Anexos 1 e 2 
da NR-15. Para o ruído contínuo e intermitente a norma apresenta um quadro com limites 
de tolerância em função do tempo de exposição e para o ruído de impacto os limites são 
120 dB(C) ou 130 dB (linear). O fator de duplicaçãode dose é q=5 (SALIBA, 2018).
A caracterização da insalubridade ocorre quando a dose ou o Lavg superam os limi-
tes de tolerância previstos e quando o trabalhador não fez uso devido de equipamentos 
de proteção. A medição pode ser feita com medidor de nível de pressão sonora ou 
com audiodosímetro, sendo que as medições com audiodosímetro são mais precisas 
(SALIBA, 2018). 
Para os ruídos contínuo e intermitente, a configuração do equipamento deve ser 
feita no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (slow), enquanto 
para o ruído de impacto, circuito linear com resposta para impacto ou circuito de 
compensação “C” com resposta rápida (BRASIL, 1978).
Em uma avaliação pericial, o perito solicita à Reclamada (empresa) seus documentos de 
segurança, ou seja, PPRA, LTCAT, relatórios de avaliação de ruído, e o que houver de in-
teresse. Quando a própria Reclamada reconhece a exposição ocupacional acima do limite 
de tolerância, não é necessário proceder à medição de ruído. O documento da Reclamada 
pode ser utilizado como prova no laudo pericial, conforme o Artigo 473 do Código de 
Processo Civil (CPC). Ainda, o perito pode não realizar a medição de ruído quando o local 
não possuir fonte significante de ruído, por exemplo, avaliando a função de técnico em 
enfermagem na enfermaria de um hospital.
De modo contrário, quando a reclamada informa em seus documentos a exposição 
inferior ao limite de tolerância ou quando esta não possui documentos de segurança e 
foi detectada uma fonte de ruído que pode ser significativa, é necessário que o perito 
proceda à medição. Neste caso, a medição pode ser realizada por amostragem durante 
a avaliação pericial. O perito deve atentar à amostra selecionada de modo que ela seja 
representativa da exposição habitual do reclamante (trabalhador).
Após a perícia, o perito elabora o laudo pericial onde descreve as condições verifica-
das em diligência e realiza a fundamentação técnica em conformidade com a legislação 
pertinente. Conforme o Artigo 473 do CPC, o laudo pericial deve conter:
• A exposição do objeto da perícia;
• A análise técnica ou científica realizada pelo perito;
• A indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser pre-
dominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da 
qual se originou; 
• Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes 
e pelo órgão do Ministério Público.
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UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Logo, de maneira clara e objetiva,no laudo pericial, o perito:
• Faz a descrição do pacto laboral do reclamante (datas de admissão e demissão, 
horários de trabalho etc.);
• Faz a descrição do local e das atividades avaliadas;
• Relaciona os documentos fornecidos pela reclamada;
• Informa se houve necessidade de medição de ruído em diligência. Caso positivo, 
como esta foi realizada e seus resultados;
• Relaciona os critérios normativos e os resultados encontrados em perícia. Ou seja, 
se o reclamante estava ou não exposto a níveis de ruído acima do permitido;
• Caso o reclamante tenha trabalhado em ambiente insalubre, verifica se foram 
fornecidos equipamentos de proteção em conformidade com a NR-6 (este item 
será abordado com profundidade na próxima unidade da disciplina);
• Responde aos quesitos apresentados;
• Por fim, conclui se houve ou não caracterização da insalubridade.
Após protocolo do laudo pericial, as partes podem fazer a apresentação de quesi-
tos complementares, os quais o perito também deve responder. Lembrando que o juiz 
não é adstrito ao laudo pericial, ou seja, não tem obrigação de acatá-lo. Sendo assim, 
caso o laudo pericial não tenha sido bem elaborado e não tenha fornecido elementos 
suficientes para convencimento do juiz, ele o descarta e, inclusive, designa nova perí-
cia a ser realizada por outro perito. 
Saiba mais sobre a avaliação e caracterização da insalubridade por exposição ao 
ruído ambiental em: https://goo.gl/MFfC9u.
O perito deve medir o ruído por quanto tempo durante a jornada de trabalho 
do reclamante?
Avaliação de Ruído para Fins de Aposentadoria Especial
Sabemos que há divergência no fator de duplicação de dose da NR-15 (q=5) e da 
NHO-01 (q=3) na abordagem da exposição ao ruído. Para minimizar este conflito, 
o INSS publicou a Instrução Normativa nº 45 de 2010 (IN 45/2010) que, em seu 
Artigo 239, diz que a exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria 
especial quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB(A), 
noventa dB(A) ou oitenta e cinco dB(A), conforme o caso, ou seja, acima de80 
decibéis até 05/03/1997, acima de 90 decibéis de 06/03/1997 até 18/11/2003 e 
acima de 85 decibéis a partir de 19/11/2003, utilizando os limites de tolerância de-
finidos no Quadro Anexo I da NR-15 e as metodologias e os procedimentos definidos 
nas NHO-01 da FUNDACENTRO (BRASIL, 2010).
14
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Em termos práticos, quando da realização de medições de ruído para elaboração 
do LTCAT, deve-se seguir os procedimentos estabelecidos na NHO-01 e utilizar os 
limites de tolerância definidos na NR-15. O LTCAT e outros documentos de segurança 
servirão de base para preenchimento do PPP.
Avaliação de Ruído para Conforto da Comunidade 
e Perturbação do Sossego Público
A poluição sonora pode causar distúrbios físicos e psíquicos na população. Portanto, 
quando não controlada, é fonte de conflitos entre os agentes das comunidades, principal-
mente em localidades próximas a aeroportos, indústrias, construções etc. Para atender às 
legislações ambientais brasileiras, nos níveis federal, estadual e municipal, é necessário rea-
lizar a avaliação do ruído em conformidade com as normas técnicas nº 10.151 e 10.152, 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A NBR 10151 fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruí-
do em comunidades. A norma especifica um método para a medição de ruído, a 
aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar características 
especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva em 
conta vários fatores. O método de avaliação envolve a medição do ruído, com equi-
pamento devidamente certificado, na curva de ponderação “A” (ABNT, 2000).
No levantamento de ruído deve-se medir externamente aos limites da propriedade que 
contém a fonte. Quando houver reclamações, as medições devem ser feitas nas condições 
e locais indicados pelo reclamante. As medições podem ser feitas em ambientes externos 
ou internos, em conformidade com as exigências da referida NBR (ABNT, 2000).
Se o ruído apresentar características especiais, pode ser necessário proceder a dos 
valores medidos nos níveis de pressão sonora, fornecendo o nível de pressão sonora 
corrigido ou simplesmente nível corrigido (Lc). No caso do ruído contínuo ou intermi-
tente, não há correção (o nível de ruído é LAeq). Se o ruído for de impacto, é determi-
nado pelo valor máximo medido com o medidor de nível de pressão sonora ajustado 
para resposta rápida (fast), acrescido de 5 dB(A). Se o ruído possuir componentes 
tonais, é determinado pelo LAeq acrescido de 5 dB(A). Caso o ruído apresente simul-
taneamente características impulsivas e componentes tonais, toma-se como resultado 
o maior valor– impulso ou tonal (ABNT, 2000).
As medições não devem ser feitas sob condições climáticas adversas, por exemplo: 
trovões, chuvas fortes etc. O tempo de medição deve ser escolhido de forma que seja 
representativo da condição em questão, sendo que a medição pode envolver uma única 
amostra ou uma sequência delas. Os valores medidos do nível de pressão sonora devem 
ser arredondados ao valor inteiro mais próximo (ABNT, 2000).
O nível de ruído corrigido (Lc) obtido deve ser comparado com o nível critério de 
avaliação (NCA), estabelecido conforme a tabela que segue:
15
UNIDADE 
Avaliaçãodo Ruído Ocupacional e Ambiental
Tabela 3 – Nível critério de avaliação (NCA)
Tipos de áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: ABNT, 2000
Os limites de horário para o período diurno e noturno podem ser definidos pelas 
autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não 
deve começar depois das 22h e não deve terminar antes das 7h do dia seguinte. Se o 
dia seguinte for domingo ou feriado, o término do período noturno não deve ser antes 
das 9h (ABNT, 2000).
O relatório da avaliação deve conter:
a) marca, tipo ou classe e número de série de todos os equipamentos de me-
dição utilizados;
b) data e número do último certificado de calibração de cada equipamento 
de medição;
c) desenho esquemático e/ou descrição detalhada dos pontos da medição;
d) horário e duração das medições do ruído;
e) nível de pressão sonora corrigido Lc, indicando as correções aplicadas;
f) nível de ruído ambiente;
g) valor do nível de critério de avaliação (NCA) aplicado para a área e o horário 
da medição;
h) referência a esta Norma (ABNT, 2000).
Avaliação de Ruído para Fins de Conforto e Incômodo
A Norma Regulamentadora 17 (NR-17), Ergonomia, em seu item 17.5.2, diz que 
nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual 
e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de 
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, é recomendado, dentre outras 
condições de conforto, níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, 
norma brasileira registrada no INMETRO (BRASIL, 1978).
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17
Para as atividades que possuam as características citadas anteriormente, mas não 
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o 
nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva de ava-
liação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB (BRASIL, 1978).
A NBR 10152 fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em am-
bientes diversos. A norma informa que a medição de ruído deve seguir as disposições 
da NBR 10151. Igualmente, na determinação do conforto acústico nos ambientes de 
trabalho, é preciso medir os níveis de ruído em cada frequência e banda de oitava e 
compará-los aos valores estabelecidos como nível de conforto (dB(A)) e nas curvas de 
avaliação de ruído (NC), ambos expostos na tabela que segue:
Figura 1 – Nível de conforto (dB(A)) e curvas de avaliação de ruído (NC)
Fonte: ABNT, 2000
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UNIDADE 
Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
O valor inferior da faixa (dB(A)) representa o nível sonoro para conforto, enquanto 
que o valor superior (NC) significa o nível sonoro aceitável para a finalidade. Níveis 
superiores aos estabelecidos na tabela são considerados de desconforto, sem necessa-
riamente implicar risco de danos à saúde.
Os dados obtidos na avaliação de ruído também devem ser expostos em relatório, 
onde poderão ser informadas as medidas coletivas, administrativas ou no trabalhador 
que contribuem para os níveis de conforto no local avaliado (SALIBA, 2018).
Saiba mais sobre o incômodo causado pelo ruído em: https://goo.gl/Zz6uum.
De quanto em quanto tempo deve-se realizar a avaliação de ruído?
Resposta: Ao contrário do que se imagina, que as avaliações de ruído devem ser reali-
zadas periodicamente, por exemplo, uma vez ao ano, as avaliações de ruído só devem 
ser refeitas quando houver alguma alteração no ambiente que impacte nos níveis de 
ruído já monitorados.
O perito deve medir o ruído por quanto tempo durante a jornada de trabalho 
do reclamante?
Resposta: Se necessário, o perito deve medir uma amostra ou ciclo de exposição do 
reclamante, representativo de sua jornada de trabalho. Muitas vezes não há necessidade 
de medir 80% ou toda a jornada.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Napo. Pare esse barulho, episódio 4
https://youtu.be/7iwLEgOaOOU
 Leitura
Avaliação e caracterização de insalubridade por exposição ao ruído ambiental dos trabalhado-
res de uma empresa de gerenciamento de resíduos industriais
https://goo.gl/MFfC9u
Incômodo causado pelo ruído a uma população de bombeiros
https://goo.gl/Zz6uum
Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01)
https://goo.gl/03CTpQ
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Avaliação do Ruído Ocupacional e Ambiental
Referências
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forto da comunidade – Procedimento. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2000. Disponível em: 
<http://www.semace.ce.gov.br/wp-content/uploads/2012/01/Avalia%C3%A7%C3%A
3o+do+Ru%C3%ADdo+em+%C3%81reas+Habitadas.pdf>. Acesso em: 23/07/2018.
ABNT. NBR 10152. Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro, RJ: 
ABNT, 1987. Disponível em: <http://www.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-con-
tent/uploads/2015/02/NBR_10152-1987-Conforto-Ac_stico.pdf>. Acesso em: 
23/07/2018.
BRASIL. Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 6 de agosto de 2010. Disponí-
vel em: <http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/38/inss-pres/2010/45_1.htm>. 
Acesso em: 03/08/2018.
BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Normas Regulamentadoras - NR 
- do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança 
e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06/07/1978. Dispo-
nível em: <http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/
normas-regulamentadoras>. Acesso em: 11/05/2016.
EDITORA SABERES - Saúde e segurança do trabalho (livro eletrônico). São Paulo, 
2014. (e-book)
FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues. Acidente do trabalho, doenças 
ocupacionais e profissionais: causas que devem ser forçosamente apreciadas pela 
justiça do trabalho: seguridade social: controle: Emenda Constitucional para trans-
ferir a competência para a justiça do trabalho para tais causas (ações acidentárias). 
Revista LTr: Legislação do Trabalho, São Paulo, v. 74, n. 4, abr. 2010, p. 397-405 
(artigo grátis).
FUNDACENTRO. Norma de Higiene Ocupacional - Procedimento Técnico - Ava-
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em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/
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GERGES, S.N.Y. Ruído: Fundamentos e Controle. 2. ed. Santa Catarina: NR Editora, 2000.
MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. 3. ed.São 
Paulo: Ltr, 2008
MONTEIRO, Antonio Lopes; BERTAGNI, Roberto Fleury de Souza. Acidentes do 
trabalho e doenças ocupacionais: conceito, processos de conhecimento. 6. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2010.
RAMAZZINI, Bernardino. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro, 1985.
SALIBA, T.M. Manual Prático de Avaliação e Controle do Ruído: PPRA – 10. ed. 
São Paulo: LTR, 2018.
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