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G lo ss ár io Do CURSO _ Glossário do e - b o o k 2 0 2 0 sobre nós 2#enocultura e-book Glossário do vinho sobre nós Quem somos A eno Cultura tem como objetivo ajudar no progresso da indústria e estabelecer o conhecimento por meio da educação, compartilhando nossa experiência e comprometimento pelo mundo dos vinhos, saquês e destilados. somos o único provedor na América Latina que possui 9 professores WseT nível 4 – Diploma Prêmios internaCionais em pouco mais de 5 anos de operação a eno Cultura já trouxe alguns prêmios importantes para o brasil. eleita em 2017 como educador do ano pela WseT Global, entre mais 900 escolas espalhadas em 90 países, recebeu o prêmio, orgulhosamente, pelas mãos do aclamado jornalista inglês steven spurrier. outra conquista foi em 2019 com o título de Provedor do ano para o curso French Wine scholar (FWs), recebido pela Wine scholar Guild. FWs é o curso mais avançado e profundo sobre vinhos franceses ministrado em cerca de 100 escolas no mundo. Ainda em 2019, nosso diretor Paulo brammer foi eleito na premiação Future 50 Awards, que revelou os 50 nomes de destaques que moldam o futuro da indústria etílica Global! 3#enocultura e-book Glossário do vinho o Que fazemos frenCh Wine sCholar Conteúdo Práticas viticulturais e de vinificação, cepas, topografia, clima, solos, história e leis dos vinhos de todas as regiões vinícolas francesas, incluindo Jura, savoie e Córsega. Pin e Pós nominal Após a aprovação, o aluno receberá um certificado e o pin, além do direito de uso do pós nominal e do logo “FWs” em suas comunicações. material e aulas em PortuGuês o material de estudo é desenvolvido com o apoio do Ministério Francês da Agricultura e atualizado anualmente. WorkshoPs Promovemos experiências de degustação em cursos temáticos, aliando alta qualidade, diversidade e originalidade dos vinhos. www.enocultura.com.br/workshops Como funCiona Com o objetivo de auxiliar empresas a estreitarem relacionamento com potenciais clientes, parceiros estratégicos e colaboradores, há mais de 4 anos a eno Cultura desenvolve eventos corporativos que promovem experiência com vinhos e destilados. Degustando arte Jogo do vinho Cerveja X Vinho CorPorativo Criação e apresentação do material de apoio seleção de produtos de acordo com o budget Desenvolvimento do conceito Confira nossa aGenda 4#enocultura e-book Glossário do vinho https://www.enocultura.com.br/product-category/workshops/ Cursos Wset Cursos online Cursos temáticos criados para assistir quando e onde quiser. Além das aulas didáticas em formato de vídeo, disponibilizamos um material de apoio para acompanhamento do curso, uma lista com sugestões de vinhos e um vídeo exclusivo com perguntas e respostas para testar o conhecimento adquirido. Ao final do curso, você receberá a certificação eno Cultura de conclusão. enocultura.com.br/ product-category/cursos-online enocultura.com.br/ wset/ nivel-1-em-vinhos enocultura.com.br/ wset/ nivel-2-em-vinhos enocultura.com.br/ wset/ nivel-3-em-vinhos enocultura.com.br/ wset/ diploma Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 5#enocultura e-book Glossário do vinho https://www.enocultura.com.br/product-category/cursos-online/ https://www.enocultura.com.br/wset/nivel-1-em-vinhos/ https://www.enocultura.com.br/wset/nivel-2-em-vinhos https://www.enocultura.com.br/wset/nivel-3-em-vinhos/ http://www.enocultura.com.br/wset/nivel-3-em-vinhos http://www.enocultura.com.br/wset/nivel-3-em-vinhos http://www.enocultura.com.br/wset/nivel-3-em-vinhos https://www.enocultura.com.br/wset/diploma/ ínDice 9 14 20 AAA 7 BBB 8 CC 9 DD 11 EE 11 GG 13 M 14 N 16 O 16 PPP 17 RRR 18 SSS 19 V 20 W 22 FF 12 6#enocultura e-book Glossário do vinho anCellotta o vinho ícone da Casa Perini (Vale Trentino, rs), chamado Qu4tro, é produzido apenas em safras excepcionais a partir do blend de quatro uvas: Cabernet sauvignon, Merlot, Tannat e Ancellotta. As três primeiras uvas são bem conhecidas, mas a última nem tanto! A Ancellotta é uma uva tinta nativa da região de emilia-romagna, no norte da itália. ela é muito utilizada em blends como, por exemplo, para alguns vinhos da denominação de origem lambrusco. raramente utilizada de forma varietal, ela é um ingrediente que traz cor, taninos e acidez aos vinhos. www.casaperini.com.br do vinho do Porto, há uma grande quantidade de açúcar residual, pois a fermentação é interrompida precocemente através da adição de aguardente vínica, que eleva o grau alcoólico do vinho para cerca de 20% e mata as leveduras. açúCar residual: 2,2 G/l A importadora Wine&Co especifica em seu site que o vinho Urraca Primera reserva tem 2,2 gramas por litro de açúcar residual. As leveduras nunca consomem 100% do açúcar presente no mosto, portanto mesmo um vinho seco terá um pouco de açúcar residual. Além disso, o paladar humano começa a detectar a presença de açúcar no vinho somente a partir de 2 – 4g/l, e por açúCares residuais Na ficha técnica de vinhos, pode haver uma menção aos açúcares residuais. estes são os açúcares naturais da uva que permanecem no vinho após o final da fermentação. No caso vezes nem nessas faixas ele é detectável, dependendo da quantidade de outros componentes no vinho, sobretudo a acidez. segundo a organização internacional da Vinha e do Vinho (oiV), o açúcar residual é definido como a presença de glicose, frutose e sacarose no vinho final, medidos em gramas por litro. os limites definidos para um vinho ser considerado seco variam entre países, mas as regras da União europeia são um padrão importante a ser considerado. segundo essas regras, um vinho é considerado seco se tiver até 4g/l de açúcar residual. Não obstante, é possível que vinhos com até 9g/l de açúcar residual também possam ser considerados secos, contanto que tenham acidez suficientemente alta: especificamente, a quantidade de ácido tartárico não pode ser mais do que 2g/l abaixo da quantidade de açúcar residual. www.wine-co.com.br AAA 7#enocultura e-book Glossário do vinho auslese Um vinho da uva riesling vendido pela World Wine, do produtor balthasar ress, da região de rheingau (Alemanha), vem com o termo Auslese em seu rótulo. este termo faz parte do Prädikat, que é uma divisão dos vinhos em seis categorias, cada uma delas com um requerimento específico para o peso do mosto, ou seja, o nível de açúcar natural das uvas presente no suco, antes da fermentação. Na categoria Auslese, os vinhos são feitos de cachos de uvas selecionados individualmente, e que já atingiram um grau de maturidade elevado, inclusive maior do que o de uma colheita tardia. estes vinhos podem ser de secos a doces, e muitas vezes apresentam aromas característicos da “podridão nobre”. www.worldwine.com.br BâtonnaGe Chablis é uma denominação de origem do norte da França, onde são produzidos vinhos brancos com a uva Chardonnay. Há uma série de fatores, ligados ao terroir e à vinificação, que fazem com que os vinhos de Chablis apresentem com frequência aromas minerais, muito característicos desta denominação. Além disso, em geral os vinhos não passam por madeira, mas em casos de uvas de parcelas mais especiais isso pode ocorrer mais BlanC de BlanCs esta expressão é usada quando um vinho branco é feito a partir de uvas brancas, como é o caso do Filipa Pato 3b da importadora Casa Flora. Um vinho branco também pode ser feito de castas tintas, bastando para isso que não haja contato com as cascas durante a fermentação, pois são nas cascas das uvas onde estão os pigmentos que dão cor aos vinhos. No caso de um vinho branco feito exclusivamente de uvas tintas, pode-se usar o termo “blanc de noirs”. www.casaflora.com.brcomumente. É o caso de um Chablis Premier Cru do Domaine bernard Defaix, trazido pela belle Cave ao brasil, que é fermentado em barricas de carvalho usadas (2° a 5° uso), e permanece nessas barricas por 12 meses. Durante este período, as borras finas também estão presentes dentro da barrica, e sofrem um processo chamado de bâtonnage: elas são agitadas para circular pelo vinho, de forma a aportar textura e alguns sutis aromas. www.bellecave.com.br borrAs borrAs AGiTADor BBB 8#enocultura e-book Glossário do vinho Botritização o termo “botritização” é relacionado ao fungo Botrytis cinerea, que afeta uvas em regiões onde as condições climáticas são propícias ao seu desenvolvimento – como em sauternes (bordeaux, França). As uvas “botritizadas”, ou seja, afetadas pelo fungo, sofrem um processo de concentração de açúcares e aromas específicos, como mel, gengibre e casca de laranja. os vinhos resultantes são muito doces e exuberantes em aromas e sabores. Não é à toa que o processo de botritização é também chamado de podridão nobre! CaraCterístiCas orGanoléPtiCas o termo “organoléptico”, de origem grega, refere-se às características que podem ser compreendidas pelos órgãos sensoriais. No caso do vinho, estamos falando de cor, cheiro, sabor e outras sensações na boca – tais como textura, peso, doçura, acidez, tanicidade, nível de álcool. Borras o vinho é resultado de uma fermentação alcoólica, feita por leveduras que transformam açúcar em álcool e gás carbônico. Quando estas leveduras morrem (isto pode ocorrer devido a vários motivos!), a fermentação é interrompida e elas formam um sedimento que se deposita no fundo do recipiente onde o vinho está formado. A este depósito de leveduras mortas damos o nome de borras. o contato prolongado do vinho com as suas borras pode ser uma técnica utilizada para trazer mais complexidade e aromas específicos. www.wine-co.com.br CC 9#enocultura e-book Glossário do vinho CiClo fenolóGiCo o termo “ciclo fenológico”, citado no site da vinícola argentina Doña Paula, cujos vinhos são importados pela inovini, refere-se ao desenvolvimento das vinhas ao longo das estações do ano: desde os primeiros brotos na primavera até o “descanso” de inverno. Durante o florescimento, as primeiras uvas, o amadurecimento, a colheita e a queda das folhas, há aspectos cruciais a serem considerados para garantir a saúde da vinha e a qualidade das uvas, como riscos de doenças e intempéries climáticas. em um caso específico da Doña Paula, eles comentam que o ciclo fenológico de 2016/2017 ocorreu mais cedo do que o esperado: o florescimento, por exemplo, ocorreu no início de novembro, cerca de 10 dias antes do usual. www.inovini.com.br ClassiCo riserva o vinho italiano “Chianti Classico riserva DoCG” vendido pela importadora Cantu tem dois termos importantes da classificação de vinhos na itália: Classico e riserva. Várias denominações de origem na itália tiveram suas fronteiras expandidas com o tempo, e o termo Classico se refere à área geográfica original da denominação. Neste nosso exemplo, Chianti Classico DoCG é uma denominação em si, e não uma sub- região de Chianti DoCG. ela se localiza em uma área com maior altitude e onde a sangiovese irá desenvolver maior acidez e riqueza de aromas. Já o termo riserva se refere a vinhos com um percentual mínimo mais elevado de álcool e um requerimento mínimo de envelhecimento também maior. Para um Chianti Classico riserva DoCG, o tempo mínimo de envelhecimento é de 24 meses, dos quais 3 meses ao menos devem ser em garrafa antes de serem liberados para a venda. www.cantuimportadora.com.br 10#enocultura e-book Glossário do vinho Clima marítimo Na descrição de um vinho de seu portfólio no brasil, a empresa lVMH faz uso do termo “clima marítimo”. As duas principais características deste tipo de clima, no contexto do vinho, são: doCG No site da importadora belle Cave, a descrição de um vinho barolo (que é um tinto produzido na região do Piemonte, no norte da itália, a partir da uva Nebbiolo) vem acompanhada da sigla “DoCG”. esta sigla, abreviação para “Denominazione di origine Controllata e Garantita”, é a classificação mais alta do sistema de denominação de origem do país. ou seja, nesta classificação as regras de terroir, uvas utilizadas, vitivinificação e maturação são as mais restritas. Após a DoCG, temos a DoC, que tem regras de produção um pouco menos rígidas, mas ainda importantes. Para se ter uma ideia, há atualmente na itália 334 DoCs, mas apenas 74 DoCGs. www.bellecave.com.br d.o.v.v. o produtor Pizzato descreve em seu site a localização das instalações da vinícola e da família no município de bento Gonçalves, na serra Gaúcha, e também o fato de fazerem parte da primeira indicação geográfica brasileira, a Denominação de origem Vale dos Vinhedos (D.o.V.V.). o Vale dos Vinhedos é a única região brasileira com o statuts de D.o., que tem regras mais especificas do que uma indicação de Procedência (iP). As uvas permitidas na D.o.V.V para vinhos tranquilos são: Merlot, Cabernet sauvignon, Cabernet Franc, Tannat, Chardonnay e riesling itálico. Para espumantes, são usadas Chardonnay, Pinot Noir e a riesling itálico. outras iP's existentes no brasil são: Farroupilha, Monte belo, Pinto bandeira, Altos Montes e Vales da Uva Goethe. pizzato.net baixa continentalidade (ou seja, menor diferença de temperatura entre os meses mais quentes e mais frios do ano) e temperaturas de frias a moderadas. Neste tipo de clima, geralmente, as chuvas se espalham mais igualmente ao longo do ano, o que ajuda a moderar as variações de temperatura. Um exemplo clássico de uma região de clima marítimo é bordeaux, na França. os outros grandes grupos climáticos relevantes para os vinhos são “continental” e “mediterrâneo”). www.lvmh.com/houses/wines-spirits/ entre Cordilleras Dentro da seção de vinhos chilenos do site da importadora inovini, há uma opção para a região “entre Cordilleras”. No Chile, além das denominações de origem tradicionais que foram criadas em 1994 (como Casablanca, Colchagua, Curicó...), os produtores podem também utilizar, desde 2012, algumas denominações geográficas, que são divididas em: Andes, entre Cordilleras e Costa. Como os próprios nomes dizem, elas ressaltam as peculiaridades oriundas de influências marítimas, dos Andes ou da área entre a cordilheira da Costa e os Andes. esta última, chamada “entre Cordilleras”, é responsável por cerca de 60% da produção de vinho chilena. estas denominações geográficas não são parte integral do sistema de denominações de origem do Chile, mas são uma forma oficial de melhor caracterizar a diversidade de “terroirs” do país. www.inovini.com.br DD EE 11#enocultura e-book Glossário do vinho fermentação maloláCtiCa Após a fermentação alcoólica, na qual as leveduras transformam os açúcares do mosto de uvas em álcool e gás carbônico, os vinhos podem também passar pela fermentação maloláctica, na qual as bactérias convertem o ácido málico em ácido láctico, diminuindo a sensação de acidez do vinho, trazendo uma maior cremosidade e aromas que remetem a manteiga ou queijo. A fermentação maloláctica é uma prática padrão para vinhos tintos, mas para os brancos é uma questão de escolha de estilo: ela é evitada se o objetivo é ter um vinho branco com predominância de sabores de fruta e alto frescor/vivacidade. fermentação em BarriCas de seGundo uso A fermentação alcoólica do vinho sol de sol sauvignon blanc, produzido pela Viña Aquitania (Vale de Malleco, Chile) e importado pela Zahil, é feita em barricas de segundo uso, ou seja, barris de carvalho de cerca de 230 litros que já foram usados para envelhecimento de outros vinhos. Ao utilizarbarricas ao invés dos mais usuais recipientes de aço inoxidável, o objetivo do produtor é aportar textura/cremosidade ao vinho, ao mesmo tempo em que a madeira interfere pouco nos aromas e sabores do vinho, dado que ela já foi usada. outra forma de se utilizar madeira na fermentação sem muita adição de aromas é através de barris maiores, chamados foudres, que têm em geral 2.000 litros ou mais de capacidade. Para uvas tintas, é mais difícil fazer a fermentação em barricas, devido à presença de elementos sólidos (como as cascas). Neste caso, alguns produtores optam pelo uso de foudres ou por abrir a parte superior das barricas, permitindo a manipulação do mosto. www.zahil.com.br fermentação a Baixas temPeraturas Maceração a frio (que também temos aqui no glossário) e fermentação a baixas temperaturas são conceitos bastante relacionados. Neste vinho rosé da Quinta da bacalhôa (Península de setúbal, Portugal), importado pela Portus, não há maceração, ou seja, a prensa é direta, e a fermentação alcoólica que se segue é feita a baixas temperaturas, de 10 a 12°C neste caso). o objetivo principal é preservar os aromas primários desta casta que é bastante aromática e complexa: o Moscatel roxo de setúbal. www.portusimportadora.com.br áCiDo MáliCo áCiDo láTiCo FF 12#enocultura e-book Glossário do vinho fumé BlanC o termo Fumé blanc no rótulo da garrafa nada mais é que uma referência a uma uva bem conhecida: a sauvignon blanc! Nos eUA, a Fumé blanc é (por lei) um sinônimo da sauvignon blanc. o termo foi criado por robert Mondavi nos anos 1960 para diferenciar o seu sauvignon blanc seco e de alta qualidade dos outros existentes à época nos eUA, que eram geralmente doces e com pouco caráter. A inspiração para o “Fumé” veio da designação Pouilly-Fumé, no Vale do loire (França), que produz icônicos vinhos com sauvignon blanc. o estilo Fumé blanc geralmente é associado a vinhos que passam por madeira, mas isso não é uma regra. www.robertmondaviwinery.com Grand Cru de aÿ o catálogo online da Moët Hennessy no brasil traz a descrição da elaboração do Champagne krug rosé, onde podemos ver uma peculiaridade de Champagne: ao contrário da maioria das denominações de origem, lá o vinho rosé pode ser elaborado a partir da adição de vinho tinto ao vinho branco. No caso da krug, o vinho tinto é feito da uva Pinot Noir proveniente de Aÿ, um dos 17 villages classificados como Grand Cru em Champagne. outra particularidade da Maison krug é que a primeira fermentação de seus vinhos ocorre em barricas de carvalho, em contraposição à prática mais frequente em recipientes inertes de aço inoxidável. www.lvmh.com/houses/wines-spirits/ GG 13#enocultura e-book Glossário do vinho método ChamPenoise Um vinho espumante é feito a partir de um vinho base tranquilo (sem bolhas), no qual uma segunda fermentação é induzida e, desta vez, o ambiente é selado para que o gás carbônico, subproduto da fermentação alcoólica, seja retido no vinho, formando as bolhas. No método champenoise, também conhecido como tradicional, esta segunda fermentação ocorre dentro da garrafa, e não em grandes tanques selados. Dessa forma, após a fermentação, as leveduras mortas se depositam na garrafa, e trazem aromas específicos a estes espumantes. maCeração a frio Na ficha técnica de um vinho rosé da denominação Côteaux Varois (Provence), vendido pela importadora barrinhas, é citado o processo de maceração a frio, que ocorre antes da fermentação alcoólica. Neste processo, o mosto é deixado por algumas horas em contato com as cascas, a baixas temperaturas (5 a 8°C), para extrair componentes fenólicos – que são responsáveis, entre outras coisas, por aromas, sabores e potencial antioxidante. As baixas temperaturas evitam a extração de cor e taninos. Como se trata de um vinho rosé, as cascas são retiradas para que se proceda à fermentação alcoólica. Caso contrário, o vinho seria tinto, pois as castas utilizadas para este Côteaux Varois (Grenache, Cinsault e syrah) são todas tintas. http://barrinhas.com.br/site/ maCeração CarBôniCa o produtor uruguaio Pizzorno faz um Tannat de “maceração carbônica”, vendido pela Grand Cru no brasil. No processo de maceração carbônica, as uvas são colocadas em cachos inteiros dentro de tanques que são preenchidos com gás carbônico, o que causa a remoção do oxigênio presente. sem oxigênio, as uvas passam por um processo de fermentação intracelular: o álcool é criado dentro das uvas, cujas cascas se rompem quando o teor alcoólico alcança cerca de 2%. Após o rompimento das cascas, geralmente o suco é prensado para separar as partes sólidas, e a fermentação alcoólica segue normalmente, sem as cascas. Neste processo, houve extração de cor das cascas, mas o vinho terá um teor baixo de taninos e sabores bastante frutados e doces, como de banana, canela e kirsch. www.grandcru.com.br M 14#enocultura e-book Glossário do vinho mosChofilero Já ouviu falar de uma uva chamada Moschofilero? esta é uma casta de pele rosada, muito plantada na região do Peloponeso, na Grécia, altamente aromática e que dá origem a vinhos brancos geralmente de corpo leve. A Moschofilero amadurece tarde e não se dá bem em climas muito frios ou chuvosos. No entanto, ela necessita de uma certa altitude e uma considerável variação de miCro-oxiGenação o produtor luiz Argenta, de Flores da Cunha (serra Gaúcha), elabora um vinho da casta Chardonnay que passa 8 anos envelhecendo em barricas novas de carvalho francês antes de ser engarrafado. este longo período de estágio permite que, devido aos poros da madeira, o vinho passe por um processo de micro- oxigenação, assim como o que ocorre quando o vinho envelhece dentro da garrafa, pois a rolha miCroClimas os microclimas são pequenas áreas geográficas que se distinguem por características específicas que passarão às uvas provenientes destas áreas. eles são menores e mais únicos do que um macroclima ou um mesoclima. Um microclima pode ser uma área delimitada dentro de uma região vinícola (exemplo: Vale de Tupungato, em Mendoza), ou até mesmo um vinhedo específico dentro de uma propriedade. Há vários elementos que podem dar unicidade a um microclima, como disponibilidade de água, altitude, nebulosidade, amplitude térmica, tipo de solo... www.zahil.com.br também é porosa. este processo de oxidação é relativamente controlado, já que uma parte do vinho que foi evaporada é reposta para que não acha espaço dentro da barrica, e também porque as borras finas ficaram depositadas no fundo da barrica, e elas consomem oxigênio. esta oxidação controlada traz aromas típicos de amadurecimento de um vinho, como frutas e flores secas. www.luizargenta.com.br temperatura durante o dia para expressar este caráter aromático e frescor através de alta acidez. isso acontece em regiões do Peloponeso como Mantinia, que é de onde vem o Monograph Moschofilero, rótulo trazido pela importadora Mistral ao brasil. Por ser bastante aromática e trazer notas frutadas e florais, essa uva é frequentemente comparada a castas como Gewürztraminer, Muscat e Torrontés. www.mistral.com.br 15#enocultura e-book Glossário do vinho multi-millésimes Na produção de espumantes que passam por duas fermentações, os "vinhos base" que são vinhos provenientes de determinados anos e parcelas de vinhedos, são geralmente misturados para se obter um vinho espumante com certa consistência de estilo. em muitos casos, porém, o produtor escolhe um único vinho base para produzir um espumante, que será, portanto, safrado. Mas há também a possibilidade de escolher um blend apenas de safras excepcionais, que são chamadas em francês de millésimes!É o caso de um Champagne da lanson, importado pela Cantu, chamado de “multi- millésimes”. No multi-millésimes extra Age brut, por exemplo, as uvas são das boas safras de 2004, 2005 e 2006. cantuimportadora.com.br/ orGâniCos, BiodinâmiCos e naturais No site da importadora World Wine, há uma seção específica para vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais. os vinhos orgânicos recebem uma certificação que atesta a saúde dos solos e das videiras principalmente através da limitação do uso de produtos químicos – que muitas vezes são tóxicos – nature Na lista de vinhos do produtor nacional Cave Geisse, há um espumante, feito pelo método tradicional, que contém o termo “Nature” no rótulo. Neste tipo de vinho espumante, há uma segunda fermentação que ocorre dentro da garrafa selada (com uma tampinha semelhante à de um refrigerante), e é após esta fermentação que as bolhas surgem no vinho. Depois de um período de descanso, as leveduras mortas são retiradas da garrafa, e a tampinha é substituída por uma rolha de espumante. Nesta troca, o vinicultor pode decidir adicionar algum açúcar ao vinho para dar mais equilíbrio com a acidez presente. De acordo com o nível de açúcar adicionado, o espumante é classificado como extra brut, brut, Demi-sec, e por aí vai. Mas, no caso de um espumante “Nature”, nenhum açúcar foi adicionado neste processo, e o espumante terá 3g/l de açúcar, no máximo. www.familiageisse.com.br nas plantações, além de limites à intervenção química na vinificação. Já a certificação biodinâmica segue um conceito que vai além do protocolo agrícola, enxergando a área produtora como um só organismo dinâmico, onde solo, animais, homem e cosmos interagem. Há também na biodinâmica uma regulação específica para as substâncias que podem ser utilizadas durante a vinificação. Do ponto de vista prático, pode-se dizer que todos os vinhos biodinâmicos já são também orgânicos, mas obedecem alguns critérios adicionais. Quanto aos vinhos naturais, este é um conceito mais amplo e menos formalizado, mas de forma geral podemos defini-los como os vinhos que sofrem o mínimo de intervenção possível do produtor, desde a plantação até a vinificação e engarrafamento. www.worldwine.com.br MáXiMo = 3G/l N O 16#enocultura e-book Glossário do vinho Pétillant naturel Pétillant Naturel é um tipo de espumante francês que pode ser carinhosamente chamado de Pét-Nat. esse nome já dá uma boa ideia do estilo da bebida: é um espumante elaborado com apenas uma fermentação, que inicia em um tanque e finaliza dentro da própria garrafa, como ocorre com o belle rosé do produtor Château Jonc blanc, comercializado pela Wines4U. o licor de tiragem não é adicionado, então a fermentação alcoólica continua com o restante do açúcar que sobrou da fermentação no tanque; esse método de produção recebe o nome de Ancestral. A pressão dentro da garrafa é menor quando comparada com todos os outros espumantes franceses - possui de 1 a 2,5 atm. Para se ter uma ideia, o champagne possui de 5 a 6 atm de pressão. www.wines4u.com.br Pisa humana Pisa humana é uma técnica ancestral na produção de vinho, na qual a pessoa entra em um recipiente (lagar) onde são colocadas as uvas e esmaga-as com os pés, processo utilizado na produção do Ares do Douro Hidrângeas Tinto reserva vendido pela brindisi. A principal região que utiliza essa técnica é a desse exemplar, o Douro, mas há ainda outras regiões do mundo que utilizam o método. o principal objetivo é esmagar as uvas, liberar o suco e permitir a maceração, para extrair cor, aromas, sabores e taninos das cascas. Apesar de ser cansativo, ter alto custo envolvido e depender de muita mão de obra, alguns produtores afirmam que é uma técnica eficaz devido à maior extração de compostos essenciais para dar corpo, complexidade e longevidade ao vinho. www.brindisivinhos.com.br Podravje o site do produtor esloveno Puklavec conta a história desta família em Podravje, que é a região de vinhos mais continental da eslovênia, fazendo fronteira ao norte com a áustria. A predominância é fortemente de vinhos brancos, em sua maior parte feitos de maneira redutiva, fermentação a temperaturas baixas e sem uso de madeira, com o objetivo final de criar vinhos aromáticos, de baixo teor alcoólico e acidez vibrante. As principais uvas na região são Welschriesling, Furmint, rhine riesling e sauvignon blanc. os tintos representam menos de 10% da produção, com as principais uvas sendo Pinot Noir, blaufränkisch e Zweigelt. http://puklavecfamilywines.com PPP 17#enocultura e-book Glossário do vinho rainfall ou PreCiPitação A vinícola argentina Doña Paula, que tem vinhedos na região de Mendoza, sempre coloca em seu site um relatório detalhado sobre as condições de colheita de cada ano. No relatório sobre a safra de 2019, eles apontam que as condições de temperatura e chuvas foram muito próximas à média histórica para a região. o que é muito interessante, neste contexto, é contrastar como a região de Mendoza é seca com relação a outras regiões produtoras no mundo. Na colheita de 2019, a precipitação média na primavera foi de 104mm, e no verão foi de 174mm. A título de comparação, a precipitação média em regiões clássicas como bordeaux e rhône Norte, na França, é de 800-900mm! Não à toa, a prática da irrigação, proibida nessas regiões clássicas, é feita continuamente em Mendoza. donapaula.com Porto White dry Vinho do Porto branco e “seco”? o vinho do Porto é um vinho fortificado produzido no norte de Portugal, cujos estilos mais conhecidos são os tintos bastante doces. Na vinificação, o processo de fermentação é interrompido pela adição de uma aguardente vínica, tornando o vinho mais forte em álcool (entre 19% e 22% abv) e com açúcar residual. embora mais raros, temos também os vinhos do Porto brancos e rosés! Além disso, os vinhos do Porto podem reserve Wines Há uma menção aos “vinhos de reserva” no site do produtor de Champagne lanson, que são um elemento central no processo de blending ou assemblage. o blending é muito presente na produção de Champagne por diversas razões. Uma delas é a sua contribuição para o equilíbrio do vinho final, explorando as diferentes características principalmente das uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. outra razão é que muitas casas de Champagne procuram manter um estilo constante e previsível de ser classificados como “Dry”, mas isso não deve ser lido como um “seco” convencional. Na verdade, eles são classificados de acordo com o máximo de açúcar residual permitido, seguindo esta ordem: extra-seco (até 40g/l), seco (40 a 65g/l), Meio-seco (65 a 90g/l), Doce (90 a 130g/l) e Muito Doce ou “lágrima” (mais de 130g/l). No caso que utilizamos como exemplo, o Messias White Dry, importado pela Casa Flora, tem 63g/l de açúcar residual e 20% de teor alcoólico. www.casaflora.com.br seus vinhos, e para isso a mistura de uvas, diferentes vinhedos e safras ajuda a diluir potenciais diferenças de um ano para outro. Particularmente, para Champagnes não safrados, o uso de diferentes safras não só dilui diferenças, mas também aumenta a complexidade dos vinhos. É neste contexto que entram os vinhos de reserva, que são vinhos de safras antigas e que trazem aromas terciários ao blend. lembrando que estamos falando ainda de vinhos tranquilos! Após o blend é que se dá a segunda fermentação dentro da garrafa, de onde surgem as bolhas. www.lanson.com RRR 18#enocultura e-book Glossário do vinho riPasso o termo “ripasso” é utilizado sobretudo na itália, na denominação de Valpolicella, e se refere a uma técnica específica de vinificação. A um vinho base já pronto (por exemplo, um Valpolicella básico), adiciona-se um mostode uvas que ainda estavam sendo fermentadas para a elaboração de um outro vinho (geralmente, uvas desidratadas pelo método de apassimento para a elaboração de um Amarone ou um reccioto della Valpolicella). este mosto ainda tem cascas e açúcar, e a fermentação recomeça no vinho base. Quando esta nova fermentação termina, teremos um vinho ripasso, com um pouco mais de teor alcoólico e mais sabores e taninos vindos daquelas cascas, como o soprasasso da importadora Grand Cru. www.grandcru.com.br sekt o termo “sekt”, usado no site da importadora Weinkeller, é uma forma genérica de se referir a espumantes alemães. A Alemanha é um importante consumidor e produtor de excelentes espumantes, que podem ser tanto em um estilo mais fresco e “festivo”, como também atingir grande complexidade. Um sinal disso é que o sekt fará parte da classificação do VDP, rosé d’anjou A importadora inovini traz ao brasil um rosé d’Anjou, que é uma antiga denominação de origem (AoP) francesa da região de Anjou, no Vale do loire, França. esta AoP, criada em 1936, produz vinhos rosés em um estilo semi-seco, ou seja, que têm algum açúcar residual. As uvas permitidas são Grolleau, Cabernet Franc, Cabernet sauvignon, Pineau d’Aunis, Gamay e Malbec. Ainda pela regra desta AoP, o açúcar residual mínimo é de 7 g/l. No caso do vinho trazido pela inovini, temos um blend das uvas Grolleau (70%), Gamay (20%) e Cabernet Franc (10%), com um açúcar residual de 18g/l. Permanecendo no Vale do loire, temos uma outra AoP mais recente (1974), a rosé de loire, que produz rosés em estilo mais seco. www.inovini.com.br o grupo independente de produtores que representam o melhor da vitivinicultura na Alemanha. Assim como em Champagne, estes sekts classificados como VDP terão a segunda fermentação dentro da garrafa (método tradicional), a colheita manual e um requerimento mínimo de contato com as leveduras mortas que pode chegar a 36 meses, entre outras exigências. weinkeller.com.br SSS 19#enocultura e-book Glossário do vinho vinhas de Baixíssimo rendimento o rendimento que uma vinha pode gerar, ou seja, quanto de vinho ela produz, dependerá de vários fatores, como solo, clima, disponibilidade de água, idade destas vinhas... este rendimento geralmente é medido em hectolitros/hectare (hl/ha). Para se ter uma ideia, o rendimento médio em grandes países produtores como França e itália fica em torno de 50hl/ha. sistema de rastreaBilidade No site do produtor gaúcho Casa Perini, há uma menção ao “sistema de rastreabilidade”, que é uma forma interessante de registrar todos os processos envolvidos na produção do conteúdo que está dentro de uma garrafa. este tipo de sistema, agora automatizado através de um software, mapeia desde qual vinhedo as uvas vieram e os adubos e tratamentos fitossanitários recebidos durante o seu cultivo, até todos os passos do processo de vinificação e industrialização do vinho, como mistura de uvas, troca de tanques, estágio, rotulagem e saída para a venda. estas informações ajudam a aumentar a transparência das informações a respeito de um vinho e, ainda, permitem aos especialistas detectarem mais facilmente a origem de qualidades ou problemas destes vinhos. www.casaperini.com.br Há, entretanto, casos diferentes como o do Finca Dofí, que é um vinho tinto da região de Priorat (espanha), importado no brasil pela Mistral. Neste caso, o rendimento é muito baixo (cerca de 15hl/ha), devido à idade avançada das vinhas e às condições secas da região. Um vinho resultante de baixos rendimentos geralmente será associado a um vinho de grande estrutura e concentração de sabores. www.mistral.com.br V vdP. Grosse laGe o site da importadora Weinkeller conta a história da bassermann-Jordan, vinícola alemã da região de Pfalz e classificada dentro do Verband Deutscher Pradikätsweingüter (VDP). A classificação VDP é associada à qualidade dos vinhedos, e serve como um complemento ao tradicional Prädikat, que classifica vinhos de acordo com o amadurecimento e doçura naturais. o termo “VDP.Grosse lage” designa os melhores vinhedos da Alemanha, e os vinhos secos provenientes destes vinhedos recebem o nome de “VDP.Grosses Gewächs”. estes vinhos são uma espécie de “Grand Cru” alemão, e suas garrafas trazem a sigla “GG” em relevo no próprio vidro ou, em alguns casos, impressos no rótulo frontal. Para os vinhos GG, o uso do termo “trocken”, que significa “seco”, é obrigatório. http://weinkeller.com.br 20#enocultura e-book Glossário do vinho vinhos laranjas A importadora Decanter tem uma seção específica em seu site para vinhos laranjas, que são vinhos de uvas brancas porém vinificados da mesma forma que vinhos tintos. As principais diferenças com relação à vinificação de um branco são o contato prolongado com a casca e a ausência de uma "super proteção" para evitar o contato com o oxigênio nas etapas do processo. Dessa forma, os vinhos laranjas terão uma cor mais pronunciada do que os brancos comuns e um certo nível de taninos. Além disso, os aromas que surgem podem ter uma ligação com elementos presentes nas cascas das uvas, como por exemplo os terpenos, que dão origem a aromas como lavanda, rosa e lichia. www.decanter.com.br vinhos de Corte o termo “vinhos de corte” se refere aos vinhos feitos a partir de uma mistura de uvas. No caso do Concentus, da vinícola Pizzato, o vinho é feito das uvas Merlot, Tannat e Cabernet sauvignon. outros sinônimos para corte são blend ou assemblage, em oposição aos vinhos de uma uva só, que são chamados de varietais. Algumas regiões no mundo são célebres por vinhos de corte (como bordeaux), outras têm predominância de varietais (como os da uva riesling em Mosel – Alemanha, ou os borgonha feitos de Pinot Noir ou Chardonnay). pizzato.net vinho Base A família Geisse, que produz vinhos na região de Pinto bandeira – rs, comercializa um espumante Terroir Nature da safra 2015, feito através do método tradicional e com 48 meses de guarda. Para a produção deste espumante, é escolhido o “vinho base” mais complexo dentre todos os demais vinhos base da safra. No método tradicional, são vinificados separadamente vinhos de parcelas diferentes de vinhedos, e a estes vinhos se dá o nome de vinho base. Geralmente eles são misturados em um blend, seguindo determinados critérios, para então seguir para uma segunda fermentação dentro da garrafa, de onde surgem as bolhas. Pode-se também misturar vinhos base de várias safras diferentes, para dar maior homogeneidade aos vinhos ao longo dos anos. Mas, nesse caso do Cave Geisse Terroir Nature, o vinho base é apenas um, e da mesma safra. www.familiageisse.com.br 21#enocultura e-book Glossário do vinho Walla Walla os vinhos de Charles smith, que estão no portfolio da Constellation brands, são produzidos em Walla Walla Valley AVA: esta é uma denominação de origem dos eUA, localizada em Washington state. Walla Walla é a AVA mais longe da costa de Washington state, e se estende também para o estado vizinho de oregon, ao sul. Nesta região, há um grande contraste de temperatura média entre verão e inverno, e o verão é considerado quente, com uma quantidade de chuvas que permite que alguns vinhedos não tenham necessidade de irrigação. Walla Walla é a região de maior prestígio para vinhos tintos em Washington state, que são feitos principalmente a partir de Cabernet sauvignon, Merlot e syrah. A região é também produtora de uvas brancas como riesling, Chardonnay e Pinot Gris. www.cbrands.com Walla Walla 100% merlot desidratado A vinícola luiz Argenta, de Altos Montes de Flores da Cunha – rs, produz um vinho a partir de “100% Merlot Desidratado”. Neste método, as uvas são desidratadas naturalmente após a colheita,com o objetivo de alcançar um maior teor de açúcar, de forma que o vinho resultante seja mais potente em álcool e tenha uma maior concentração de sabores e taninos. Neste caso específico, as uvas são desidratadas por 43 dias, o vinho alcança um teor alcoólico de 16,2% e depois estagia em barricas de carvalho por 36 meses. No mundo, este método é geralmente conhecido pelo nome de “passito”, de origem italiana. www.luizargenta.com.br W 22#enocultura e-book Glossário do vinho 2.000 horas de sol Por ano No site do produtor de vinhos Puklavec Family Wines, que tem vinhas localizadas na região de Podravje, no nordeste da eslovênia, há uma descrição a respeito do microclima da região, com menção ao fato de que há cerca de 2.000 horas de incidência de sol por ano. esta é uma marca alta! A incidência solar mínima para cultivo de uvas viníferas é em torno de 1.300 horas por ano. Apenas para servir de parâmetro: a maior parte das regiões viníferas tem uma incidência entre 1.400 e 2.000 horas por ano. www.puklavecfamilywines.com 23#enocultura e-book Glossário do vinho pArceiros www.eNocultura.com.br/parceiros sAibA CoMo FAZer PArTe Do Nosso TiMe De PArCeiros: W W W . e n o C u l t u r a . C o M . b r / e n o c u l t u r a o f i c i a l @ e n o _ c u l t u r a @ c u l t u r a e n o/ e n o c u l t u r a o f i c i a l i n / e n o c u l t u r a
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