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BOVINOCULTURA E BUBALINOCULTURA DIA 15/09/2020 PARTE 1 CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE DEFINIÇÃO é uma técnica utilizada no sistema de produção intensivo de bovinos, onde grupos de animais com determinadas características, são mantidos em currais com área restrita, e nesse local lhes é fornecida toda alimentação e água necessárias (Cardoso,1996). - Deve ser cercado por uma cerca de arame que deve ser liso, para evitar que os animais se machuquem, evitar cerca elétrica, toda alimentação e água oferecida no cocho (todo concentrado e volumoso), no mínimo 3x por dia. - Porque o confinamento é o sistema onde se tem maior produção por área? Pois há concentração de animais em uma área menor. De modo geral, recomenda-se em torno de 100 a no máximo 120 animais por curral, para ter uma manejo adequado. Se quer ter 200 animais, deve fazer dois currais de 100 animais. - Do que é feito este curral? Ele tem o cocho onde se fornece o alimento, o tamanho recomendado é de 50 cm por animal. E depois a área que vai ter do curral depende do números de animais que existe e da região onde temos o confinamento. - O curral é feito de uma cerca, ele tem o cocho onde se fornece o alimento, ao lado do cocho tem uma calçadinha, pode ter ou não, depende do local. O chão do curral de confinamento é feito de chão batido, importante que haja declividade para não haver formação de lama, deve ter o bebedouro que fornece água para dois currais. - Um animal consome por volta de 10% de peso vivo dele em água, se ele entra no confinamento pesando 400 kg, ele vai beber em média 40 litros de água de água por dia. Se tem em torno de 4 cm por animal para fazer um bebedouro, por exemplo, se tem 100 animais no curral, vai ter 4 metros de bebedouro. E se deixar um cocho de sal, é recomendado 8 cm por animal, portanto para 100 animais, vai haver um cocho de sal de 8 metros. De modo geral, um confinamento tem essa estrutura. - De modo geral, o confinamento é feito na época seca, que não chove. No entanto, temos regiões que mesmo na época seca temos chuvas, então em regiões chuvosas é indicado uma área maior e também uma área de pastagem para cada curral onde em dias chuvosos o pecuarista abre o curral e deixa os animais entrarem neste pasto. - O cocho tem a parte da frente mais alta em relação a parte de trás, porque os animais quando vão comer no cocho eles fuçam, selecionam os alimentos, principalmente os animais Nelore. ANIMAIS A SEREM CONFINADOS bezerros desmamados (recria-engorda), novilhos e novilhas em recria, bois magros, garrotes e vacas boiadeiras (de descarte). A recria-engorda em confinamento pode produzir um animal jovem e acabado, dito “novilho precoce”. é mais freqüente a utilização de novilhos recriados para a engorda em confinamento. - É muito mais comum a utilização de animais recriados que são usados apenas para engorda no confinamento. O confinamento é o sistema que há maior ganho de peso por animal, por dia, porque é fornecido volumoso e concentrado de acordo com as exigências do animal, e de acordo com o ganho que queremos proporcionar – o produtor escolhe o ganho que ele quer ter por dia. - E como ele consegue manejar o ganho que ele quer por dia? Quanto maior a proporção de concentrado que coloca na ração, maior vai ser o ganho, no entanto, o custo também. - O confinamento é o sistema que apresenta maior custo por animal/ por dia. Por outro lado, é o sistema que proporciona o maior ganho de peso, também por animal/ dia e o maior ganho por área. - É viável o confinamento ou não? Existem várias formas de se analisar isto, depende do sistema utilizado. O importante é o produtor saber quanto vai ser o custo dos animais por dia para saber por quanto ele vai vender estes animais. Hoje já existe na bolsa do mercado futuro os indicativos por quanto pode vender esta arroba. Então se ele ver que o custo esta igual ou menor, muitas vezes é viável confinar. Se o custo estiver alto o confinamento se torna inviável. - A tecnologias existem mas precisamos saber quando implantá-las e para isto precisamos ter noções de comercialização e da parte econômica. - Porque o confinamento é usado na parte de engorda e em um tempo pequeno? Justamente porque ele apresenta um alto custo. - Que tipo de animal se confina? Animais que estão prestes a atingir o acabamento ou peso de abate e terminação que é a capa de gordura. Por exemplo, tem produtores que põem animais com 14 arrobas e tiram com 17, e tem os que colocam os animais com 13 e tiram com 16 (as vezes animais de pequeno porte atingem o peso mais leves). - Tem pessoas que confinam fêmeas, porque vende mais barato, no entanto, também compra mais barato. - O que determina a rentabilidade do confinamento? Não é o preço da venda, e sim, o preço da compra. O produtor que consegue comprar animais mais baratos ou que consegue ter animais que foram criados a pasto tendo um preço mais baixo da arroba, mesmo vendendo pelo preço que não seja muito alto ele consegue ter uma rentabilidade, justamente porque ele entrou com os animais no confinamento tendo uma arroba mais barata. - Coloca-se animais que estão entrando quase na fase de terminação ou abate e que fiquem pelomenos 90 dias, mas também pode colocar animais desmamados. Se quiser fazer o sistema de novilhos super-precoce, desmamar os bezerros onde se fez o creep feeding e recriar, engordar no confinamento por 6 meses, se vai abater animais mais jovens. - Pode confinar novilhos e novilhas em recria, bois magros, garrotes, vacas boiadeiras de descarte – deve-se levar sempre em consideração o peso que estes animais entraram no confinamento, se eles entrarem muito leves, eles vão demorar mais tempo no confinamento para atingir o peso ao abate. Por isto coloca-se animais mais pesados, com peso próximo a atingirem o abate. - Temos ganho no confinamento de 1,100kg, 1,200kg, ou até ganhos de 1,700kg. Por exemplo um animal com um ganho de 1,5 kg consegue em 3 meses atingir o ponto de abate. - E pode ter animais onde se faz recria e engorda produzindo o novilho precoce. - A tabela mostra o desempenho médio de animais no confinamento; - Animais que apresentaram maior ganho médio (kg/dia): machos inteiros, seguido dos animais machos castrados e bezerros. E as fêmeas foram quem teve menor ganho de peso em relação aos citados anteriormente. - Conversão (kg PV/ Kg MS): ms (matéria seca); as vacas de descarte teve maior conversão, seguido dos machos castrados, novilhas e machos inteiros. E os bezerros foram os que obtiveram menor conversão. - Quanto mais dias de cocho, maior vai ser o custo de produção desses animais. - A imagem mostra uma curva de ganho de peso, de ganho de 100g por dia em período seco e 500g por dia no período das águas. - Mostra um animal que ficou no pasto na época seca, foi para pastagem na época das águas, voltando para o pasto novamente na época da seca e assim continuamente, até ele ser abatido com 40 meses, pesando 450 kg. - Demonstrando que dependendo do sistema de produção pode ter animais abatidos mais jovens ou mais velhos. Neste caso o animal foi abatido com 3, 5 anos, justamente porque ele ficou só a pasto. - Já neste caso o animal foi abatido com 2 anos. A diferença é que ele ficou a pasto durante a primeira seca da sua vida, e na segunda seca ele foi confinado. - Enquanto ele tinha de ganho 450g/dia recebendo uma suplementação de pequenos ganhos, depois ele foi para a pastagem tendo um ganho de 500g/dia, e na segunda seca de sua vida ele ficou no confinamento recebendo 1kg de ganho por dia. - Neste caso o confinamento serviu como uma estratégia de conseguir antecipar a idade de abate do animal para dois anos. Enquanto no gráfico anterior o animal foi abatido com 3,5 anos. - O ideal hoje deveria ser abater animais mais jovens com no máximo 2,5 anos de idade. Quais as estratégias?Suplementar com pequenos ganhos na primeira seca, colocar os animais em um pasto de alta qualidade que proporcionam ganhos de 500g por dia e confina-los na segunda seca de suas vidas. - Então um animal para ser considerado com uma eficiência produtiva é o abatido com 2 anos. - Neste gráfico mostra com o novilho precoce, onde ele nasceu durante a estação de monta de agosto-outubro, foi desmamado com 6 meses de idade pesando 180 kg. Ele foi para a primeira seca com 9 meses e teve suplementação de pequenos ganhos porque ele ia voltar para o pasto. Só que quando ele voltou para o pasto, ele voltou em um pasto de alta qualidade, então ele apresenta um alto ganho chegando aos 20 meses com 350kg. E na segunda seca de sua vida, ele poderia ser confinado e ser abatido com 450 kg ou receber suplementação de altos ganhos e também ser abatido após a segunda seca. - Estas seriam estratégias para se conseguir uma alta eficiência de produção. LOCAL DO CONFINAMENTO Evitar áreas próximas a rodovias ou grande movimentação, Proximidade de fontes de água farta e de boa qualidade Proximidade de rede de energia elétrica; Piso com declividade mínima de 3% e máxima de 8%, Evitar locais próximos a córregos ou rios, Evitar áreas com vento canalizado – evitando cheiro, presença de moscas; Escolher áreas bem drenadas, que garantam um piso seco – para não dar problema de casco. ALIMENTAÇÃO A capacidade de ingestão de um bovino é de 1,7 a 3,0% do seu peso vivo em matéria seca Volumosos: cana-de-açúcar; silagens de milho, sorgo e capim elefante; capineiras; bagaço de cana hidrolizado; subprodutos agrícolas; restos de culturas; além de outros. Concentrados protéicos: farelo de glúten de milho 22; farelo de glúten de milho 60; gérmen de trigo; farelo de babaçu; farelo de cacau sem casca 25; sementes de soja; casquinha de soja; farelo de soja; farelo de algodão; caroço de algodão; farelo de amendoim; farelo de girassol; linhaça integral; farelo de colza; levedura de álcool; farinha de peixe; Concentrados energéticos: milho em grão; milho desintegrado com palha e sabugo; sorgo; farelo de trigo; triguilho; quirera de arroz; farelo de arroz integral; farelo de arroz desengordurado; raspa de mandioca; raiz de mandioca; melaço de cana; aveia grão; polpa cítrica; óleo de soja; farelo de cacau com casca 16. Fontes de minerais: farinha de ossos calcinada e autoclavada; fosfato bicálcico; fosfato monocálcico; calcáreo calcítico; sal comum. - Quanto maior a proporção de concentrado, maior será o ganho de peso e maior o custo. E quanto menor a proporção de concentrado menor será o ganho de peso e o custo. - Só que não é indicado por menos de 40% de concentrado na ração porque senão eles não conseguem atingir o ganho/peso mínimo recomendado, viável economicamente que é de 1kg. - Então no confinamento os animais não devem ter ganhos menores de peso vivo, porque se tornam inviáveis, já que o custo do confinamento é alto. - A maioria das propriedades trabalham com 50% de volumoso e 50% de concentrado, porque é feita a inclusão de grãos na dieta, que os produtores conseguem obter altos ganhos. - Tem produtores que colocam 4kg de concentrado e 6kg de volumoso, eles tem ganho de 1kg por dia que é razoável. E de 4kg para baixo eles vão ter ganhos muito pequenos, o que torna inviável economicamente. - Tem produtores que trabalham com dietas de altos grãos, onde é colocado grande parte de concentrado (as vezes 70% de concentrado, somente 30% de volumoso). Mas isto deve ser feito mediante acompanhamento dos animais, usando aditivos e monitorando o comportamento do animal. - E tem a dieta que o animal não recebe volumoso nenhum, ele é alimentado apenas com milho (85%), e 15% da dieta é um produto que é envolvido, que tem o teor de fibra de 6-15% promovendo ruminação do animal, e nutrientes necessários (produto peletizado). Seria uma estratégia para o produtor facilitar o manejo, não precisando ter área para produção de silagem, produção de cana. Geralmente é usado em regiões onde o próprio produtor produz o milho e tem o custo menor, ou compra o milho e facilita o manejo. - Tamanho do cocho é menor no confinamento, diminui o trabalho de mão de obra ; técnica muito usada em países desenvolvidos; *IMPORTANTE SABER: quanto maior a porcentagem de grãos na dieta, maior é o ganho de peso e também maior o custo. - O produtor tem que determinar o tipo de dieta que ele vai oferecer para os animais, e ver o tipo de ganho que ele vai ter, e o custo daquela dieta. Mesmo se o custo é maior, o tempo que eles vão ficar no confinamento acaba sendo menor. - Os volumosos mais utilizados no confinamento: silagem de milho (de melhor qualidade), silagem de sorgo (planta mais rustica), bagaço de cana (muitas usinas que tem seu próprio confinamento as vezes usa o bagaço de cana como fonte de volumoso para seus animais), cana crua piada e silagem de capim. *A silagem deve ser plantada e a ensilagem deve ser feita na época das águas para serem usadas na época seca. - E a fonte de proteína mais utilizada é o farelo de algodão por ter um alto teor de proteína e também ser uma excelente fonte de energia. Depois vem o farelo de amendoim dependendo da região, torta de algodão, farelo de soja (custo muito alto), farelo de girassol, caroço de algodão. - Os problemas sanitários que são mais citados no confinamento são doenças respiratórias, principalmente em regiões onde tem muita poeira, a acidose (dependendo da quantidade de concentrado que coloca na ração; uma forma de controlar a acidose seria colocar o calcário que é uma fonte de cálcio para manter o ph mais básico do rúmen e também existem aditivos que controlam esta acidose – um deles é a monensina sódica ou a lasalocida, que são aditivos muito usados na avicultura para controlar a coccidiose, e para ruminantes eles funcionam como aditivos que melhoram a conversão alimentar, porque eles reduzem a produção de gazes- perda de energia para produzir gazes é menor, diminuindo também o timpanismo). E eles passam a usar esta energia para a produção do ácido propiônico que é o precursor da glicose, com isto os animais passam a ter um maior ganho de peso, tendo uma melhor conversão alimentar. - Pode observar cisticercose, problemas de casco, clostridiose, e outros. - Principais problemas – respiratórios e acidose; Qual seria o espaçamento de cocho para os animais no confinamento? Ele pode variar de acordo com o tipo de alimento que se fornece para o animal. Se é fornecido uma grande quantidade de volumoso, pode variar de 60-80 cm por animal. - O que determina isto? Também o número de tratos, se fornecer apenas 3 tratos por dia 80, se for 4 tratos = 60. Se é fornecido alto concentrado, ou seja, é dado 60% de concentrado e 40% de volumoso pode ter espaçamentos menores, ainda mais se fornece o trato várias vezes por dia. E no sistema de alto grão que seria só o milho misturado no produto peletizado o espaçamento do cocho é menor ainda. - Mas em média é trabalhado com 50 cm que é o espaçamento indicado quando não tem ainda definido o tipo de volumoso e concentrado que vai ser usado – é o tamanho mínimo indicado para se ter um bom desenvolvimento. - O que limita o número de tratos? As vezes a disponibilidade de mãos de obra. Recomenda-se no mínimo 3x ao dia. E o horário que coloca-se o trato para os animais é importante – geralmente é logo no inicio da manhã, antes do almoço e antes do horário do funcionário ir embora a tarde. - Então geralmente é colocado 30% da dieta logo pela manhã, 30% da dieta no horário de almoço e 40% da dieta no final da tarde que é o período que eles passam o maior tempo com este alimento. MANEJO DOS ANIMAIS O manejo dos animais para ou no confinamento deve ser feito sempre com calma, de forma a evitar acidentes e estresse Vacinação contra FebreAftosa e controle de endo e ectoParasitas – antes de entrarem no confinamento, pois eles somente saem de lá para o abate; não é indicado ficar pondo e tirando animais do confinamento; pode ser escolhido 10 animais por curral (marcar), para a cada 15-20 dias estar pesando estes animais para acompanhar o ganho de peso e ver se esta sendo adequado, fora a isto não deve ser retirado os animais do curral. a ração deverá ser servida em duas ou três porções Diárias – o ideal é que seja no mínimo 3; Para evitar distúrbios digestivos e estresse nos animais, deve haver sempre alimentos nos cochos – fazer sempre o período de adaptação de 15 dias da dieta, para adaptar os microrganismos do rúmen a estas dietas; cochos limpos diariamente, antes da primeira refeição do dia adaptação à dieta PROBLEMAS NO CONFINAMENTO Dentre os distúrbios metabólicos a que estão sujeitos os bovinos confinados: acidose timpanismo. - Do custo do confinamento, o maior é o custo de aquisição do animal – 70% do custo do confinamento vem da aquisão do animal, então muitas vezes comprar o animal para por no confinamento é inviável, porque se for confinar os animais na época seca é o período em que o preço ta alto porque a oferta de animais é pequena. Então pagar o preço alto para colocar os animais no confinamento muitas vezes é inviável. - Geralmente o pecuarista compra estes animais um ano antes, mantem estes animais na pastagem, onde o custo do arroba na pastagem é o menor possível, então já tem o custo deste boi magro que entra no confinamento menor – vantagem de quem cria e recria que este animal tem um custo menor. - O outro custo do confinamento que pode determinar maior ou menos rentabilidade é o custo com alimentação. O produtor que confina e sabe que tem que confinar, ele precisa comprar a ração quando? Ele pode comprar a ração pronta, ou ele pode comprar todos os componentes que seria o milho, farelo de algodão, farelo de soja e sorgo, na época que colhe os produtos, que é quando os produtos tem preço baixo, só que para isto ele precisa de um local para armazenar dentro da propriedade. - Toda parte de mercado que o produtor precisa ter noção para conseguir ter um bom planejamento e produzir de forma adequada. - As tecnologias existem, sabermos aplica-las é importante e isto depende de cada produtor. De modo geral, e de acordo com dados do CEPEA / ESALQ – USP, 2017 Custo da diária de um bovino no confinamento (R$/bovino/dia): 1. Custo com alimentação…………… R$ 6,70 2. Custos operacionais* ………. R$ 0,70 3. Custo total/bovino/dia …………… R$ 7,40 *mão de obra; impostos; óleo diesel; etc. Estima-se um Ganho de peso Diário – GPD da ordem de 1,72 Kg / bovino / dia um rendimento de carcaça – RC de 56% produção de 5,78@ no confinamento em 90 dias (1,72 X 90 dias x0,56 = 86,7 /15 = 5,78). / 1. Custo nutricional da dieta = R$ 6,72 / dia 2. Custo operacional (*) = R$ 0,70 / dia 3. Custo total = R$ 7,42 / dia 4. Custo total / período = R$ 667,80 / 90 dias Logo, tem-se o custo da @ produzida no confinamento como sendo de R$ 115,54 (667,80 / 5,78 @ produzidas no conf.) Este valor também é conhecido como ponto de equilíbrio, ou seja, valores da @ do boi gordo abaixo deste ponto determina prejuízo no confinamento e acima, lucro. Beneficios econômicos do confinamento Considerando-se o valor da arroba na venda do animal como sendo de R$ 135,00 (com base no estado de Goiás – GO, 2018) tem-se uma receita com a venda das 5,78@ arrobas produzidas no confinamento de R$ 992,25. Lucro = receita – custo Lucro = R$ 992,25 – 780,30 Lucro = R$ 211,95 / bovino confinado / período de 90 dias. O lucro citado de R$ R$ 211,95 / animal refere-se apenas ao lucro direto gerado dentro do confinamento por um período de 90 DIAS outros benefícios zootécnicos e econômicos indiretos que o sistema de confinado proporciona: • antecipação da idade de abate, • antecipação da entrada de capital, • produção de carcaças de melhor qualidade • liberação de pastagens para outras categorias animais • permite ao produtor rural produzir mais arrobas em menor área. Este é mais um importante beneficio indireto do confinamento conhecido como “efeito poupa terra”, um conceito diretamente relacionado com a sustentabilidade da produção de bovinos de corte no Brasil. - A rentabilidade de um pecuarista é de acordo com o total de animais que ele tem dentro do confinamento. - Só que o confinamento também pode trazer outros benefícios zootécnicos e econômicos indiretos como: antecipação da idade de abate (se abate animais mais jovens, mais rapidamente e com isto p capital gira mais rapidamente), troca- se um animal vendido por dois, é possível produzir carcaças de melhor qualidade já que tem animais que atingem o acabamento mais rápido e depositam mais gordura na carcaça, consegue manejar os pastos melhor porque confina na época seca que as pastagens estão em baixa produção e baixa qualidade (então tira os animais que estão para atingir o peso de abate, e libera as pastagens para outras categorias que não conseguirão atingir o peso de abate – consegue ter uma área maior para um menor número de animais, porque uma parte dos animais foi colocada no confinamento), consegue permitir que o produtor rural produza mais arrobas em menor área – então o produtor tem uma maior produtividade, maior produção por área, então essa maior produção por área é mais um importante benefício indireto que o confinamento tras que evita o desmatamento, é um beneficio conhecido como efeito poupa terra. Ou seja, ao invés do produtor aumentar a produção dele aumentando a sua área, ele aumenta a produção já na área que ele tem. Isto esta relacionado com o que se fala hoje com a sustentabilidade da produção de bovinos de corte no brasil. - Como seria uma forma de produzir carne de forma sustentável? O confinamento seria uma, porque ele apresenta este efeito poupa terra, ou seja, ao invés de aumentar a área para produzir o animal, você consegue ter um maior número de animais em menor espaço e produzir em menor tempo.
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